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quinta-feira, 26 de junho de 2014

O FAMIGERADO 'DEVE E HAVER'


MAS QUAL É A DÚVIDA DE QUE LISBOA
SEMPRE EXPLOROU A MADEIRA?


O regime jardineirista quer justificar os buracos financeiros e as loucuras da sua 'Madeira Nova' com a rapinagem dos séculos em que o Estado levava tudo o que luzia no nosso calhau




Um descobriu a pólvora, outro vai registar a patente





'Cortina de fumo' engendrada pelo sua excelência das Angústias na tentativa de beatificar o avassalador e pecaminoso domínio social-democrata nestes 40 anos da História da Madeira que são para esquecer: eis o 'deve e haver' que aquela gente vai a Lisboa mostrar, pelas contas do historiador Alberto Vieira.
O que o chefe lá de cima e os super-falcões do regime jardineirista pretendem resume-se a dois pontos: fazer calar quem lhes aponta o desastre que atirou as finanças regionais ravina abaixo; esconder a capitulação da Autonomia provocada por esse primeiro ponto.
Mas será novidade para quem disponha de uns elementares conhecimentos de História madeirense a pirataria do sistema lisboeta que sugava todas as verbas criadas cá? Não era bem pirataria. Os corsários ao menos tinham o trabalho de enfrentar as naus que pretendiam saquear. Os gajos em Lisboa limitavam-se a ficar quietos à espera que fôssemos lá entregar, de espinha dobrada, a parte de leão das receitas geradas pelas nossas actividades comerciais e fiscais.
A Alfândega do Funchal sempre foi das mais rendíveis do Império - é só recordarmos esta capital insular como placa giratória do comércio internacional. 
Depois, como diz o Dr. Alberto Vieira, éramos obrigados a financiar os projectos do esquisito Infante, 'o navegador' (apesar de nunca ter levantado o real 'rabichol' de Sagres). Impostos sobre tudo o que mexia, e falamos desde o século XV até 1974, eis o imã que nos levava o ouro arrecadado em receitas alfandegárias e exportação de vinho, açúcar, bordados, enfim.
Por isso mesmo é que os crânios da capital sempre foram avessos a ceder-nos um simples naco de autonomia. Nunca foram burros. Deixavam-nos gerir o que era nosso e depois como é que chupavam do bom e barato?
Não admira, pois, que a luta por conquistas autonómicas resultasse na prisão e no desterro de milhares e milhares de madeirenses, pelos séculos fora. Sorte que o Hintzé Ribeiro, chefe do governo português em fins do século XIX, era açoriano, pelo que se viu obrigado a dar à Madeira o alívio autonómico que deu às suas ilhas natais. Mas autonomia administrativa, nada mais do que isso.
Depois de tanto espezinharem os lutadores madeirenses que não se calaram ante a prepotência centralista, um dia foi um dia. Finalmente, cheirou a democracia neste país de agachados. Já em 1974. Então, a Autonomia aterrou de bandeja no Funchal. De graça. Sem necessidade de combate, porque os 'cubanos' queriam era livrar-se de nós. 
O espertalhote que açambarcou o PPD graças ao 25 de Abril revelou então mestria no aproveitar do novo fenómeno autonómico para um projecto alucinado de poder pessoal. Passou décadas não só a desbaratar os meios que a capital finalmente foi obrigada a despender, em igualdade com as restantes parcelas do território nacional, mais os balúrdios recebidos da Europa - não só espatifou esses meios todos, criando alargado leque de amigos políticos, como estragou o que de bom vinha de trás e que tanto custara às nossas gerações antepassadas.
Agora, ao desmontar da feira laranja numa situação financeira de fugir, ele vem dizer que distribuiu uma lâmpadas e umas torneiras pela Madeira recôndita - era melhor que não, quando o resto de Portugal se modernizou todo - e mostrar o que os antepassados ilhéus deram a Lisboa, na ânsia de justificar o descalabro que empobreceu e desempregou os madeirenses nestes anos de défice democrático. 
Ao mesmo tempo, faz por distrair atenções com a gasta revisão constitucional, antecipadamente condenada ao fracasso - mas que lhe permite invocar o desejo de alargar os direitos de uma Autonomia de todo inexistente, já que ele, curvado sob uma dívida monumental, a entregou de mão beijada ao co-partidário Passos Coelho.
Os nossos antepassados trabalharam, trabalharam, foram explorados e mais do que explorados, exactamente com a ideia de beneficiar o projecto de algum louco que por acaso aparecesse no futuro da sua terra!
Vão mas é trabalhar com esse 'deve e haver'!

20 comentários:

João disse...

Sr. Calisto
Acho o seu comentário final um pouco mau. Este estudo envolveu muitas pessoas e inúmeros investigadores. Espero pelo menos por quem trabalhou para fazer este estudo de 10000 páginas único e de uma grandiosa importância histórica um pedido de desculpa por parte do senhor. É verdade que o estudo em si versa sobre um tema que supostamente deve de unir os Madeirenses e não desunir.
Gosto muito do seu trabalho mas este texto cai mal aos seus investigadores internacionalmente reconhecidos.

