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terça-feira, 23 de julho de 2013


EM VEZ DE CERVEJA, IA VOANDO CARNE


Depois da cerveja na festa do Porto da Cruz, só faltava voar agora um espeto de carne em Santana. Mas Manuel António passou um mau bocado perante a suspeita de que algum incidente com Jardim provocado pelos barraqueiros descontentes desafinaria a festa de folclore


Os barraqueiros estavam possessos com Rui Moisés - Manuel António andou de atalaia para evitar bronca no arraial.

...E mal sabia Jardim o risco que corria em cima do palco de ser alvejado com um espeto cheio de carne. (Imagens site Presidência do GR)

Antes do mais, esclareçamos: a birra que levou chefe Jardim a querer interromper o festival das '48 horas a bailar' para discursar e partir de regresso ao Funchal não foi... birra. Tratou-se de um motivo de ordem pessoal, por sinal muito forte, e já cá não está quem falou.
Desfeito este equívoco, provocado porque o nosso agente K-Arara não teve acesso à explicação completa, aproveitamos para mais uma notícia sobre o festival de Santana, com dados recolhidos pelo incrível K7.

Quando Jardim se preparava para finalmente falar, terminado que estava o desfile de grupos folclóricos, um dos barraqueiros do certame apareceu munido de um espeto de carne declaradamente para atirar ao orador, que estava em cima do palco. Uma peculiar forma de protesto.
Braços fortes dissuadiram o homem de materializar o 'atentado', que certamente faria furor no ambiente de arraial.
Curiosamente, quem evitou que o descontente negociante atirasse a carne a Jardim foi o mesmo santanense que, não vai para muito tempo, salvou o chefe do governo de se engasgar gravemente, também com um bocado de carne, quando almoçava no 'Colmo', carismático restaurante de Santana.  
A causa deste protesto está na fraca receita que os barraqueiros auferiram durante este certame das 48 horas. Eles sentiram-se prejudicados pelo facto de a feira gastronómica, prevista até quinta-feira, ter sido prolongada até ao domingo. A concorrência dos restaurantes montados perto baixou-lhes as receitas, reclamavam eles veementemente, no domingo, deixando o secretário do Ambiente preocupado. Os ares estavam turvos e Manuel António receava que algum sarrabulho fosse estragar a festa.

Os barraqueiros insurgiam-se contra o presidente da Câmara, Rui Moisés, e contra... chefe Jardim. Não conseguimos perceber (nem o K7 apurou) onde é que o presidente do governo entra na história da organização de barracas e restaurantes, mas adensou-se, essa é que é essa, o clima hostil à sua presença.
Fonte municipal garante-nos que os barraqueiros souberam atempadamente que a feira gastronómica poderia ser prolongada mas que, ainda assim, acorreram ao leilão e pagaram 600 euros por barraca. Só que o movimento de foliões nestes tempos de crise baixou e as solicitações de arraiais são mais competitivas. Ainda por cima, choveu sábado à noite em Santana. As caixas registadores ressentiam-se de tudo isso. 
Os bofes agitaram-se no domingo. À tarde, as discussões polvilhavam a área da festa. Foi quando, com Jardim pronto para intervir, alguém viu uma espetada 'suspeita'. Por acaso, o guerrilheiro do espeto nem sequer tinha pago a 'bomba' exigida pela câmara para operar naqueles dias. Ele alugou um bocado de terreno privado e pagou 5 euros por um requerimento.
Mas decidiu avançar e só foi travado pelo homem que vai criando o hábito de salvar o presidente do governo nas horas mais difíceis. 
Nota final: como não há duas sem três - o Diabo seja surdo - seria bom que 'Meio Chefe', agora com responsabilidades acrescidas devido ao substancial aumento da simpática prole jardinista, enveredasse mais pelo peixe e deixasse a carne e os ossos para outros. 

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