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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Delícias da Madeira Nova


VAMOS A ISSO!






O artigo de opinião de sua excelência no ex-JM desta terça-feira vem acordar uma sociedade incrivelmente anestesiada mau grado a crise que faz alastrar o desemprego e a pobreza. Conforme a tradução do asterisco em título, esse artigo de opinião é o 'preto no branco' da intervenção do 'Meio Chefe' no jantar de ontem da Assicom. Ou, se preferirem, a discursata de ontem foi a leitura antecipada do artigo de opinião preparado para hoje.
Não interessa.
Importante é a sacudidela que as palavras ditas e escritas impõem às nossas mentes adormecidas. 
Os distraídos já se tinham esquecido? Pois sua excelência vem recordar a sua disponibilidade para meter Portugal na ordem. Mudar aquela mixórdia de partidos causadores de uma situação desesperada.
Das outras vezes, o povo nacional, a quem o articulista se oferece de novo, nem deu pelas insinuações gritadas a partir da Madeira. Pois desta vez, o rei da tabanca oferece os préstimos também para mudar os partidos nacionais por dentro. Tirar as peneiras a Passos Coelho, substituir Seguro por um social cristão da linha Guterres, mandar Portas para a marinha subaquática e meter Adriano Moreira no PP, mandar Jerónimo à matalúrgica e devolver o PCP à nova-cristã Zita Seabra, finalmente abrir caminho a Freitas do Amaral para tomar conta do Bloco, enfim.
Francamente, não temos paciência para ler o 'lençol' rabiscado por 'Meio Chefe', mas julgamos que se trata disso: ao mesmo tempo que pretende tomar conta do país a fim de lhe imprimir a 'mudança', ele gostaria de também dizer como é que cada partido deve actuar na conjuntura por ele proposta.

Aferindo pela página 7 do ex-JM, que corresponde a mais um frontispício com foto gigante de D. Juan Jardin, podemos adivinhar o que não seria Portugal mudado pelo 'Meio Chefe'. A imagem que ilustra essa página 7 apresenta o mesão de honra da Assicom no jantar do '4 Views': o rei dos reis a gesticular, Jaime Ramos atento, João Cunha e Silva a denunciar o frete, João Carlos Gomes a pensar no vencimento da Educação e ninguém menos do que o super-empresário Avelino Farinha.

Já imaginaram? Esta equipa num governo central rapidamente acabaria com a polémica do TGV, pura e simplesmente anunciando-a pela voz de Jardim, abrindo concurso orientado por um ministro das Obras Públicas seleccionado por Jaime Ramos e adjudicando a dita obra a... é preciso especificar?
E quem diz o TGV diz um aeroporto na cintura industrial de Lisboa para complementar o da Portela, marinas pelo Tejo acima, mais 3 ou 4 pontes sobre o mesmo rio, novas alternativas viárias, e evidentemente, para o núcleo duro não ser acusado de centralista, milhares de projectos para o resto do país, incluindo pavilhões, piscinas cobertas e centros cívicos para cada uma daquelas aldeias do interior lusitano onde só vive um casal de velhotes.
Façam um referendo nacional, fora do controlo da burguesia, a ver se o país chama ou não chama o nosso 'Meio Chefe' mais o imediato Jaime e as máquinas retroescavadoras de Avelino!
Ei! Já cá faltava! Os sibaritas do regime e certos sevandijas oportunistas, lambe-botas de carreira, acusam-nos neste momento de nos querermos ver livres de 'Meio Chefe'. Não, senhores! Não estamos a sugerir que ele faça as malas e parta de vez. Isto aqui também é Portugal, como se veria pelas bandeiras verde-encarnadas a hastear na Pontinha e nas Angustias se acaso dessem oportunidade a sua excelência o rei da tabanca para brilhar no rectângulo. Parecendo que não, há trabalho para levar a cabo aqui. O grupo da fotografia acima não está satisfeito com a obra feita. Depois de 34 anos de regime parasitário, ainda vamos nos 25 mil desempregados e nos 100 mil pobres. 


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