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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

São Festas




OS VELHOS DA TABANCA ESTÃO A PERDER O JUÍZO


São festas, mas alguém precisa de moderar o comportamento da velhada jardineirista. O povo que, através do voto, segurou por três décadas o regime sátrapa, agora que o subsidiozinho desapareceu torna-se intolerante




Gabriel Drumond foi ver a lapinha do 'número um' do Fama. (Fotos do site Presidência)


De há uns anos para cá, os reumáticos do regime tribal vivem a quadra natalícia como crianças. Normal. Os velhotes entraram na segunda infância e voltam a contar, inebriados, os dias que faltam para trocar presentes, visitar lapinhas e correr para o sapatinho à meia-noite de 24.
Sem querermos desmanchar gratuitamente esses prazeres aos nossos anciães, sentimos a obrigação de chamar as atenções para o seu comportamento irresponsável e destravado logo quando a situação económica, financeira e social aponta para o abismo.
Esses corcundas senis, profissionais do tacho que se agarraram como lapas aos postos-chave da vida pública, e hoje sarna da mais incomodativa que há, foram perdendo o juízo à medida que entravam na velhice. São inimputáveis, condescendemos. Mas alguém tem de lhes ajustar o freio nos dentes.
É que o povo vive tão desesperado, no desemprego e à fome, que deixou de tolerar as loucuras dos fósseis ainda no activo.
 
O rei da tabanca emborca uns licores de Natal naquelas sessões beija-mão da Quinta das Angústias, a que todos os quadros públicos dependentes dele são obrigados, e depois vai por aí para lá com destino à Serra de Água, entregar chaves de apartamentos aos martirizados do 20 de Fevereiro. Já de si afectado pela impiedosa decrepitude, o cómico ditador deixa-se levar pelos vapores da bebida e expele pelas goelas vulvânicas umas emanações de falsa pujança, capazes de provocar negativamente quem já não está a vê-lo bem.
 
Ele voltou a dizer na Serra de Água, ontem, que em vez de medo há que enfrentar as dificuldades. Ainda bem que o homem anda protegido por aquela tropa de polícias. E é bom que os irmãozinhos do Lazareto se mentalizem de que terão de fazer de guarda-costas também, dentro de pouco tempo.
Claro. Quem recebe dois vencimentos milionários por mês e tem o staff privado todo bem colocado em lugares públicos, pagos principescamente, pode falar de alto, fazer pouco dos desgraçados que votaram nele dizendo-lhes que não tenham medo. Mas olhem que um homem desatinado, com a mesa cheia de miséria para dar aos filhos na consoada, ouvir incentivos à luta contra as dificuldades da parte do causador da desgraça regional pode explodir com uma reacção desagradável.
Estamos a falar com conhecimento de causa, porque andamos todos os dias pelas cidades e campos e conhecemos o estado de espírito dominante.
Quem te avisa...
 
Ninguém liga quando 'Meio Chefe' do PPD tenta popularizar a ideia de um movimento nacional organizado para "mudar o nosso país", como ainda ontem repetiu pela enésima vez na Serra de Água. A senilidade, porque a idade não perdoa, leva-o a crer numa onda que a partir do continente o convidaria para chefe nacional. Em novo, tantas vezes se ofereceu para liderar o seu PSD nacional e apanhou sempre sopa. O melhor que conseguiu foi ser ridicularizado quando os diabretes do Marcelo Rebelo de Sousa, Júdice e Santana o apontaram como candidatável a Belém.  E então agora, que não diz coisa com coisa, iriam chamá-lo para qualquer responsabilidade!
Os continentais - cubanos, lembram-se? - a quererem-no lá, podendo mantê-lo à distância regulamentar!
A geração actual de madeirenses é que se deixou levar por uns copos de vinho com bolo do caco e espetada.
 
Se alguém de bom senso existe ainda nos meandros do putrefacto poder regional que se mexa. Porque os 'apparatchik' do jardineirismo, também lelés da cuca, continuam mostrando ao chefe do musseque uma realidade que já não existe há 20 anos.
O capelão do regime, mais conhecido por 'Beato das 4 Fontes', ainda ontem soprava o ego do sua excelência das Angústias. Talvez na esperança de receber mais uns dinheiros para sinos e sacristias, o 'sopinhas de leite' das 4 Fontes, sua excelência reverendíssima de campanário, apelava diante do sua excelência de tabanca: não se retraia, não deixe perder a esperança.
Ora, quando a figura principal da Igreja tribal acha que deve dar força para o cómico ditador continuar na sua, e que ele, rei das Angústias, que conduziu a sua terra à bancarrota, é a esperança do povo, isto está tudo com os copos.
Se fosse apenas na Festa...

 



Ricardo Silva pronunciou, com solenidade no gesto, a derradeira sessão de boas-festas no cargo de coordenador da Judite.



'Meio Chefe' gostaria de uns dentinhos de macarrão de S. Vicente, para enxugar.


Suas majestades numa sessão dupla, de cumprimentos de Natal e despedidas. Mas dentro em pouco, no Lazareto, continuarão a pensar, como hoje, que ainda são importantes.

Lapinha tradicional no Palácio do Representante, titular que... Bom, não nos lembramos da sua utilidade.

O 'Beato das 4 Fontes' abriu a porta para mostrar o presépio à "esperança" da Madeira, que no seu entender é o velho cómico ditador da tabanca.


4 comentários:

Anónimo disse...

Esta hoje cá foi forte, ehehehe.
Parabéns pelo artigo, eheheheeh

Anónimo disse...

algo correu mal o meio chefe foi o primeiro a sair porque?

jorge figueira disse...

Assim vai o nosso pequeno mundo. Os idosos também se dividem entre "patas rapadas" e DOUTORES. A cada um o que lhe é devido. Aos "pata rapadas", alguém impregnado de espírito natalício e recordando o que de melhor se poderia imaginar no BurKina Fasso, desalojam-nos de um "armazém para velhos" por dificuldades financeiras. Aos Doutores é que descreve o texto. Não diferem estes tempos daqueles que se viveram com o nosso: REI D. Miguel I. Façamos um esforço e talvez encontremos um candidato a emulo do terrível Teles Jordão.Há, porém,uma esperança muito simples: quero, posso, mando do D. Miguel caiu.

Luís Calisto disse...

E agora os idosos 'patas rapadas' passam a descontar muito mais para pagar as reformas douradas dos idosos doutores!
Custa a crer, mas é verdade.