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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

LARANJAL



PPD-M: NEM O PAI MORRE...




O PPD-M encurralou-se a si próprio. Há candidatos a correr com genica, mas em círculo, sem avançar. O chefe barricado no partido trancou tudo. Para amarrar mais, andam todos a fazer marcação cerrada uns aos outros, na obsessão de condicionar agendas e deslustrar o trabalho dos rivais. Quando seria mais táctico unirem-se numa primeira fase para tirar o empecilho do caminho. Há candidatos que ainda não perceberam a diferença entre um astro sem luz própria e uma estrela.  


- Qual é a pressa? 

Esperou-se uma eternidade de 35 anos para que os potenciais delfins se assumissem. Para que deixassem de dizer lamechices do género "quando o Dr. Alberto João Jardim for embora, eu também vou com ele". Pois de um momento a outro, anda tudo apressado. 
Miguel Albquerque insiste em antecipar o 'sim ou sopas' para Junho.
Miguel de Sousa também prefere tudo despachado no Verão.
Sérgio pede congresso para Março e eleições regionais - eleições regionais! - em Maio.
Manuel António Correia não faz por menos: digam a que horas é o combate e lá estarei.
Quanto a Cunha e Silva, não se arranca uma palavra dali.
Mas vejamos:
Albuquerque sempre falou em antecipar tudo. Incluindo a realização de eleições regionais, é verdade. A este propósito desafiava: o PSD nunca teve medo de ir a eleições.
A sua justificação colhia: não deixar a oposição crescer, principalmente depois da 'banhada' nas autárquicas de 29 de Setembro.
Miguel de Sousa explicou também a ideia de antecipar congresso e eleições. Fê-lo inclusivamente na presença de Jardim, quer na comissão política quer no conselho regional. Importa, disse, deixar ao futuro presidente do governo a elaboração do orçamento da Região para 2015. 
Manuel António, dado que se mantém no executivo, não tem campo de manobra senão para corresponder às propostas com um 'nim'. Que, reconheça-se, não é propriamente um 'sim-senhor' a Jardim, pelo contrário. O seu aviso é o mesmo de sempre: concorrerá seja quando for e contra quem for. Mesmo que o chefe decida recandidatar-se, presumimos.
Já com Sérgio Marques, afigura-se embaraçoso decifrar as razões da sua tomada de posição divulgada há 2 ou 3 dias.
O antigo eurodeputado nunca viu interesse, pelo menos que se visse, na antecipação do congresso e das eleições internas. Até aqui, limitara-se a mostrar serenidade e ponderação, pedindo aos outros protagonistas que não arranjassem querelas partidárias por causa de datas. Pois num repente, ei-lo que ultrapassa os próprios Miguéis sem fazer pisca, pedindo, com mais atrevimento ainda, congresso para Março e eleições regionais em Maio.
As justificações surpreendem. Para começar, já nem sequer se alude às datas teimosas do chefe, para dentro de um ano, quase. Sérgio volta-se para Albuquerque.
Assim, entende que tratar do processo de sucessão em Junho revela medo, da parte de Albuquerque, de pegar no partido e enfrentar as eleições europeias já na liderança, caso ganhe as internas.
Não nos parece. Os motivos que levam Albuquerque a falar de Junho não excluem a solução Março.
Sérgio reforça o naipe de argumentos: em Junho há Mundial de Futebol, período impróprio para um processo destes.
Também não vemos problema nisso.
Pior será Março. Já imaginou Sérgio Marques o que é fazer uma campanha interna em Fevereiro, com o povo - e logo os militantes PPD - mobilizados na preparação do carnaval, com o cortejo alegórico no sábado 1 de Março? Eleições e congresso nessa altura? Já nos chega o 'Trapalhão' da terça de carnaval, dia 4. Ora, naquele ambiente de bailes e bebedeiras de mascarados e depois naqueles dias de ressaca que se seguem, quem quer saber dos projectos do Sérgio e dos Miguéis para o off-shore ou para novos estatutos do PPD?
Mas mais. Sérgio Marques está longe de ser um desconhecido. Mas esteve muito tempo distante das lides político-partidárias da parvónia. Só quem o conhece de outras épocas tem a certeza das suas amplas capacidades e de que pode impor-se como um poderoso candidato. Com franqueza, não acreditamos que num mês consiga aparecer aos olhos dos filiados votantes com a força de um Miguel Albuquerque, há muito em campanha interna, com resultados conhecidos. E mesmo para equilibrar a luta com Miguel de Sousa, Manuel António e Cunha e Silva, não lhe chegam meia dúzia de chás em sua casa com potenciais apoiantes.
Sérgio Marques precisa de tempo também para desfazer ideias formuladas acerca dele derivadas de cenas rocambolescas da autoria de Jardim - mas que o chamuscaram. Em suma, precisa de tempo e não de abreviar o processo.
É certo que vai no bom caminho, porque tem trabalhado para se demarcar do chefe. Sair da comissão política foi um bom tiro. O candidato já desfez até insinuações postas a circular de que receberia reformas indevidas - e a explicação foi convincente, porque ele não está realmente abrangido por essas acusações.
Sérgio tem tratado de aparecer. Mas falta chegar ao PPD profundo, aquele que vota e que precisa de algum tempo para interiorizar mudanças.
Qual é a pressa?, como diz o outro.
Há outro aspecto ainda a considerar. Há candidatos que, fiados nos prazos ainda em vigor para mudar o partido - directas em Dezembro, congresso em Janeiro de 2015 - ainda nem sequer formalizaram candidatura, muitos menos andam em campanha. Logo, é preciso definir regras para que não haja prejudicados.



- Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje


Já entendemos a razão destes foguetes deitados para o ar, com antecipação de datas, assinaturas, cartas, propostas óbvias e outras loucas. Os candidatos sentem uma necessidade indomável de marcar a agenda. Mas os parâmetros foram traçados há muito pelos Miguéis. De maneira que andar agora com avanços ou atrasos, mais mês, menos mês, não abona muito em favor da credibilidade dos candidatos. A vulgarização fere a criatividade.
Isso, pede-se originalidade. Não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, de preferência. Mas há casos em que a prudência e a classe do protagonista devem recomendar: o que não se faz em dia de Santa Luzia, faz-se no outro dia.


Deu a louca na farinha amparo


Na voragem para criar uma facção laranja em cada esquina, trabalham em conjunto Jaime Filipe Ramos, Roberto Silva e demais social-democratas que assinaram uma carta entregue recentemente ao chefe, para ser lida - como foi - na comissão política. Aconteceu numa fase se tensão em que Jardim se mexia em todas as frentes do partido para conseguir a expulsão de Miguel Albuquerque.
Este grupo da carta organiza-se desde há certo tempo num fórum para debater o partido. Ninguém pode adivinhar se os seus componentes vão aderir à moda de lançar candidatura própria à liderança do partido. Há semanas que elementos dessa área nos garantem que a ideia é debater o partido e o futuro da Região. Mas admitem que, para credibilizar um projecto de mudança, é preciso apresentar uma chefia nova. O que não inviabiliza a possibilidade de encontrar um candidato daqueles já em corrida que corresponda às pretensões do grupo.
Pois, não há fome que não dê em fartura.


Águas passadas



Enquanto as múltiplas sensibilidades se atropelam a ver quem se chega mais à frente na corrida, o chefe virtual anda pelos cantos da parvónia, utilizando as páginas do jornal que nos custa 4 milhões, a pregar o que diz ter feito nos seus vários governos.
O homem barricou-se na Rua dos Netos com bananas de dinamite agarradas ao corpo e dali não sairá, porque pretende mandar mais anos ou deixar a mobília em cacos. Entretanto, à espera de uma quimérica vaga de fundo que o recupere para uma também utópica reeleição, vai denegrindo a imagem dos que resolveram candidatar-se. 
Diariamente, na última página do JM, apresenta um autêntico programa de governo para o passado, enumerando os números de piscinas feitas, os museus, as escolas e os quilómetros de alcatrão e por aí fora. Só não fala das piscinas fechadas, de certas marinas, centros cívicos, parques empresariais, buracos financeiros, enfim.
Ele diz que deu tudo isso à Madeira da mesma forma que um sapateiro poderia dizer que calçou a vizinhança e um merceeiro gabar-se de ter saciado a fome aos cidadãos da zona. Todos eles, 'incluso' o chefe, realizaram as tarefas mediante pagamento da parte dos beneficiários. Que tem isso para ser contado?
E assim jaz um partido que dominou a seu bel-prazer durante uma eternidade, mas que não escapará ao dia do juízo final que se aproxima.

