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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS


JARDIM AINDA SONHA
COM EXPULSÃO DE MIGUEL


O chefe do PPD-M regressa esta sexta-feira de Bruxelas sem motivo para euforias. Por aquelas bandas, coabitaram com ele os presidentes das câmaras do 'contra'. E agora, ao voltar à ilhota, vê Cunha e Silva 'engonhar' o caso do congresso antecipado, recorrendo ao CJ em vez de simplesmente mandar o processo para o caixote, como sua excelência gostaria!


Se o homem os apanha a jeito!...

O regresso à Madeira do inquilino das Angústias, depois da costumeira vilegiatura pelas Europas, não ocorre no meio dos melhores ares. Parece que de propósito, ele aterra em Santa Catarina, se se confirmar a viagem, precisamente no dia em que o seu 'estimado' Miguel Albuquerque entregou na Rua dos Netos o raio do documento com nada menos de 640 assinaturas a exigir congresso antecipado, bem como eleições internas directas em Junho.
Pior do que isso, João Cunha e Silva, presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Regional, não perdeu tempo e com incrível rapidez reuniu seus pares para reflectir sobre o que fazer.
Rechaçar sumariamente o pedido de Albuquerque e seus apoiantes seria o ideal para não espicaçar mais o irritado 'Meio Chefe'. É consabido que Jardim escreve, diz, escreve, escreve, escreve e torna a dizer que isso do congresso extra é algo inviabilizado pela decisão tomada anteriormente em reunião magna, reforçada pelo Conselho Regional - apontando eleições e congresso para final do ano e para Janeiro de 2015.
Só que há uns estatutos que, se para Jardim valem menos do que a sua teima reiterada pelos rapazes do Conselho Regional, são encarados por João Cunha e Silva com olhos responsáveis. Assim, como contamos na peça abaixo, a Mesa decidiu por unanimidade fazer o que legalmente lhe competia: enviar o processo para o Conselho Jurisdicional, a fim de que o órgão presidido por José Prada dê o seu parecer sobre os preceitos legais do documento, bem como sobre a legitimidade dos militantes que assinaram o pedido.
José Prada certamente recorrerá ao Secretariado para a verificação da situação dos militantes, após o que devolverá o processo a Cunha e Silva, com os elementos solicitados.
Presume-se que o caso seja encaminhado sem novidade para o próximo Conselho Regional. Nesse teatro terão de se pronunciar os conselheiros, em votação de braço no ar.
Será complicado, ali nas barbas do patrão, alguém votar contra ele, ou seja, a favor de Albuquerque. Os conselheiros foram colocados lá pelo chefe...
O pior é que o futuro vem aí. Ora, em política existem comboios que só passam uma vez.
Lá com eles.

Jardim, atenção, tem outro motivo para não passar um fim-de-semana de sonho, tranquilo e agradável para quem regressa daquela trabalheira toda na Europa. É que as ordens que deixou para novas pressões a José Prada, presidente do CJ que há uma semana recusou expulsar Albuquerque, de nada serviram. Andaram coronéis e sargentos das Angústias a perguntar aos decisores se "já pensaram melhor", mas com respostas de todo desencorajadoras.
O caminho de 'Meio Chefe' estreita-se rapidamente. Não se faz.  

LARANJAL


CUNHA MANDA AO CONSELHO JURISDICIONAL
PEDIDO DE CONGRESSO ANTECIPADO





O presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Regional do PSD-Madeira, João Cunha e Silva, acaba de reunir todos os membros desse órgão - a Mesa -  para deliberar o destino a dar à proposta de congresso electivo extraordinário apresentada esta manhã por Miguel Albuquerque.
O encontro acabou com uma decisão tomada por unanimidade: o documento de Albuquerque seguirá para o Conselho Jurisdicional, que analisará os preceitos legais da pretensão, bem como tratará da conformidade das assinaturas que suportam a proposta - da lavra de 650 filiados no partido.
Como se sabe, chegavam 300 assinaturas.
Se e quando o Conselho Jurisdicional confirmar a legalidade do processo, João Cunha e Silva canalizá-lo-á rumo ao Conselho Regional, para votação. A qual votação, como se sabe, é feita de braço no ar, no órgão em questão.
Segundo apurámos, o Conselho Jurisdicional deverá recorrer ao Secretariado do partido para verificação da situação dos militantes que puseram a sua assinatura no documento - prática normal nas circunstâncias presentes.
Miguel Albuquerque procedeu esta manhã à entrega das 650 assinaturas na Rua dos Netos, conforme anunciara. A ideia é obrigar o partido a marcar mesmo o congresso desejado, já que os estatutos o permitem.
Como se vê, a Mesa presidida por Cunha e Silva e, para já, resolveu o problema da manhã para a tarde.

