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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

LARANJAL


BARÕES DO PPD-M INCAPAZES 
DE TIRAR OS FÓSFOROS AO INCENDIÁRIO


Chefe Jardim já destruiu a grande casa Laranja. Agora prepara-se para lhe atear fogo. E os amedrontados barões a ver. 

* Se Albuquerque for expulso, outros desistirão, em protesto



Ninguém se atreve. Por uma razão ou por outra, ninguém tem a coragem de chegar à reunião da comissão política de amanhã, sexta-feira, e fazer ver a Jardim que a sua liderança, do feitio que vai, não deixará pedra sobre pedra no partido.
Compreende-se. Chefe Jardim, ainda com os últimos comissários a tomar assento, vai impor a linha de pensamento a seguir na noite. Será Miguel, Miguel, Miguel. O Albuquerque. O que foi contratado pela maçonaria e pelo Blandy para rebentar o PPD por dentro. Contratado para tratar do regresso aos tempos da Madeira Velha, onde, Jardim dirá, mandavam os ingleses. Esse Miguel traidor que espeta facas nas costas do chefe. E agora o Sérgio! Um eurodeputado que deve tudo ao PPD e que vem agora contestar a linha social-democrata que desenvolveu a Madeira. Tudo uma carga de ingratos que só desestabilizam o partido e não merecem outra coisa senão a expulsão.

OS INCONDICIONAIS DO 'PAI'

Perante esta entrada leonina, quem se atreve a contrariar sua excelência? Políticos com o 'rabo preso' a quem o chefe num ápice mandaria para a galeria dos indesejáveis? A quem chamaria ali mesmo traidores e ingratos?
Ainda esta tarde nos dizia um desses barões que nunca por nunca "cuspiria no prato onde comeu estes anos todos". 
Sincero, pelo menos. 
Em seu entender, é ignóbil o homem que a certa altura da vida corre o pai de casa. "Podem crer que no futuro negro que aí vem hão-de chorar pelos tempos do Alberto João", avisa o mesmo barão social-democrata, que, por sinal, dissuadiu um companheiro de partido de tomar amanhã da palavra para, em plena comissão política, pedir ao chefe que arrepie caminho. "De que serve falar e depois ser expulso como os outros?", eis o conselho do primeiro.
Aí está. Ninguém quer ser outro Miguel Albuquerque, candidato a líder do PPD agora sob séria ameaça de expulsão do partido. Ninguém quer ser Sérgio Marques, que, depois de formalizar a sua demissão da comissão política regional que se reúne amanhã, surgiu como alvo da pancada jardinista em 3 artigos diferentes no JM desta quinta-feira.
Respira-se no Laranjal uma atmosfera de expulsões, ameaças, saneamentos. Daí as cautelas extremas dos barões que fizeram carreira à sombra do desenvolvimentismo jardinista.
Mas se alguns se acham com o dever de gratidão a Jardim até ao último suspiro da vida, outros reconhecem que o patrão dos Netos está a levar o partido para o desastre final. O efeito é o mesmo, porque estes também ficarão calados na reunião de amanhã. Mas ao menos em particular desabafam, que faz bem.
Um deles desencadeou há bem pouco tempo alguns contactos no máximo sigilo. A ver se alguém de confiança, mandatado por um grupo significativo de quadros do PPD, se abeirava do chefe a chamá-lo à razão. Que o convencesse a terminar o mandato em paz, deixando para os interessados as peripécias próprias da eleição do futuro líder. Mas o barão da proposta percebeu que os instalados, quase todos, preferem não dar a ideia de confronto com o chefe, por causa do "lugarzinho". O que é mau para o PSD. E se Albuquerque, em caso de expulsão, aparece à frente de uma coligação eleitoral, o que vai ser do PSD? - alarma-se o barão em causa. Não chega o que o partido vai sofrer por causa do PSD nacional?


JARDIM FALA E OS OUTROS ABAIXAM AS ORELHAS

No fim de contas, o importante é que Jardim sairá reforçado amanhã de uma comissão política laranja que obviamente não defenderá os 'traidores que pretendem entregar o PPD à maçonaria e à Madeira Velha'.
Vingará certamente a teoria de que Miguel Albuquerque deve ser expulso do partido.
Ora, por detrás dessa tese esconde-se a obsessão do chefe pela continuidade no mando partidário e governamental. É isso que justifica o extermínio do empecilho Albuquerque.
"Se ele for por esse caminho, nem sequer os militantes aparecem a votar nas eleições internas", avisa o último barão com quem falámos. 
E por que não se apresenta o mesmo barão com essa terrível angústia na comissão política?
Pois.

