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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Delírios da Madeira Nova





A RECEITA FINAL DO 'DOUTOR ENTERRO'




Desconfiando de que a Madeira ainda não está bem enterrada, o sua excelência de lá de cima passa receita para o golpe de misericórdia.


Chefe das Angústias aparece no JM de hoje, terça-feira, com as poções milagreiras para 'libertar' a Madeira da profunda fossa onde ele próprio a mantém soterrada faz um século
O homem propõe remédios como se o criminoso fosse a criatura credível para recuperar a vítima.
  
O que o verdugo pretende é que o eleitorado moribundo e mal enterrado se entregue mais uma vez nas suas mãos para que ele possa consumar o serviço de arrasar completamente a sua própria terra e os conterrâneos à conta de um pacto vá lá saber-se com que demónio.

O perigoso indivíduo teima na defesa de uma transformação política e afirmação de caras novas. Mas lá em Lisboa, onde há um governo com apenas um ano (embora já com história tenebrosa).
Aqui, onde os espectros do laranjal atormentam o próximo há 3 décadas, infernizando duas ilhas com uma ditadura prvinciana, desemprego, pobreza, falências, casas e carros devolvidos aos bancos, emigração, instabilidade social, divisionismo fratricida - aqui subsiste uma terra de sucesso, repete-se incansavelmente o mentiroso banha-de-cobra.
 
Vejamos a teoria que sua excelência desbobina hoje para enterrar a Madeira de uma vez por todas:
 
 
 
"1. Consolidar as Finanças regionais para, mais uma vez a tempo e com visão, se segurar e defender o futuro da nossa inalienável Autonomia Política evolutiva."
 
'Fénix' - O descaramento do sujeito não tem limites. Tratar de finanças "mais uma vez", diz ele aos tolos, "a tempo e com visão"! Tanta visão teve que Victor Gaspar não o deixa mexer num cêntimo. Os pagamentos grandes e pequenos são feitos por Lisboa.
 



 "2. Não transigir na luta por mais Autonomia, luta que apesar de contrariada pelos partidos colonialistas e seus testas-de-ferro pseudo-sociais-democratas, é ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDÍVEL para obtermos os meios necessários à ultrapassagem da presente conjuntura."
 
'Fénix' - Mais autonomia? Pois se não há nenhuma! Que raio de autonomia é essa em que um governo (eufemismo de junta de freguesia) está proibido de mexer em dinheiro?
E depois... Mais autonomia? O cavalheiro quis autonomia na Saúde e na Educação, para nessas áreas mandar e arranjar tacho para os clientes políticos. E agora brada pelos cantos todos que Lisboa deve milhões das despesas nesses sectores, que ele regionalizou irresponsavelmente!
Revisão constitucional! - repete ele também. Homem, vá bugiar com as araras! Quer regionalizar a Justiça, para mandar prender e expulsar das ilhas os que lhe apontam a incompetência gritante e a senilidade?


 "3. Cabe também às autoridades regionais, embora sem o poder político das autoridades nacionais, continuar a pressionar a Banca, apontando as prioridades para os pequenos empresários."
 
'Fénix' - Pois cabe. Para o povo aparvalhado julgar que a culpa do descalabro financeiro do jardineirismo é de quem o alimentou estes anos. Só que a Madeira moribunda não tem crédito para recorrer a um cêntimo furado! Graças à "visão" do rei da tabanca.
 

 "4. Não podemos deixar de prosseguir com o investimento possível no quadro das presentes condições financeiras."
 
'Fénix' - O único dinheiro que passa pelas mãos do governo, relativo à Lei de Meios, ruma imediatamente para os amigos do chefe tribal, a propósito daquela prioridade que se vê no aterro e nas fozes das ribeiras. Que rendível investimento!

 "5. O Governo Regional vai continuar a reforçar o apoio às pequenas empresas privadas mais débeis, visando a sustentabilidade do Emprego."
 
'Fénix' - O (des)governo regional que se apresse, a ver se apanha ainda alguma pequena empresa de portas abertas. O leque encurta.

 "6. Tem de ser prosseguido o enfrentar da Oposição, como sempre, na bipolarização estabelecida.
O problema da Madeira é a existência de uma Oposição sem quaisquer ideias alternativas, absolutamente descredibilizada e sem qualquer estratégia nesta conjuntura complexa, limitando-se a um exibicionismo feito de tontarias demagógicas, apoiadas pelo panfleto dos ingleses e pela RTP/RDP locais."
 
'Fénix' - Quem ler distraidamente o artigalho nauseabundo que vem hoje no JM julgará, por um momento, que quem governou a Região 36 anos, guiando-a para o pântano onde esbraceja hoje, foi a Oposição.

 "7. O ano de 2013, desde o seu início, terá de ser particularmente dedicado à preparação das eleições autárquicas, pois com as dificuldades conjunturais actuais, a Madeira suicidar-se-ia se o Poder Local caísse nas mãos dos analfabetos políticos que enxameiam as fileiras dos pequenos partidos da Oposição."
 