Efeméride





EM MEMÓRIA DOS VALENTES
QUE ENFRENTARAM A TIRANIA

Combatentes de 1891: acontecesse o que acontecesse, urgia combater o regime caduco da tirania.

Na madrugada de 31 de Janeiro de 1891, faz esta sexta-feira 123 anos, tropas militares e paramilitares rebelaram-se na cidade do Porto tendo em vista derrubar o regime caduco e aparelhista da monarquia. Tratou-se de um movimento incipiente, mas que, ainda por cima esporeado pelas cedências da realeza aos ingleses na questão do Ultimato, humilhação nacional perpetrada no ano anterior, servia para abrir caminho a um golpe decisivo que acabasse com o poder hereditário da monarquia. E, já se vê, com os partidos monárquicos que serviam rotativamente as classes instaladas.
A Madeira viveu intensamente essa época, na linha da tradicional irreverência do povo, não reflectida na classe política subserviente aos paços de Lisboa. Em 1882, recordemos, a Madeira dera um exemplo de progressismo e democracia ao eleger um deputado republicano - Manuel Arriaga -, acontecimento histórico que mereceu prolongado destaque na imprensa livre de Portugal inteiro. Os esbirros da monarquia, nas eleições seguintes, assassinaram friamente muita gente na Ribeira Brava, para evitar a reeleição de um republicano. Mas o destino estava traçado, como se veria com o virar das décadas.

Em 31 de Janeiro de 1891, a rebelião republicana portuense desencadeou-se à base de sargentos e praças, mas chegou a declarar a implantação da República frente à Câmara da cidade, pela voz do dr. Alves da Veiga, com hastear da bandeira verde-rubra e ao som de foguetório e fanfarra.
O golpe acabaria neutralizado, como se temia. Mas os revoltosos deram luta às forças leais ao regime caduco, superiores em número e armamento, registando-se uma dúzia de mortos e 4 dezenas de feridos.

Dos revolucionários, alguns conseguiram fugir para França e Brasil, outros não escaparam ao julgamento a bordo de navios, frente a Leixões, e ao sequente degredo nas costas de África. 
Mas o seu exemplo de valentes democratas, que não se acomodaram nem acobardaram perante a tirania instalada no País, preferindo enfrentar o destino a viver no pântano da ignomínia, serviu de rampa de lançamento à revolução triunfal de 5 de Outubro de 1910, que pôs a mexer o mofento regime da velhada.

Os festejos na actualidade relevam a façanha de Outubro de 1910, golpe que ocorreu já numa fase de monarquia perdida.
Nós não esquecemos os bravos de 1891, que ofereceram o peito às balas para que outros pudessem aproveitar a onda e transformar finalmente Portugal.

Prisioneiros do 31 de Janeiro, a bordo do 'Índia'.

LARANJAL



ALBUQUERQUE LEVA 640 ASSINATURAS
PARA EXIGIR CONGRESSO ANTECIPADO


O documento a entrar esta sexta-feira na Rua dos Netos aponta o mês de Junho para o congresso electivo. A salvação de Jardim, para evitar nova derrota humilhante, reside no estilo totalitário das votações em conselho regional: braço no ar.


Miguel Albuquerque e Rui Abreu voltam esta sexta-feira à Rua dos Netos.

Às 10 horas desta sexta-feira, Miguel Albuquerque entra na sede regional do PPD, acompanhado pelo seu mais directo colaborador Rui Abreu, para depositar o documento com as assinaturas necessárias à convocação do congresso antecipado. Com uma curiosidade: mais do que as 300 assinaturas exigidas estatutariamente, a candidatura do ex-presidente da Câmara do Funchal apresenta 640. O que pode ser entendido como uma manifestação de força perante as ameaças do chefe social-democrata de expulsar quem insistir na antecipação de um congresso que - argumenta o mesmo líder - tem data marcada desde a anterior reunião magna, e com confirmação em conselho regional.
"Não será fácil expulsar 640 militantes", ironiza entretanto um elemento da candidatura miguelista.


