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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cidade




JÁ ERA TEMPO DE SE MOSTRAR A CÂMARA
E OS MOMENTOS DA HISTÓRIA DO FUNCHAL

A Câmara, na sua riquíssima história e no seu presente, é muito mais do que o Chafariz da Leda.

Abrir a Câmara do Funchal a visitantes naturais e estrangeiros é muitíssimo mais do que uma daquelas medidas que os políticos inventam para a fotografia. Por assim dizer, trata-se de transformar um edifício frio e sorumbático, aborrecido e insignificante, por onde as pessoas passam diariamente com indiferença, num centro vivo de imagens e histórias do presente e de um passado que decididamente vale a pena conhecer.
Os funchalenses, e muito mais os visitantes, desconhecem os momentos marcantes da capital madeirense, nos seus 5 séculos de história. Ninguém sabe sequer dos quadros mais recentes, já no edifício municipal actual. 
A primeira central telefónica da Madeira foi instalada na torre dos Paços do Concelho, corriam os primeiros anos do século XX. Nos espaços térreos funcionaram a polícia e os calabouços. Na Revolução de 31 contra a ditadura salazarista, constituiu-se uma vereação muito activa pró-rebeldes. A inépcia dos democratas continentais 'bonzos' inviabilizou o sucesso da luta, mas daquela varanda que dá para a Praça do Município haveria de ser lançada a estátua do ditador, num mítico 1.º de Maio pós-Revolução dos Cravos, em 1974.
Qualquer cidade por esse mundo promove a sua história. Em Espanha, por exemplo. No Ayuntamiento de Cádiz, conhecemos histórias da cidade, com realce para a primeira Constituição de Espanha, ainda por cima liberal - precisamente a 'Constituição de Cádiz', por haver sido promulgada naquela cidade icónica da Andaluzia, em 1812. 
Há salões e outras zonas da Câmara do Funchal que merecem ser conhecidos. Os Paços do Funchal são mais do que o bonito átrio e a Leda. Os funchalenses saberão que o homem que deu o nome à Rua José Quintino de Freitas (Campo da Barca-Pena) foi um vereador histórico do Funchal, no século XIX? E Pedro José de Ornelas? E quem sabe do escrivão interino da Câmara (mais tarde carismático secretário-geral) que ficou com a cidade nas mãos, obrigado a praticamente dirigir o combate ao surto colérico de 1856, que tantas vidas ceifou?
A Câmara tem uma história rica e, já agora, tomara os actuais mandantes serem lembrados no futuro com metade da admiração e do respeito com que nós nos lembramos hoje dos seus antepassados. 

3 comentários:

ana disse...

caro Luis Calisto.Sou professora num estabelecimento de ensino da nossa Cidade,e por varias vezes ja organizamos,com guia,as visitas de estudo aos Paços do Concelho.
Aproveito para enaltecer o empenho e profissionalismo demonstrado pelos responsaveis,julgo Dra Susana,na explicaçao de toda a historia que compõe o antigo Palacio.
Nao vejo qual a novidade anunciada pelo novo elenco governativo

Luís Calisto disse...

A nossa resposta segue num apontamento na página principal do blogue.

Anónimo disse...

Isto é publicidade enganosa,da mesma maneira que foi feito com o Teatro Baltazar Dias,sempre houveram visitas guiadas!!!!!Qual é a ideia da CMF????