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quarta-feira, 12 de setembro de 2012



Rei das Angústias diverte-se com a miséria do povo






O homem insiste em chamar de tontos quem já conhece a sua ladainha desde há 3 décadas. Na edição desta terça-feira do JM, jornal ainda no mercado para enxovalhar muitos dos que pagam a sua existência, lá vem ele repetir a lengalenga de que... o que não seria da Madeira e dos madeirenses se ele não tivesse adoptdo a "estratégia certa" de fazer as obras no tempo em que havia dinheiro! 

O que seria?
Todos imaginamos facilmente o que seria.

A Madeira não teria, por exemplo, túneis a mais, aqueles que não são precisos para nada e que só servem para criar erva e guardar o produto de roubos.
Não teria estradas exclusivas para as casas e propriedades dos caciques do laranjal.
Não teria marinas que não fazem nada, excepto delapidar o já desgraçado erário.

Se ele não actuasse com a loucura com que actuou, a Madeira não teria pavilhões desportivos às moscas, distantes 5 minutos uns dos outros. Idem com centros de saúde, piscinas (umas que ainda nem funcionaram), centros cívicos, fóruns, restaurantes (!) das sociedades.
Não teria campos de futebol abandonados, perto uns dos outros e vagos toda a semana (só no concelho de Santa Cruz são 10!).

O que seria da Madeira?
Não estaria agora a tentar desfazer-se, ao preço da chuva, das infraestruturas das sociedades de desenvolvimento - essa solução milagreira que o chefe arranjou para, paralelamente ao maná off-shore, transformar a Madeira na Singapura do Atlântico (sociedades de endividamento, isso sim, um truque destinado a sacar dinheiro à banca para obrar, inaugurar e ganhar votos).

A Madeira, se não fosse aquela "estratégia certa", passaria muito bem sem os parques empresariais, porque a tendência é tirar gado da serra e além disso as cabras têm mais onde pastar.
Abreviando, não fora tal estratégia (certa, goza ele), a Madeira estaria livre de buracos financeiros e dívidas ocultas que duplicam hoje as dificuldades que Passos Coelho e Vítor Gaspar estão a infligir ao País todo. E que daqui a 3 gerações de ilhéus ainda farão mossa.

Que seria dos madeirenses sem as loucuras dele?
Não veriam estatísticas com quase 23 mil desempregados.
Nem o alastrar da pobreza em zonas sociais impensáveis até aqui.
Nem seriam obrigados a emigrar outra vez!
Nem a entregar o carro, a casa e mobília à banca.

A toda esta desesperada situação, o rei das Angústias chama "desenvolvimento".
Ao desespero do povo sem trabalho nem dinheiro para um iogurte ou um caderno, ele chama estabilidade social.
Para ele, sim, que tem imoralmente dois vencimentos chorudos.
"No momento presente, temos de ser realistas", escreve o ditadorzeco no delírio que tomou conta dele.
Nós a vermos Passos e Gaspar a cortar vencimentos e pensões e a reduzir salários, mais os apertos à Madeira por causa do estoira-vergas das Angústias, e o caudilho a filosofar sofismas.
Vá lá fazer pouco do...

1 comentário:

jorge figueira disse...

Caminhamos a passos largos para um Poder à chinesa. Veja o modo como é tornado público no J(ardim)M(adeira)de hoje a notícia da demissão da cidadã Rubina Leal da Comissão Política. A Pessoa, a Cidadã, apaga-se perante o colectivo que, no caso em apreço, é S. Exa. Deng Xiaoping no seu melhor. O Partido, nestes sistemas, existe para calar todos aqueles que se atrevam a pensar pela sua cabeça. Exemplifico,o partido vai para a rua festejar tudo, desde o CSM na Liga Europa a uma possível vitória num campeonato de"milhinhos"