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quinta-feira, 22 de maio de 2014


Mais do mesmo


As 'novidades' de Poiares Maduro

A legenda nesta foto do JM diz que o ministro se reuniu com o vice do governo regional. Raios, ainda não bebemos nada hoje e parece-nos ver 3 pessoas no boneco!

O sr. Poiares Maduro veio para aí agitar câmaras e microfones naquelas andanças habituais de quem é sr. ministro.
Sua excelência esteve sentado com vários dignitários para tratar...
Não embarquemos nas trampolinices dele, vamos ao assunto.
Sua excelência o Maduro escusava vir à província perder tempo com as baboseiras do costume. Ele prometeu  que o governo dele negociará "com força e empenho" as m... da Região pendentes com Bruxelas. E nós a julgarmos que ele ia prometer negociar essas m... pendentes sem um empenho por aí além!
Disse também que está "optimista" quanto ao resultado das negociações sobre umas infraestruturas quaisquer, no quadro financeiro. Não seria de bom tom o homem dizer que está "pessimista".
Jurou ainda diante da comunicação social "acreditar" na conclusão das ditas negociações antes do fim do Verão. Ora, se ele acredita que sim, também admite que não. E ficamos cada vez mais na mesma. 
Enfim, se tudo correr bem, estaremos ainda a banhos no areal ou no Porto Moniz quando as negociações acabarem.
Maduro teve tempo para elogiar o governo regional, cópia fiel do arraial dirigido por Passos Coelho, em que ele também é músico.
E aconselhou os desgovernantes locais a uma aposta no turismo que faça valorizar outros sectores da economia. Mas porra, essa até os desgovernantes cá da tabanca sabiam!
Novidade, novidade, foi o discurso do homem sobre a RTP-Madeira. Disse que a conversa sobre a Levada do Cavalo continua. Excelente. 
Precisou ainda um ponto comum entre os desgovernos de lá e de cá: o objectivo fundamental é melhorar a qualidade do serviço público de rádio e TV. 
E esta?!
Com que então, julgavam que o objectivo era piorar a qualidade daquilo?!
Oh sr. ministro, por que não falou do vosso objectivo verdadeiro para o centro regional? Sim, o verdadeiro, que é o fecho definitivo da estação?


Esta cena que se segue é 'mais do mesmo' de cima a baixo.






 À espera da girândola final









Gil Canha deu entrevista ao DN de hoje. Na capa da edição, destacam-se pontos de vista do vereador ainda demissionário: que Victor Freitas e a sua corte, "que vive à custa de tachos", transformou Paulo Cafôfo em "marioneta" e "fantoche"; que ele, Gil, foi vítima de um "golpe palaciano".