Afinal, o que vale o plano de Jardim para expulsar Albuquerque? Tem pés para andar?
Um experiente social-democrata receia o pior, isto é, que haja motivo para uma pena disciplinar que impeça efectivamente o ex-autarca funchalense de concorrer à liderança do partido. Os estatutos exigem contenção no debate e condenam a discussão de assuntos internos em público. 
Miguel Albuquerque tem ignorado essas restrições.
"O artigo 3.º dos Estatutos também diz que o PSD-Madeira se rege pelo respeito da democraticidade e pluralismo internos", dizia-nos esta manhã de quinta-feira, por sua vez, o próprio Miguel Albuquerque. Sem dúvida que o candidato não está na disposição de abandonar as posições públicas particularmente críticas para com Jardim. 
"Eu fui adversário do líder numas eleições internas e sempre apontei os erros que aponto agora e continuarei a denunciar", assumiu. "Não me sinto minimamente intimidado com essas práticas ditatoriais e assim vou continuar."
Não se tratou de conversa de circunstância. Tanto não cede à intimidação que Miguel reagiu às notícias sobre o plano para o expulsar atribuindo publicamente atitudes cobardes ao chefe, a quem chama de "batoteiro" com todas as letras.
Não estamos a inventar. 

COMUNICADO DE MIGUEL A DESAFIAR


"Reafirmo tudo o que escrevi e disse relativamente ao actual líder do PSD/M.

Este é mais um expediente cobarde utilizado pelo actual líder para fazer batota nas próximas eleições internas, como aliás, já aconteceu nas anteriores, em seu benefício.

É meu dever estatutário enquanto militante apontar os erros e

as falhas políticas – que são muitas – da actual liderança, como aliás ficou demonstrado nos péssimos resultados das últimas eleições autárquicas, bem como criticar o sectarismo e as ofensas habituais desse mesmo líder nas páginas do JM relativamente aqueles militantes que não o apoiaram nas
últimas internas.
O tempo primitivo da adoração de estátuas já não existe.

E a mim, esta liderança com os seus tiques e expedientes persecutórios, não me intimida.

O PSD/M só tem futuro se se reger pelo respeito da democracidade e pluralismo internos (artigo 3º dos Estatutos) e tratando por igual todas as candidaturas.

O fetiche bolchevique de punir o direito de opinião e a situação

de perseguição pessoal e política que hoje se vive dentro do PSD/M não é aceitável num Partido e num Regime Democrático.


Miguel Albuquerque"


 O que Albuquerque pretende é armar-se em mártir perante a população - ouvimos de um dos poucos jardinistas sinceros que ainda existem. O Miguel sabe - continua o mesmo jardinista - que está a pôr em causa o bom nome do presidente do partido e sabe que insultar em público aquele que gere os destinos do partido dá processo disciplinar. O partido permite o debate de ideias, mas aqui também é válido o princípio de que a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do próximo. Portanto, ele sabe que se sujeita à expulsão. 
Do lado de outra candidatura, a de Sérgio Marques, há também uma leitura para o caso dos escritos de Albuquerque na imprensa com ataques ao líder. Segundo nos disseram, Albuquerque estará preocupado com a popularidade crescente de Sérgio. Preocupado com a sensação de que hoje tem mais votos fora do partido do que internamente, o que põe em perigo a conquista da liderança. Daí as suas reacções para se insinuar em palco.
Diz-nos um sergista: por alguma razão, Miguel Albuquerque fez chegar à imprensa, logo em cima das notícias sobre a demissão de Sérgio Marques da comissão política do PPD, o caso do processo disciplinar que lhe foi instaurado e a informação de que já tem as 300 assinaturas para pedir o congresso. Ele quis abafar o mediatismo que a atitude de Sérgio conseguiu impor.

SÉRGIO NO PELOURINHO

O próprio Sérgio Marques, ao assumir a única atitude sensata para quem se perfila com uma candidatura séria - demitir-se da comissão política -'comprou uma guerra' com o chefe. Se as coisas não vinham bem, agora tudo se agudizou. A edição desta quinta-feira do JM consistia num festival de ataques ao antigo eurodeputado. Jardim saiu à rua com a sua tropa de heterónimos e toca a despachar. Três artigos anti-Sérgio. Numa só edição, repetimos.
Assinando pelo nome do inexistente 'Horácio Silva' - ou ditando texto a alguém com estilo de redacção parecido com o seu -, Jardim volta a criticar Sérgio Marques... por ser 'o politicamente correcto'. À falta de acusação com jeito, chefe força a ideia de que ser 'politicamente correcto' é crime. 
Oxalá o defeito de um político se resumisse a esse.
Os artigos do JM parecem escritos numa barbearia, onde se relata a vidinha de um e de outra. No caso, 'Horácio Silva' desvenda conversas particulares de Sérgio com Jardim. O mesmo se dá no artigalho da última página, onde o perigoso heteróclito delata o diálogo em que o candidato defendia a extinção do JM (o que é mentira, pois o que Sérgio propôs foi a reprivatização do jornal) e as subvenções dos partidos (o candidato não falou ao chefe sobre extinção de subvenções e sim de disciplinar o jackpot). 
Um perigo público, aquele 'Meio Chefe'.


SE ALBUQUERQUE FOR EXPULSO, OUTROS DESISTIRÃO DA CORRIDA

Jardim está a ganhar a guerra. A sua guerra, que não a do PPD ou a da Madeira. A sua guerra é continuar a mandar na tabanca o máximo de tempo possível. Se não está agarrado, o que faz ali que só atrapalha e põe em risco de vida o partido que lidera?
Ele expulsa, saneia (como o colaborador do JM adepto de Sérgio), ofende, já dá ordens ao futuro líder (governar 8 meses), ameaça limpar o que for preciso nos Netos. E depois acusa os outros de rebentarem o PPD por dentro.
A propósito, ouvimos ao líder de um partido da Oposição, esta manhã de quinta-feira: "Estão todos contra o Jardim porque ele quer expulsar o Albuquerque, pois desta vez quem lhe dá o incondicional apoio sou eu!" 
Gargalhada geral na esplanada.
A expulsão de Albuquerque é parte da limpeza que interessa, do ponto de vista de Jardim. 'Meio Chefe' sabe que, se a sanção disciplinar máxima for concretizada, nenhum candidato com espinha dorsal aceitará participar mais na luta eleitoral interna. Já falámos com outros candidatos: a ideia, em caso de expulsão de Albuquerque, é desistir até que se faça uma corrida leal e legal. Ouvimos esta determinação de viva voz.
Aliás, quem se arriscaria chegar a umas eleições regionais ostentando uma liderança partidária conquistada na secretaria?
Jardim prevê essa reacção, apostamos. E depois? Se os traidores desistirem, ele não se importará de se submeter a mais um 'sacrifício'.
Ele também prevê o descalabro e o enxovalho para o PPD numas regionais com ele no papel de recandidato.
Ele prevê tudo isso, mas está visto que já decidiu como será o suicídio: quem fez do PPD um partido grande na Madeira também tem o direito de lhe pegar lume. Com os membros sobreviventes da seita lá dentro.  


16 comentários:

Rui Emanuel Pereira de Freitas disse...

O ditatorial narcisismo

O destino de Miguel Albuquerque foi traçado: expulsão do PSD-M ou, se Jardim estiver numa de ser magnânimo, até pode ser que Albuquerque fique apenas com uma pena que o impeça de votar e de ser eleito para órgãos do partido. Isto por um período nunca inferior àquele que o atire para fora das próximas eleições internas à liderança.
É claro que Jardim dirá que só apresentou a queixa e que foi o Conselho de Jurisdição a determinar a pena … blá blá blá… bla, bla blá. Como se o Presidente desse órgão tivesse alguma vertebral elasticidade para urinar fora do penico dos ditames insanos do homem da Quinta Vigia!
Do interior da sua cogitação psicótica, Jardim deixa emergir, sem controlo racional, o seu ditatorial narcisismo onde atribui a si próprio a condição de centro inequívoco do Universo. Ele próprio, o “único importante”, despreza todos os demais (quer os mais próximos quer os “pata rapadas”) admitindo destes apenas a bafienta bajulação. Tudo o que saia fora, um milímetro que seja do seu modelo de análise, é neuroticamente considerado como uma ameaça a sua condição de “Rei Sol” e, portando, algo que deverá ser sumariamente eliminado.
Eliminado Albuquerque através de um procedimento disciplinar por delito de opinião, seguir-se-á o calvário de Sérgio Marques. Já hoje (16-01-2014) Jardim deu início às públicas hostilidades no “seu” Jornal da Madeira, quer através da coluna permanente na última página, quer através de pseudónimo em artigalho de “Horácio Silva”. Posteriormente e quando chegar o “momento oportuno” o mesmo acontecerá a qualquer delfim que se perfilhe para conquistar a liderança. Manuel António Correia que se cuide!
Rui Pereira de Freitas

Vico D´Aubignac (O Garajau) disse...

(...Reportando-nos ao seu último parágrafo...)

"WACO - TEXAS II"?

André Correia disse...

Como é possível tanta degradação em tão pouco tempo. Vejo um presidente que deixou de ser líder, um ser que deixou de ter alma. Ninguém daquela comissão politica vê o que está a acontecer com o presidente do partido? O que estão à espera? Que o presidente passe um atestado de incompetência a todos vocês? Sejam responsáveis, Sejam verdadeiros e fiéis a vocês próprios. Sei que são mais do que aquilo que transparecem.

Anónimo disse...

Da parte dos "patas rapadas", o que esperamos é que essa guerra se alastre a todo o PPD/PSD, pois quanto mais se enterrarem e implodirem, melhor para todos nós.
Desapareçam!

Anónimo disse...

O CDS já tinha dito que queria uma coligação para as Regionais, leia-se oferece o lugar de cabeça de lista a Albuquerque e aceita todos os dissidentes. Esta coligação vencerá as eleições embora sem maioria e fará uma coligação governamental com o PSD jardinista. Dúvidas? Não há nem pode haver.

Luís Calisto disse...

Caro Vico
Ou Waco-Texas ou Charles Manson cult.

Anónimo disse...

Vamos Sérgioo ! O futuro é teu!

Anónimo disse...

Isto e tudo uma jogada para o sergio ficar livre, o sergio tem o apoio de jardim!

Anónimo disse...

Sergio e MSousa disseram ontem que não há motivos para expulsão de Albuquerque. Logo o Chefe não gosta. Logo se acontecer a mínima penalização a Albuquerque, deviam não se candidatar e deixar o UI sózinho enfrentar o peso do fardo que arranjou.

paulo disse...

Mas entao todos estes candidatos cresceram a beijar a mao ao chefe, foram cumplices da maioria das politicas usadas na Regiao e agora querem dizer que sao diferentes ?

Anónimo disse...

Albuquerque, Sérgio e Msousa não são membros do governo. O único foi MSousa que deixou no inicio dos anos 90. NÃO SÃO RESPONSÁVEIS PELO DESCALABRO, NEM PELO BURACO FINANCEIRO. Façam uma união e terão o partido e a Madeira nas mãos

Anónimo disse...

Que baralhada...........

Anónimo disse...

Na sequência do comentário anterior de facto nem Albuquerque, nem Sérgio, nem MSousa., foram responsáveis pela Marina da Ponta de Sol, pelos túneis encravados, pelas estradas mal projetadas, pelo desvio das ribeiras do Funchal, pelas obras da chamada Madeira Nova que resultaram no buraco financeiro, na gasolina mais cara do país, etc, etc. A alternativa ao UI passa pela união destes homens.

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Só há democracia quando os vários partidos estão de boa saúde, digamos assim.
Acontece que aqui na Madeira o partido do poder sempre sofreu de esquizofrenia galopante e os restantes nunca tiveram espaço para respirar.
O que se está a passar no PSD-Madeira é extremamente grave porque Jardim está a colocá-lo à beira destruição total, correndo o risco de nunca mais recuperar.
Assim sendo, é muito possível que o senhor que se segue, sem oposição minimamente credível, não resista à tentação de restabelecer o jardinismo, mas de cor diferente.

Anónimo disse...

Este Rui Pereira de Freitas deve ser doido. Não é que dá a cara num comentário em que critica Sua Excelência o líder da comissão política do PSD-M? Imagino o que já terá sofrido com pressões e ameaças da área jardinista. Quero aqui manifestar a minha solidariedade com este comentador. Há que não ter medo e enfrentar frontalmente o fetiche bolchevique de punir o direito de opinião! Obrigado Rui Pereira de Freitas!

Anónimo disse...

Seja lá quem for, não há mentes como aquela. È única . Já agora para completar o currículo ELE merecia umas fotos à Hollande. Um trabalhinho para o K69 da Fenix!