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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

LARANJAL



ASSINATURAS PRÓ-ALBUQUERQUE
VÃO MESMO A CONSELHO REGIONAL


José Prada não vai na onda e 'aprova' 325 assinaturas. Jaime e Jardim terão de obrigar mesmo o conselho regional a votar contra o congresso electivo.

Jaime Ramos e Jardim podem chorar este mundo e o outro que o pedido de congresso extraordinário electivo irá mesmo a conselho regional. Em vão se sucedem as trampolinices para o evitar.


João Cunha e Silva não terá saída senão admitir a votação no conselho regional, órgão a que preside, o pedido de congresso antecipado subscrito por centenas de filiados no PPD-Madeira, com Albuquerque à cabeça.
O também vice do governo bem se esforça para descarregar a responsabilidade em cima do conselho de jurisdição. Primeiro, pedindo certificação das assinaturas e emissão de parecer. Agora, depois de receber o solicitado, com a apresentação de novas dúvidas.
Não existe alternativa. O conselho de jurisdição é taxativo: não há motivos para interromper o processo em curso de debate sobre a realização ou não do congresso electivo. E será o conselho regional a votar se sim ou não.
Como dissemos há dias, Jaime Ramos vasculhou de uma a uma as 640 assinaturas, para lhes encontrar vício. Convocado pelo conselho de jurisdição para verificar da regularidade dos filiados subscritores, o secretário-geral, adversário irredutível da mudança de sistema político-partidário, acabou por 'descobrir' anomalias nas assinaturas. Mas, para chumbá-las num número que inviabilizasse o pedido de congresso (são necessárias 300), precisava de alargar as 'irregularidades'. Nada como fazer ressuscitar um regulamento interno nacional, aliás em desuso, que considera expulsos os militantes com mais de dois anos sem pagar quotas. 
O problema é que o conselho de jurisdição, liderado por José Prada, considera que esse regulamento não 'risca' na Região. Aqui vingam os estatutos regionais e, em caso de omissão, os nacionais. Nada que ver com regulamentos de 'lá'.
Expliquemos ao pormenor. 
Em 2005, a comissão política nacional aprovou um regulamento determinando a suspensão dos filiados com mais de dois anos sem pagar quotas. Mas esse regulamento caiu em 2012, quando aprovados novos estatutos nacionais do partido. 
Não seria sequer falar disso. Para o conselho de jurisdição, seria caricato pegar num regulamento aprovado em comissão política nacional (se acaso existisse, e já não existe) e passar por cima dos estatutos regionais. Se o próprio chefe Jardim passa o tempo a evidenciar a autonomia do PPD-Madeira, e a lembrar que o PSD nacional não manda nada na Rua dos Netos!
 Mas há mais: aplicando-se a expulsão a quem estivesse há mais de dois anos sem pagar quotas, quantos membros da comissão política e do conselho regional seriam 'abatidos à carga'?
São tantos!...
O conselho de jurisdição já decidiu: há um relatório em fase de redacção para entregar ao presidente do conselho regional, João Cunha e Silva, com o parecer de que não há irregularidades que justifiquem a recusa da subscrição pedindo o congresso electivo.
Em números, dá isto: 325 assinaturas correctíssimas. Logo, mais 25 do que as exigidas para reclamar antecipação do congresso.


Fantasias e nervosismo de Jaime

Jaime Ramos, perante o pressentimento sobre esta decisão, já 'inventou' nova tramóia: o conselho regional, depois de ter reiterado as datas de eleições internas e de congresso, como já fez, não pode voltar atrás votando agora outra coisa.
Infantil - desvaloriza-se no próprio partido.
Seria como se, logo depois de um congresso qualquer, a liderança do partido exercesse influências para que o conselho regional, para o efeito reunido, votasse uma deliberação dizendo que o congresso seguinte só se realizaria 10 ou 20 anos depois - é um supor.
Nesse caso, o líder eternizava-se o tempo que quisesse, livre de se submeter a congresso.

