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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS / SÁBADO



MANUEL ANTÓNIO CONTINUA EM CENA
COMO FIGURANTE DE LUXO


Quando há notícia, está feito. Quando não há notícia, arranja-se.



O tempo de Manuel António Correia tentar chegar a chefe já expirou, porque 'Meio Chefe' não abdicará de concorrer às eleições internas do PPD em finais do próximo ano. Então, assistiremos à sequela de um filme que vem dos tempos do preto e branco: rei da tabanca, incapaz de se privar das delícias do poder, prometerá solenemente que, em 2019, deixará Manuel António governar uns meses para depois então se apresentar às urnas como futuro patrão do PPD e da Madeira.
Ora, tal tarefa conta com duas emboscadas mortíferas pelo caminho.

Logo no arranque do projecto para conservação de Jardim à frente do laranjal, Miguel Albuquerque derruba o dinossauro, 'com uma mão atrás das costas'. É o que está reservado para Dezembro de 2014. 
E se, por absurdo, os militantes social-democratas enlouquecerem colectivamente, convergindo numa votação favorável a 'Meio Chefe', a segunda emboscada não deixará margem para mais fantasias - o soba das Angústias apanha tareia tão valente nas regionais de 2015, às unhas da Oposição, que acaba internado vários meses no bate-chapas com passagem pelo mestre Jacinto a ver se ainda consegue consertar a cabeça.

Tudo para mostrar que o tempo de Manuel António chegar ao cimo da hierarquia terminou quando, após o lançamento da sua candidatura à liderança do PPD, 'Meio Chefe' o mandou recuar a fim de avançar ele próprio, 'Meio Chefe', à luta das urnas frente a Miguel Albuquerque. Uma refrega que, é consabido, havia de custar ao rei da tabanca uma humilhação de meio por meio na contagem dos votos. 


Desintoxicação para tachismo-dependência

Um Amigo nosso, ao abordar a longevidade jardineirista, costuma sustentar a necessidade que os eternos ditadores têm de tratamento. "Como acontece com os dependentes do álcool e da droga, os afectados pelo tachismo agudo deviam ser obrigados a ir à desintoxicação, mais a mais nos casos como este que temos aí na tabanca", diz o tal nosso Amigo.

Não tem acontecido essa desintoxicação e, mesmo que metessem 'Meio Chefe' num colete de forças para o levarem lá acima tratar-se, a fim de se tornar um cidadão normal, consciente de que há fases para tudo, a receita não funcionaria. De certeza que acabava por voltar às Angústias com assessores e adjuntos novos, mesmo deixando a Casa de São João de Deus desfalcada de irmãozinhos, psiquiatras e alguns internados.

De um modo ou de outro, Manuel António, apesar do papel de mero figurante que o patrão ainda o deixa representar, praticamente não sai  do palco nesta revista cómica da Madeira Nova. O homem enche todos os dias uma agenda com nada e, mais difícil, convence a comunicação social de que esse nada merece tratamento de notícia.
Então, lá vai ele visitar a tabuleta de uma vereda ou um poio de semilhas que talvez se candidate a fundos de coesão. 
Pode ter o dia ganho se convencer algum grupo japonês de passagem pelo Funchal a visitar a Secretaria do Ambiente. Ou então se cheirar a um apoio à banana madeirense aprovado pelo Parlamento Europeu: o secretário diz que louva a decisão e há notícia garantida, a do louvor.
Se faltar assunto, é aproveitar a proximidade de jornalistas para lembrar diante dos microfones que os consumidores devem privilegiar a produção agrícola insular em detrimento da importada.

Em desespero de causa, quando as assessorias sofrem uma branca, o secretário põe a cabeça a trabalhar e propõe a um órgão qualquer a concessão de uma cacha: 'Estou a ponderar a atribuição de mais um milhão aos agricultores da Ponta do Pargo para..."
Há sempre a hipótese de convocar conferência de imprensa para o secretário anunciar que, a seu ver, as ajudas ao agricultor aumentaram uns quantos euros relativamente... ao período homólogo do ano passado. E se não aumentaram, não desceram tanto como a Oposição apregoava.

Em último caso, o criativo titular inventa um esclarecimento qualquer a propósito de declarações de um partido de oposição ou de um texto impresso lesivo da política ambiental, esclarecimento esse de publicação obrigatória na imprensa. 
No último, último dos casos, toma café com os colaboradores e manda fotografias do encontro para os comissários do ex-JM colocarem na secção de sociedade, na penúltima página.

Pois claro: mesmo no caso dos figurantes, quem não sabe vender...
O pior será quando chegar o tempo dos protagonistas! 
Mas quem é que convence Manuel António dessa inevitabilidade?!


1 comentário:

Anónimo disse...

Fico estupefacto, quando vejo todas as semanas esse senhor a atribuir milhões para isto e para aquilo, quando todos nós sabemos que, nem dinheiro para comprar papel higiénico para as escolas, nem para pagar a conta do telefone ( para não falar na conta da luz, que de certeza também não devem de pagar..., mas isso vai-se vir a saber um dia ). Afinal onde é que ele arranja todo esse dinheiro para distribuir? Já por acaso somaram, durante um mês, os milhões que ele promete distribuir ? É incrível, a falta de vergonha na cara dessa gente!