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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

DESEMPREGO



BE EXIGE ELEIÇÕES PARA CORRER 
"BANDO DE MALFEITORES" 



Almada responsabiliza o governo regional pelo "batalhão de famintos que recorre à esmola para matar a fome"






Inverter a calamidade mudando de políticas, exigiu esta sexta-feira o Bloco de Esquerda numa abordagem à situação do desemprego na Madeira. O combate, deixou claro Roberto Almada perante os jornalistas, envolve acções várias: romper com a austeridade  do programa de ajustamento financeiro, baixar impostos, valorizar salários e pensões e propiciar aumento de poder de compra às pessoas.
"Só assim", afirmou aquele dirigente bloquista, "será possível reanimar a economia, salvar as empresas da falência e da bancarrota, salvaguardar postos de trabalho e criar mais emprego."
É que há diversas formas de interpretar estatísticas, observou, exemplificando: o INE divulgou os dados do desemprego no País e nas Regiões. No quarto trimestre de 2013, a média de desempregados nacionais era de 15,3%, para uma média de 17,2% na Madeira.
Nessa altura - final de Dezembro de 2013 - havia 22.758 inscritos no Centro de Emprego da Região. Metade sem acesso a qualquer prestação social.
Um cenário desolador. E por isso é que o Bloco de Esquerda considera não perceber "como é que o governo regional faz uma festa, deita os foguetes e apanha as canas, enchendo-se de contentamento, porque, segundo os responsáveis governativos, o desemprego terá diminuído".
Aritmeticamente, é verdade que há um decréscimo de desempregados em comparação com Dezembro de 2012, como diz Roberto Almada. Mas essa diminuição não é real. A suposta redução deve-se apenas ao facto de milhares de pessoas terem emigrado exactamente por falta de trabalho na Madeira - denuncia o dirigente bloquista. 
Mas há outra situação que serve para iludir os números: a dos desesperançados que já nem comparecem aos controlos periódicos e por isso acabam eliminados dos elementos estatísticos.
Relativizando as contas, Roberto Almada conclui: a situação do desemprego até surge mais alarmante hoje em dia do que era há um ano. "Milhares de pessoas que não têm acesso a subsídio, milhares de pessoas emigradas, milhares de pessoas desanimadas que não constam dos números oficiais", sublinhou aos jornalistas. "Há um exército de pobres e um batalhão de desempregados e famintos que necessitam de recorrer a esmolas para matar a fome."
Roberto Almada não acredita noutra solução que não a inversão das políticas vigentes. "Esperemos que o governo regional, que desgraçou a Madeira, faliu os madeirenses e nos pôs a pão e água, tenha a decência de perceber que o seu tempo já passou. Precisamos de uma mudança governativa que rompa com a austeridade."
O caminho que se conhece para chegar a essa meta é um só, como diz Almada: "Precisamos de eleições para correr com este bando de malfeitores que nos atirou para o abismo arruinando as nossas vidas e destruindo a nossa esperança num futuro melhor."

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