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sábado, 11 de maio de 2013

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS / SÁBADO


'Meio Chefe' vai cortar o cabelo de Mercedes oficial
sem reparar no cortejo de despedidos 


Nesta análise, começamos por fornecer umas pinceladas sobre o quotidiano ensolarado e florido; terminamos com a mais recente máxima do rei das Angústias, que merece alguma reflexão no fim-de-semana



Na manhã desta sexta-feira, encarregámos o nosso correspondente nas Angústias de:
- pedir ao rei da tabanca uma reacção à libertação das 3 mulheres raptadas há 10 anos em Cleveland; 
- propor-lhe uma comparação desse drama norte-americano com o misterioso sequestro de 270 mil madeirenses desde há 35 anos;
- e, conforme a disponibilidade do homem, pedir uma resposta 'sim ou não' à pergunta: ontem, quando considerou a exposição de flores deste ano na Avenida Arriaga como a melhor de todas as festas da flor, criticava as organizações dos anos anteriores ou foi circunstância?


Íamos ainda requerer um comentário político do 'Meio Chefe' ao facto de os tapetes florais deste ano se apresentarem aos rectângulos, porém o nosso correspondente cortou a vasa: "Nada disso pode ser, porque sua excelência, o único importante, não se encontra no 'centro de dia' durante a manhã. Saiu para cortar o cabelo."



Lá tivemos nós de abandonar a Redacção e sair a morder o pó do caminho, à cata de notícias para a 'Fénix'.

Com efeito, fomos encontrar o segundo Mercedes de sua excelência (o primeiro tem avaria e não há dinheiro para oficinas) a brilhar ao sol, pacatamente estacionado 'à papo-seco' junto à CGD, ex-instalações do BNU.
- Ainda bem - pensámos cá para nós - que não há polícia na zona, de contrário era multa pela certa... e pagávamos nós, os contribuintes.


Agora mais a sério. Sim senhor! Sua excelência cheio de autoridade, a ir cortar o cabelo de Mercedes! E o requintado popó, mais o motorista, à espera o tempo que for preciso para desbastar a real trunfa!

Dois vencimentos! Estas mordomias todas! Idas a Bruxelas mais frequentes do que um prostático à sanita! Rica vida!
Podem apontar-nos o dedo: afinal, 'Meio Chefe' tem razão quando ataca no 'Madeira Livre' e no ex-JM os que se mantêm "agarrados a vícios atávicos de séculos, que desgraçaram o povo madeirense". Explicando depois, no seu Português de Marrocos: "Como sejam desconfiar de tudo e de todos, ter receio de posições afirmativas, procurando conciliar o inconciliável, a inveja, a incerteza constante, a bilhardice, o acreditar na primeira coisa que lhes pespegam, a vaidade pessoal..."


'Meio Chefe' ao espelho


Não se trata disso. Tal desabafo do 'Meio Chefe' foi um dos que ele escreve, para colar aos outros, inspirando-se diante do espelho - palavra a palavra! Com destaque para a 'inveja' e a 'vaidade pessoal'. 

Não, nada. Se referimos o assunto é porque estávamos embevecidos a ver o reluzir do Mercedes ao sol quando nos chegou um SMS de pessoa amiga dando conta de que 28 profissionais do DN estavam a ser despedidos.
Esses trabalhadores do Diário eram mandados para o desemprego num mercado sem qualquer alternativa, por culpa precisamente do homem que estava no barbeiro, com um Mercedes público à espera.
A ilação obrigatória: já vamos para a terceira geração de madeirenses que vê 'Meio Chefe' atravessar-se no caminho. Em nome da "inveja", da "vaidade pessoal".



Do mal o menos, o corte de cabelo vem melhorar a desguedelhada imagem do rei da tabanca naquelas fotos de família destinadas a mostrar via ex-JM muita "unidade" laranja na caminhada para as eleições autárquicas.

Não nos admiraria, já agora, que o povo tornasse a dar 'maioria à maioria'. É questão de a Fundação conseguir cravar um dinheirinho até às alturas do carnaval da campanha. Já não há dinheiro para circo e muitas Ágatas, mas com uns comes-e-bebes quando sua excelência for 'botar faladura', são votos contados.
Povo interesseiro!...


Sondagens (do PP) dão empate Bruno-Zé Manel



Ou seja: sem subsídios nem vinho, o povo é bem capaz de pregar partidas. Como aconteceu nas 'internas' do PPD. 

Há quem tenha sentenciado a derrota laranja em 6 concelhos: Funchal, Santa Cruz, Machico, Porto Santo, S. Vicente e Porto Moniz. 
E as previsões desta cor generalizam-se: os 'juntos por S. Vicente' dizem não dar hipóteses ao PPD; em Santa Cruz, Filipe Sousa já lá está; no Porto Santo, Roberto espantou a caça, ao que nos garantem; em Machico, dá-se que o Porto da Cruz virou; Porto Moniz, Emanuel Câmara, finalmente; no Funchal...


No Funchal reside o maior imbróglio.

Duas sondagens encomendadas pelo PP, uma em Fevereiro, outra em fins de Abril, apontam para um empate Bruno Pereira-José Manel Rodrigues.
Nesta base: 40% para o PPD, 40% para o PP. Reduzindo-se a coligação a escassos 17%.
É o que dizem os resultados de ambas, em resumo.
Com uma observação a dever ser feita: na altura da auscultação, não havia ainda candidato aliancista (agora é Paulo Cafofo), pelo que o nome avançado pelos proponentes da sondagem foi o de Victor Freitas.
São estudos na posse dos dirigentes populares.
Sabe-se que as sondagens beneficiam geralmente quem as encomenda - pois então. 
Sabe-se também que há outras, indicando muito mais sucesso à coligação.
Provavelmente, o PPD terá encomendado as suas.
Como sempre, ganham todos.


O lado da festa da flor...

Não queremos estragar a ninguém o fim-de-semana dedicado à flor, continuando a falar desta carqueja que é a política madeirense.
Pelo contrário, vamos mostrar imagens do ambiente colorido e aromático da cidade.




















...E agora o outro lado da festa da flor, com uns registos coloridos da Madeira Nova jardineirista















Bom fim-de-semana e muitas flores para todos!
Se alguém aceita uma sugestão para ocupar o tempo de lazer, reflicta nesta fresquíssima máxima do pensador das Angústias:
"Portugal precisa de gente nova e não de meninos que nunca fizeram outra coisa na vida senão política."
A sério que esta verdade foi proferida por 'Meio Chefe'!

Nota - Não vale fazer ginástica mental com analogias anti-Madeira. O homem disse "Portugal" bem clarinho. Cá no burgo... Mas alguém aceitaria ceder aos mais novos um tacho que dá direito a ir 'cortar a granha' de Mercedes?

Sejamos sérios.

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