Powered By Blogger

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Eleições Autárquicas


CHEFE JARDIM TROCA IDEIAS COM O POVO

Cafôfo é "maionese", Rodrigues "um bronco" e os ingleses... pois, todos sabem. Jardim apareceu no Alto da Pena esta sexta-feira para discursar e tomar parte, ao lado de Bruno, José António e povo, num programa que anunciava "todos a trocar ideias sobre o futuro de Santa Luzia e do Funchal".






Marcaram com efeito a Chefe Jardim um convívio aqui para a zona - Santa Luzia - e, porque somos conhecidos da vizinhança, onde ainda sobrevive um jardinista ou outro, foi preciso enviar um agente, no caso uma agente, para relatar ao 'Fénix' o desenrolar dos empolgantes acontecimentos de mais esta estopada eleiçoeira laranja.

Miss K-Gira - a tal agente enviada ao convívio - vai transmitir-nos aquilo a que for assistindo ao vivo, através de um veículo de comunicação que não podemos especificar. Só garantimos que não é por sinais de fumos.

Diz-nos Miss K-Gira, como combinado para o momento especial: 
- Neste momento o Sr. Jardim está a chegar ao Alto da Pena. São 8 e 5 da noite. Já cá estavam Bruno, Atouguia e demais candidatos do PSD. E uns elementos da Jota. Há muitas dezenas de velhinhos e velhinhas, mas também muita meia idade.
A música esmorece, de ver o chefe. Mas... torna a despertar. Há os cumprimentos do costume, pela esplanada fora, e o grupo arranca com uma espécie de hino ao presidente, um pouco à americana.
Agora, chefe Jardim entra sorridente no café. 
Vamos esperar um pouco. Os discursos não devem tardar.
Jaime Ramos não apareceu, mas, em compensação, a popular 'Laranjinha' está cá.
Esperemos um bocadinho.
Os seguranças com aquelas coisas nos ouvidos mostram-se particularmente atentos. 
Se calhar, também viram Edgar Silva, do PCP, passar há pouco por aqui.
Eu devia informar os cavalheiros da segurança: homens, o Edgar mora ali em cima mesmo. É vizinho do vosso patrão Jardim. Mas eles que façam formação.

Bom, são 8 e 18 e subiram ao palco 3 artistas: grande chefe, Bruno e Zé António, da Junta de Freguesia. Ainda é de dia, bolas. Os seguranças parecem desconfiados, não tiram os olhos de cima de mim.
[Um aparte da Redacção: quando a nossa K-Gira está presente, não são só os seguranças a deixar cair os olhos]

Bom, fala primeiro o Bruno. Diz-se contente com os apoiantes presentes e com a qualidade do café anfitrião. Aí estou de acordo. Grande elogio de Bruno a Zé António. E agora o desencanto do povo: as taxas municipais não são para baixar, não é possível reduzi-las! 
"A oposição é que faz promessas vergonhosas", ataca Bruno Pereira. "Eu não faço promessas. Apenas posso prometer dedicação."
Mas o dia é de festa. Há que ver o Funchal pela positiva, diz ele. Nada de perder tempo com uma oposição que não consegue arranjar um só argumento válido. 
E lá vai um ataque a Gil Canha. Porque o vereador do PND é responsável pelo chumbo de alguns projectos - denuncia Bruno.
A JSD presente manifesta-se com gritos de guerra.
Quanto a Bruno, é hora de lembrar que o seu compromisso é com o partido e com os funchalenses. Não com a oposição.
[Novo aparte da Redacção: veremos depois de 29, para resolver as maiorias relativas]
E vai mais um elogio, agora à equipa de candidatos. Bruno apresenta todos eles. Anacleto, João Rodrigues, Atouguia...
Como é? Se alguém não puder votar no José António de Santa Luzia... que vote no Coelho de São Martinho - o do PPD.
Vocês que traduzam depois este jogo de palavras.
Levanta-se das gargantas o 'Bruno olé, Bruno olé'. Mais: 'José António olé, Domingos Abreu olé'. Enfim, 'JSD olé'.

José António é presidente de Jardim

Agora, sim, vem o mais fluente orador vivo da Rua dos Netos: chefe Jardim.
Começa com um elogio a Bruno e seu pai Virgílio. 
Uma questão de justiça, depois do que já fez a um e a outro - não é nestas ocasiões que vocês na Redacção aproveitam para malhar no homem?
E a confissão do chefe: José António é presidente dele, Jardim. Porque José António é presidente da junta de freguesia onde reside Jardim. Então, mais rasgados louvores ao autarca local. E a Domingos Abreu, personagem ideal para meter respeito na Assembleia Municipal do Funchal.

Segue-se... Bom, a oposição que esconda as orelhas. 
Esse bando de vira-casacas! - diz agora o chefe. Oposição sem vergonha que anda a enfiar barretes com promessas loucas ao povo. 
Trapalhões é o que todos eles são. Bom, o "rapazinho do CDS é sensato..." 
Qual sensato! Foi ironia do orador!
Uma coligação constituída por aqueles bandos... O partido dos animais! O Coelho! 
A Jota vibra. Esperemos que os animais não acordem. A SPAD fica mesmo por baixo do Alto da Pena.

José António de Santa Luzia, sim, merece o voto do povo. Porque sabe gerir fundos públicos. E é com essa gestão que se consegue fazer iniciativas sociais. 
[Mais um comentário da Redacção: não percebemos a ligação...]


Outra vez?! Aí vai mais lenha para a oposição. Para essa "maionese" que é o Cafôfo - diz o chefe laranja. Para o "bronco do Rodrigues". Se não ouvi mal, ele disse 'maionese' e 'bronco'.
Do lado laranja é que se continuará com o nível alto. Bruno Pereira na Câmara. O próprio Chefe no governo.
Atenção que somos um povo só - apela Jardim neste momento, reconhecendo que a maioria absoluta no Funchal é difícil. Mas então que se veja o caso de Santa Cruz. Sem uma maioria absoluta, a Câmara derrapou e vai falir. Os credores vão executar a dívida.
"Alertei para a bancarrota há 30 anos e ninguém me ouviu" - insiste o 'já disse' das Angústias.
E, como se esperava, lá está o orador a condenar Lisboa por negar a autonomia que ele queria.

O povo a trocar ideias: da galinha com a carne de porco


Bom: agora o chefe avisa para o perigo que é a obra do PSD ir parar à mão de pessoas que não são sérias. Pessoas que prometem o que não vão cumprir. Que se danem.
"Nesta luta de partidos, eles passam a vida a me atacar, mas eu durmo bem."
E agora parece que... Atenção, ressabiados municipais!
Chefe diz que a oposição não faz frente ao PSD. Que os que estão na retaguarda do partido é que prejudicam... o PSD.
Que tal, Miguel Albuquerque, Pedro Calado, Rubina? Encaixem mais esta.

E seguem-se os ingleses, que foram expropriados e não perdoam à Madeira Nova.
"Rua com os exploradores da Madeira Velha!", agita Jardim.
E salta do acanhado palco para baixo. São 9 da noite menos 10.

O palavreado acabou, Jardim agarra-se a um shandy, o povo encaminha-se para os comes-e-bebes.
Está tudo pronto para o último ponto do programa: "Trocar todos ideias sobre o futuro de Santa Luzia e do Funchal."
...Mas sem Jardim. Bebeu o shandy e zarpou 'à papo seco'.

Sem comentários: