Powered By Blogger

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LARANJAL


NASP ESCLARECE: 
"SÉRGIO NÃO CRIOU CLIENTELAS 
A QUEM SE JUSTIFICAR" 


* Apoiantes de Sérgio Marques registam insinuações e insultos provocados pela notícia da candidatura

* Sérgio foi às Angústias, de facto, mas para, antes de avançar, colocar o seu lugar na comissão política à disposição


 NASP diz que não responderá na mesma moeda aos atacados de "nervosismo", porém não se abstém de esclarecer 




O NASP-Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência inteirou-se das reacções que o lançamento da nova candidatura à liderança do PSD-M provocou, "registando sem surpresa os insultos e as insinuações". Segundo fonte próxima da candidatura, que também constatou entusiasmo em algumas áreas do PSD pelo avanço de Sérgio, não haverá resposta a quantos reagiram com "nervosismo", por não ser assunto que interesse aos militantes de base ou aos madeirenses em geral.
Propostas, projectos, ideias e um caminho que ajude "a sair da situação onde todos estamos enclausurados", isso é que está no centro das atenções do antigo eurodeputado, que anunciou a sua candidatura logo aos primeiros minutos desta quarta-feira, em comunicado posto numa página do facebook para o efeito criada.


Apesar de quererem evitar a polémica, fontes ligadas ao NASP contra-atacam os tais 'nervosos' anti-Sérgio, dizendo que "não vale a pena criticar, como muitos fazem, o estilo do presidente do partido se, logo à aparição do primeiro 'challenger' com peso, se repete a fórmula". 

Primeiro 'challenger' com peso. Só pode ser farpa com destino a Miguel Albuquerque. E é. Porque a mensagem dos apoiantes do novo candidato asseguram que "com o desvendar das propostas programáticas de Sérgio Marques, cedo se perceberá que essas propostas vão muito além do que qualquer coisa, e não foi muito, que já se tivesse anunciado como programa". 
Mais ainda: "Sérgio não criou dependências à sua volta, portanto não tem clientelas a quem se justificar."

Os "nervosos" do lado do ex-presidente da Câmara ficam com este esclarecimento. Mas todos quantos especularam sobre a visita de Sérgio Marques à Presidência do Governo, antes de anunciar a sua candidatura, também ouvem. Do esclarecimento que nos fazem as fontes do NASP, deduzimos que o antigo deputado regional e europeu quis, dentro da ética política, informar o líder social-democrata da decisão de avançar e, em face disso, colocar à sua disposição o lugar que ocupa na comissão política regional, presidida exactamente por Jardim.
Todavia, a frontalidade e a coragem de Sérgio levaram a que o líder resolvesse renovar-lhe a confiança e mantê-lo na comissão política - segundo nos revelam as fontes da candidatura. Sem que, ressalvam, tenham ficado dúvidas sobre as enormes diferenças que separam um do outro, aos níveis de estilo e projecto.
Os mesmos informadores sublinham que Sérgio "sempre falou frontalmente a Jardim das suas discordâncias quanto às opções que iam sendo tomadas". Além disso, fê-lo "sem se escudar em terceiros, no anonimato ou em 'bocas' de jornais".
Sobre a posição de alguns barões de retaguarda que defendem o salto geracional para um candidato à liderança do PSD mais novo do que os já perfilados, elementos próximos do NASP entendem que quem alimenta legítimas aspirações deve avançar, se tiver coragem para isso, mas que, se possível, "não comece a lançar delfins dos delfins, sob pena de todo um processo que se quer refundador se transforme numa desengonçada farsa, expondo o partido ao descrédito". 

Finalmente, os adeptos próximos da nova candidatura recordam o comunicado de lançamento na parte em que Sérgio rejeitava, liminarmente, "ajustes de contas, caça às bruxas e revanchismo". As energias estarão centradas no futuro, é ponto assente.



O POLÍTICO E ADVOGADO QUE AOS 56 ANOS QUER CONCRETIZAR UM SONHO ANTIGO








A candidatura de Sérgio Marques à liderança do PSD-M não é mais do que a realização de um projecto antigo. Aos 56 anos, o antigo eurodeputado avança com uma ideia que começou a ganhar forma não muito depois da sua entrada no partido, em 1981. É que Sérgio cedo se impôs internamente como um quadro credível, subindo na carreira metro a metro, à custa do trabalho desenvolvido nas áreas onde actuava.
Quando entrou na política, tinha terminado a licenciatura no curso de Direito, em Lisboa, no ano de 1980, a que se seguiu a pós-graduação em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Cumprida a tropa, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, em Julho de 1981, começou no estágio para exercício da advocacia, entrando normalmente em actividade. Entretanto, desempenhava funções de consultor jurídico e adjunto de gabinete na então Secretaria Regional do Equipamento Social.
De 1984 a 2000 - 4 mandatos -, representou o PSD na Assembleia Legislativa Regional, chegando a vice do grupo parlamentar e presidente de várias comissões especializadas.
Mas, entre Março de 1989 e Julho de 1990, exerceu o cargo de director regional de Planeamento, reportando ao vice do governo regional, que era Miguel de Sousa - com quem deverá bater-se também nesta corrida rumo à liderança do partido. Sérgio participou, pois, na elaboração e na coordenação de programas que ficariam famosos como a OID-POP/M, base do boom de fundos estruturais europeus que permitiram à Região abalançar-se ao desenvolvimentismo que é marca do regime jardinista. 
De 1990 a 1999, foi consultor e gestor de empresas do ramo dos transportes marítimos e operações portuárias. E é esta antiga ligação profissional ao desde sempre polémico grupo Sousas que, como já percebemos pelas primeiras reacções à sua candidatura, os adversários utilizarão nos debates. Mas, neste capítulo de suspeitas e envolvimentos, Sérgio Marques, julgamos, ganha distanciado à concorrência, pelas características das suas actividades políticas e profissionais, pelo menos as visíveis. Ou outros têm andado muito mais na brecha.
Antevemos, de facto, dois argumentos na campanha eleitoral interna que o ex-eurodeputado terá de fazer desintegrar depressa e com muita clareza: o tempo de consultor e gestor em barcos e portos; e a proximidade que possa manter com chefe Jardim.  

