Powered By Blogger

quarta-feira, 9 de abril de 2014

LARANJAL



O badalado almoço no Santo Albuquerque-Jaime





Os Leitores do 'Fénix' bem nos têm zurzido os ouvidos por causa de um almoço apontado na secção humorística dominical do DN que haveria sentado à mesma mesa o candidato à liderança do PPD Miguel Albuquerque e o secretário-geral do dito partido, Jaime Ramos.
Não sabemos cozinhar, nem sequer frigir o raio de um ovo, e vêm meter-nos em assados. 
A ofensa menos grave que nos fazem é que se branqueamos o acontecimento do almoço é porque estamos a fazer o jogo da candidatura albuquerquista.
E exigem-nos que desvendemos a verdade, porque, se não, será pior para nós.
Esta agora!
Mas recebemos as ameaças com o mesmo sorriso com que lemos as críticas dos apoiantes das várias sensibilidades. Todos nos acusam de estar a soldo dos outros.
Vamos lá então deslindar a questão do almoço, a pedido de várias famílias de respeito. Porque, para evitar que 'seja pior', fizemo-nos à vida.
Com meia dúzia de Kapas em campo, já que o tabu se apresentava hermeticamente impenetrável, conseguimos uma versão que nos parece verosímil: ambos os políticos do PPD - Jaime e Albuquerque - almoçaram no outro fim-de-semana entre o frondoso arvoredo que embeleza e refresca o Santo da Serra, mas não em restaurante nenhum, ao contrário do habitual nestas situações. Estiveram lá em cima, sim, mas - segundo a versão mais consistente - em casa de Armando Abreu, homem desde sempre próximo de Jaime Ramos, no aparelho social-democrata.
Não vemos nada de estranho numa almoçarada de carne porco e couves de João Frino a fumegar, regada com vinho de maçãs, a nossa deliciosa sidra, debaixo de copas verdes que tocam as nuvens. 
Já não se pode tomar um copo e devorar um naco de costela salgada? Ainda por cima nos domínios do nosso amigo de longa data Armando Abreu!
Metem política em tudo!

Como 'sabemos o que a casa gasta' no capítulo da mexeriquice, não tivemos remédio senão procurar um dos visados no caso, para que nos respondesse às dúvidas em apreço relativamente ao célebre almoço. Três perguntinhas:
1. É verdade?
2. É mentira?
3. Não confirma nem desmente?
Estas perguntas entalam qualquer pessoa. Mas Albuquerque (quando o contactámos estava de partida para mais uma acção de esclarecimento, esta tarde de quarta-feira) é que entalou o inquiridor, respondendo:
- Nem uma nem outra nem outra.
Dissemos que isso não é possível: uma coisa ou é verdade ou não é. Ou então é a resposta 'não confirmo nem desminto'.
O ex-presidente da Câmara do Funchal arranjou uma quarta possibilidade:
- Não tenho nada que dizer 'sim' ou 'não' ou 'não confirmo nem desminto". Simplesmente, não respondo nada.
Contrapusemos, insistimos, mas nada. Miguel Albuquerque entende não ser obrigado a dizer o que faz fora da actividade partidária e que não vai estar a alimentar bisbilhotices sobre todos os convites que recebe para almoçar em casa dos outros ou sobre as pessoas que convida para almoçar em sua casa.
Não é partidário, é pessoal. É pessoal, não é notícia.
Encaixámos.
Reconhecemos que Albuquerque se saiu bem. Mas também sabemos que os nossos Leitores sabem ler e bem. Não ficaram na mesma, depois da explicação (vá lá) do Delfim rebelde.



Campanha depois do Chão da Lagoa... mas para os outros


(JM, edição quarta-feira)

