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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Televisão



 
QUEIXA CONTRA RTP-M POR CAUSA DA GREVE GERAL


Levada do Cavalo contrata externos em dia de paralisação laboral e terá maçada por causa disso. Aquilo ali para acertar uma...



Do feitio que vai o folhetim, aquilo são mais duas luas e cai tudo por aí abaixo

O dia de paralisação na Madeira conheceu desenvolvimentos inesperados. O número mais espaventoso manifestou-se junto ao portão da Quinta das Angústias, onde, como se sabe, o povo compareceu a ver se 'Meio Chefe' Jardim aderia ao movimento. É que o homem dissera abertamente, depois da manifestação nacional anterior, que só por pudor institucional não pegara na sua bandeirinha para desfilar entoando também as palavras de ordem escolhidas contra Passos Coelho, Gaspar e Troika. Pois agora com aquela oportunidade...
 
Mas outras variações da greve de quarta-feira ficaram registadas no 'diário de bordo', embora sem tanto impacto na opinião pública.
Por exemplo, a Antena 1 só entrou com emissão própria lá para as 5 da tarde. Antes disso, andou pendurada em Lisboa, a não ser os noticiários, feitos cá, e os acertos de emissão, que os pestes dos operadores aproveitavam para preencher com 'Os Vampiros' de Zeca Afonso.
Se o sr. 'Meio Chefe' tinha o rádio ligado nas Angústias!...
 
A RTP-M, é claro, meteu os seus episódios caricatos. Foi enorme o desespero directivo - sim, dos directores - porque não se conseguia meter o vespertino 'Madeira Viva' no ar, por estarem em greve sectores sem os quais nada feito.
Perante o cenário de paralisia, salvo seja, a chefatura da Levada do Cavalo preveniu-se para o programa da noite, 'Interesse Público', já com meia Madeira convidada. Vai daí, toca a recorrer ao serviço outsourcing: colaboradores externos para substituir os profissionais da casa em situação de greve.
Batota grosseira, senhores directores Miguel e Martim! Então não há Lei Geral do Trabalho, não há Lei da Greve?
Isso não se faz! Se uma empresa se vê forçada a interromper algum tempo a laboração porque os trabalhadores aderiram a uma greve - pois interrompe mesmo e nada mais. Cumpre-se a lei, tudo 'nos conformes'. Ninguém aplicaria umas palmadas no Miguel ou no Martim se ligassem a estação local ao serão de Lisboa ou se metessem um filme, caso a Continuidade o permitisse. Palmadas merecem noutras ocasiões da televisão bizarra que fazem desde que entraram para os qualificados cargos!
Que querem significar os chefões mostrando que ali tudo funciona, em greve ou em serviço?
 
Televisão é cérebro, senhores. Vamos pôr a cabeça a trabalhar. Até porque estão sempre a trabalhar, não fazem greve.
É que assim... Pois, lá está: segundo as últimas que nos chegam, o Sindicato dos Jornalistas - e muito bem - resolveu apresentar queixa contra a RTP-M pela contratação de profissionais externos em dia de greve.
Mais maçada do que se tivessem aceite as consequências do direito inalienável à greve dos trabalhadores.
Raios, é só retirar direitos? Ainda mais?
 

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