Em Julho de 1999, Sérgio Marques foi eleito para o Parlamento Europeu. Depois, reeleito para um segundo mandato. Até que um desentendimento com Jardim, à passagem para o terceiro, o levou a desistir da lista, entrando Nuno Teixeira para o seu lugar.
Foi nessa altura que Jardim criou a expressão 'único importante' [no PSD] com que se baptizou a si próprio para desvalorizar a decisão radical de Sérgio.
Não chegaríamos ao dia de hoje sem outro episódio do qual Sérgio não saiu muito bem tratado: a nomeação em falso para candidato social-democrata à Câmara do Funchal, nas últimas autárquicas.

Hoje, apesar desses incidentes de percurso, Sérgio Marques está muitíssimo distante de ser uma figura desgastada dentro do chamado Laranjal. Também por isso, é naturalíssimo que ele entenda ser hora de voltar à política activa. Fá-lo concorrendo à presidência da comissão política do partido, apesar de se preverem muitos concorrentes na disputa. 
Agora ou nunca. Acompanhamos o processo da sucessão desde sempre e sabemos que o sonho de Sérgio nasceu há muito, criando paulatinamente raízes à medida da inteligência, perspicácia, saber político e sentido democrático que se lhe reconhecem. Só que sempre fugiu ao alarde.

Madeira ao Vivo



DEIXAM AS AUTARQUIAS NA PENÚRIA!

Depois de outros casos que relatámos, incluindo o de São Martinho, de onde voaram dinheiro e carro, chega-nos agora o caso da junta de freguesia do Porto da Cruz. O presidente cessante, varrido pela onda socialista em Machico, levou consigo computador com ficheiros e tudo.
Resultado: o sucessor está de mãos atadas, sem conseguir dar andamento a casos de cidadãos anteriormente depositados nas mãos da junta.
Ali o que há do passado são dívidas, duas funcionárias, falta de ofícios e de computador para trabalhar... 
E as pessoas reagem mal quando lá vão e não podem fazer avançar os seus casos.
Imagine-se o que não há mais por aí...

Desporto





Figuras incontornáveis do 'Uniãozinho 
da Bola'




CENTENÁRIO DO UNIÃO COM BISPO,
CAFÔFO E PRESIDENTE DA LIGA




* O jantar comemorativo do Centenário do CF União conta com alargado leque de convidados

* Paulo Cafôfo já está confrontado com o pedido de uma sede para o clube em festa











Bispo D. António e presidente
Figueiredo esperados no jantar de gala





O União Sad integra o movimento contestatário criado para exigir a demissão do presidente da Liga de Clubes, mas nem por isso Mário Figueiredo declinou o convite para vir aos festejos do Centenário do clube insular, que decorrem neste final de semana.
A Sad azul-amarela foi uma das primeiras a ser contactadas para forçar Figueiredo a deixar as funções para as quais foi eleito não há muito tempo. No entanto, Filipe Silva, presidente da organização que dirige o futebol profissional unionista, endereçou convite ao titular da Liga, já aceite.
Não sabemos é se o actual patrão da Liga aproveitará para conseguir um recuo do União na campanha movida contra ele.
Ao lado de Mário Figueiredo e dos presidentes do CFU e do União Sad, respectivamente Roberto Marote e Filipe Silva, além do Dr. Brazão de Castro, presidente da Assembleia Geral do CFU, estarão no jantar de sexta-feira, no Baía Azul, o bispo do Funchal (presença por enquanto confirmada) e o novo presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo.
O novo edil já teve uma conversa preliminar com Filipe Silva, pelo que não se admirará com o pedido que lhe será feito formalmente amanhã no sentido de a Câmara ceder um espaço para sede social do União.
Depois das históricas sedes das Ruas da Queimada e da Carreira, nunca mais a histórica colectividade teve 'poiso' certo, essa é que é essa.
Agora, os dirigentes propõem o seguinte negócio: a Câmara disponibiliza um prédio devoluto, o clube restaura-o e o dito prédio fica sempre património do município.
"O Marítimo e o Nacional receberam instalações da parte de anteriores câmaras e é a igualdade de tratamento que pediremos ao presidente Cafôfo", diz-nos fonte azul-amarela.
Paulo Cafôfo poderá dar a resposta possível no próprio jantar, uma vez que será um dos oradores da selecta noite no Baía Azul.


Jardim só vai a centenários... de I Liga

Por enquanto, desconhecemos quem representará o governo regional nos festejos. O director regional do Desporto, João Santos, lá estará. Supõe-se que o secretário da Educação, Jaime Freitas, acabe por comparecer no jantar. É que o presidente Jardim mandou dizer ao União que não valeria a pena convidá-lo, porque só acompanha centenários de clubes... da I Liga.
O vice-presidente da Federação de Futebol, Paulo Manhoso, também vem à Madeira para dar os parabéns ao União.
Jaime Ramos, uma espécie de líder histórico do clube, evidentemente acompanhará as comemorações, que incluem missa, exposição no átrio da Câmara do Funchal e jantar de gala no Baía Azul. A seu lado estarão dois antigos presidentes do clube, Rui Nepomuceno e Eurico de Sousa.
O jantar já tem perto de 300 inscritos e, a par da expo com fotografias da história do clube, será animado por homenagens ainda guardadas em segredo pelos ideólogos das comemorações, a cargo da Sad.
O presidente Filipe Silva, além da sede pretendida, aposta na dignificação do complexo desportivo da Camacha, tarefa a que tenciona meter mãos já na próxima semana.
Aos dirigentes e adeptos do aguerrido 'Uniãozinho da Bola', muitos parabéns do 'Fénix'.