Recordemos que no conselho regional de Novembro do ano passado, Jardim queixou-se dos companheiros de partido que o querem "escorraçar" da liderança, ao mesmo tempo que fazia finca-pé: insistir na antecipação do congresso é tentar desunir ainda mais o partido. E desunir o partido carece de um castigo máximo, a expulsão.
Acontece que, no mesmo conselho regional de Novembro, Delfins além de Miguel Albuquerque desafinaram da teoria jardinista. Miguel de Sousa reiterou a sua opinião de que o congresso deve ser mesmo antecipado, por forma a que o futuro líder chegue a tempo de orientar o Orçamento da Região para 2015. E Sérgio Marques alertou para o perigo de uma "querela estatutária iminente", caso o caminho levasse ao braço-de-ferro entre Albuquerque e Jardim.
Como acaba efectivamente por levar.

Miguel Albuquerque é que não recuou um milímetro na formalização do pedido para antecipar o congresso electivo extraordinário, em Junho, antecedido de eleições para a comissão política e para o secretariado do partido. Não abdica da prerrogativa constante do artigo 12.º do Estatuto do PSD-Madeira, segundo a qual 300 filiados regionais podem convocar um congresso extraordinário.
Jardim, por sua vez, puxou dos galões várias vezes avisando que materializar esse "divisionismo" implicaria expulsão. 
Não é façanha nenhuma prever que vem a caminho mais uma derrota do chefe. Depois de em vão ter tentado afastar do partido Miguel Albuquerque, estribado nas alegadas ofensas do rebelde plasmadas em artigos de jornal, agora será tempo de Jardim assistir ao "atrevimento" do antigo correligionário e abster-se de falar em expulsão, para não sair da refrega ainda mais humilhado. É que José Prada, presidente do conselho de jurisdição, já esclareceu exemplarmente que não basta o patrão assobiar para pôr um militante na rua.
Quando muito, chefe tratará de convencer o conselho regional a chumbar a famigerada antecipação do congresso, o que, presumimos, não será difícil. Não porque os componentes daquele órgão, escolhidos a dedo pelo próprio chefe, interiormente lhe estejam a dar razão. Mas pela simples razão que - aquilo está tudo armadilhado, como nos partidos totalitários que se prezam - as votações no conselho são de braço no ar.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Junta Geral


Na Direcção do Orçamento
nem um cafezinho... 



Chega-nos uma queixa dos serviços de contabilidade da Direcção Regional do Orçamento: aquilo anda tudo em polvorosa lá dentro porque a chefia resolveu fazer marcação cerrada aos colaboradores, exigindo o cumprimento das regras internas com um rigor mais apertado do que na tropa espartana. Nem um cafezinho a 'pata rapada' pode ir tomar descontraidamente lá fora, para desopilar.
Se a criatura trabalhadora quiser café, que beba no serviço.
Não se faz. A ideia do café não é só o café e o cigarrinho, é também para descomprimir um pouco.
O pior é que quando os vigiados desabafam as mágoas, ninguém lhes dá ouvidos, para não cair também em desgraça junto da chefia.
Um terror ao estilo 'Madeira Nova', pelos vistos.
A ver se acabam com esses preciosismos autoritários, porque mais duas luas e o regime cairá todo de cima em baixo.

Delfins


ALBUQUERQUE ENTREGA
ASSINATURAS SEXTA-FEIRA

Albuquerque ameaçou propor antecipação de eleições internas e cumpre a promessa amanhã.


Em nota divulgada esta tarde, a candidatura de Miguel Albuquerque anuncia para amanhã a entrega das assinaturas (são necessárias 300) para convocar um congresso extraordinário electivo no PSD-Madeira.
O documento será depositado nos serviços do Partido Social Democrata, à Rua dos Netos, pelas 10 horas.
A nota, assinada pelo próprio Albuquerque, convida os órgãos de comunicação social a marcar presença no acto.

PLURALISMO


JORNAL QUE NÓS PAGAMOS À FORÇA
BOICOTA CÂMARA DO FUNCHAL

No fundo, os comissários partidários que transformaram o Jornal da Madeira num pasquim da pior espécie estão a fazer um favor à coligação 'Mudança'. Realmente, se um elogio feito pelo órgão desinformativo do Carrilho e do Jardim consiste, aos olhos do revoltado povo, numa verdadeira certidão de óbito ao elogiado, a inversa também é verdadeira. 

