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sexta-feira, 16 de novembro de 2012



DESAFIOS 2013
 
 
 
O futuro da Região passa por aqui.

Na Madeira durante décadas, com excepção das Legislativas Regionais de 2007 e numa ou outra eleição (Nacionais e Autárquicas) e mesmo assim sempre havia quem também ficasse feliz, apesar das sucessivas e quase sempre arrasadoras derrotas, toda a oposição também cantou vitória mesmo que, na verdade, pouco ou nada tenha ganho. E, ou muito me engano e bem me queria enganar, no próximo

ano vamos ter mais do mesmo, pequenas vitórias, quando o que está verdadeiramente em causa é a mudança do regime e de protagonistas e mostrar um verdadeiro cartão vermelho ao PSD-M e isso passa obrigatoriamente pela oposição ganhar o Funchal, além claro de tentar tirar o maior número possível de Câmaras e Juntas de Freguesia ao poder instituído há trinta e tal anos.


Grosso modo, eis o que deve ser feito: as próximas Eleições Autárquicas mais do que serem para Câmaras e Juntas de Freguesia têm de ser transformadas numas “Regionais” antecipadas tal e qual aconteceu com as Autárquicas de 2001 que levaram ao abandono de António Guterres e também mais tarde as Europeias seguintes (2004), que levaram tanto uma como outra depois à alternância e à mudança de poder.

E o que hoje escrevo mais sentido faz quando este ano assistimos a uma tentativa de “Primavera Marcelista”, no PSD-M, com a candidatura de Miguel Albuquerque, cujos surpreendentes resultados para muita gente que pensa que a política só se faz em gabinetes, numa profusão de conferências de imprensa, para terem direito a fotografia nos jornais e a aparecer 30 segundos na tv, em circuito fechado, esquecendo-se que embora tudo isto seja preciso, a política deve sobretudo fazer-se na rua, com as pessoas, tocando, cheirando, sentindo, falando, explicando, num claro exercício de proximidade e não de vaidade, embora, verdade seja dita, nesta altura as pessoas estejam fartas de políticos e tendem a juntar o joio e o trigo, dizendo que são todos iguais por mais que se relembre que, na Região, o poder sempre teve uma única cor – a do PSD-M.

Se é certo que há pelo menos três Câmaras Municipais (duas com o PS-Madeira, Machico e Porto Moniz e Santa Cruz com os Juntos Pelo Povo) em que a oposição pode ganhar sem um projecto mais abrangente e congregador, a verdade é que no Funchal, isso não acontece, ainda que feitas bem as contas até se possa deixar um partido de fora. E para poder mudar o regime há primeiro que tudo que ganhar o Funchal.

Creio bem que estão reunidas as condições para que isso aconteça pois, mesmo que Alberto João Jardim, o meio líder, venha outra vez arrepiar caminho e tire de cena Bruno Pereira voltando a Sérgio Marques ou até a outra pessoa, porque, como claramente mostraram as eleições internas do PSD-M, o ex-vice-presidente da CMF, depois do que fez a Miguel Albuquerque não é uma mais-valia. Bem pelo contrário.

Resta ainda saber qual vai ser o posicionamento do outro meio líder do PSD-M, Miguel Albuquerque, pois também lhe interessa que o PSD-M saia copiosamente derrotado nas próximas Autárquicas até porque mesmo havendo outro congresso e outras directas 2015 é longe demais e há muito barão para sair da toca, que já se viu que Manuel António pouco vale internamente.
 
Emanuel Bento


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