Funchal ao Vivo


NOVA CÂMARA ENFRENTA
PRIMEIRA REUNIÃO COM O POVO



Hoje, última quinta-feira do mês, um bom número de munícipes encontra-se na Câmara do Funchal para apresentar, cara a cara com a nova vereação, problemas locais.
Trata-se do primeiro embate da equipa saída das eleições de 29 de Setembro, presidida por Paulo Cafôfo, com os munícipes que estão decididos a participar activamente na vida da cidade.
O espírito de trabalho em cidadania prometido na campanha eleitoral passou à prática.

Política




BLOCO ACUSA JARDIM
DE "VINGANÇA IGNÓBIL"

Este jardim, afirma Roberto Almada, é usado para o PSD se vingar dos funchalenses que fizeram a Câmara mudar de cor.


O Bloco de Esquerda visitou esta quinta-feira de manhã o Jardim de Santa Luzia para protestar contra a "vingança ignóbil" do chefe do governo regional contra a nova Câmara do Funchal, mas vingança principalmente contra os cidadãos funchalenses que decidiram meter outra força política na governação da autarquia.
Uma vez que o PSD-M perdeu a capital nas eleições autárquicas, o governo e o seu presidente - diz o líder do Bloco, Roberto Almada - "retiraram a tutela do Jardim de Santa Luzia à Câmara por vingança".
Para Roberto Almada, "esta vingança ignóbil é demonstrativa do mau perder do governo regional, do PSD e do seu presidente".
No encontro com os jornalistas, o BE recordou que, já antes, o governo retirara a gestão das estradas municipais do Funchal à vereação, "numa atitude também vergonhosa de Jardim relacionada com o anterior presidente da Câmara".
Almada não tem dúvidas: é a Câmara que deve continuar a tratar do Jardim de Santa Luzia, para que não aconteça ali como noutros espaços à guarda do executivo, por sinal "muito mal cuidados". Refere-se o BE a jardins, rotundas e bermas sob jurisdição do governo que se encontram abandonados - a precisar de outro tratamento.
De tudo isto resulta uma inequívoca exigência do Bloco: o Jardim de Santa Luzia tem de continuar "nas mãos da Câmara do Funchal, que até agora tem cuidado muito bem daquele espaço".

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

JUSTIÇA


LEITOR PÕE QUESTÃO DELICADA

Recebemos de um Leitor do 'Fénix' a seguinte questão, que nos parece ferida de um pouco de racismo:
"Afinal, o processo do DCIAP contra o procurador-geral da República angolano, sr. João Maria de Sousa, foi arquivado sem passar da fase de inquérito.
Tratava-se de uma situação de fraude e branqueamento.
Pergunto: se fôssemos de cor, na Madeira, será que aquele mesmo DCIAP que mandou em paz o sr. procurador angolano fazia o mesmo aos dirigentes do Nacional agora na situação de acusados, estando em causa também um caso de fraude fiscal e branqueamento?
E será que os responsáveis do Marítimo envolvidos em algo semelhante deviam começar a equipar de preto, a ver se têm a sorte do cavalheiro africano e não a dos rivais do Nacional?
Agradecia resposta rápida, porque preciso de ouvir o Portas explicar as 90 páginas da reforma do Estado."

Nota do 'Fénix' - Esta redacção demarca-se liminarmente da manifestação no mínimo duvidosa do Leitor. Não queremos ser multados pela FIFA por comportamento racista, triste coisa que aliás nunca nos passou pela cabeça adoptar. Mas, à parte essa questão, oferecemos-nos ao Leitor para perguntarmos ao ministro Machete se também vem à Madeira dar uma entrevista à RJM para pedir desculpas aos dirigentes punidos ou a punir, se for o caso.

LARANJAL


ANGARIAÇÃO DE MILITANTES
RENDE MAIS 400

* Em sentido contrário às adesões, registam-se também por estes dias cerca de 40 expulsões, por conta das autárquicas

* Jardim quer obrigar Albuquerque a segunda volta nas 'internas'


 O líder do PSD-Madeira continua empenhadíssimo na escolha do futuro líder para o partido, tendo em vista evitar a todo o custo que a maioria de votos dos militantes recaia em Miguel Albuquerque.
Segundo fontes social-democratas, o plano de Jardim é levar o ex-presidente da Câmara do Funchal a uma segunda volta nas eleições internas de fins de 2014. É que, ao contrário do que acontece com o PSD nacional, em que Passos Coelho chegou a ser eleito por uma minoria dos votos, os estatutos do partido na Madeira exigem que a lista vencedora para a comissão política consiga "reunir mais de 50 por cento dos votos expressos". 
Assim, no caso de concorrerem apenas duas listas, ganha simplesmente a que tiver maioria. Com mais listas, e se não houver nenhuma com mais de 50 por cento de votos, parte-se para uma segunda volta, que deve ser disputada pelas duas mais votadas, uma semana depois da primeira ida às urnas.
No entender do actual líder - opinam as nossas fontes -, quanto mais candidatos houver, mais se retalharão os votos dos militantes por eles, inviabilizando-se uma vitória definitiva à primeira volta. Desse modo, mesmo com uma boa votação, Albuquerque teria de ir a uma segunda volta. E aí todos se juntariam ao outro candidato da segunda ronda, para derrotar o delfim rebelde.


Casas do povo não dão vencimento 

Para vencer Albuquerque, Manuel António Correia, que se saiba ainda delfim predilecto do chefe, dinamizou um projecto de angariação de militantes que, acabamos de saber, resultou numa 'safra' de mais 400 nomes só nas últimas semanas. Um trabalho feito principalmente através das casas do povo, que são coordenadas pelos serviços da Secretaria do Ambiente.
Segundo os estatutos, o pedido de inscrição de um militante deve ser subscrito por dois elementos já filiados. Depois, compete ao conselho de jurisdição regional aprovar ou não a entrada do reforço.
Além das diligências de Manuel António para juntar militantes afectos à linha Jardim, tendo em vista as internas de Dezembro do próximo ano, dá-se como certo que as fichas com os nomes dos novos filiados passam pelo crivo da Quinta das Angústias, a fim de o chefe saber quem são eles e quem os propõe.
O importante é que os novos filiados sejam da facção 'certa' e que tenham um ano de inscrição a um mês da data do congresso (já marcado para 10 de Janeiro de 2015)... para que possam exercer o direito de voto.


