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terça-feira, 30 de abril de 2013

FUTEBOL


À FESTA NO CALDEIRÃO FALTOU 
UM PONTINHO PARA O MARÍTIMO


Animação para quem resolveu chegar cedo. Em jogos de casa cheia, convém garantir o lugarzinho na bancada.


A camioneta com a comitiva benfiquista gerou apupos misturados com aplausos, nas imediações do campo.

O Benfica mostrou esta segunda-feira os argumentos que justificam o seu primeiro lugar na Liga, julga-se que para manter até final. Mas sofreu a bom sofrer para conseguir vencer uma equipa verde-rubra que deu o que tinha e o que não tinha.
A 'estrelinha de campeão' desempenhou papel decisivo no jogo, fazendo descer dos céus um penalti que permitiu ao Benfica entrar a vencer  e mais tarde um auto-golo na baliza do Marítimo quando já poucos acreditavam no desfazer do 1-1 vigente. 
É que o Benfica não conseguia dar com o fundo da baliza. No máximo encontrava os postes (duas vezes, contra uma do Marítimo na baliza rival).

Ficou na retina o ambiente festivo. Agora, o Benfica segue moralizado para a consumação do título e o Marítimo para uma luta ultra-difícil mas matematicamente possível pelo acesso à Europa.



BILHETES NO MERCADO NEGRO A 40 E A 50 EUROS... E VIERAM DE LISBOA!


Muita gente ficou sem bilhete e 'foi para a rocha' ver o jogo. Até os pilotos do Puma, acabado de passar pelo hospital para uma evacuação, deu a voltinha por cima, para ver o ambiente. Um quadro do aeroporto segredou-nos: "Eles são do Benfica."

Já na tarde de ontem, muitos adeptos compareceram nos Barreiros, à porta da Loja Marítimo, em busca de bilhetes que já se haviam esgotado.
Então, não se percebia de onde, surgiam em frente da loja indivíduos a perguntar, com ar misterioso:
- É para bilhetes? Tenho aqui. São 40 euros.
Alguns pediram mesmo 50. Comentava-se: "Pela pronúncia, são gajos do Continente, trouxeram os bilhetes de lá."

Com a capacidade do estádio reduzida a metade, por causa das obras em curso, notava-se ansiedade duas horas antes do jogo:
- Dizem que não há lugar para todos, há sócios que podem ficar na rua.
E as filas de espectadores para entrar continuavam concorridas. Mas muita gente ficou mesmo fora, não os sócios ou quem tinha bilhete, mas os que não conseguiram ingresso... nem no mercado negro.



ALMOÇO MUITO COMENTADO

Antes do jogo, enquanto os miúdos mostravam qualidades de jogador e classes de dança actuavam, lá em baixo no relvado, ouvia-se de quem chegava uma interrogação comum: por que diabo aquele almoço das Direcções foi no quartel? E o que é que os gajos do governo faziam lá?
Quando nos perguntaram a nós, evidentemente respondemos desconhecer esses motivos. O máximo que confessámos foi o pasmo de saber que alguns políticos, por exemplo 'Meio Chefe' das Angústias, deixaram de ter complexos de conviver... com a 'tropa efeminada'.



SAVINO A RESPIRAR MELHOR


O antigo edil santacruzense e actual deputado, livre de candidaturas condenadas, foi ao estádio em busca de outro tipo de stress.


Houve alguns políticos que estiveram no Estádio, mas não aqueles que deixaram de se sentir bem nos ambientes efervescentes da bola.
Devidamente afastado da tribuna vip, sentou-se o deputado Savino Correia, com ar desportivo e descontraído, próprio de quem se livrou da encomenda de se candidatar outra vez à Câmara de Santa Cruz.
Um alívio - reparámos, porque o homem fugiu sempre que alguém ao lado lhe falava no assunto.

A propósito, não podemos deixar de 'tirar o chapéu' aos nossos agentes no concelho de Santa Cruz, que, contra todas as notícias em todo o lado a dar como consumada essa candidatura de Savino, garantiram ao 'Fénix' que não senhor, o candidato não seria ele.
Tanto assim que, só para descarregar a consciência, demos essa versão dos factos. Mas... não deu outra coisa na lotaria: Savino Correia não é mesmo candidato. Parabéns aos nossos agentes, que há muito deram a notícia em primeiríssima mão!



