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terça-feira, 21 de maio de 2013



A MASSACRADA SENHORA JÁ NEM SENTE 
QUANDO É VIOLADA!





Os gagás do Conselho de Estado sentaram-se esta segunda-feira em mais um conclave para justificarem os respectivos tachos na política. Mas aquelas deterioradas cabeças não pariram mais do que duas ideias cansadas. Para lá disso, limitaram-se a insinuar que continuarão sem piedade a violar e a deixar violar a desgraçada D. Constituição.




A idade não perdoa e a incompetência também não. Cerca de 7 horas de um atarantado colóquio de surdos, no rigoroso sentido da palavra, não foram suficientes para os xexés da tribo lusitana alinhavarem mais do que duas ideias que desenrascassem um comunicado final em nome do combate à crise. 

Eis o tal par de ideias: disciplina financeira; solidariedade.
Ou seja, o resumo resumido da síntese da redacção de uma criança do 1.º ano sobre como sair da crise.

Os anciães do regime têm reconhecido, em declarações dispersas por aí, que Portugal já não é uma República soberana. Concordam em que o País é comandado de fora para dentro. Que o desemprego mais a fome e a pobreza ofendem a dignidade dos portugueses de hoje. Que, perante as condições actuais, não há liberdade, justiça nem clima para solidariedade.
Terão eles razão?
Veja-se o que diz a Constituição logo no Artigo 1.º: "Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária."
Assim: eles dizem que não acontece o que a Constituição manda acontecer.
Efectivamente, a violação da Constituição começa logo no 1.º artigo. Cavaco não cumpre nem faz cumprir o texto fundamental sobre o qual fez as suas juras no acto de posse.

Então... Então quando a Constituição diz garantir "uma sociedade livre" e olhamos para a Madeira, ou choramos ou rebentamos de riso. Sim, o Artigo 2.º fala de um Estado de direito democrático. Com pluralismo de expressão. E liberdades fundamentais. 
Pluralismo de expressão? Onde? Com um 'Meio Chefe', esse que foi ontem à reunião dos seus companheiros xexés, a mandar fechar televisões e jornais? A dizer que madeirenses são apenas os da sua cor partidária, o resto são traidores? Que autonomistas só podem ser os social-democratas?
Os atropelos na Região são do conhecimento da História e também do incrível Chefe de Estado, que fecha os olhos às prepotências do rei da tabanca para evitar o regresso do 'Sr. Silva'.


Solidários com D. Constituição


Ora, se estamos solidários com alguém é com D. Constituição, infeliz dama violada repetida e humilhantemente por essa corja que tomou conta do Portugal resultante do 25 de Abril. 
Ao mesmo tempo, é o próprio 'Meio Chefe' a considerar que a Constituição, coitada, já está gasta, pouco apetecível, incapaz de levantar no freguês uma pontinha de erotismo político. Daí o sua excelência pregar aos 4 ventos a necessidade de uma revisão brutal do pacote que brotou em 1976. 

Mas esclareçamos: também somos pela revisão constitucional. Não pelos motivos invocados por 'Meio Chefe', que o que pretende é açambarcar mais poderes, os suficientes para o perpetuarem na cadeira das Angústias. 
Da nossa parte, queremos uma revisão que é mais uma actualização. É ou não é desejável compaginar o texto fundamental com a realidade portuguesa?
Ao contrário do que pretende institucionalizar a Constituição vigente, o Estado não garante coisa nenhuma - nem a independência nacional nem os direitos e liberdades fundamentais nem o respeito pela democracia. Nem promove, pelo contrário, o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses. 
É mentira que a violadíssima Constituição garanta a mesma dignidade social a todos os cidadão e que estes sejam iguais perante a lei.
Assim como é falso que os portugueses tenham direito a trabalho e a habitação e alimentação condignas.


Corja de verdugos

Há políticos que sonham com um regime de masmorras escuras. Aguardam por um tempo em que a sua maldade ferina possa eliminar adversários de ideias, recorrendo à corja de verdugos que vivem do orçamento para lhes fazerem o jogo.
Há uns tiranos caducos que procuram desesperadamente o elixir da juventude, porque insaciáveis na obsessão perversa de destruir caracteres, no mínimo através de maquinações iníquas e atrocidades psíquicas.

Os ídolos com os pés para a cova política, alguns deles já reconhecidamente detestados, conferenciaram em Belém. À parte as vozes de 200 manifestantes indignados com a postura oficial quotidiana daquela brigada do reumático, a populaça interesseira aceita de boamente o princípio da governação tirânica. Uma carga de vassalos, com aviltante destaque para a Madeira, sujeitos a uma escravidão alimentada a lentilhas com telenovela e Fátima. 
E pronto, a vitória é desses oportunistas rapinantes que defendem os tiranos com interesseirismo de felino.
Felicidades para eles. E para a populaça imobilizada no redil. 


Maníaco da revisão constitucional

Do mal o menos, levemos o espectáculo daquele concílio lúgubre como um passatempo. 
Ventos, raios e coriscos se não dá vontade de gargalhar o ar solene daquele miúdo comentador de TV com assento no Conselho de Estado. Imaginar os devaneios de Marcelo para em pleno Conselho bater o share do mesmo miúdo, o Marques Mendes. 
Como não terá metido os pés pelas mãos o maníaco ilhéu da revisão constitucional, para provar que só a mudança de sistema em Portugal conseguirá meter a troika na ordem.
E Balsemão a ronronar, salvo seja, uma vez que nas suas últimas declarações em público nada conseguimos apanhar do que balbuciou!
Manuel Alegre terá dissecado a crise em verso? Seria demasiado óbvio. Mas sejamos objectivos, de que outra forma poderia ser? Alguém já teve a sorte de ouvir trovas em prosa?
Como não se terá sentido deslocada, como elemento do sexo feminino, Assunção Esteves, que apesar de uns cabelos brancos mantém a beleza que tantos corações partiu no parlamento, nos seus belos tempos de deputada PPD!
E aquela alarvidade com pronúncia do Norte, anti-elitismo sulista, em que raio poderá ter aconselhado Cavaco, se quando era preciso não aguentou duas luas à frente do partido laranja? 

Só podemos imaginar, fazer de conta, porque a matinée correu infelizmente à porta fechada. Mas há um dado concreto. Mário Soares saiu mais cedo daquela ceia de cardeais. Acreditam que foi por prevenção de saúde? Qual! A sério, velho Soares estava era sem pachorra para aturar mais tempo aquela estopada.  
Imagine-se a seca!


"Quando será, caro Marcelo, que o cara-de-pau do Cavaco nos dará uma refeição bem regada em vez de água lisa?"



"Oh dr. Balsemão, penso que já levei daqui o que tinha de levar de novidades para o programa de televisão. Isto secou." 


Bagão Félix: "Oh Pedro, os jornalistas estão ali à espera... De que é que tratámos mesmo, lá dentro?"

António José Seguro: "Meus senhores, eu não posso falar porque não percebi nada do que a velhada disse... e o camarada Alegre está concentrado nuns versos novos."

"E se o lar já fechou, depois destas horas todas? Vamos dormir num banco da Avenida da Liberdade?" 

"Senhores jornalistas, poupem-me! Pensei que me tinha livrado desta bodega no fim do segundo mandato...",

"Por muito menos mataram D. Carlos e é por isso que saio a meio dos trabalhos. Já dei muito para este peditório."

Eanes: "Maldito 25 de Novembro!"

                                                                                                             

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