'Fénix' - Pronto: sua excelência chega enfim aos únicos pontos que lhe interessam. Aqui, trata-se da eleição autárquica de 2013. A guerra do soba resume-se à manutenção do seu real assento na cadeira ensebada que está lá para cima, nas Angústias.
Suicídio, diz ele, se a Oposição ganhasse câmaras. Viu-se em Machico e no Porto Santo, quando partidos da oposição ganharam e mereceram repetição de mandato pelos votos das populações.

 "8. Finalmente e dadas as suas características de Partido hegemónico, cuja dimensão e estabilidade são fundamentais para aguentar a Madeira, ter-se-á de proceder a uma blindagem do Partido Social Democrata, em termos de impedir qualquer respingo das cenas públicas que, nos últimos tempos, cirurgicamente e numa ofensiva da “direita” tradicional, pretendem destruir o PSD/Madeira por dentro."
 
'Fénix' - "Blindagem do PPD", vamos indo. O que ele quer dizer é blindagem do chefe. Do seu lugar de mandão, armão e caga-ordens, desculpem a expressão escatológica. 
 
"Destruir o PSD/M por dentro"! - refere também ele, acusando quem o enfrenta nas eleições internas do seu partido.
Mas há que anos vemos essa gaiola das malucas rebentada por dentro! Muito trabalho terão os que se seguirem no poleiro dos Netos, isso sim, para consertar os estragos que o regedor fez, porque aquilo está em 'fanicos'.
 
Longe vão os tempos do 'unico importante', a verdade é uma. Há demasiadas ovelhas tresmalhadas no redil... 
Prova disso é a nervoseira que se apoderou do pobre ditador.
Campanha intimidatória de frequesia em freguesia, para manter os militantes eleitores sob sequestro.
Eleições partidárias locais à mistura com a da comissão política, para confundir os votantes, não vão eles escolher Albuquerque a 2 de Novembro.
Alertas espaventosos contra o caos que seria uma derrota sua no partido.
E, claro está, a campanha vergonhosa diariamente escarrapachada no JM, de ponta a ponta. Como podemos apreciar nas imagens a seguir, subtraídas à edição deste terça-feira.
 
 
Página 1: para não perder tempo nem espaço, a propaganda começa logo na primeira página, com 'chefe armão' ao cimo da página... e também em grande, mais abaixo. Sim, duas vezes na primeira, para garantir o pluralismo!

Página 2: a infalível vomição diária do chefe, nos bonecos 'boca pequena', e uma peça partidária contando as andanças dele pelas freguesias a denunciar às bases o enriquecimento dos miguelistas. 

Página 3: ainda 'o maior' a despejar teoria, bem acompanhado em rodapé pelo secretário da Educação.

Página 4: um espaço especial para o patrão laranja nacional. Para o mês que vem, é preciso dinheiro dos 'cubanos', outra vez...

Página 5: regresso em força do 'unico importante, com mais crítica à política de impostos (lá no rectângulo, obviamente).


Página 7: a tal página que encima este artigo, com a receita presidencial para acabar de vez com a raça madeirense.


Página 8: sem mais fotos do homem disponíveis de momento, os crânios do JM dão lugar ao secretário do Ambiente.

Página 9: para não haver brigas desnecessárias, a ímpar seguinte (a cores) fica para o vice do governo laranja.

Página 10: pensando melhor no futuro, os crânios do JM repescam o secretário do Ambiente, Manuel António, em página também a cores.

Página 12: para impregnar a propaganda laranja de fragrância beata, porque o vilão gosta disso, lá vai bispo das Quatro Fontes com agenda e retrato.

Penúltima página: a remoer sobre os ordenados chorudos e o que pode acontecer futuramente, os comissários do JM desencantam mais uns bonecos de Manuel António para o 'social'.

Última página: se abriu com chave de prata, o incrível JM fecha com chave de ouro.

Nota da Fénix - Este jornal é pago por todos nós, madeirenses. Retiramos 11 mil euros aos nossos desgraçados meios para cobrir cada edição deste jaez, de panegírico ao chefe.

 

6 comentários:

jorge figueira disse...

Assim vai, no seu melhore, a aliança púlpito trono. Um dia virá em que a diocese terá de pedir desculpa pelo que tem permitido fazer-se no JM

Anónimo disse...

Ámen!" Que Deus o acompanhe!"

Luís Calisto disse...

Já perdemos a esperança de a Diocese pedir desculpas sobre o que seja.
Veja-se o "Cristo" Frederico! Veja-se o que fazem ao Padre Martins. Os bispos mudam mas a (in)tolerância cristã é a mesma (para agradar ao rei da tabanca local, é certo).

Anónimo disse...

Neste "paraíso" está instalado a nova(?) Inquisição para julgar "infieis" à Santa Fé de Torquemada(traduzido à madeirense,Alberto João Jardim) e mais não digo para não ir parar à fogueira!

Anónimo disse...

Quando Jesus estava pregado à cruz disse ao Pai : "Pai perdoe-lhes porque eles não sabem o que fazem" Mas eu que sou um simples pecador mundano NÃO DOU PERDÃO A BANDIDOS! CADEIA NELES....

Luís Calisto disse...

Meus Caros, também sou um simples pecador mundano e não consigo oferecer a outra face.