Queremos dizer, destarte, que as parangonas de 1.ª página dedicadas ao presidente do município funchalense para tentar denegrir o seu trabalho só eleva Paulo Cafôfo e sua equipa na consideração dos munícipes e até dos madeirenses em geral.
Mas a discussão não é essa. O que vimos aqui denunciar é o boicote que o JM governamental impôs à Câmara funchalense. Há mais de um mês, apostamos. Na prática, o cidadão que paga para fazerem aquele 'jornalismo' laranja nem às notícias da sua câmara têm acesso, no dito-cujo. Não dizem nada.
...Porque isto é tudo deles. A Madeira é deles. O dinheiro dos impostos dos madeirenses também.

Voltemos, já que vem a talho de foice, às parangonas 'oferecidas' a Cafôfo.
Esta aqui:


Qual é o escândalo? É Cafôfo pagar 25 mil euros ao Diário por 12 suplementos em 2014.
Demasiado caro? A Câmara estará a explorar o DN? Onde está o escândalo? Está em o DN receber 25 mil euros da Câmara por um serviço prestado enquanto o JM recebe 4 milhões por ano roubados ao desgraçado cidadão, esfomeado, pobre e desempregado - e a fundo perdido?

Agora esta 1.ª página:


Cafôfo 'encosta' Zona Velha à parede, alarma o JM. Referindo-se ao corte no número de mesas que existiam nas esplanadas atingidas pela medida. Da nossa parte, achamos que a Câmara fez muito bem em 'encostar aquilo à parede'. Assim já podemos circular por ali. 
Toda a gente sabe como era, incluindo os moradores da Zona. Não se conseguia passar entre as esplanadas, porque, em lugar de 'encostadas à parede', as mesas estendiam-se pelo largo do Corpo Santo. O cidadão tentava fazer a travessia para chegar a casa ou o turista metia-se a caminho para ir ao Forte de Santiago e, raios, o casaco esbarrava no bodiãozinho que o casal de 'càmones' devorava na esplanada da 'Muralha'. Ou arrastava da mesa para o chão a travessa de arroz no 'São José'. Se não emborcasse a garrafita de tinto nas encavaladas mesas da 'Romana'.
Porra, não se devia 'encostar' aquilo tudo à parede? Não são meia dúzia de mesas a menos que levarão um negócio à falência. E assim não precisamos de dar a volta lá por baixo pela promenade ou, pior, invadir o acesso pela recepção do Hotel Porto Santa Maria.
Quem diz o Corpo Santo, diz a Rua de Santa Maria. Toca mesmo a 'encostar aquilo à parede'. E atenção que não estamos a querer estragar a vida aos comerciantes, que vivem uma fase difícil. Pedimos apenas equilíbrio entre os interesses dos moradores, visitantes e comerciantes. Somos frequentador e fã da Zona Velha, onde nos movimentamos desde os 13 anos, quando nos deixaram envergar a camisola verde-encarnada dos pequenos do Marítimo.
Quanto a dizerem que "os comerciantes estão agastados com Paulo Cafôfo", cuidado que "os cidadãos da Zona Velha estão possessos com Jardim." 

Enfim, comissários do JM: já que publicam esses 'escândalos' todos de Cafôfo e seus vereadores, fazendo-nos rir como perdidos com o latim ao estilo 'incluso', mandem também fazer a cobertura das actividades municipais da capital. Estamos a pagar 4 milhões, lembram-se?
Se faltar gente para escrever, destaquem o 'Horácio Silva' e o 'Justino Infante', que não fazem puto a não ser dizer mal de Miguel Albuquerque e de Sérgio Marques.

