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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Delírios da Lusitânia




JARDIM CHAMOU 'MARICAS' AOS TROPAS
35 ANOS ANTES DO QUE DEVIA


Não se ria, Leitor, mas o CEMGFA, general Luís Araújo, condecorou o rei da tabanca pelo seu 'patriotismo' e por ser 'homem de uma só palavra'. A velha Lusitânia ensandeceu de vez.













Os tropeiros modernos, que se fossem à junta nalgum tempo certamente acabariam devolvidos ao pai, por falta de  coluna, condecoraram esta segunda-feira o rei da tabanca madeirense com uma tal medalha militar da Cruz de São Jorge, e de 1.ª classe.
No panegírico perdigotado pelo próprio chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, fica-se a saber que, no ver dos fardetas, o das Angústias é pessoa de 'carisma', 'patriotismo', 'prestígio' e 'pragmatismo'. Mais: "É um verdadeiro líder, homem de honra e de uma só palavra."
Depois de umas boas gargalhadas que nos deixaram esmorecido, comentámos: esta deve ser para a secção humorística do jornal de caserna daqueles brincalhões.

Ora!
Carisma - ele é tão carismático que o povo não consegue beber uma cerveja sem lhe oferecer parte dela, mandando-lhe metade à papada.
Patriotismo - Bom! Solidarizar-se com os 'cubanos' do continente é com ele. O tipo gosta tanto da bandeira nacional que só tem hasteada a da Região na Quinta das Angústias e na cabeça da Pontinha, para não gastar a verde-encarnada. E promete relações privilegiadas com Portugal, quando a Madeira "seguir o seu caminho".
Prestígio - Aqui, calamos a boca. O homem é bem visto lá fora. Em Espanha, nomearam-no "rei do insulto".
Pragmatismo - Outra em que os fardetas têm razão: ele fez obra, enriqueceu os traficantes de betão e deixa à Madeira do futuro uma pragmática dívida que nem daqui a 50 anos estará paga.

Tomemos como piada de cantina os elogios da tropa ao antigo oficial de acção psicológica (destinada a nativos africanos do interior e que nem por lá funcionou).

Diz-se ali que o das Angústias sempre cooperou com os três ramos das FA. Só pode ser ironia. Tanto que maltratou brigadeiros e generais só porque haviam sido nomeados ministros da República!
Andou sempre à cabeçada com a tropa de Carlos Azeredo.
Zaragateou com marujos várias vezes, e no Porto Santo ameaçou mandar um deles à água - mas o melhor é perguntarem a Figueiredo Robles pelo espírito de 'cooperação' da criatura.

Verdadeiro líder? Actualmente, já nem de meio PPD!

...Mas a piada mais conseguida no louvor ao régulo das Angústias, que chamava 'lateiros' a tropas que conhecemos, é considerarem-no 'homem de honra e de uma só palavra'. Por acaso, achamos que ele serve de protótipo dos mentirosos compulsivos, não de uma nem duas, mas de muitas palavras.

Podemos dar um exemplo de quão mentiroso é o cavalheiro, como político carreirista que é - um exemplo relacionado com as NT, para perceberem melhor.

Em 1978, ele disse numa daquelas festas que o PPD criou para as bebedeiras de Verão: "Vejo que as Forças Armadas deste País se efeminizaram, as Forças Armadas perderam a masculinidade e Portugal não tem exército, tem é indivíduos com medo."
Mentira pegada. Nessa altura, a tropa não era efeminada. Tanto assim que foi um militar, o coronel Carlos Lacerda, a entrar-lhe gabinete dentro e a esbofeteá-lo, para mostrar que não estava efeminado. E foi outro militar, Ramalho Eanes, que por aquelas declarações alcoolizadas meteu sua excelência em tribunal.

Essa é a primeira mentira do exemplo que queremos deixar.

A segunda é sobre os elogios que ele faz aos tropas, actualmente. Que as tropas são valentes e cumprem o seu papel. Mentira dele. Agora que ele diz o contrário é que as tropas estão efeminadas. Pelo menos alguns 'lateiros' cheios de galões têm-se posto de cócoras à frente do rei da tabanca.

4 comentários:

Anónimo disse...

A medalha que o "meio-rei" recebeu das tropas "efeminadas" vai direitinha para o novo Museu do "Rei Sol"!

Anónimo disse...

"Tomemos como piada de cantina os elogios da tropa ao antigo oficial de acção psicológica (destinada a nativos africanos do interior e que nem por lá funcionou)."

Mas parece ter funcionado por cá durante quase 40 anos, atentas as inúmeras vitórias do "soba"...

Anónimo disse...

Meu Caro Calisto lembro o divisionismo que s. exa. introduziu nas FAs com a criação do monumento ao combatente madeirense na mata da Nazaré. O contorcionismo dos textos produzidos na altura, para dividir não dividindo, não convenceu muita gente a comparecer ao "número" inaugurativo-propagandistico do regime. Houve quem se apercebesse da manipulação e a denunciasse. O pasquim do regime, inquinando a informação, publicava textos onde se asseverava que os elementos do "povo superior" - inventado por s. exa. - auferiam remunerações inferiores aos restantes militares. Era o astro em todo o esplendor. Os arquivos da tropa andam certamente desactualizados ao esquecerem tudo isto. Tenho pena que estivessem actualizados quando me incorporaram...

Luís Calisto disse...

Ao sr. Comentador que diz ter funcionado aqui durante 40 anos a acção psicológica do soba:
Voilà!

Sobre o último sr. Comentador:
Vamos, a seu pedido, corrigir o lapso de o comentário ter chegado 'anónimo': quem o escreveu foi o nosso Amigo Dr. Jorge Figueira, que desde o início esteve ligado ao caso do Monumento ao Combatente.
Em segundo lugar, subscrevemos a sua posição.
Terceiro, desejamos ao caro Doutor o melhor ano possível.