Mais expulsões às dezenas

Se há filiados a entrar às centenas, há outros a receber ordem de expulsão... às dezenas. Calculamos que, também nas últimas semanas, cerca de 40 militantes do PSD-M deixaram de o ser.
Na grande maioria, são punidos sob acusação de terem feito campanha por forças adversárias durante a recente campanha das autárquicas.
No PSD nacional, há 400 militantes expulsos pela mesma falta. Muitos outros se seguirão, porque a sanha de Passos Coelho não dá mostras de amainar.
Há uma diferença: no Continente, não há direito a defesa em processo disciplinar. A comissão política diz haver provas de indisciplina e o conselho de jurisdição expulsa automaticamente.
Na Madeira, respira-se mais democracia neste processo. O que não quer dizer que os arguidos tenham melhor sorte. O conselho de jurisdição regional recebe a comunicação da comissão política e admite ao 'implicado' o princípio do contraditório, notificando-o para que se defenda.  
Claro que o resultado é sempre a expulsão. Como mandam os estatutos gerais.
Nos últimos tempos, e sempre devido à campanha autárquica, foram expulsos 15 militantes do Porto Santo. Neste caso, sem processos, porque foram social-democratas a concorrer, de facto, por listas rivais.
Em São Vicente, foram expulsos outros 15, antes mesmo das eleições. 
Há outras desvinculações, voluntárias, de 'novos independentes' na Ponta do Sol, no Porto Santo e em São Vicente. Alguns apresentaram o pedido antes das eleições.
E há processos de expulsão a correr, como já divulgámos, envolvendo, por exemplo, Humberto Vasconcelos, antigo presidente de São Vicente, Simplício Pestana, que foi presidente da junta do Imaculado, Funchal, e Gabriel Farinha, antigo presidente do Porto Moniz.

CRISE NO LARANJAL











BARÕES ATERRORIZADOS PREFEREM
SUCESSOR DE 3.ª GERAÇÃO 


Os delfins que se estão a candidatar à liderança do PSD acabarão por se destruir uns aos outros e ao partido. É um receio dos barões da retaguarda laranja. Para estes, a solução deve passar por um salto geracional para o pós-delfins, até um sucessor mais jovem, como por exemplo Nuno Teixeira. 


* A candidatura de Sérgio Marques, apesar de esperada, fez 'saltar a tampa' no efervescente Laranjal

* PSD profundo intrigado com visita de Sérgio às Angústias antes de se apresentar como candidato


* Quanto mais tempo Jardim teimar em ficar, melhor para Miguel Albuquerque... e para a oposição



Em tempos, Jardim gabava-se de estar a preparar um futuro sem a convulsão que no pós-Mota Amaral matou o PSD-Açores. Lá se foi o tempo.



Sérgio Marques sustenta a ideia de que uma corrida com vários pretendentes à liderança do PSD não significa a 'balcanização do partido'. Mas os companheiros do próprio Sérgio no lote de barões e baronetes social-democratas pensam de maneira diferente.

Alguns notáveis com quem falámos esta quarta-feira, depois da original aparição de Sérgio Marques como candidato - lançamento via facebook e cobertura em jornais e blogosfera -, confessam-se aterrorizados com o futuro que antevêem para o PSD. "Os delfins em luta chegarão a cinco ou seis e hão-de eliminar-se uns aos outros, facilitando a vida à oposição", dizia-no um notável, com vasta experiência no dirigismo partidário e na vida parlamentar. "Quando escolhermos finalmente um novo líder, já os partidos da oposição terão encontrado um novo Cafôfo ou outro candidato competente e com força eleitoral, de tal maneira que perderemos as eleições seguintes para ficarmos muito tempo sem voltar ao poder."
É esse o sentimento na facção dos mais antigos social-democratas, "aqueles que percorreram todo este caminho fazendo do PPD o grande partido da Madeira".


Não substituir um 'avô' por outro 'avô'

Este movimento de antigos e actuais social-democratas entende que o futuro do partido passa forçosamente por um salto geracional. Ou seja, que "não serve substituir um avô por outro avô". É preciso recorrer à geração que se segue à dos delfins.
Mas onde encontrar esse jovem capaz de dar a volta à crise laranja? "Temos de ver se, por exemplo, Nuno Teixeira está perto de reunir as condições necessárias, essa é uma boa hipótese",  considera-se no seio do grupo em embrião.
Mas outro barão coloca reservas: "Nuno Teixeira é sem dúvida uma boa escolha, mas tem o senão de estar ligado a um grupo, o de João Cunha e Silva. Eu também penso que o novo líder tem de passar por cima dos Jaimes, Cunhas, Albuquerques, Coitos, Manuel António, Tranquada, Sérgio, tem de ser uma geração mais nova do que esta segunda, dos delfins. Mas precisamos de um  jovem desligado completamente das tendências que continuam a dividir o partido... e que o dividirão mais ainda."
Neste pormenor, convém sublinhar que, vai para pouco tempo, a propósito de Jaime Ramos ter abandonado o Conselho Regional quando Nuno Teixeira se preparava para intervir, falando-se então em ambições do eurodeputado à liderança, Nuno lembrou que a sua posição em matéria de sucessão é pública: apoio incondicional à candidatura de João Cunha e Silva.
Um dos notáveis contrapõe: "Mas Cunha e Silva não é candidato por enquanto e ninguém sabe se não se absteria em favor de Nuno Teixeira."