PORTO SANTO


CÂMARA DEITA CIMENTO
NUM CAMINHO CENTENÁRIO


Há mal-estar no Porto Santo: a Câmara pegou numa boa porção de cimento e foi despejar em vários troços do caminho velho de acesso à Serra de Fora - aquele castiço empedrado que, a norte da estrada principal, faz a ligação Portela-Teodorico.
"Aí está a primeira grande obra desta Câmara", dizem-nos numa mistura de indignação e ironia.
Avançando que certamente se tratou de cumprir uma promessa eleitoral, já que aquele caminho serve um elemento da lista concorrente pelo PS, os nossos informadores repudiam tal medida municipal, que, a seu ver, constitui um atentado ao património da Ilha e prejudica gravemente o turismo.
Se se tratava de melhorar o piso, para acesso automóvel, então que o trabalho fosse entregue a calceteiros que recuperassem as partes necessitadas - dizem-nos. Foi desse modo que o governo fez depois da derrocada no caminho que liga o bar do Dragoal ao Pavilhão do Sporting: calceteiros do Funchal deslocaram-se ao Porto Santo para resolver o problema e o problema está resolvido sem beliscar o património viário.
As fotografias - cujo envio agradecemos - mostram o caminho nas suas partes originais, com empedrado, bem como os remendos que enfeiam a paisagem, causando a revolta que se espalha no Porto Santo.
















quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

LEMBRANÇAS




ISTO É QUE É UM 'PORRÃO'!

No centro de dia das Angústias, vão reescrevendo a História consoante as necessidades. Fica mal. 



O Presidente Sampaio a ouvir o povo, na ocasião em que decidiu ir ao 'Porrão'. Não foi àquele antro 'irreal' por 'ordem' do chefe tribal.


Alguns madeirenses terão reparado que sua excelência, o presidente do governo, intensificou nos últimos tempos uma campanha eleitoral a favor de si próprio. É estranho em quem jura pelo que há de mais sagrado estar a emalar os trapinhos para no fim do ano passar as Angústias ao cavalheiro que se segue. Vendo bem as coisas, e já que está de saída, segundo garante, a que propósito anda o homem a bradar nas páginas do JM "eu dei tanto a Santa Cruz, eu dei tanto ao Marítimo e ao Nacional, eu ajudei a saúde em tanto"? Não sendo rico, será que tem acertado no euromilhões todas as semanas, para dar tanto?
Lá vai ele recordando "eu fiz este viaduto ali, eu fiz o maior túnel do mundo acolá, eu ergui edifícios além" - como se fosse um engenheiro de envergadura para erigir isso tudo.
A par desses escrevinhanços no JM, autêntica e empenhada campanha eleitoral, não pelo seu partido ou por algum dos seus delfins, mas por ele próprio, ei-lo que vai aproveitando acontecimentos os mais diversos para se mostrar em fotos lado a lado com figuras de relevo, como aconteceu quando Mandela morreu, metendo na primeira página uma foto de ambos, e agora quando Ronaldo andou na berlinda por causa do museu e de mais uma 'bola de ouro'.
Mas isso é situação para os delfins lá do laranjal puxarem da cabeça e tentarem perceber os reais anseios do chefe.
O que mais nos traz a meter o nariz onde não somos chamados é na maneira de 'Meio Chefe' recontar, reinventando, a História destes quase 40 anos. É um pestezinho para moldar cada episódio da telenovela jardinista 'a posteriori', de modo a ficar bem no retrato que o futuro lhe há-de fazer.
Nos últimos dias, assistiu-se a uma digressão quase delirante pelos benefícios habitacionais que o legítimo Rei da Tabanca trouxe do céu à tribo. Como se sabe, antes de Março de 1977, quando o Eng.º Ornelas Camacho foi apunhalado pelas costas para largar a presidência do governo, os madeirenses viviam todos em palhotas e, não fora a encarnação daquele deus emergente da União Nacional, ainda hoje andaríamos todos de corça e não saberíamos o que é uma televisão ou sequer um computador.
A propósito de todas as suas façanhas no campo habitacional, como se fosse proeza pegar nos milhões que vinham de fora e, no meio de tanto desperdício, encher os bolsos dos empreiteiros para fazerem casas - a narrativa dessas façanhas levou-o a recordar a 'Casa do Porrão'. Aquele antro em Câmara de Lobos celebrizado quando da visita do Presidente Jorge Sampaio à Madeira, em Março de 1998.
No artigalho de terça-feira passada, o homem, na sua habitual modéstia, relevou a inevitabilidade que... É melhor transcrever: O Presidente Sampaio, "para além dos problemas em cima da mesa, inevitavelmente deparava-se com a infraestruturação de sucesso que os meus governos vinham concretizando." 
Mais escrevinhou: os jornalistas vendidos não mostravam para o Continente, nessa visita, a obra regional que o Chefe de Estado via. Na lógica da estratégia sinistra gizada pelos controladores da opinião pública nacional, "os lacaios empregados dessa gente, em uníssono, apagavam tudo o que decorria na visita presidencial, usando a técnica de repetidamente metralhar apenas sobre um problema habitacional e social existente na tal 'casa do Porrão' (3 ou 4 famílias...)."
Conta ele que, "para acabar com a cena", disse ao Presidente da República: "Vamos à casa do Porrão, mesmo sem estar no programa!"
Ao que Sampaio respondeu, desconfiado, segundo a narrativa dele: "Acha?..."
Pouco depois, mal chegados à casa da polémica, o chefe regional subiu para um muro, causando espanto em Sampaio, após o que prometeu às pessoas um bairro novo para dentro de um ano. Anunciando: e o sr. Presidente da República estará presente.
 Assim ficou agora, 'preto no branco', na última página do JM, para memória futura. 