Na sua desesperada batalha para reunir condições que lhe permitam recandidatar-se ao partido, Jardim adiou a campanha interna - como se ele ainda mandasse - para depois da festa no Planalto, lá para o Verão. Evidentemente para ter tempo de recuperar da terrível 'abada' que as europeias lhe reservam. Precisa de estar em forma para o 'banho de multidão' e a onda de cartazes a pedir 'Fica' que surgirão na herdade das Carreiras (encomendados por Jaime Ramos). 
Portanto, se não começou a campanha interna, nada de facultar sedes a 'conversas de tasca', nada de conceder espaço no pasquim do partido, vulgo Jornal da Madeira, a quem se meteu na corrida pela liderança.
E assim tem sido. O JM cumpre à risca. Hoje outra vez.
A primeira página enche-se com um postal do vice-presidente do governo e mais outro do secretário do Ambiente apadrinhado pelo chefe - isto é, os dois candidatos que Jardim não hostiliza e até apoia. Melhor do que um placard de rua.
A última página, por sua vez, é uma traulitada 'made in Angústias' na cabeça dos outros três candidatos, os que só querem "agradar à oposição".
Se isto é não fazer campanha, o que não será quando se chegar ao tiro de partida!
Estamos a caçoar. Com a formalização da candidatura de Cunha e Silva, esta quinta-feira, o debate arranca 'com todos'. Qual Herdade!
Falámos acima na desesperada batalha de Jardim para legitimar a recandidatura. Mas não estávamos a contar com o site de apoio aparecido nas últimas horas. Pensamos que se trata de brincadeira. Ou, pensando bem, seria boa ajuda para a vaga de fundo com a qual sonha o chefe há largos meses. 



'Efeito Cafôfo' preocupa Delfins

(Foto DN)

Que faz o presidente da Câmara do Funchal, eleito pela Mudança, numa coluna intitulada 'Laranjal'?
Não, não se trata de um caso de transfúgio. Pelo contrário.
É só para dar conta do ambiente criado sexta-feira passada na Conferência de Turismo, na Sala de Congressos do Casino.
Conforme o DN registou (foto), estiveram a uma mesma mesa quatro Delfins (Manuel António, Sérgio Marques, Miguel de Sousa e Miguel Albuquerque) e o actual presidente da Câmara, Paulo Cafôfo.
Nada de esquisito. Mas o caso é que ouvimos a um apoiante de certo Delfim o seguinte: "Houve uma conversa lá na mesa desconfortável para nós..."
'Encostado à parede', o mesmo militante laranja contou que, a dado passo, a conversa 'degenerou' para o processo de sucessão no PPD. Tendo um dos presentes considerado que pode dar-se o caso de haver um concorrente que consiga no PPD o 'efeito Cafôfo', por exemplo Sérgio Marques.
Essa possibilidade - comentou-se lá - seria interessante para os social-democratas, tendo em vista as 'regionais' de 2015.
Mas houve um desmancha-prazeres na mesa, o próprio Paulo Cafôfo. Que, ironicamente, perguntou?
- E se o próprio Cafôfo aparecer para vos defrontar em 2015?
Era ironia. Mas... Ironia? Ao que nos conta o militante relator, os Delfins denotaram preocupação. A brincar, a brincar...
...Pelo que andam agora maus pressentimentos entre as várias sensibilidades que o jardineirismo criou. Depois da batalha em curso, outra virá.


6 comentários:

Mao Tse Tung disse...

Uma dica sr. Calisto já que gosta tanto de fofoca: o sr Armando nao é aquele antigo vereador do MA na CMF e que hoje parece ser contabilista do PSD de JR pago princepescamente por debaixo da mesa? Porque esconde isto se eu sei que sabe?

Anónimo disse...

Acho que o Cunha e o Manuel António vão abdicar em favor de Jardim e assim ajudar criar a tal vaga de apoio ao albert John Garden.

Anónimo disse...

Obrigado Calisto por esclarecer o almoço do Santo da Serra! Parabéns pela investigação!

Aos olhos dos leitores fica o seguinte: Albuquerque próximo de Jaime Ramos. Albuquerque próximo de Armando Abreu. Albuquerque próximo da "maquina" do Partido, o Secretariado. Cheira-me a caldinho!

Jaime Ramos está mesmo com o Albuquerque. Para este ultimo não confirmar com esta antecedência das eleições, é que é certo!!!!!

Anónimo disse...

Cafofo nas regionais de 2015?!? Então o homem não tinha dito que não era político e que iria ser um cidadão na CMF?? Vai abandonar o barco? Seria uma vergonha Sr. Presidente Cafofo!

Anónimo disse...

Caro Calisto falta investigar o aparecimento de uma página de Facebook a apoiar o AJJ em 2015. Da Quinta vigia já disseram que era fraude.... Mas quem terá interesse em lançar o AJJ?

Anónimo disse...

Só que em 2015 Cafofo terá já 4 anos a mostrar que a Mudança pariu um rato.