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quinta-feira, 26 de julho de 2012




RTP-MADEIRA: TOQUE A DESPERTAR!




A RTP nacional já contratou empresas consultoras para o estudo das mudanças de fundo a operar no grupo. 
A BCG (Boston Consulting Group) já trabalhou no centro regional da Madeira, como os profissionais da estação com meia dúzia de anos de serviço recordam. Da Accenture não nos recordamos. O que não constitui novidade é que tais empresas ultimamente lançadas no mercado para funcionar em regime de 'outsourcing' temporário nada de bom auguram.
No fundo, são as administrações a contratarem quem lhes faça o 'trabalho sujo' de inventar situações financeiramente 'insustentáveis' para, justificadas perante a opinião pública, montarem programas restritivos mercantilistas, assassinos da qualidade.
Assistimos a esse filme algumas vezes, na longa carreira.

Sabemos agora que as sinistras consultoras externas ajudarão a RTP a "executar o Plano de Sustentabilidade Económica e Financeira (PSEF) da empresa e conduzir o processo de privatização".
O projecto já não é disfarçado pelo próprio governo, a quem a administração da RTP faz o jeito de cortar-cortar - como Almerindo Marques fez nos seus estonteantes mandatos.
Cada uma das consultoras assumirá as suas tarefas: a BCG responsável pela "reflexão estratégica sobre o Serviço Público de Media e sobre a visão estratégica da nova RTP"; a Accenture pelo "desenvolvimento de um conjunto de implementações do PSEF, nomeadamente no que toca ao modelo operativo da nova RTP, tendo em consideração, entre outros, a autonomização dos Meios e Serviços e... dos centros regionais".

Centros regionais. Autonomização. O que virá no caminho?
Sabe-se que Passos Coelho quer alienar um dos canais nacionais. Quanto aos centros das ilhas, tomara que alguém, os governos regionais ou o Zé dos Anzóis, pegasse naquilo - tem dito o governo por outras palavras.

Temos aqui abordado os perigos de um centro regional sem a população do seu lado, confiado apenas nas pressões políticas a favor da manutenção de um serviço público. Fiem-se!
Nos Açores, partidos políticos, governo e povo estão firmes à volta da sua televisão. Esperar que a defesa do centro da Levada do Cavalo esteja garantida por arrastamento, por jurisprudência em resultado dos esforços nos Açores, não parece medida suficiente.

Os trabalhadores da RTP-Madeira precisam actuar por antecipação, e mesmo assim não sabemos se vão a tempo. Há que atacar com um projecto viável, cortar caminho aos coveiros da estação que preparam as pás a fim de deixarem campo livre a outro projecto afim, cheio de perigos, de que já falámos neste espaço.  
Tudo com a conivência e encorajamento do 'autonomista' governo regional, como se adivinha.


A Madeira precisa de uma boa televisão. Nesta altura, dispõe de potencialidades técnicas, equipamentos e profissionais altamente competentes para garantir o desempenho da missão dentro da qualidade que interessa.
Antes que o leite se derrame irremediavelmente, acordar! Acordar já!

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