Ora, o caso não tem importância que se veja. Se entramos em cena é para que se perceba como ele, Rei da Tabanca', molda os anos loucos do desenvolvimentismo à maneira dos seus interesses.
É que... também estivemos a trabalhar, em reportagem, durante a visita oficial de Jorge Sampaio. Lembramo-nos do episódio 'Porrão' como se houvesse ocorrido ontem.

Não é verdade que os jornais - nacionais ou regionais - andassem a "metralhar" no problema social do "Porrão". O pano de fundo dessa visita era feito de notícias sobre pedofilia em Câmara de Lobos, com denúncias da deputada belga Nelly Maes e um processo judicial do governo regional a esse propósito contra o Expresso. Um ruído ensurdecedor que chegou a incomodar o próprio Sampaio.
Daí que a visita da comitiva presidencial àquele pitoresco concelho fosse encarada sob incómoda tensão. 
Afinal, o tema 'pedofilia' pouco viria ao de cima nesse dia. Apenas um abaixo-assinado distribuído pelos membros do Centro Social e Paroquial de Santa Cecília, com indignação pelo facto de andarem a generalizar às crianças todas do concelho um problema real, mas circunscrito.
O que acabaria por dominar essa atribulada visita de Sampaio e Jardim a Câmara de Lobos foi o caso 'Porrão' sobre o qual apenas circulavam rumores. 
Tocavam-se os hinos Nacional e da Região no Largo da República, junto à Câmara, quando as entidades viram cartazes nas mãos de crianças e mulheres com inscrições como "No Porrão até os ratos estão desalojados" e "Nem os animais vivem como nós".
Acabados os hinos, Sampaio dirigiu-se aos manifestantes, meteu-se dentro do assunto e acedeu ao que lhe pediam: visitar o 'Porrão'. Decisão que Jardim, verdade seja dita, achou interessante - que outra posição poderia ostentar?
Ou seja: não foi Jardim a dizer ao Presidente da República "vamos à casa do Porrão mesmo sem estar no programa" e não aconteceu Jorge Sampaio responder, "desconfiado", com a pergunta "acha?"
'Meio Chefe' minimiza aquele 'Porrão', no artigalho desta terça-feira, dizendo que lá viviam "3 ou 4 famílias'. Ora, sabe-se que as famílias em Câmara de Lobos costumavam ser numerosas. Mas também uma família num quarto com quase 50 pessoas, homem?! É que lá viviam, naquele antro de doenças, nada menos do que 170 seres humanos! Eram muito mais famílias.
Parece mentira, mas não. Um nojo de ambiente com 3 latrinas para 170 pessoas! Um cheiro nauseabundo que se impregnava na própria comida. Ratos que saíam das pias e passavam por cima das crianças. Nove filhos a dormir no chão do quarto, uma filha a dormir em cima da mesa, a mãe com duas pequenitas numa cama de trapos, o pai ao relento, no quintal. Um casal e o filho a dormir na rua, abafados, ao pé da moto. A mãe a lavar os 8 filhos de mangueira - água jogada para "as partes".
Tudo motivo de reportagem, à época, para desespero de sua excelência.
Uma vez a comitiva presidencial chegada, é verdade que Jardim falou aos desesperados moradores. Pelo caminho, pedira ao PR que o deixasse controlar a situação, e assim foi. Sampaio e Jardim subiram para os tanques de lavar roupa. O chefe regional disse que nunca lá tinha estado, logo não prometera nada. Mas que agora sim, no ano seguinte estariam todos em casas novas. 
Mas é falso que tenha sido ele a dizer que Sampaio viria cá quando da inauguração, no ano seguinte. Sampaio é que, falando após Jardim, e já com melhor disposição, se prontificou a vir à Madeira nessa altura, uma vez que dava como prometidas pelo governo regional as ambicionadas casas, e então viria cá para confirmar tudo.
As incorrecções de Jardim se calhar não têm importância nenhuma. Porém, aconselham a dar o desconto quando ele conta situações antigas de maior responsabilidade.
Curiosamente, ele não se recordou de contar as reacções das pessoas no alarido que marcou a odisseia presidencial no 'Porrão'. Mas, se fizer um esforço de cabeça, ouvirá de muito longe a voz daquela mulher a dizer "se o sr. Sampaio não viesse à Madeira, o sr. Alberto João nunca vinha aqui ao Porrão!' - e também ouvirá os aplausos daquela gente à intervenção da corajosa mulher.

