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quinta-feira, 21 de março de 2013

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS



REI DA TABANCA TOCA A UNIR
E DÁ O EXEMPLO ÀS TROPAS


Mais unidade e lealdade é impossível!

Mania de não dar palmas ao patrão pode sair caro aos catraios da Jota.

Unidade é ficar calado em vez de alertar para as perigosíssimas loucuras de 'Meio Chefe'.

O homem obriga o actual presidente de S. Vicente a recandidatar-se... garantindo-lhe derrota pela certa.


O apelo provavelmente saiu-lhe. Foi lançado em conselho regional ao correr da discursata, sem malícia. Mas os conselheiros recolheram a mensagem de que é preciso reunificar o PPD, trabalhar em unidade, mesmo que alguns tenham de pedir desculpa aos outros. Os conselheiros receberam a mensagem e andam por aí a clamar por unidade partidária, a propósito e a despropósito, porque alguns entendem dever mostrar gratidão ao 'Meio Chefe' até que a morte os separe.

Quem se sente prisioneiro da estratégia é o próprio Jardim, agora obrigado a improvisar unidade a toda a hora. Mas a sua criatividade não tem limites. E o seu antigo conceito de coesão partidária voltou a brilhar: só é unido quem não discorda do chefe.
Ainda hoje, em nome da lealdade e da unidade, os braços armados do 'Meio Chefe' disparam em manchete no ex-JM contra o governo de Lisboa, de que o principal parceiro é exactamente o PPD. O rei da tabanca sempre disse que, uma vez eleito, o presidente nacional do partido, fosse ele qual fosse, contaria sempre com a sua solidariedade, enquanto líder e enquanto primeiro-ministro, se fosse o caso. Mas o homem das Angústias tem sempre saídas para se 'pirar' do bunker onde cozinha as suas atordas. Nesta situação, trata-se de recordar que a Região está acima do partido... e está justificada aquela manchete que acusa Passos Coelho de querer "matar a Madeira".

Nos últimos dias, enquanto as figurinhas ainda ligadas ao laranjal balbuciavam palavras de incentivo à unidade, 'Meio Chefe' mostrava, ele próprio, como é que se procede para unir. 
De enfiada, enxovalhava o líder da JSD em plena Comissão Política e exigia demissão ao governo central de Passos e Gaspar, que a seu ver devem ser substituídos por outros social-democratas... que ainda tenham as costas em condições de apanhar com o canelo regional da unidade e da lealdade.
Depois do rótulo de traidores aos miguelistas do Funchal, com ataques desesperados ao edil das 'revistas de cabeleireiro' e saneamento de Henrique Costa Neves e Rubina Leal, o homem, com as autárquicas no horizonte, continua empenhado na união do partido em cada concelho. 
Depois da união conseguida ao pôr na rua os seus comissários em cada município, para os culpar do fenómeno eleitoral Albuquerque, ei-lo a criar unidade quezilenta em todos os locais, da Madeira e arredores, onde é preciso constituir listas eleitorais.
É o que se vê em Santa Cruz, onde ele tem derrota certa; no Funchal, que a oposição não conquistará se não quiser, porque Bruno Pereira tem a desvantagem que é o 'Meio Chefe' a seu lado; em São Vicente, onde a sua teimosia lhe valerá surpresa inesquecível; na Ribeira Brava e quem sabe se em Câmara de Lobos.
Não vamos mais longe: o homem nomeou João Cunha e Silva vice do governo. Depois, avançou com Manuel António como seu sucessor, à frente de Cunha e Silva. Agora, afinal quem vai tratar do futuro do partido (e da Região!) é Jaime Filipe Ramos; ao mesmo tempo, alimenta a guerra Miguel de Sousa-Jaime Ramos. 
Se isto não é coesão partidária!...
É caso para se dizer: onde o homem põe mão, aquilo é unidade a potes, que até aborrece.


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