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sábado, 28 de julho de 2012

Madeira ao Vivo




E A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA?



Quando se derem por provadas as culpas do suspeito incendiário, pede-se mão pesadíssima ao juiz. Mas, até lá, existe um trânsito nos corredores da Justiça que, para já, a PJ não respeitou 






O suspeito da Calheta, conhecido lá na zona, já foi condenado por um juiz?


A PJ-Madeira capturou aquele suspeito de incendiário da Calheta e botou conferência de imprensa para mostrar o trofeu, aplacando assim a incontível ansiedade revelada pelo chefe do governo.
Chefe das Angústias queria bodes expiatórios para sacudir as responsabilidades de um governo que não faz prevenção de fogos com a legislação ao seu dispor. Depois, se possível, que os 'culpados' fossem bombeiros descontentes com as últimas posições dele, chefe das Angústias.
A polícia meteu mãos à obra.

Depois de apanharem um sujeito do norte, que não batia certo com as centenas de incêndios no centro e na costa sul, os nossos 'judites' localizaram um providencial suspeito que usa isqueiro porque é fumador.
O director da polícia, Ricardo Silva, falou de indícios e de provas testemunhais.

Admira. Indícios e provas testemunhais de um incêndio em Março e de outros dois agora em Julho? Então alguém viu os indícios em Março e manteve-os escondidos? As testemunhas sabiam do incendiário e andaram caladas 4 meses? E mesmo em relação aos últimos 'fogos postos', essas testemunhas sabiam e deixaram acabar a vaga devastadora para então agitarem o nome do bandido? Serão todos julgados por cumplicidade passiva mas de alta perigosidade?

O facto é que o indivíduo não foi apanhado em flagrante. Pelo que se percebe desta 'caça às bruxas' decretada por chefe Jardim das Angústias e execução da Judiciária, há um processo a começar mas que levará o seu tempo.
Se não houve flagrante, deve ou não deve ser respeitada a presunção de inocência?
A PJ dirá que, na patética conferência de imprensa para exibição triunfal do débil trofeu, escondeu o nome do sujeito.
Como se esse argumento fosse válido para terra tão pequena onde todos se conhecem uns aos outros.

A imprensa bastas vezes é repreendida por avançar com notícias de crimes antes de o juiz ditar a condenação em sentença formal.
No caso, o suspeito da Calheta já é dado nas manchetes nacionais por criminoso que "incendiou a Madeira".

Se são as próprias instituições ao serviço da Justiça que entendem estabelecer dois pesos e duas medidas na interpretação dos princípios, então já cá não está quem falou.

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Convenhamos que isto de um fumador andar com um isqueiro no bolso é obra. Grande descoberta! E o pormenor de o suspeito ter sido candidato chumbado a bombeiro aponta para uma coincidência assaz intrigante...
Enfim, "the show must go on".
E a montanha vai parir uma formiga.

Anónimo disse...

Reparem bem ja teem suspeito no Norte, outro na zona oeste ja so Falta um no Funchal, o proximo quase de certeza ira ser uma velhota de uns 90 anos mae de um bombeiro......lool

Luís Calisto disse...

Caro Coronel
Os cigarros no bolso deviam ser para despiste das hábeis autoridades.
Quanto ao chumbo no concurso para bombeiros, terá sido traumatizante.
Agora... foi preciso um louco pegar lume para fazer arder a Calheta. E os outros concelhos arderam sozinhos?

Caro comentador anónimo
Começo a regozijar-me pelo facto de não ter nenhum familiar próximo na 'bomba'...