Regina Duarte disse...

É injusto estes comentários para quem trabalhou neste projecto.

Luís Calisto disse...

A ver se nos entendemos:
Não conheço esse estudo, logo não posso dizer se está bem feito ou mal feito.
Limito-me a avançar que a conclusão não é nova, todos sabem como Lisboa explorou a viloada das ilhas, durante séculos. Ou será novidade?
A moral da história é o aproveitamento político da exploração durante séculos para justificar o esburacado estado das finanças regionais, depois de 40 anos de loucuras pseudo-desenvolvimentistas. Por iniciativa do grande chefe e proveito crápula dos que hoje agonizam afogados no próprio parasitismo já moribundo.
Certamente que os participantes no estudo não fazem a mesma interpretação que vemos nestes comentários acima.

Anónimo disse...

A gestão foi péssima por iniciativa de todos os actores (Governo, Câmaras, Deputados & companhia (s) ). Tudo bate no grade chefe mas esquecem - se que todos tiveram culpa. Aliás qual o candidato a lider do PSD que não esteve na gamela? Talvez Sérgio. ..

Anónimo disse...

Este apuramento de contas deve ser tão correcto quanto as contas públicas da Madeira pós- 25 de abril. Aquelas contas oficiais que ocultavam mais de 6 mil milhões de dívida! Quando é que estes historiadores do regime, alguns dos quais comentam abaixo, farão a errata para incluir os 6 mil milhões de endividamento público oculto? Ao que o historiador mor do regime afirmou foi mais fácil apurar as contas entre 1419 e 1985 do que as posteriores a esta última data. Só a partir de 1986, afirma ele, é que a Madeira recebeu mais do que deu, 10 milhões anuais. Sem qualquer avença posso afirmar que não foram 10 milhões anuais mas mais de 200 milhões anuais, sem falar no pagamento das forças de segurança (PSP, GNR, exercito, marinha), RTP/M, RDP, Universidade da Madeira, Tribunais, etc, etc.
Se os madeirenses não são descendentes dos cubanos é de supor que nesse encontro de contas tenham que incluir o pagamento do arquípelago e a renda de 5 séculos.
Qualquer dia são os africanos, os indianos, os sul americanos, etc a solicitar um estudo aos nossos estoriadores sobre o deve a ver!!!
Ridiculo!

amsf

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Todas as potências colonialistas fizeram o mesmo e Portugal nem foi dos piores, como bem sabemos.
Fazer um estudo deste acontecimento para fins históricos parece-me útil e meritório. Agora fazê-lo para fins financeiros, é que me parece um tanto descabido e até perigoso. Não vá o Brasil (e não só) pegar na ideia e exigir de volta o ouro e as imensas riquezas que de lá trouxemos.

Anónimo disse...

Talvez Sérgio......a serio queres que exponha aqui os tachos que teve? Ridículo

Anónimo disse...

Sérgio é o Sá Carneiro do Psd! O único sem rabos de palha.

João disse...

Sr.Calisto.

Concordo com a sua Resposta. Mas entende que tudo tem aproveitamento político.
Desculpe e Obrigado.

Anónimo disse...

Falta por os cento e tal mil euros que custou o estudo. Este gabinete de estudos ninguém controla nem a secretária que tutela.

Anónimo disse...

O Sérgio e filho recetemente ,,,,tem o rabo imaculado !!cheio de Cunhas,
Tachos e Euros à custa do nosso Presidente Alberto João!!!
Menino.... o SÁ Carneiro faleceu a 4 Dez/1980..Grande Social Democrata
É um Crime fazer qualquer comparação
Com o dito cujo!!!

Viva PPD /PSD ..SEMPRE
No Momento certo depois de acordos/fusões de Candidatos os Militantes saberão escolher o Melhor e mais Bem Preparado para exercer a Presidência do Nosso Partido.

Fernando Vouga disse...

Caro senhor amsf

Estou mesmo a ver os juízes do Tribunal de Contas, de cócoras e calculadora na mão, a conferir as 10.000 páginas...

Jorge Figueira disse...

Meus Caros Amigos Luís Calisto e Fernando Vouga
Vou primeiro dirigir-me ao Luís Calisto. Ando atento às gralhas do português como deu conta no seu uso indevido das cedilhas. Desta vez não é consigo mas com o anónimo das 16 43. Do texto consta ...o grade chefe. Propunha-lhe um pedido de aclaração, junto do anónimo, para nos certificarmos se estamos, ou não, perante um antigo elemento do POVO SUPERIOR, entretanto, despromovido a cachorro.
Ao Fernando quero dizer-lhe que corroboro a sua opinião em relação aos "reembolsos" portugueses ao Brasil. Penso que o grande mérito das 10.000 páginas reside na possibilidade do registo da patente. O equilíbrio das nossas contas far-se-á através da sua utilização. Aos brasileiros, como nos acompanharam nas primeiras "investidas" autonómicas, contemporâneas da Independência, faremos preço de saldos. A Índia essa vai pagar bem pago para se poder ressarcir junto da Inglaterra.Lembrei-me,agora, não sei bem porquê, do Eça e da descrição da inauguração do Índia. O barco lindo, fora construído nos melhores estaleiros, com as técnicas mais avançadas conhecidas à época. Tinha um problema metia um palmo de água por dia.
Homem prevenido por dois, por isso quero falar-lhe da minha experiência. Escrevi, nos tempos em que era assíduo colaborador da opinião do DN, um texto que abordava o tema do aproveitamento da ideia pelos grandes espaços, esses sim, sujeitos a colonização. Os epítetos de tonto para cima choveram. Assim sendo, em português do Brasil, sei não... jorge figueira

Anónimo disse...