Chefe é capaz de negar tudo isto, de atribuir estes reparos à malvadez cá do pessoal. Mas tem com quem evocar bem o que se passou mesmo. O seu actual Delfim, Manuel António Correia, acompanhou tudo na qualidade de director do Instituto de Habitação. 
Ainda hoje, quando o assunto vem à baila nas conversas entre jornalistas que estiveram naquele nojo imposto a 170 madeirenses, e que o chefe agora reduz a "3 ou 4 famílias", não falta quem desabafe: "Aquilo é que era um Porrão!"


Um pormenor mais de que 'Meio Chefe' também não se deve lembrar. É o caso das honrarias que ele mesmo viu a Câmara do Funchal atribuir ao Chefe de Estado, Jorge Sampaio: Medalha de Honra da Cidade do Funchal e Título de Cidadão Honorário do Funchal. 
Sabe-se como sua excelência o Rei da Tabanca fica ciumento quando se prestam honras no musseque a gente de fora...
Pois, curiosamente, uma semana depois da estada de Sampaio entre nós, a Assembleia Municipal do Funchal deliberava atribuir a Jardim, sem contexto que se percebesse... a Medalha de Honra da Cidade do Funchal e o Título de Cidadão Honorário do Funchal.
Ele há coincidências!...








- As fotos de Manuel Nicolau na reportagem do DN (27 de Março de 1998) dizem tudo.


CORALINAS FLORIDAS NO FUNCHAL

01-    Coralina (Erythrina lysistemon) - Jardim Municipal do Funchal - Janeiro 2014

O Jardim Municipal tem neste momento duas coralinas em plena floração:
- A coralina (Erythrina lysistemon), originária da África Meridional e Oriental, é uma árvore frondosa com incontáveis flores vermelhas lá em cima, pertinho do céu.
- A coralina elegante (Erythrina speciosa) é uma pequena árvore do sul do Brasil, que aproveita as temperaturas amenas da ilha para libertar-se das folhas e cobrir-se com surpreendentes flores escarlates.

Uma das marcas identitárias do Funchal é a extraordinária beleza das árvores floridas no inverno!

      Saudações ecológicas,
      Raimundo Quintal

02 - Coralina (Erythrina lysistemon) - Jardim Municipal do Funchal - Janeiro 2014
03- Coralina Elegante (Erythrina speciosa) - Jardim Municipal do Funchal - Janeiro 2014

04- Coralina Elegante (Erythrina speciosa) - Jardim Municipal do Funchal - Janeiro 2014

Excursionistas


A 'MARALHA' GANHA POUCO...


 (Excursão a Bruxelas)






Visita sentimental -
ainda a Bruxelas) 

(Maratona transatlântica 
ao Brasil)


...A 'MARALHA' GANHA POUCO MAS DIVERTE-SE

AMBIENTE



EXTRACÇÃO DE PEDRA NA RIBEIRA DOS SOCORRIDOS











Ou será uma singela limpeza da ribeira?

- 'Fénix' agradece as fotografias


terça-feira, 28 de janeiro de 2014


BICICLETAS EM EXPOSIÇÃO FASCINANTE

Nunca víramos coisa parecida. Bicicletas antigas todas juntas numa exposição de encher o olho. Elas, e alguns triciclos, encontram-se no átrio principal do MadeiraShopping. Não pode perder aqueles minutos de regresso a tempos que já lá vão.