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sábado, 11 de janeiro de 2014

Madeira Nova


OS TEXTOS SAGRADOS 
E A SOLIDARIEDADE NA TABANCA


É falso que, na cabeça de sua excelência, o dever de solidariedade consista no duplo pagamento mensal dos desgraçados contribuintes à conta bancária dele. Pelo menos, os seus escritos no JM não especificam isso expressamente


Devolver o quê?! Não atremei...

Para os ressabiados que só dizem mal, como por exemplo que o homem das Angústias quer é comer, beber e Bruxelas, à custa do desgraçado contribuinte, temos a dizer que sua excelência também se preocupa com o social. Fosse por falta de assunto ou por outro motivo qualquer, ele 'esgalhou' dois artigos em edições seguidas do nosso JM a cantar os méritos da solidariedade. 
Embrenhado nesse projecto, deu-se à maçada de vasculhar os Textos Sagrados para explicar por que faz o bem sem olhar a quem e sem ostentação: "Que a tua mão esquerda não veja o bem que a tua mão direita faz" - cita ele dos Textos Antigos.
No artigalho de sexta-feira, as suas 'palavras da salvação' consideravam mesmo que o importante é "uma política que vá destruindo as fontes dos problemas sociais, em vez de manter estes com exibicionistas políticas subsidiaristas que não resolvem problemas de fundo". 
Certo, senhores ressabiados, o legítimo Rei da Tabanca pratica exactamente o contrário disso que diz. Mas fica a intenção, homens de pouca fé!
Na ânsia de 'Meio Chefe' evangelizar o Pagode à sua maneira, em nome da solidariedade, até lhe foge a boca para a verdade: "[As políticas subsidiaristas] mantêm os problemas e até são uma duplicação de pagamentos que significam má gestão, bem como uma injustiça para quem de facto trabalha."
Duplicação de pagamentos?!
Talvez por cair em si quanto ao buraco em que se meteu, o homem remete logo isso da duplicação de pagamentos para a actual Câmara do Funchal, classificando-a como "um mau exemplo do subsidiarismo socialista açoriano".
Têm razão, o homem não diz que a principal causa da perenidade do jardinismo foi precisamente a política 'subsidiarista' que comprou votos em cidades e campos através do trabalho local dos caciques da Madeira Nova. Mas também não se pode falar em tudo na bisonha caixinha que o JM disponibiliza diariamente ao homem na última página - com o nosso dinheiro.
Talvez por essa limitação de espaço, escriba Jardim volta este sábado à carga com o tema da solidariedade, invocando "um outro Texto Sagrado lindíssimo em que Deus recompensa porque 'tinha fome e deste-me de comer, estava nu e vestiste-me'...", etc.
Chegámos a pensar que estas peças escrevinhadas nas Angústias resultavam de empastelamento tipográfico - mistura de algum artigo antigo do cónego Tomé Velosa com um manifesto laranja redigido por Jardim.
  
Tudo isto para confessarmos: o dito-cujo quase nos convence de que meteu mãos ao estudo dos Textos Sagrados, para se especializar em solidariedade. 
Achamos bem. O pior será quando ele chegar ao 'salmo 243', que diz textualmente: "Se um dia te sentares na santificada cadeira da Quinta das Angústias e te levarem à mão esquerda um envelope com o ordenado por uma função que há muito não desempenhas e à mão direita um cheque com a reforma por algo onde nem sequer trabalhaste, pelo menos uma de tuas mãos, sem a outra ver, que se levante para o santo oráculo, mate a soberba e anule o duplo pagamento, doando um dos vencimentos à Sopa do Cardoso ou à Caritas. Em verdade te digo que se, além disso, baixares as ricas ajudas de custo que recebes para as passeatas pela Europa, teu será o reino dos céus."

10 comentários:

Anónimo disse...

O tal salmo está desajustado da realidade, faltou o envelope das "despesas de representação" para quando sua excelência faz as malas para Bruxelas,Estrasburgo ou Córsega.
As tais viagens "oficiais" que não carecem de agendamento e informação prévia à ALM.

Jorge Figueira disse...

Meu Caro Calisto na coluna do cidadao do JM o articulista Augusta Pestana avancou onde devia cortar-se na despesa, eram Ministros, Sec. de Estado deputados etc, nao constava, porem a acumulacao de vencimento e reforma. Bem informado, como e, ve um explicacao para este esquecimento? Eu nao encontro! Jorge Figueira

Luís Calisto disse...

Há uma explicação, Caro Dr. Figueira: não foi esquecimento.

Anónimo disse...

Augusto Pestana, não e mais do que o adjunto Paulo Pereira, de nome completo, Paulo Augusto Pestana Pereira. Comentários para que?

Anónimo disse...

O tal Adjunto que no facebook apoia Sergio Marques- Quer isto significar alguma coisa?

Anónimo disse...

o coveiro das angustias foi aluno da ação psicologica do exercito , onde se aprende que uma mentira dita 50 vezes passa a ser verdade , o que ele se esqueceu foi que já abusa do truque á 40 anos e já ninguem inteligente cai nessa.

Anónimo disse...

o coveiro das angustias foi aluno da ação psicologica do exercito , onde se aprende que uma mentira dita 50 vezes passa a ser verdade , o que ele se esqueceu foi que já abusa do truque á 40 anos e já ninguem inteligente cai nessa.

Fernando Vouga disse...

Caro anónimo das 20:38

Se jardim aprendeu isso na tropa, foi decerto a única coisa que aprendeu lá. Além do mais, se a memória me não falha, o aforismo é de Mao-Tse-Tung. Quem diria!...

Fernando Vouga disse...

Caro anónimo das 20:38

Se jardim aprendeu isso na tropa, foi decerto a única coisa que aprendeu lá. Além do mais, se a memória me não falha, o aforismo é de Mao-Tse-Tung. Quem diria!...

Anónimo disse...

Senhor coronel , sabe perfeitamente que o nosso coveiro se gaba publicamente de ter sido colocado nesse serviço do exercito , onde todas as lições validas eram aproveitadas independentemente da sua origem .
Aliás por ter conseguido passar uma altura critica da Guerra colonial colocado num gabinete é que tem pago alguns favores , como seja a nomeação de militares para alguns cargos ,infelizmente com desempenhos que não honram as suas origens