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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Madeira ao Vivo



RAIMUNDO QUINTAL ATERRADO COM O DESCALABRO DOS LIXOS





Meia Serra: os filtros já foram mudados? A incineração funciona ou falta o combustível?



O geógrafo e ambientalista Raimundo Quintal, perante informações de que o sistema de tratamento de lixos caiu na falência, afirma-se preocupado e aterrado com as consequências daí advenientes.
Segundo rumores na praça funchalense, há filtros por mudar na Estação da Meia Serra. E a falta de combustível prejudica o funcionamento da unidade principal da incineração de resíduos.
"Os grupos parlamentares devem ir lá acima urgentemente, para saberem o ponto da situação do sistema, e verão que estamos perante um problema de difícil solução, que implica com a saúde pública", apela Raimundo Quintal.

Segundo o antigo vereador do Funchal, os partidos políticos têm o dever de inspeccionar a Estação da Meia Serra, para saberem do estado das duas linhas de incineração do lixo recolhido normalmente e das outras duas linhas, de menor dimensão, destinadas ao tratamento dos perigosos resíduos hospitalares e dos matadouros.

Onde param os camiões dos lixos orgânicos?

Persiste também a questão dos camiões que deviam transportar lixos orgânicos para o pavilhão de compostagem mas estão adstritos ao lixo normal.
O plano de tratamento previa que uma parte orgânica fosse canalizada, como fertilizante, para jardins e terrenos agrícolas, mas não há camiões a fazer esse serviço - dizem informações fidedignas.

"Estou aterrado com a gestão dos resíduos sólidos da Madeira", insiste o Dr. Raimundo Quintal. "Receio que a compostagem e a incineração não estejam a funcionar devidamente, ainda por cima depois do investimento de milhões que se fez."

Possivelmente, estarão a substituir o combustível - que não se compra por falta de dinheiro - pelo plástico recolhido. Mas isso "é insuficiente", observa o Dr. Raimundo.

Na Meia Serra, dá-se o caso também de um aterro feito com idade prevista até 2016 e que já se esgotou com lixos, porque as unidades não funcionam. Consequência: já foi necessário abrir uma nova cratera para segundo aterro - sendo a terra extraída dessa cratera despejada no Chão das Feiteiras.

Raimundo Quintal desespera com o estado do sistema de lixos, desde a 'paralisação' da Meia Serra à inactividade da central de transferência da Ribeira Brava (que devia servir também São Vicente, Calheta e Ponta do Sol) e ao estado das estações de triagem do Porto Novo e de transferência dos Viveiros.


O conhecido ambientalista acusa o governo regional de costumar lançar "um manto de poeira" sobre a perigosa realidade, que aponta, na verdade, para "um sistema em estado de perfeita falência".

Urge, pois, acelerar soluções para o tratamento de lixos e o sistema de exportação dos resíduos hospitalares. No caso da Meia Serra, a falta de filtros operacionais permite um agravamento da exposição ambientel perante os gases perigosos.
Um caso de saúde pública.

"Penso que os partidos ou os seus grupos parlamentares não podem ignorar a situação por mais tempo", conclui Raimundo Quintal.

No descalabro actual, pergunta-se: vale a pena sequer fazer a recolha selectiva?


1 comentário:

Anónimo disse...

O PCP esteve lá nem tem um mes a fazer denuncia...