Apoiantes de Albuquerque entendem entretanto que os barões do partido - especialmente Jaime Ramos e Jardim - já perderam a confiança no próprio conselho regional. Apesar de a votação ser 'de braço no ar', como no tempo de Estaline e seus capangas, os anciãos não confiam na própria sombra. De contrário, até facilitariam a discussão e a votação da proposta de Miguel Albuquerque, para lhe infligirem uma derrota - já que o conselho regional abarrota de aparelhistas do jardinismo.
Os miguelistas dizem perceber que Jaime Ramos ande nervoso com a possibilidade de uma mudança partidária e consequente convocação de eleições regionais antecipadas. Com gente nova no manuseamento dos próximos fundos comunitários, a situação seria muito aborrecida para o fogoso 'empreiteiro dos empreiteiros' - dizem eles.



Perguntinha final

Vá lá a ver.
Miguel Albuquerque, candidato assumido à liderança do PPD-M, desde sempre pediu antecipação do processo de sucessão, com o congresso para já.
Miguel de Sousa, provável candidato, sempre manifestou desejo de fazer avançar o congresso de modo a que o novo líder já fizesse o orçamento da RAM para 2015. 
Sérgio Marques, candidato, arrepiou caminho e também prefere tudo resolvido nos próximos meses.
Manuel António Correia, que há muito se lançou como Delfim, diz estar pronto para o desafio seja quando for.
Então: se todos os que se propõem governar o partido se dizem prontos para antecipar as coisas, por que raio há na pista uns marretas, sem nada a ver com o processo, atrapalhando quem vai dançar? Que faz essa velhada em cima do palco?
Que tal os anciãos fora de prazo começarem a rumar ao Lazareto?


***

A este propósito, divulgamos um comunicado de Miguel Albuquerque em resposta à manchete desta terça-feira do JM, onde afirmam os apaniguados de Jardim que Albuquerque apenas dispõe de 161 assinaturas válidas.

"Nada melhor para se fazer prova de que a desvergonha política campeia impunemente à solta do que olhar para a primeira página do JM de hoje.
Os desmandos desinformativos, cinicamente publicados, por ordem do líder, demonstram duas coisas:
Primeiro: um desprezo absoluto pela verdade e pelas regras estatuárias que enformam o PSD/M. É mentira que só existam 161 assinaturas válidas. É mentira que os estatutos do PSD/M exijam para um pedido desta natureza as quotas em dia. A verdade é que mesmo depois da filtragem forçada e publicada das assinaturas, foi apresentado um número de assinaturas de militantes muito superior ao exigido pelo nº 1 do artigo 12 dos Estatutos Regionais do PSD/M.
Segundo: o teor da lengalenga publicada – “grupo minoritário referido”; “universo de dez mil filiados inscritos” – demonstra, por um lado, a habitual fanfarronice inconsequente, mas, por outro, um medo inédito relativamente à decisão livre dos militantes, mesmo no âmbito de um órgão da suposta confiança política do actual líder, como o Conselho Regional. É um bom sinal para o futuro.
Miguel Albuquerque"



5 comentários:

Anónimo disse...

Alguém que requeira votação secreta. Os verdadeiros PPDs não têm medo. Querem a renovação do partido ou a eternização do UI ?

Anónimo disse...

Força Albuquerque,o unico que se assumiu ha mais de dois anos como candidato e nao teve medo de disputar umas eleiçoes contra AJJ e todo o aparelho do partido.
Outros esconderam-se e nao tiveram coragem.Quanto as assinaturas ja todos percebemos que foram entregues mais de 600 de militantes.Agora vêm com a historia das quotas em dia,quando todos sabemos que isso só é exigido para votar.
E quanto ao Jaime Ramos,afinal nao apoia o Albuquerque.Esse vai estar calado,adiando isto o mais possivel,e depois tenta se juntar ao que vencer.Ta na cara...

Anónimo disse...

Até de militantes expulsos apresentaram a assinatura! Está bom, está! Esse piano precisa de afinação. Ou será de reconstrução?

Anónimo disse...

De tanto querer evitar a candidatura do Albuquerque o Alberto João transformou-se no seu principal apoiante. É obra!

Anónimo disse...

Desculpe caro amigo.
O Secretariado apenas indicou que um militante expulso,entre 638,assinou a petiçao.
Se calhar nem esse militante sabe que foi expulso.
Estas assinaturas estao a provocar dores muito fortes a muita gente.Se aquelas assinaturas nao fossem de militantes,nao havia problema algum,nem ninguem se preocupava.