"UNIÃO DESPORTIVA DE SANTANA" JÁ NÃO VAI "POR SANTANA DENTRO"
A novidade correu há pouco na zona dos cafés: a assembleia geral de credores da União Desportiva de Santana votou esta manhã uma proposta para dilatar prazos e permitir um plano de insolvência do clube de modo a, caso possível, permitir ainda a sua recuperação.
Os credores analisaram o relatório elaborado pelo economista e professor universitário Emanuel Gamelas, no âmbito do processo de insolvência em curso no Tribunal Judicial do Funchal. Após o que decidiram permitir um trabalho de actualização da contabilidade do clube para que fique tudo claro sobre as dívidas já assumidas pela colectividade e as que foram reconhecidas judicial ou arbitralmente.
Ficou determinada também a data para o Professor Gamelas apresentar um plano de insolvência: 20 de Junho.
Como curiosidade, salientavam os comentadores de café o facto de Emanuel Gamelas, nomeado pelo tribunal para este caso, haver prescindido de honorários para a elaboração do plano de insolvência que irá elaborar.
O que se comentava também era o facto de s situação da União Desportiva de Santana ter sido agravada quando António Candelária, nos seus tempos de presidente, ter entrado em "altas cavalarias" com a ilusão de levar o clube mais longe no plano do futebol nacional, o que resultou muito mal - dizem os mentideros. Custos a mais para a dimensão de um clube riral, carregam eles. Erradamente, os responsáveis contavam com apoios que não chegaram e com um merchndizing que não resultou.
Recorde-se que de 2007 a 2010 o Santana disputou os campeonatos da III e da II divisões nacionais, tendo descido nesta última época à III divisão nacional série Madeira.
A descida foi fatal, agravando-se a situação financeira com a necessiddae de efectuar pagamentos de dívidas, a par da redução dos subsídios do IDRAM e dos apoios da Câmara de Santana. Daí até à penhira de bens - duas carrinhas - foi um ápice.
O problema é que os dinheiros a receber do IDRAM continuam "no tecto".
Foi quando a presidente do clube, Graça Nunes, entretanto eleita, encontrou a única saída possível: a insolvência. O Professor Emanuel Gamelas estudou o caso em termos de os compromissos serem satisfeitos entre dois e quatro anos - o que depende do pagamento do calote do GR.
Os credores saíram hoje satisfeitos da assembleia geral, como percebemos num deles. Porque o autor do relatório, Professor Gamelas, está convencido de que o clube pode ultrapassar a crise financeira, através de um plano bem elaborado, continuando a cumpris os seus objectivos social-desportivos no concelho.
É que- disse Gamelas aos credores - o Santana quase não deve nada ao Estado e, pelo contrário, tem dibheiro a receber do governo, numa cifra que permite reequilibrar a tesouraria. Mesmo contando com os salários atrasados que já foram processo em tribunal.
Caso os credores apoiem a ideia de recuperação em Junho, o clube pode continuar vivo e de saúde recuperada.
O impulso para as decisões desta manhã partiu do credor mais importante, o Banif (900 mil euros), a que todos os outros deram o "sim". E quem são os outros? O antigo presidente Candelária é um deles. E o antigo presidente da Câmara, Carlos Pereira é outro. E há mais oito, já reclamantes.
Enfim, parece que uma solução vai a subir já no Cortado de Santana para fazer ressuscitar o clube da camisola verde.
2 comentários:
Será que os Srs. deputados-advogados defensores em Tribunal de casos enquadráveis na lei nas incompatibilidades, libertos desse pecado original pelo facto pertencerem a uma sociedade e não ao próprio individualmente, adoptam, a partir de agora, este comportamento? Era bonito de se ver!
Daquela "casa de loucos" não sei o que esperar...
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