Não me comprometa

Estes pretendentes no Laranjal são todos jardinistas de longa data e estão quase a entrar no rol dos dinossauros do partido. Ou seja, quase todos representam a continuidade do regime que asfixia uma Região inteira desde há 3 décadas.
Metendo a mão na consciência, eles próprios reconhecerão que pouco ou nada fizeram para alterar internamente aquele partido arrogante e sustentáculo da tirania jardinista. Todos eles, em maior ou menor grau, são co-responsáveis pela folha de serviços do chefe. Mas nem por isso alguém lhes ouve uma auto-crítica nesse sentido. E isso, mais do que anti-ético, é perigoso. Perigoso para quem interpreta a democracia e a autonomia como os valores que são e não à moda de Jardim.

Adeus ilusões

A oposição depara-se com a sua vez. Nunca o poder esteve ali tão perto. As mudanças eleitorais registadas nas eleições autárquicas prenunciam um tempo novo. Os opositores só precisam de não cometer erros graves, no percurso que já não é longo. 
Acreditamos que o próximo líder do PPD-M, se for personalidade bem aceite pela população em geral, consiga uma derradeira vitória para o seu partido. Mas não chegará a esse líder ser um astro. É preciso ser estrela, ter luz própria. Ainda assim não lhe auguramos, 'a priori', mais do que uma vitória por maioria relativa. O que deixará muito nas mãos da oposição, na prática.
É tempo de os jardinistas que tencionam prorrogar o regime 'pintado de fresco' dizerem um 'adeus, ilusões'. Se é que não disseram já, baixinho.

19 comentários:

Anónimo disse...

Informação muito próxima de Jardim indica que ele desejaria reunir com candidatos para preparar uma eventual união e acabar com a situação de auto destruição do partido. Mas orgulho ainda não deixou. Será?

Anónimo disse...

Está tudo louco?

Anónimo disse...

Sérgio Marques prova a cada dia que é o melhor intelectualmente. Não dá hipótese!

Anónimo disse...

Não me admiro nada. Jardim ainda é um estratega (é disso que se alimenta) e não deve querer ficar na história com um mais julgamento derrotista, depois da vergonha das autárquicas. Vai querer salvar a sucessão com uma reviravolta, tentando que se sentem todos à mesa?!

Anónimo disse...

Sinceramente acho que o povo português liga mais ao futebol que o Carnaval! Quanto às europeias a ultima sondagem punha o PSD à frente do PS mesmo com as medidas de austeridade que se conhece. Qualquer militante prefere um verdadeiro congresso antecipado do que aquele no verão que antecipa dois meses!

Anónimo disse...

a candidatura de Sergio Marques surprende por diversos factores alem daqueles apresentados pelo autor do Blog . Desde logo vejamos o nucleo duro de apoiantes , todos os candidatos Derrotados ás juntas de freguesia do Funchal , desde S M Maior onde a senhora apoiante acerrima de AJJ ameaçou os membros da CP de freguesia que apioassem Miguel Albuquerque como de seguida ao fazer as listas excluiu quem o apoiou . Passando pelo Imaculado onde o candidato que come todas , ameaçou e proibiu militantes de votar porque eram apoiantes de Miguel Albuquerque . Surpreende que apoiantes tão acerrimos de AJJ , sejam adversarios tão empenhados . surpreende que pessoas sem respeito pelas rewgras democraticas sujam agora a apoiar o Sergio que é indicutivelmente um democrata. e qual o posicionamento de Jaime Filipe ? a familia vai continuar em todas as frentes para continuar a manobrar?
creio que com esta falta de lucidez o PSD Madeira já foi.

