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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Com a devida vénia ao 'Público', reproduzimos o esclarecedor artigo do jornalista Tolentino de Nóbrega sobre os dinheiros para o Rali... que chefe Jardim depachou sem reparar no montante. Mais meio milhão, menos meio milhão... Atenção também a outra singularidade: os nomes do regime que aceleraram, estes dias.




Jardim disse desconhecer subsídio de meio milhão
que deu ao rali da Madeira


 





O Governo Regional da Madeira concedeu um subsídio de 500 mil euros ao Rali Vinho da Madeira, que decorreu este fim-de-semana na ilha. A resolução que autoriza a celebração do protocolo com a entidade promotora da prova, o Club Sports Madeira, tomada em conselho de governo a 21 de Junho e publicada no Jornal Oficial, tem a assinatura do próprio presidente do executivo, Alberto João jardim.
Porém, Jardim, na visita realizada na sexta-feira ao parque de assistências do rali, antes das viaturas concorrentes iniciarem a prova, garantiu que desconhecia o valor do contrato-programa celebrado pelo Governo Regional com o Club Sports Madeira, nada adiantando também sobre outros apoios concedidos por entidades públicas regionais, como o Instituto do Vinho. “Como eu não sou o pagador do Governo, tem de procurar o pagador do Governo para saber essa resposta", disse, quando questionado pelo Diário de Notícias funchalense.
O protocolo outorgado por Jardim produzirá efeitos desde a data da realização das despesas, ou seja, desde a data da sua assinatura, e até 30 de Novembro de 2012, adianta a resolução nº 434/2012.
O subsídio é justificado com o facto do Rali Vinho da Madeira ser “o maior evento automobilístico socio-desportivo com carácter anual que se realiza na Madeira há sensivelmente meio século e que está integrado no campeonato da Europa de Ralis” e por “contribuir para a promoção e divulgação do destino” turístico.
Apesar das dificuldades financeiras que afectam a região e o sector automóvel na Europa, Jardim garantiu que o rali é para continuar no futuro, independentemente da redução de despesas e dos cortes nos subsídios ao desporto a que está obrigado pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Madeira.
Excluído no ano passado do calendário do Intercontinental Rally Challenge para as temporadas de 2011 e 2012, por incumprimento do contrato com a sua promotora, a Eurosport Events, o Rali Vinho da Madeira esteve este ano sob a ameaça de não sair para a estrada devido aos incêndios que atingiram a região e devido a não estarem assegurados os serviços da Policia de Segurança Pública, por estar em dívida o policiamento da prova do ano passado, questão que à última hora foi ultrapassada com a intervenção do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
Do rali, que terminou no domingo, com 19 dos 39 concorrentes, saiu vencedora a dupla Nuno Magalhães/Nuno Silva. Em segundo ficou o madeirense Victor Sá, tendo por co-piloto Pedro Calado, vereador da câmara do Funchal, e em terceiro, João Magalhães, da Direcção Regional de Estradas. Mário Oliveira, ao lado do eurodeputado madeirense Nuno Teixeira, ganhou o Open de ralis. Na prova organizada pelo Clube Madeira, presidido por Paulo Fontes, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, participou outro político madeirense, Daniel Figueiroa, director regional de Infra-estruturas e Equipamentos.


4 comentários:

jorge figueira disse...

Ano passado foi diferente. Soubemos pela boca de s.exa.,desconhecer as dificuldades financeiras de então. Caso assim não fosse teria aberto os cordões à bolsa.Este ano teve um ataque de amnésia. Ninguém está livre disso. Nestes tempos em que a "troica manda aqui" dar-lhe-ão cobertura à dívida assumida ou enviam-na para as calendas gregas? As resoluções já não são como antigamente em que se reconhecia interesse nos helicópteros e se pagava-se imediatamente agora, eles, os helicópteros, são indesejáveis.

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

O facto de Jardim não saber quanto deu ao Rali não é novidade. Pelo que se está a ver, foi coisa a que nunca ligou...

Luís Calisto disse...

Meus Senhores

Dar o dinheiro que é dos outros não custa nada.
E a Justiça, que ouve estas coisas, continua a regular-se por 'leis tontas' em vez de chamar sua excelência a contas!

Anónimo disse...

Ainda alguem acredita que este senhor vai comprir o plano de resgate a Madeira ?