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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Delírios da Madeira Nova





GUILHERME MACGYVER EM GRANDE NO JM



Subiu para o alto da primeira página e aumentou substancialmente o espaço das entrevistas


JM 6 Agosto 2012.




JM 22 Agosto 2012. O orador
é o mesmo e o alvo também.



















O deputado em S. Bento Guilherme Silva continua 'de pedra e cal' como um dos artistas convidados das edições diárias do jornal governo/igreja com sede à Fernão Ornelas.
Entrevistas de fundo (quanto às dimensões das estopadas) quase todas as semanas.
O barão laranja transpira bicas de abnegação no desempenho das complexas atribuições de, qual MacGyver, desmentir o indesmentível no plenário lisboeta sempre que o desbocado rei das Angústias, seu patrão, despeja mais um dos embaraçosos e comprometedores dislates em que se especializou.
Depois, mal tempo consegue arranjar Guilherme para os processos judiciais, pagos milionariamente ao advogado, que o governo regional abre a torto e a direito para calar quem fala verdade.
Ainda tem, claro, o seu escritório de advogados na capital 'cubana', que lhe consome horas e cérebro às pastas. 
No meio de todos esses fretes, compete-lhe vir muitas vezes à Madeira para mostrar-se ao vivo, como no debate parlamentar quinzenal cujo painel integra, na RTP-Madeira.
Pois além de tantas e tão trabalhosas missões, o homem ainda consegue disponibilizar-se para desovar lençóis de texto e preencher páginas e páginas no JM.

Há poucas semanas, o homem encheu uma primeira página e algumas do corpo do jornal a tentar convencer as massas pró-laranja da necessidade incontornável de subir à serra em 22 de Julho - não 21 ou 23, mas 22! - porque esse dia estaria reservado pelas escrituras para a mãe de todas as batalhas de que as hostes madeirenses sairiam vencedoras sobre as adversas tropas comunas, maçónicas e pró-americanas de Lisboa.
Porque os terroristas incendiários pegaram lume à ilha, o cabalístico dia teve de ser transferido para 9 de Setembro, e então Guilherme ficou de cara à banda: como explicar que a providência divina teria colaborado com a Quinta das Angústias transferindo também o misticismo do 22 de Julho para 9 de Setembro?
Mas - ou não se tratasse de um segundo MacGyver - Guilherme superou a pequena contrariedade e ei-lo que, desde então, já deu mais duas entrevistas de fundo!!! No mesmo jornal!!!
A sério! Dia 6 deste mês, titulava o JM em monumental manchete: "Guilherme critica falta de eficácia de Paulo Portas". Quanto ao corpo da entrevista pergunta-resposta, as páginas 4 e 5 eram dele, Guilherme! Pancada em Portas por causa da Zona Franca. O Chão da Lagoa logo se veria...
Pois ontem mesmo, nova chamada de 1.ª página, a toda a largura, por cima do próprio cabeçalho do jornal, e agora com, não duas, mas três páginas, e o título garrafal na página 3 a citar: "Falta de empenho de Portas no dossier da Zona Franca".

O JM reza para que Paulo Portas continue a dormir no "dossier Zona Franca", porque assim sobrevive o pretexto de encher páginas com declarações anestesiantes do nosso
McGyver a criticar... a demora de Portas.


Evitando fotos de Miguel Albuquerque


Apesar de acossada pela Troika, a 'Fénix' dá um prémio ao Leitor que adivinhar quem é que o JM conseguiu esconder atrás de sua majestade, no Dia da Cidade. Uma pista: o 'escondido' vem de bordão e capa negra, depois do chefe superior do Distrito.


Para os altos comandos do JM, quanto menos espaço disponível nas páginas, melhor. Porque o administrador - pronto, não dizemos o nome hoje - morre um pouco em cada edição, desgastado com o susto não vá um editor desalinhado meter na página qualquer fotografia de Miguel Albuquerque. Ainda na recente visita ao Funchal do iate argentino 'Libertad', muito se debateram os responsáveis do JM com um grave problema: como evitar fotos do presidente da Câmara - o tal que se prepara para derrubar sua majestade da cadeira das Angústias - se ele esteve a bordo lado a lado com grande chefe?! O editor achava que se devia pôr, o administrador que não... E ganhou o da mais alta patente.
Grande chefe saiu na primeira página com os marujos do tango, saiu na última com microfones à frente... E, quanto a Miguel Albuquerque, deve ter visitado apenas os porões do iate, porque o autor da notícia - um editor - nem no texto da reportagem mencionou a presença do edil a bordo.

No dia da Cidade, terça-feira, não havia hipóteses de fazer desintegrar o challenger de Jardim, anfitrião das comemorações. Mas o administrador e seus acólitos arranjaram maneira de reduzir a Câmara quase a zero... da cerimónia organizada pela câmara. No dia seguinte, a manchete do JM, à frente, resumia o discurso do grande chefe e a foto era dele, a bojardar banalidades conhecidas.
Folheando o JM em busca da reportagem do dia, que se encontrava? Primeiro, a tal entrevista de Guilherme, pois claro - páginas 3, 4 e 5. Na 6 e na 7, o estenderete do discurso régio balbuciado na sessão solene. E então nas páginas 8-9, o Dia da Cidade, se bem que outra vez com declarações - e foto - do omnipresente e omnisciente Guilherme Silva. Milagrosamente, aparecia Albuquerque a falar, mas a dividir o espaço da foto a 3 colunas com toda a vereação e tendo em posição imperial o chefe das Angústias, a perscrutar o ambiente como um fiscal municipal, ao lado de João Dantas.
Miguel Albuquerque está noutra foto, mas só se percebe que se trata do presidente da Câmara pelo ceptro que leva na mão direita, já que está numa posição de 'snooker', escondido atrás de sua majestade, na revista à formatura dos bombeiros em plena Praça do Município.

Senhores! Uma entrevista de fundo com Guilherme MacGyver todos os dias resolve esses problemas. Força!


3 comentários:

jorge figueira disse...

Penso que Guilherme Silva, (além de MacGyver) dada a sua comprovadissima habilidade para trabalhar com setas, poderia muito bem ser o Guilherme Tell madeirense. O outro era hábil a acertar em maçãs.O nosso, porém,não lhe fica atrás na capacidade de acertar, anos a fio,no miolo dos eleitores com as propagandas mais descabeladas como aquela do CR7 ser um produto da política desportiva regional.Uma mentira, repetida até à exaustão, torna-se verdade até que tudo se desmorone. Foi assim 1945 e repete-se 2012 com outros protagonistas

Luís Calisto disse...

Numa coisa o rei tem razão: a sua política desportiva aplicou milhões para tirar da droga e da tasca muitos jovens... mas jovens croatas, ucranianos, brasileiros e africanos, os que são contratados para jogar nos nossos clubes, porque os nossos não têm lugar, a não ser os que se 'pisgam' daqui, como Ronaldo e Marcos Freitas.

jorge figueira disse...

Nem mais, o deputado não se tinha apercebido disso a tempo de evitar o disparate.