Jardim não larga os Orçamentos


Se o PPD profundo acha que os delfins andam imprudentemente a 'atirar-se de cabeça', o mesmo PPD também vive assustado antevendo as reles consequências do incurável apego do chefe ao poder.
Os barões receiam que Jardim, além de chamar a si a responsabilidade do Orçamento da Região para 2014... ainda queira dominar o Orçamento para 2015. "No ponto a que isto chegou, julgamos que o interesse dele é lançar as obras que pretende lançar e depois deixá-las paradas a meio, que é para o sucessor ficar com o problema nas mãos", dizem-nos. Depois de mim o caos, ouve-se em toda a parte. 
Ou seja, urge convencer o líder a deixar os outros tratarem do futuro que lhes dirá respeito.
É nessa linha de reflexão que as nossas fontes pretendem "mexer-se" em busca de soluções com um mínimo de garantias. A permanência de Jardim no poder só ajudará Miguel Albuquerque a ganhar terreno, entendem eles, avessos a essa hipótese. Consideram que não será Miguel Albuquerque a devolver o partido às suas verdadeiras origens. Aliás, nem ele nem os outros pré-candidatos assumidos e por assumir.
"Ainda aqui vamos e a desorientação no partido é aquela que se vê", afirmam. "Quando se chegar à linha de partida para a verdadeira prova, estarão todos destroçados." 


Barões desconfiados: que foi Sérgio 
fazer à Quinta Vigia antes de avançar?

Da sua parte, como prevíamos, Sérgio Marques não aceitou esperar mais tempo. Julgamos que fez bem. Os barões pensam o contrário. Alguns deles, contactados para o efeito, aconselharam Sérgio a reflectir mais tempo antes de se decidir. Ele declinou a recomendação e assumiu-se aos primeiros minutos desta quarta-feira.
Agora, alguns notáveis, depois de lerem o manifesto de ruptura escrito por Sérgio, interrogam-se admirados: "Então, que foi ele fazer à Presidência na semana passada?"
E colocam dúvidas: "Obviamente que ele não iria lá acima falar do tempo. Não iria sem dar cavaco ao chefe sobre a decisão de se candidatar. Mas... anunciou apenas o que iria fazer? Ou estamos perante uma estratégia concertada com o líder? É legítimo pensarmos tudo, a partir do momento em que soubemos que o Sérgio esteve com o presidente dias antes de avançar."
Essa dúvida ganha alguma consistência quando se percebe que os propósitos político-partidários apresentados por Sérgio no facebook se confundem muito com aqueles que Miguel Albuquerque desde sempre divulgou como linhas mestras do seu projecto. 
Numa palavra, Sérgio no terreno significa disputa directa na área onde se movimenta Albuquerque. Ambos falam de romper com o passado. Essa competição dentro da competição (Albuquerque-Sérgio) facilita o trabalho dos outros candidatos, mais ou menos pró-Jardim.
Os barões meneiam a cabeça.
Sérgio Marques é indiscutivelmente um candidato forte. Com prestígio ao nível regional, incluindo no seio do PSD. Constituirá ele o adversário ideal para, em benefício dos desejos de Jardim, disputar espaço ao ex-presidente da Câmara?
Eis o que alguns notáveis andaram a magicar hoje. Normal. A suspeita banalizou-se na Rua dos Netos. É elevado o grau de desconfianças e suspeitas. Ninguém sabe quem está com quem. Quase ninguém sabe quem está contra quem. Ninguém sabe os reais objectivos de ninguém.

Da nossa parte, não acreditamos que o novo candidato esteja no terreno para outra coisa que não ganhar o partido. É um sonho do antigo eurodeputado que não nasceu hoje nem ontem. Já chega de se deixar embalar nas estratégias urdidas para benefício dos outros - do grande chefe, por exemplo. O seu silêncio de 4 anos terminou, como diz no manifesto. 
Os notáveis reconhecem-lhe competência e credibilidade. Mas a unanimidade no PSD já morreu. Um desses barões assume atitude bem contundente perante o novo candidato: "Ele (Sérgio) parece querer passar uma imagem de independente, mas vamos lembrar-lhe que se os Sousas são hoje os donos dos portos muito devem a ele." 
É o recordar de outras épocas que, entre candidatos, não vai parar até ao último dia de batalha. 

Falta a 'surpresa das surpresas'

A luta será renhida. 
Falta ainda o papel neste processo de políticos como os da família Ramos. Os outros barões do PSD profundo não confiam neles. Acham que Jaime Ernesto e Jaime Filipe não estão para trabalhar a favor de ninguém, mas de si próprios. "Eles jogam em todos os tabuleiros e ainda mais nesta fase decadente, em que manda a lei da  sobrevivência", diz-nos um antigo 'unha com carne' de Jaime.


Lá se ficam os barões da retaguarda a estudar como fazer vingar a solução ideal que a cabeça lhes dita nesta altura, o tal salto geracional: um candidato mais novo, pós-delfins, que possa contar com os 'pesos pesados' e os mais jovens militantes, e, com esses apoios, devolver ao partido a chama fulgente e vencedora do velho PPD.

Isso de sucessor... A surpresa das surpresas ainda está para surgir! É um social-democrata normalmente bem informado que nos garante, à última hora.
Outra surpresa?
Desistimos. Assim, não chegamos a nenhuma conclusão com pés e cabeça.

POLÍTICA



SÉRGIO OFICIALIZA CANDIDATURA
À LIDERANÇA DO PSD-MADEIRA





* Novos protagonistas, novas prioridades, novas práticas
* Fim à praxis partidária, política e governativa dos últimos anos
* Nos apoios só haverá bases, não barões do Laranjal

'NASP - Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência' divulgou termos do comunicado que serve de lançamento oficial a Sérgio Marques, disponível no facebook a partir destes primeiros instantes de quarta-feira 




Sérgio Marques arranca oficialmente nestes primeiros instantes de quarta-feira, 30 de Outubro, rumo à presidência da comissão política regional do PSD-Madeira.
O anúncio aparece de forma original. 

