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sábado, 27 de julho de 2013

História


Perdemos uma boa ocasião de ficar calados

Nem de propósito! Ainda há pouco, elogiámos o carácter do Dr. João Augusto Teixeira, médico e político de alto coturno que brilhou na sua Ponta do Sol do século XIX, na Madeira e em Portugal inteiro. Relevámos principalmente a sua demissão da responsabilidade política então sobre os seus ombros quando achou que o devia fazer - e de forma irrevogável, ao contrário do que, na actualidade, fez o chefe de José Manuel Rodrigues, Paulo Portas. Ele foi deputado 100% madeirense em São Bento e não se atemorizou perante o chefe nacional do seu Partido Regenerador, Fontes Pereira de Melo, que lhe proporcionou a entrada no Parlamento.
Os de ontem eram regeneradores, os de hoje populares.
Pois: nem de propósito, estivemos a vasculhar agora na poeira passada e que fomos encontrar? Nem mais: uma notícia que não dá João Augusto Teixeira tão irrevogável e de uma só palavra. 
Como assim?
Como assim é que o homem era presidente da Delegação no Funchal do Mercado Central e de repente mostrou total desprendimento ao apresentar a demissão do muito prestigiado cargo.
E então? Então é que, valha-nos santa Engrácia, Dr. Augusto arrependeu-se da decisão e prontificou-se logo depois para voltar atrás na palavra... e regressar ao tachinho.
Mas por que não ficámos calados no artigo anterior?!
Só faltou aquela personagem de vulto do século XIX ter passado, na mesma altura, para vice-presidente do conselho de ministros. Já agora...
Prometemos cautelas e melhor investigação quando falarmos em certos 'figurões' do passado. Ontem como hoje...

Mostramos agora o comprovativo do que dizemos, para não falhar outra vez.

O artigo é do DN - Agosto de 1896.


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