Fico À espera que os Albertos (João e Vieira) façam o deve e o haver acerca do ultimato inglês, pode ser que recebamos como indemnização da tomada da Rodésia pelos bifes, uma Jersey ou Guernsey, que assim como assim já têm uma maioria populacional de Madeirenses. Como abordagem académica pode ter interesse (sem bem elaborado), como arma orçamental vai-nos cobrir de ridículo (O Cunha já pulou fora para não afectar a campanha)

Manuel Arriaga disse...

O Anónimo das 19:21 só pode ser gente ignorante.
Queira saber que o Centro de Estudos de História do Atlântico foi a única instituição que perdeu a Autonomia Financeira na região e que foi dado louvores do Tribunal de Contas pela exemplar transparência das suas contas e contratos públicos.
A única instituição que não tira dinheiro ao orçamento regional desde a sua constituição.
Lembro que quem não sabe não deve de mandar anormalidades para o ar.
Lembro também que era o único Centro regional mais aclamado internacionalmente.
Se for às universidades com centros de História do Brasil, EUA, França, Inglaterra, Rússia e Japão todos conhecem este centro. A nível académico é um centro de referência MUNDIAL.
Se não sabe o trabalho realizado naquela instituição visite e pergunte o que necessitar saber para depois ter a informação correcta.
Já agora informe-se melhor junto da secretaria da tutela quem realmente manda no Centro.

Anónimo disse...

Sérgio não andou na gamela mas sim no GAMELÃO

Anónimo disse...

Caro Manuel Arriaga, tenha em conta que este blogue serve pura e simplesmente para atacar o jardinismo e fechar os olhos ao resto.

Miss take disse...

Claro que quem fala e escreve com base no diz que disse e na conversa de café, a grandiosidade de um trabalho destes, feita por gente capaz e dedicada, não pode ser valorizada. É pena.
Acho que o propósito deste trabalho é contrapor com factos a mentira tantas vezes repetida de que a Madeira vide à custa do Continente. É também mais um argumento para juntar ao facto de o Estado não estar a cumprir com a Constituição no que diz respeito ao assumir dos custos da educação e saúde.
O saldo seria o Estado assumir a dívida do País, Madeira incluída e mais Autonomia fiscal.
O problema é que a Madeira sem dívida e com Autonomia fiscal seria o paraíso neste pobre País o que seria uma vergonha para os cubanos, tão espertos, qualificados e conhecedores.Basta ver o império que foi e à medida que vai perdendo as colónia, mais desgraçado fica.
Os Madeirenses enquanto presos a este País terão sempre de ser uns coitadinhos.

Paulo disse...

Ainda ha gente que compartilha o sonho do grande lider, de a Madeira ser a Singapura do Atlantico. Depois de destruirem toda a industria (so falta a hoteleira), algumas almas que nunca trabalharam na vida pensam que para a Madeira ser auto sufeciente basta ter autonomia fiscal e uma praca off shore, habituados que estam ao dinheiro facil.

Anónimo disse...

A Miss Take

1º Não sabe o que é o Estado. Deve pensar que é um tapete onde se esconde a dívida. Não sabe que o "Estado" são as contas públicas, sejam elas de freguesias, câmaras municipais, Governos Regionais,etc. Deixar as extruturas inferiores se endividarem e depois remeter a conta para o "Estado" é um incentivo ao "erro moral";

2º Não sabe que a Madeira é uma Região Autónoma e que se fica com todos os impostos cobrados na Madeira e que naturalmente fica também com as responsabilidades do "Estado" sejam elas educação ou saúde;

3º Não sabe que o "Estado" assumiu no passado grande parte da dívida da Região e que tal não impediu a criação de nova;

4º Não percebe que o próprio "estudo" afirma que desde 1986 a Madeira tem beneficiado de um saldo posítivo de 10 milhões anuais. A verdade é que temos recebido anualmente mais de 200 milhões de transferências dos impostos nacionais sem contar com forças de segurança, exercito, marinha, força aérea, tribunais, RDP, RTP, Universidade, etc, etc pelo que o "estudo" peca por defeito.

Deve ser daquelas que não sabe que todas as receitas cobradas na Madeira cá ficam e ainda recebemos os tais 200 milhões anuais bem como os serviços atrás elencados. Sem falar dos fundos da UE e da dívida superior a 6 mil milhões.

amsf