Através de uma página do facebook criada para o efeito, o antigo eurodeputado emite um comunicado que anuncia o fim do seu 'silêncio' e lança oficialmente a  candidatura à liderança do partido. 
Trata-se do terceiro 'delfim' a perfilar-se para uma corrida esperada desde há muitos anos - depois de Miguel Albuquerque e Manuel António Correia. Para já, ficam a faltar João Cunha e Silva e Miguel de Sousa, outros pretendentes ao lugar ocupado por Jardim há mais de 30 anos.
Segundo nos refere o NASP - Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência, a candidatura do ex-eurodeputado "pretende ser inovadora, fresca e verdadeiramente aberta aos novos tempos". Por isso a forma original de se apresentar aos militantes e simpatizantes do PSD e madeirenses em geral.
O avanço de Sérgio pretende - segundo a candidatura - "marcar uma diferença substancial face ao que tem sido a praxis partidária, política e governativa dos últimos anos". Sem querer entrar pela "caça às bruxas" ou pelo "revanchismo", a candidatura de Sérgio Marques tem contudo a noção de viver "tempos novos, em que se pretendem novos protagonistas, novas prioridades e novas práticas".
Está assente que Sérgio Marques contará exclusivamente com o apoio das bases, de quem tem recebido incentivos no sentido de se candidatar. Portanto, a candidatura não se baseia "em  qualquer apoio de actuais dirigentes do partido" - explicação que esclarece rumores a correr nos últimos dias - sublinha o NASP.
Para os próximos meses serão desenvolvidas iniciativas tanto on line como presenciais, "de modo a desafiar a sociedade civil a participar e a colaborar com a candidatura".

'Fénix' divulga na íntegra o comunicado com que Sérgio Marques se apresenta aos militantes PSD e aos madeirenses como candidato à sucessão de Jardim no partido da Rua dos Netos.


CONSTRUIR A ESPERANÇA

POR UM PACTO DE CONFIANÇA COM OS MADEIRENSES E PORTO-SANTENSES   
                
O silêncio sobre a vida política regional a que me remeti após a saída do Parlamento Europeu terminou. Aquilo que por graça tenho designado como a minha “travessia do deserto” acabou.
Depois de 25 anos de atividade política ininterrupta é salutar fazer outras coisas e viver como um cidadão comum olhando a política através de uma perspetiva diferente. É bom sair da redoma em que a política por vezes nos enclausura e deixar entrar a realidade concreta do dia a dia dos nossos concidadãos. Muitas vezes constato que estamos de tal modo envolvidos que esquecemos que há mais vida para além da política.
Mas depois de mais de 4 anos de distanciamento, achei que era tempo de voltar. Contem comigo! Nesta fase da nossa vida colectiva todos devem dar o seu contributo.
Volto para vos anunciar a minha vontade em ser candidato à liderança do PSD da Madeira. É mais uma opção de escolha que deixo ao livre arbítrio dos militantes do PSD/M, nos quais confio plenamente, independentemente da escolha que vierem a fazer.
Assumo a minha responsabilidade cívica e política. Seria bem mais cómodo e fácil ficar quieto. Tenho plena consciência que o caminho será árduo e difícil. Parto sem o apoio de qualquer dirigente do Partido e apenas apoiado por um conjunto de militantes de base.
Entro na disputa da liderança com total autonomia face a interesses, políticos, económicos ou financeiros!
Não me candidato contra ninguém. Quero afirmar-me pelas minhas ideias, pelos valores que abraço, pela minha maneira de ser e não por estar contra quem quer que seja. Não é da minha natureza fazer inimigos. Prefiro criar empatias, deitar pontes, procurar consensos e confrontar ideias em ambiente livre e democrático.
 Em resultado duma vivência de décadas no PSD tenho apreço e amizade por todos os outros candidatos. Já tive a oportunidade de trabalhar com todos. Fi-lo duma forma leal e não discriminatória. Não alimentei rivalidades com ninguém. Não o farei agora. Não os vejo como adversários, nem mesmo como rivais, mas como companheiros que partilham um objetivo: a liderança do PSD.
Com “fair-play” digo que ganhe o melhor! E é por vir com este espírito que não vejo a disputa com 4, 5 ou mais candidatos como um possível fator de divisão ou de balcanização do Partido. Pelo contrário, vejo-a como uma oportunidade excecional de abertura à sociedade civil e de debate e reflexão sobre o futuro do PSD e da Região.
Penso que o PSD pode sair desta disputa mais maduro, mais forte e mais unido em torno do novo líder que os militantes venham a escolher. Mas isso só acontecerá se a campanha for limpa e leal, tiver respeitado as normas estatutárias e se todos os candidatos tiverem sido objeto de um tratamento imparcial e igualitário. Acredito que todos saberemos assumir as nossas responsabilidades.
Porque defendo uma rigorosa separação entre a Região e o Partido, proponho que todos tenhamos um cuidado extremo para não utilizar recursos públicos na preparação e realização da campanha eleitoral interna. Por outro lado, procederei com a maior transparência no que concerne às receitas e despesas da campanha.
Candidato-me para ajudar o PSD a responder aos tempos dramáticos e tempestuosos que vivemos e aos desafios enormes com que estamos confrontados. Para lhes fazer face, precisamos mais do que nunca da social-democracia, da autonomia e de vontade reformista. É neste triângulo que assenta a nossa identidade enquanto Partido e Movimento Popular:
- A autonomia, a política, a da sociedade civil e a dos cidadãos, como o grande instrumento de ação e de libertação de inovação e energia criadora,
- A social-democracia como rumo, assente num novo paradigma de crescimento económico e de solidariedade social,
- A vontade reformista, como encarnação de mudança, de rutura e de transformação radical, a base para uma nova revolução tranquila.

Este é o caminho para renovar e restaurar a marca genética do PSD: Ser o partido da mudança. Orgulhamo-nos da revolução tranquila que realizámos. Mas agora, em consonância com os novos tempos, necessitamos de um novo ímpeto reformista, alicerçado em novas prioridades, novas políticas e novos protagonistas.

