Economia

FUNDO MONETÁRIO PROPÕE

MAIS 'REFORMAS INTELIGENTES'

'Se os portugueses estão em pele e osso, pois isso quer dizer que ainda se pode cortar numa dessas duas gorduras', sustenta Christine Lagarde

 

O 'Jornal de Negócios' abalou Portugal nesta quarta-feira com a divulgação de novo relatório do Fundo Monetário Internacional a indicar mais sacrifícios à nossa economia.

Sem qualquer rebuço, os técnicos do FMI acabam de atirar aos pobretanas lusitanos, de facto, mais um relatório que lhes aumenta cruelmente a miséria.

Insatisfeitos, não lhes chega ver 10 milhões em pele e osso. Acham que as duas coisas ao mesmo tempo são um luxo. Não está tempo de alimentar gorduras.

Urge, diz o relatório, baixar mais 4 mil milhões na despesa de cada ano. Como consegui-lo? Olhem, por exemplo aumentando as taxas moderadoras, mandando 50 mil professores para casa (se ainda a tiverem) e cortando ainda mais em todas as pensões dos vadios que descansaram toda a vida e querem 'bolos e sol' depois de velhos.
Diz mesmo a perversa Christine Lagarde, directora-geral do FMI, que os velhos e os funcionários públicos são as 'ovelhas negras' da sociedade, vivendo num luxo que ofende e prejudica os mais jovens. Pelo que, sentencia, devem ser esses dois sectores os mais fustigados pelo chicote fiscal.

 

O relatório, já entregue ao governo português, vai ao ponto de apontar classes profissionais género polícias, militares, professores, médicos e  juízes como detendo "demasiadas regalias". Toca a despedir e a cortar.

Preparem-se, portanto, para o pior.

 

Lagarde não descarta uma solução mais drástica depois dos cortes agora anunciados. 'Se os portugueses se queixam de estar na pele e no osso, então esperem para quando cortarmos 50% dessas gorduras!", terá confidenciado a Victor Gaspar.