Anónimo disse...

Porque é que o amigo continua a falar no cunha e silva? Tem de por as amizades de lado na sua análise política.

Anónimo disse...

Concordo com o Calisto, Sérgio Marques, ao anunciar a sua proposta de congresso para Março e eleições regionais em Maio, pode ter dado um tiro nos pés.
Com uma campanha até aqui ponderada e com fortes argumentos, só mesmo por sentir a pressão das 640 assinaturas recolhidas por Albuquerque para manifestar essa posição.

Anónimo disse...

Com 3 letrinhas apenas se escreve a palavra OPM.

Anónimo disse...

O PSD, vai implodir, disso não tenham dúvidas. O tempo do PSD vitorioso acabou. A partir de agora, não haverá maiorias absolutas para ninguém, metam isso na cabeça!

Anónimo disse...

A tal indicação de apaziguamento próxima de Jardim, afinal não vinga. O ódio dele volta hoje ao jornalito em artigo não assinado, denegrindo as assinaturas de MA. Continua tonto, odioso e inquebrável.

Anónimo disse...

Pena que o Sergio Marques não entenda que o seu timing é prejudicial a si e ao PSD-M. Estava a ir tão bem ...

Anónimo disse...

Os comentários contra os candidatos autárquicos só tem um nome: André Correia. Anónimo? É verdade! Não tem eira nem beira nem arte nem oficio. Nem habilitações literárias tem!

Anónimo disse...

O André Correia apoiante expulso do PSD Madeira devia ter vergonha na cara ao escrever estes comentários todos contra o Sérgio Marques. Para não baixar ao seu nível não farei nenhum comentário depreciativo pois teria muito que escrever acerca do rapazinho. Ainda bem que continua a apoiar o Miguel Albuquerque porque isso só demonstra a falta de chá das pessoas que o apoiam!

Anónimo disse...

André Correia é apoiante de Miguel Albuquerque daí a falta de nível.

Anónimo disse...

Os ataques constantes aos apoiantes de Sérgio Marques mostra o desespero da candidatura do Miguel Albuquerque.. Não se preocupem que Sérgio Marques não tem apoiantes isso é tudo mentira!

Anónimo disse...

O autor dos comentários anti-apoiantes de Sérgio Marques repete sempre a ladainha.
Ora vejamos:
- Nos textos de opinião escritos por Luís Filipe Santos (LFS), num órgão de comunicação social, surgem os mesmos comentários, os mesmos argumentos e a mesma ladainha. Caso necessário coloco aqui todos os links que estão a ser entregues nas entidades competentes.
Espero que LFS não leia este comentário porque o mesmo já me pediu para não ligar a estas situações e para manter sigilo de todo o caso.
O que incomoda o crítico é o facto de LFS ser bonito " o candidato que come todas", ter um óptimo trabalho e ser um excepcional profissional.
São características que o meu Luís Filipe que adoro possui.
Ele não é alcoólico, agressivo, desabilitado, careca, gordo e louco.
Se apontassem esses defeitos eu ficaria muito preocupada. Agora com isso posso bem. Quer dizer que eduquei um ser humano fabuloso.
Obrigado pela oportunidade

Anónimo disse...

Leiam o comentário do Super Dragão:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/428171-porque-e-que-o-maritimo-e-verde-e-vermelho?page=3

Aqui está outro comentário:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/425986-ser-maritimista?page=1

Apenas coloco dois links. Existem muitos mais e muito mais atitudes que serão divulgadas a tempo.

Tenho pena que existe um grupo, espero que não seja uma candidatura, que patrocina tudo isto. Muito grave. Política não é isto. Tenho mais de sessenta anos de idade e fico perplexa como é que um individuo é capaz disto.
Trata-se sempre do mesmo reformado, como eu, da banca.

Anónimo disse...

Que maravilha de comentários..., comem-se uns aos outros, eheheeh
Adeus PPD/PSD..., já foste, eheheeh