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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Futebol






















Portugal, 1 - República Checa, 0





Cristiano surgiu do nada para, pelo menos uma vez, iludir os postes, essa má sorte que se tem visto. A bola já está lá dentro.



COM RONALDO, É VOAR, VOAR...


Ao intervalo, Portugal passou o novelo enfeitiçado aos checos e libertou-se para uma goleada que só por acaso não aconteceu





A primeira parte do jogo decorreu de forma tão esquisita que Paulo Bento, não percebemos por que diabos, afirma ter assistido a uns 20-25 minutos finais de bom nível! Portugal portou-se bem um minuto que fosse no primeiro tempo?!

Não vimos o mesmo espectáculo, no que diz respeito a esse período.

Depois, sim, tudo foi diferente. Depois do intervalo, a trapalhice passou para o lado checo, de tal maneira que o guarda-redes Rui Patrício assistiu aos segundos 45 minutos sentado na bancada atrás da baliza, entre duas adeptas de rostos pintados com as nossas cores.
Perdoe-se a imagem, mas as duas torres centrais, Bruno Alves e sobretudo Pepe, rechaçaram aproximações perigosas e não se chegou a temer nem a tremer.




Quanto ao meio campo, não melhorou por aí além no segundo tempo. Raul Meireles anda com os pés pesados. Não lhe sai uma - ou melhor, sairam-lhe duas, o passe bem feito que acabou num remate de Ronaldo para o alto, mais o centro para a cabeça de Hugo Almeida, que obviamente desperdiçou.

João Moutinho melhorou. Miguel Veloso andou por lá.
Continuamos a dizer que Hugo Viana devia lá estar. E o jogo de hoje, com os checos manietados completamente na segunda parte, só tinha de melhorar para Portugal com a entrada de Ruben Micael.
Impunha-se - por mais que Paulo Bento pense o contrário - um ou dois médios criativos ali.
Mas ele, o treinador, prefere os jogadores mais para o 'matacão', como ele era nos tempos em que o metiam, também ele, a jogar na Selecção.

Na frente, não precisamos falar de Hugo Almeida, que perdeu duas ocasiões em que pôde cabecear sem oposição - fazendo-o desastradamente.
Dá que pensar. Nos jogos anteriores, quem entrou para o lugar de Postiga, nas segundas partes, foi Nelson Oliveira. Agora, para fazer quase todo o jogo, entrou Almeida. Nelson não correspondeu no último jogo? Claro que correspondeu. Bento é que...

Portugal fez uma segunda parte fantástica, empregando os bons valores individuais de que dispõe. E banalizou a República Checa a tal ponto que apetece perguntar: a que propósito chegou aquela equipa a uns quartos-de-final do Europeu?! Não volta para casa vergada sob o peso de uma feia goleada porque os deuses têm respeito pelo soberbo guardião Petr Cech.

E Cristiano. Com ele numa equipa - sendo ele igual a si próprio - é voar, voar, voar. O rapaz, apesar de mal servido pelos colegas, joga, dribla, corre, tabela, serve os companheiros com mestria, marca golos e brilha como o sol, apesar das partidas que os postes lhe andam a pregar.

Nessa corrida ao 'melhor do mundo', parece-nos que Leonel Messi, aquela endiabrada 'Pulga' argentina 'made in Barcelona', terá este ano um problemazinho.

Sejamos sinceros: de há dois jogos para cá, andam 10 milhões portugueses a voar nas asas de Cristiano Ronaldo.

Venham espanhóis ou franceses para as meias-finais. Temos umas continhas por ajustar com uns e outros.

Até lá.

Parabéns sinceros a Paulo Bento.
Se nos levar a campeões da Europa, é sinal de que ganhou aquele amadurecimento de que precisa.
Se ganhar, havemos de tomar um copo todos juntos, um dia.





2 comentários:

Rocha disse...

Mais uma boa vitória e o mais importante a mais que merecida passagem às meias-finais.

A primeira parte não foi aquilo que o Paulo Bento diz, mas também não acho que tenha sido assim tão má. A Rep. Checa não tem as estrelas da Holanda, mas tem um conjunto superior, que enquanto teve pernas tentou contrariar Portugal, só que além de grandes jogadores a seleção portuguesa denotou uma boa condição fisica.

Volto a referir 4 jogadores que para mim são a trave mestra desta equipa, Pepe, Moutinho, Nani e Ronaldo, sem querer diminuir nenhum dos outros colegas, claro.

Nas meias finais temos a França com a sua feira de vaidades e super-egos prontos a explodir no mau sentido ou a Espanha que apesar de ser uma grande seleção, não é invencivel, como aliás já ficou demonstrado.

Eu não tenho preferência, acho que venha quem vier as hipoteses são 50% para cada lado.

Uma palavra final para a Rep. Checa, perderam, mas julgo que deram tudo o que tinham para dar. E aquelas imagens finais de um grupo de jogadores esgotado a agradecer ao seu povo é marcante, pelo menos para mim, uma lição para alguns que na hora da derrota fogem atacando tudo e todos.

jorge figueira disse...

Aplaudo, para qualquer circunstância, a sua frase:"uma lição para alguns que na hora da derrota fogem atacando tudo e todos."