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domingo, 22 de julho de 2012

Humor quase negro





INCÊNDIOS ANULARAM 'SERMÃO DA MONTANHA' NA HERDADE




Messias II e povo superior deviam a esta hora estar a regressar da serrania, purificados e em boa ordem, apesar dos Pedros que mentem antes de o galo cantar, dos Judas e dos jotinhas zaragateiros



...Porque deles será o reino dos céus!


Naquele tempo, ou seja, sete-oito horas atrás, o Messias II não subiu a colina seguido pela multidão nem se sentou sobre uma pedra nem subiu ao palco da fama nem proferiu mais um 'sermão da montanha'. Uma vaga de incêndios provocada por criminosos inimigos da Madeira, ou seja, seres que não dizem 'sim senhor' ao chefão, sabotaram com a mais iníqua insensibilidade uma jornada longamente trabalhada. A operação terrorista impediu assim que o deus tribal, aclamado delirantemente pelos seus fiéis entre pinheiros e eucaliptos da herdade, apontasse o caminho do Inferno aos adversários da Região e distribuísse as bem-aventuranças pelos 'humildes de espírito', pelos que 'choram', pelos 'mansos', pelos que têm 'fome e sede de justiça'... porque desses que se submetem como vermes invertebrados ao regime da crápula será o reino dos céus.


Última ceia à hora do almoço

Dada a conjuntura tribal da ilha, com modificações e surpresas a velocidade vertiginosa, esta festa na montanha poderia constituir-se como uma 'última ceia' à hora do almoço. Excelente oportunidade para uma consagração do Messias II, que nesta passagem terrena acumula os cargos de chefe do governo regional e de chefe da igreja, como nos bons tempos das trevas medievais.
O mestre das Angústias, que veio ao mundo para saciar o povo de pão, água, luz, subsídios, trabalho na Função, desporto e templos, encontraria um ambiente assanhado na serra, porque a família laranja não atravessa grandes momentos.
Mas não se encolheria na hora certa de acusar perante a multidão aqueles que o abandonam, agora que vai para velho e ninguém tem paciência para o aturar. Primeiro, apontaria corajosamente o dedo a empresários que enriquecerem de forma obscura durante o regime jardineirista, mas também a secretários e directores regionais de outrora que não podem ouvir falar hoje do ex-chefe, e da mesma forma antigos assessores, adjuntos, colaboradores e bufos que governaram vida mediante informações passadas diariamente às Angústias. Enfim, todos esses que renegam hoje velhas relações, tal como Pedro fez três vezes antes de o galo cantar.
Depois disso, voltar-se-ia chefe da tabanca para o povo postado à frente do palco em aplausos esurdecedores para que o homem se despachasse e desse lugar ao acordeão do Quim Barreiros. Com estas palavras: "Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós."


Chefe obrigado a falar de costas para o povo, porque no palco atrás dele há faquistas perigosos

Evidentemente que grande mestre não poderia falar cara a cara, mas de costas para a multidão. Com algum Judas Iscariotes em cima do palco, oferecer as costas inocentemente poderia valer-lhe uma facadinha fatal mais cara do que 30 dinheiros, mesmo perante a multidão. Brutus não hesitou quando brandiu friamente o punhal, em pleno senado.

A festa poderia também acabar em tumulto. O rapaz que foi posto fora da JSD ameaçara pelas esquinas 'armar confusão' lá para cima e não nos parece que o moço seja de se ficar pelas promessas. Com aquele calor serrano, ar irrespirável, poeira, fumarada proveniente das zonas ardidas, condições a puxar ao copo, imperial na barraca da Jota, poncha na de Câmara de Lobos, ginja no Curral, jaqué na do Drumond, enfim, nada nos admiraria que ainda antes dos discursos houvesse m... no recinto. Trocas de palavras e empurrões, se não pior, com a malta da nova Jota e mesmo com a facção de Miguel Albuquerque.
Sabe-se que Pedro Pereira não olha a meios para garantir a unidade no partido.

Também não temos dúvidas de que, mais copo menos copo, acabariam todos abraçados a caminho dos carros, a cantar o 'quem é que haverá, quem é que não acha'. Como diz o outro, aquilo é tudo 'farinha do mesmo saco'.
O próprio Messias II, caso desta vez não sofresse rasteira na grande área provocada pelo 'Johnny Walker', acompanharia os grupelhos da 'meia uva, até ao Funchal, com passeio e palavras de ordem revolucionárias à frente do Diário e na Avenida do Mar, abaixo do Palácio do representante.

Não houve sermão da montanha mas não se perde pela demora. Há sérias ameaças para 9 de Setembro.



3 comentários:

Anónimo disse...

"Se Maomé não vai à montanha,então a montanha vai ter com Maomé"

jorge figueira disse...

Quando será que ocorre o pedido de substituição dos magistrados do MP, por não proporem condenação,e da chefia da PJ por não descobrirem os carros pretos e amarelos às bolas, cheios de incendiários, que a onírica imaginação governativa nos impinge nos comunicados? Falta esta cereja no topo do bolo para ser convincente a contra-informação. No meio de tudo isto há militantes que fazem anos com festa e tudo...

Luís Calisto disse...

O chefe da PJ arrisca-se a transferência, se a caça às bruxas não valer uns quantos bodes expiatórios.