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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Politicando



BASTA! - ORDENA O CHEFE DO GOVERNO, ANUNCIANDO AQUELE DESEMBAINHAR DA ESPADA QUE O POVO HÁ MUITO RECLAMA


Toca todos a tirar os olhos da miséria que grassa na Madeira. Todas as atenções para o Estado, que parece querer travar o desenvolvimento da Região


O chefe diz que há um "ataque covarde à Madeira". E nós a julgarmos que se trata de um "ataque lógico a ele, chefe"!


Perante a necessidade imperiosa de afastar as atenções dos madeirenses da miserável situação regional feita de salários em atraso, fecho diário de empresas, desemprego recorde, propagação da fome e retorno da emigração, o chefe do desgoverno, por falta de pachorra de invocar a velha e relha revisão constitucional, escreve um extenso artigo no seu JM em onde tenta dirigir as iras gerais para o Estado.

Os críticos e os traumas de infância

A revolta dos cidadãos entrou num patamar tão perigoso que o homem assina o solene texto com o seu próprio nome, deixando descansados o tal 'Luís Alcino', o A.B. (Alberto Bokassa) e os jornalistas da casa, o JM, por vezes chamados a dar o nome aos panfletos presidenciais.
Resumindo, o chefe diz que o Estado - para não atacar directamente Passos Coelho porque há dinheiro retido na capital alfacinha - parece apostado em travar o desenvolvimento integral da Madeira Nova. Então não é que o mundo inteiro, incluindo a maçonaria, o grupo Blandy, Bush e o próprio Estado mais os seus asseclas, "quase que declararam guerra à Madeira"?

O homem ainda não se curou da mania de se confundir ele próprio com a Madeira. Nem tão pouco da velha teoria segundo a qual o mundo está dividido em dois: de um lado ele, o bom; do outro lado todos os maus, isto é, as outras 7 mil milhões de almas menos uma, a dele.
Cabendo aqui recordar que todos quantos atacam o dito-cujo padecem de patologias estranhas, em regra decorrentes de comportamentos psicopatas durante a infância, como por exemplo esventrar os brinquedos novos para remodelar o motor, esconder os óculos do avô dentro do disco rígido do PC, passar a mão marota na perna da professora - essas coisas que têm levado montões de crianças traumatizadas ao divã do psiquiatra.

Independência com ele!

O Estado faz ironoia com a Madeira? Então é tempo de os madeirenses declararem uma guerra sem quartel pela independência, manda o chefe. Sabendo-se que de 15 em 15 dias o chefe entende como o tempo certo de os madeirenses declararem... Pois.

Gabriel Drumond, diz o chefe, ainda bem que marcou aquele tal jantar em honra do João, para Lisboa perceber que na Madeira, mais propriamente nas mesas de espetada do 'Lagar', há todo um povo disposto a "desembainhar as espadas" para lutar contra a tirania continental. Por acaso, Drumond escolheu uma data que não calhou bem ao grande chefe, mas este não faltará. "Lá estarei também!", diz ele no artigalho de hoje.
E aí está uma resposta aos que dizem que o chefe é que manda e desmanda! Não senhores! Ele nem sabia do jantar do João, muito menos da data!

Avisa o homem, no artigo: se andam a fazer guerra para eu me demitir, então é que eu orgulhosamente não me demito mesmo. E se não me fizerem guerra para eu me demitir, então é que também não me demito mesmo!

Ainda por cima, o homem não é parvo nenhum: no artigo desta sexta-feira, põe-se nas mãos de Deus e dos médicos!
Assim não vale!

Perdoem a ironia, mas muito se rirá o povinho quando chefe das Angústias perder as eleições e ficar a fazer birra para não lhe tirarem a cadeira das Angústias!





2 comentários:

jorge figueira disse...

Discordo de si num pequeno pormenor. Não é apenas um BOM contra 7.000 milhões de MAUS. Na minha óptica é um BOM e um homem que, ostentando um sorriso permanente, lhe faculta uma Tribuna Livre, com todo o peso da religião, para expor as suas teses nada verosímeis.

Luís Calisto disse...

Mas é claro, Doutor! Onde estávamos com a cabeça?! O que cede a tribuna, atribuindo culpas ao seu antecessor, também é dos bonzinhos.