 E tardamos em iniciar um novo ciclo! Pelo contrário, insistimos na continuação dum ciclo que está esgotado e deixámos que o povo o dissesse bem alto nas últimas eleições.

O PSD, se quiser manter-se liderante, precisa de ser mobilizado em torno da causa de uma nova revolução tranquila. Esta causa dar-lhe -á vida, animo, criatividade, dinamismo e garantirá uma ligação e proximidade com a sociedade civil que se quer livre e forte.

Assim mobilizado, o PSD será bem mais que uma máquina de campanha eleitoral. Seremos também um grande fórum de participação, de debate e produção de ideias que possam alimentar e valorizar a nossa ação, no Governo, no Parlamento ou nas Autarquias.

Entendo também que se o PSD quiser continuar vitorioso, não pode deixar de exercer uma liderança pelo exemplo e em coerência com os tempos difíceis de hoje. Se a maioria dos Madeirenses e Porto-santenses vivem com menos, o PSD têm também de viver com menos. É um absurdo manter o “jackpot” atribuído aos partidos nos níveis atuais. Tem de ser substancialmente reduzido.

Candidato-me para servir os militantes do PSD e para através do PSD servir o povo da Madeira e Porto Santo e em particular os mais desfavorecidos. Os novos tempos exigem um PSD profundamente humanista que tenha como valor supremo a defesa da dignidade da pessoa humana.

Um PSD acima de tudo apostado num verdadeiro processo de desenvolvimento humano em que a ideia de progresso está associada, não só a mais desenvolvimento económico, mas também à redução da pobreza, à busca da felicidade e a um melhor equilíbrio entre os valores materiais e os valores éticos.

 Expresso a minha solidariedade a todos aqueles que em resultado da grave crise que atravessamos vivem numa situação de grande dificuldade e experimentam um sentimento de desencanto, de frustração e mesmo de desespero. Não esqueço em especial os nossos conterrâneos que ficaram sem trabalho ou que tiveram de emigrar, bem como a aflição em que se encontram inúmeras empresas.

Move-me espírito de missão e de serviço ao bem comum, este o nobre objetivo da política que urge reabilitar aos olhos da cidadania, cada vez mais indiferente e descrente sobre o sentido da política.
Sinto que, também na nossa Região, os cidadãos desconfiam e se afastam da política, ainda que esteja latente uma enorme vontade de participação. As últimas eleições provaram-no bem, com uma abstenção elevada e um número de votos brancos e nulos nunca vistos. Mas em simultâneo, também desconfiam e afastam-se do nosso Partido.
 Temos de estancar este divórcio crescente dos cidadãos face ao PSD, mas também face ao sistema político regional e à própria autonomia política democrática. Com este propósito e também para dar expressão a uma nova revolução tranquila proponho um PACTO DE CONFIANÇA entre o PSD e os Madeirenses e Porto-santenses, que assentaria (1) numa forma diferente de estar na política, (2) numa reforma profunda do PSD e do sistema político regional, (3) numa parceria estratégica com a República (4) numa rede reforçada de combate à pobreza e de apoio social aos mais carenciados e (5) numa visão do futuro da Madeira como Região inteligente, atrativa, inovadora, sustentável, competitiva e solidária, que permita construir um caminho de esperança, que proporcione condições para criar emprego e trabalho, melhorar a qualidade de vida e assegurar maior prosperidade para todos.
Trata-se de um caminho exigente e difícil? Sim, mas possível e realista! Não venho para vos vender ilusões ou esperanças infundadas. A esperança não se decreta, constrói-se. Não vos prometo mais do que a verdade e muito trabalho, empenho e determinação.

Conto convosco!

Sérgio Marques

terça-feira, 29 de outubro de 2013

GOVERNO


JOÃO RODRIGUES REFORÇA
SECRETARIA DE MANUEL ANTÓNIO



Dentro do próprio governo, há quem veja uma tentativa para provocar guerra de competências em áreas relacionadas com ordenamento do território, entre o Ambiente e as Câmaras, sobretudo a do Funchal. As primeiras posições de João Rodrigues e de Bruno Pereira, como oposição municipal, não tranquilizam por aí além.




A notícia corre com insistência nos bastidores do governo regional. Ex-vereador na equipa de Miguel Albuquerque, o Eng.º João Rodrigues irá integrar a equipa de Manuel António Correia na Secretaria do Ambiente.
Mesmo dentro do executivo, há quem interprete a transferência como uma resposta de Jardim à colocação de Gil Canha no pelouro que tutela o urbanismo na Câmara do Funchal, presidida por Paulo Cafôfo.
Figuras gradas da área executiva jardinista entendem até a suposta escolha de João Rodrigues, engenheiro com experiência nas obras públicas e no urbanismo, como forma de fazer 'marcação cerrada' aos titulares eleitos em 29 de Setembro - não apenas na capital mas nas outras 6 câmaras que saíram da alçada do PSD.
O Eng.º João Rodrigues sai de vereador com pelouro na CMF sem ter suscitado, pelo menos até à data, grandes críticas ao seu trabalho. Talvez por se ter demarcado da linha Miguel Albuquerque quando da ruptura deste com Bruno Pereira e Jardim, a sua transferência - a confirmar-se - é vista internamente como visando servir guerras intra-partidárias cujas consequências sobrarão para os madeirenses e para a Madeira. 
Convém recordar que os PDMs aguardam revisão.
Já os primeiros passos de Rodrigues e Bruno, enquanto vereadores da Oposição funchalense, pouco primam pela cortesia política, porque nem deram tempo à nova maioria eleita para conhecer os cantos à casa: dificuldades e críticas a Cafôfo e seus pares, desde o começo, que só têm causado mal-estar no eleitorado. 
Uma actuação - de ambos - em coro com o seu chefe das Angústias, presidente do governo que, em vez de governar, faz oposição aos concelhos que o correram. O caso do Jardim de Santa Luzia é apenas um caso desses.
Finalmente, deixamos uma observação: porquê transferir o antigo vereador João Rodrigues, com capital de grande utilidade para a Câmara, rumo aos quadros do Ambiente? Isto, obviamente, se houver fundamento na notícia que nos traz à liça. Garantem-nos que Rodrigues já tem gabinete montado no Golden, vamos aguardar pela confirmação.