Nas páginas interiores, as mais gordas falam do jantar no mercado (a 25 de Abril) em que Iglésias queria ver se dava um jeito ao PS no prazo do pagamento. E falam da câmara "facilitista" de Cafôfo, que é igual à câmara de Miguel Albuquerque, diz o vereador a horas da saída.
Ao longo do texto, a verdade é que Gil Canha conta episódios sobejamente conhecidos. Esperávamos que sem rodeios fosse à ferida. O assunto que importa é só um, muito claro: que foi que esteve realmente na origem do desaguisado que pôs Cafôfo e Gil à briga? O busílis está aqui. Na verdade que se aguarda. O resto a gente já sabe. Um diz que o outro era mau para o comerciante. Outro diz que isso foi argumento para o afastar do caminho dos tubarões. Sabe-se de tudo isso. Pelo ar.
Para clarear ideias e memórias:
Cafôfo decidiu avaliar os vereadores ao fim de meio ano de trabalho. Sem mais aquelas, resolve tecer acusações a Gil Canha, curiosamente o ícone mais fulgente da Mudança, na essência da palavra e do projecto, e retirou-lhe pelouros, alegando mau ambiente na baixa por conta dele, Gil.
O vereador atingido ligou essa provocação ao caso das manifes do pessoal da Quinta do Lorde, em que Cafôfo, em vez de o apoiar, deu ouvidos ao ruído dos enviados do empresário Sousa e tentou afastar do executivo o alvo do barulho. Decisão incrível, como já escrevemos.
Seguras as pontas, o vereador da Nova Democracia esticou a corda e deixou cair, além da fiscalização, mercados e feiras que o presidente lhe tirava, todos os pelouros que lhe cabiam. Mas com uma explicação: Cafôfo está a ser manipulado pelo líder socialista Victor Freitas, o qual, por sua vez, está a soldo do Grupo Sousa. Gil Canha não hesitou: Tenho provas do que digo, garantiu, mais palavra menos palavra, criando a esperança de que mostraria essas provas. Outra coisa que passasse por escondê-las não faria sentido.
Foi dessas provas que estivemos sempre à espera. Uma vez a nu, elas obrigariam a expulsar da câmara os titulares executivos que teriam cedido aos tubarões da praça regional.
Ora, Gil Canha surge hoje em duas páginas de jornal onde esperávamos ver descobertas as carecas dos responsáveis pela traição apontada. Na qual traição não nos custa acreditar. Tal como podemos deixar de acreditar.
Sim, da nossa parte, quando se trata de política, acreditamos piamente em bruxas, se querem saber. Mas o povo precisa de as ver.
Referir almoçaradas de Victor Freitas com um Sousa à mesa (sabemos de um encontro entre ambos no Armazém do Sal) pode acicatar a curiosidade. Mas é insuficiente para constituir as tais provas de que Gil falou no início da bronca. Se houve almoçaradas, não foi pelos apetecíveis pratos do dia da casa, como é evidente. Mas daí a garantir-se a existência de negócios escuros, sejam eles de que natureza forem, a não ser que haja gravações... 
Gil Canha pode não querer queimar fontes, ao revelar provas. Mas o apuramento da verdade não se compadece de acusações sem fundamento à vista, esse é o ingrato problema.
Há dias, o presidente Paulo Cafôfo contou episódios na RTP que já todos conhecíamos, quentados e requentados. Hoje, o vereador cessante Gil Canha conta no DN episódios que estamos fartos de saber. O que significa palavra de um contra a palavra do outro. Objectivamente - corrijam-nos se estivermos errados - , não vemos no litígio mais do que um fogo-de-artifício a que falta o estridente e convincente ribombar da apoteótica girândola final. Aquele estoiro esclarecedor, que acorda consciências com pólvora à vista.
Enquanto não houver provas dos argumentos dirimidos nesta refrega que tantos estragos fez, ou não tivesse a cidade perdido o vereador capaz de meter ordem nos maus costumes, sobretudo entre a clientela do regime sátrapa - enquanto não houver luz bem viva sobre o enredo, corre-se o risco de suspeitar que não passou tudo de uma zanga de comadres em disputa de poderes. O que não joga nada com personalidades que tanto combateram nos últimos anos o jardinismo. De repente, o jardinismo deixou de ser o inimigo principal? 
Vamos passar à frente, deixemos o "mais do mesmo".

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem. Cada vez mais este blog é a minha fonte de notícias. Qualidade de informação e análise desassombrada. Sem partidarites e manhosices. Objectivamente.

Anónimo disse...

Antes de mais, faço minhas as palavras do Anónimo das 14:14.
Mas relativamente a este post, uma coisa é inegável e foi já confirmada pelo próprio Presidente da Câmara: Cafôfo cedeu à manifestação feita pelos trabalhadores da Quinta do Lorde (orquestrada por Ricardo Sousa!) e tentou afastar Gil Canha, mesmo não tendo a CMF nada com o caso e sabendo-se há muito tempo da existência da acção popular.
E isto, só isto, é muito, muito grave!
Por causa disto fica em causa da necessária mudança no Governo Regional... infelizmente!

Anónimo disse...

Mas alguém tem dúvidas sobre qual seria o tema de conversa entre Vítor Freitas e Luís Miguel de Sousa ao almoço no Armazém do Sal?
Mais do mesmo...

Anónimo disse...

Mais do Mesmo, com projeto POUCO MADURO