Brazão em Lisboa: a Defesa, sempre

Estávamos a sofrer já no período em que o Marítimo, em desvantagem no marcador, procurava desesperadamente o golo que fixasse a história do jogo em 2-2. E foi quando, sem mais nem menos, um espectador ao lado nos gritou (para se fazer ouvir, dado o ruído das claques):
- O Brazão está para Lisboa.
- Qual Brazão?
- O da Defesa.
- Da Defesa?
- O Brazão de Castro!
- Ah, e depois?
- Foi esta manhã (segunda-feira) para lá.
- Sim, mas e depois? - bradámos, a ver mais uma enervante perdida verde-rubra.
- Quem é que paga tudo aquilo?
- O homem não está já no governo, é livre de ir a Lisboa quando quiser.
- E quem paga?
Nem respondemos. Mas o espectador insistiu.
- Ele foi para mais um daqueles cursos... da Defesa.
- Ah foi?
- Sim. Depois de tantos cursos, ainda não se formou naquilo? - ironizou o nosso interlocutor.
- Deve ser actualização das estratégias de Defesa.
- Então que se forme nisso depressa. É que tenho informações... A gente é que paga tudo o que ele aprende para nos defender. Mesmo fora do governo. E, da minha parte, dispenso essa m... toda.
Só faltava esta. Um homem a trabalhar pela Madeira lá longe... e a pagar os maus bofes de um adepto, lá porque a equipa estava a perder.
Agora, nem no futebol!


Este 'fiscal-de-linha' do lado da bancada já passou a 'juiz auxiliar' e um dia será 'técnico da bandeira', tal foi a sua arte para inventar foras-de-jogo aos atacantes do Marítimo.


O árbitro também foi um artista na forma de condicionar os jogadores da casa, por via do cartão amarelo. "Se o do jogo com o Sporting foi o Capela, este é o Catedral", ouvimos dizer na bancada.

O DESGOSTO DE VER MARITIMISTAS... A GRITAR GOLO ADVERSÁRIO


O tema tem sido abordado, mas não resistimos a um pertinente comentário que nos enviou um Leitor a propósito de os madeirenses preferirem 'torcer' pelos forasteiros.
Abrimos já o jogo: estamos 100% de acordo com as observações do comentador.

"Escrevo este texto, não por ter perdido hoje, mas, porque fere-me a alma ver madeirenses que humilham o orgulho e o símbolo desta região! Nunca percebi ou quis perceber o bi ou tri-clubismo, não querendo de forma alguma criticar a rubrica que escreveu a fazer o lançamento do jogo, pois sei, tal como consta no texto que por sua vontade a vitória seria nossa. 

Durante estas mais de duas décadas que sigo o Marítimo, foram muitos os momentos bons, como também alguns maus que tornaram cada dia que passa um apaixonado por este clube. Nestes últimos anos que tenho estado a residir fora da Madeira, apesar de serem menores as vezes que acompanho o Marítimo ao estádio, passei ainda assim por vários episódios de verdadeiro fervor Maritimista dos quais jamais esquecerei. Ainda assim, sempre que acompanho os jogos pela televisão, noto que a minha luta e crença que este clube volte a ser o clube do povo, o clube que passou por todas as dificuldades e pioneiro em tudo que diga respeito ao futebol e desporto regional acabe como outros, com meia-dúzia de adeptos desgostosos apenas com memórias passadas para as suas recordações.

Esforço-me, sim, para que o Clube Sport Marítimo seja cada vez maior, mas isso será impossível vendo ano após ano o “Caldeirão” mais vazio e pintado de outras cores que não o verde-rubro. Por esta razão peço-lhe que ponha a “costela” de lado e com as suas palavras muitas vezes sábias e com a sua arte para a escrita, possa através de vivências e momentos passados por si e por aqueles que tiveram a sorte de estar presentes e ligados ao clube, transmitir, sobretudo aos mais jovens e aqueles que não sentiram o que é ser o orgulho e a força de uma Região.

Saudações verde-rubras,

João Silva"


1 comentário:

Anónimo disse...

Qem esta a borde do merlim sera o homen da defesa?