LARANJAL


CANDIDATURA DE MIGUEL DE SOUSA
NÃO DEPENDERÁ DOS ADVERSÁRIOS



Miguel de Sousa mudou a sua forma de pensar a sucessão no PSD-M. Antes, só se candidataria se Jardim não o fizesse. A conjuntura mudou e, se resolver candidatar-se, o antigo vice do governo regional já não contemplará condicionamentos. 



O antigo vice do governo regional e actual vice da Assembleia Legislativa Miguel de Sousa não cederá perante quaisquer constrangimentos se no processo em curso decidir candidatar-se à liderança do PSD-Madeira.

Até há algum tempo, aquele que foi o primeiro delfim indicado por Jardim, no congresso regional de 1989, sustentou que só se apresentaria na disputa da presidência dos social-democratas em caso de o chefe não o fazer. Com Jardim em cena, ficaria fora da corrida.
Agora que o contexto se transformou completamente, com vários delfins assumidos em campo, aquela postura também se alterou.
Recorde-se ainda que Miguel de Sousa propôs na pretérita reunião da comissão política do PSD uma antecipação do próximo congresso para o Verão de 2014, argumentando com a importância de caber ao novo líder a elaboração do Orçamento da Região para 2015. Miguel, inclusive numa entrevista a um jornal nacional, chegou a dar como consumada a mudança da data do congresso, levando em conta o assentimento do chefe à sua proposta.
Outros membros da comissão política confirmaram-nos não só que alguns deles concordaram com a ideia, aliás também a gosto do candidato assumido Miguel Albuquerque, como o próprio líder lhe achou fundamento, no correr da reunião em causa.
Simplesmente, Jardim mudaria de opinião. Nas recentes reuniões com militantes de base, pelas freguesias da Madeira, tem-se manifestado contra essa pretendida antecipação. Quanto aos seus fundamentos, alguns percebem que Jardim não reconhece no sucessor, seja ele qual for, competência para fazer já um orçamento; outros interpretam as explicações de Jardim como a intenção de salvaguardar o novo presidente das críticas da oposição contra o orçamento, necessariamente prejudicado pela situação regional financeiramente crítica.
Quando surgem dúvidas sobre a real vontade de Jardim para sair da liderança do PSD, uma vez que parece inclinado a deixar cair Manuel António Correia para seguir em seu lugar, sabemos que Miguel de Sousa já tomou uma primeira decisão: se resolver avançar com uma candidatura, fá-lo-á sem olhar aos nomes dos outros eventuais candidatos.
Ou seja: ao contrário do que pensava antes, agora não faz depender a sua decisão da entrada de um candidato qualquer na corrida, mesmo que se chame Jardim.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


MATAGAL E RESERVATÓRIO DE GÁS

01 -  Matagal e reservatório de gás - Ribeira de João Gomes - 28.10.13

Três anos e oito meses após a aluvião de 20 de Fevereiro de 2010  e dez meses depois da publicação do Decreto Legislativo Regional nº1 /2013/M, que num ápice transformou as ruas paralelas às três ribeiras do Funchal em estradas regionais, ainda não foram repostos os varandins nas margens da Ribeira de João Gomes.
E a menos de cem metros do Mercado dos Lavradores, um dos locais de maior afluência turística da cidade do Funchal, o reservatório de gás do edifício Anadia mantém-se sobre a ribeira envolvido por um matagal, que já foi jardim.
Enquanto na baía e nos troços finais das ribeiras estão a ser gastos 80 milhões de euros (sem contar com as obras a mais), o governo regional ainda não arranjou uma verbazita para requalificar a paisagem e aumentar a segurança do troço da Ribeira de João Gomes entre o Mercado dos Lavradores e o Quartel dos Bombeiros Voluntários Madeirenses.

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal

02 - Matagal e reservatório de gás  - Ribeira de João Gomes - 28.10.13

03 - Matagal e reservatório de gás -Ribeira de João Gomes - 28.10.13

04 - Ribeira de João Gomes - 28.10.13

05 - Ribeira de João Gomes - 28.10.13
 
06 - Ribeira de João Gomes - 28.10.13

LARANJAL





SÉRGIO MARQUES 
NA RAMPA 
DE LANÇAMENTO











Não há novidade quanto às intenções de o antigo eurodeputado Sérgio Marques se candidatar à liderança do PSD-Madeira. Já o anunciámos neste espaço e com todo o fundamento para o fazer. Explicámos na altura. 
O que há de novo agora é que, nos meios políticos regionais, sobretudo na área social-democrata, está dado como certo que o anúncio da referida candidatura está prestes a 'rebentar'. 
Dentro em pouco, portanto, Sérgio Marques apresenta-se como candidato à frente de outros delfins que têm condicionado o seu avanço à decisão final de Jardim. 
Miguel de Sousa sempre disse que não se candidata se Jardim o fizer. João Cunha e Silva, idem. Manuel António Correia parece deparar-se com mais obrigações nesse capítulo, no papel de favorito do chefe - embora não acreditemos que o secretário do Ambiente se submeta a mais um pedido de Jardim para se adiar a si próprio.
Sérgio Marques está consciente de que haverá um número considerável de concorrentes à presidência do PSD, numas eleições internas sem Jardim. E também está decidido a participar na luta. Com ou sem o chefe que se intitulou o 'Único Importante' para o amesquinhar a ele, Sérgio. É isso que o antigo deputado europeu tem deixado transparecer e que os círculos social-democratas já interiorizaram.
Jardim, como se sabe, tudo tem feito para condicionar o futuro do PSD. Da sua parte, Sérgio parece não estar disposto a esperar mais. 
Em certos redutos do Laranjal, diz-se que o seu grande apoio está em Jaime Filipe Ramos. Faz sentido?