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quinta-feira, 3 de julho de 2014


O MITO DO 'DEVE E HAVER'

O homem decreta que o 'deve e haver' derrubou um mito - que não existe - e está decretado. 

O 'deve e haver' fez cair o mito, diz ele. Ou melhor, decreta ele. O homem diz que o Estado é que deve à Madeira e está decretado pelo sua excelência que, assim, caiu por terra uma tal mania de que a Madeira vive à custa do Continente.
Ora, o que o sua excelência está a tentar fazer é criar o mito de que o seu reinado desgovernou à louca só com dinheiros gerados na Região. Quando não foi assim, evidentemente. E tenta criar o mito de que existe a ideia de que a Madeira sempre viveu às custas do Estado.
Mas quem disse que a Madeira viveu 5 séculos à custa do Continente? Ninguém. O homem é que mistura alhos com bugalhos para confundir a opinião pública e a História. Nunca alguém poderia dizer semelhante patachada. Todos sabem que foi ao contrário: a Madeira é que financiou grandes obras no rectângulo, prescindindo das suas por imposição centralista.
Basta dizer que os balúrdios gerados no porto e na alfândega, mais os impostos comerciais do vinho e do açúcar, eram sugados pelo erário e geridos pelos crânios instalados na capital do Império.
Resultado: só tivemos um molhe na Pontinha depois de muitas tragédias navais ali na babuginha. E nem pensar em deitar blocos ali antes de Leixões e quejandos. Mais: no princípio do século XX, quando o país estava todo ligado por estrada que facilmente se adaptou quando do advento do automóvel, os nossos antepassados ilhéus nem tinham um caminho de cabras do Funchal a Câmara de Lobos. A escabrosa estrada mal passava da Praia Formosa. No total da ilha, não havia 20 km de caminho
Sim, os nossos dinheiros iam integralmente para os senhores de Lisboa. Pelo que não passava pela cabeça de ninguém perdigotar a denúncia de que a Madeira vivia do Continente, ou m... semelhante. Essa de a Madeira viver do Continente nasceu com a Madeira Nova do Jardim. Porque, para tentar abafar o ruído produzido no Laranjal insular, os alfacinhas resolveram ir mandando umas coroas para cá, juntando-se assim aos rios de dinheiro despachados de Bruxelas para o Funchal.
Apesar desse dinheiro todo, mestre Jardim meteu a Madeira no buraco financeiro onde jaz actualmente. Então, para disfarçar o trágico desmontar da feira jardineirista, vem mandar m... para a ventoinha com essa do 'deve e haver' - usando e abusando dos sacrifícios dos nossos antepassados. 
E agora vem dizer que faltava meter as despesas com a Educação e a Saúde nestes 40 anos, porque isso 'era competência do Estado'. Isto é: ele regionalizou esses sectores vitais, na obsessão de ser ele a mandar, a c... ordens, a trancar da sua mão a chave do tal sítio, mandar em professores, mandar em médicos, enfim, mandar. E agora, que mandou e desgraçou ambos os sectores, vem passar a factura ao Estado, dizendo que falta meter isso. Falta meter é a enormidade dos 130 milhões de contos - moeda antiga - que o Guterres perdoou à rebalderia jardineirista, capitulando vergonhosamente numa ajuda financeira que valeu ao Rei da Tabanca mais 15 anos de exibicionismo nas Angústias e consequente prolongamento do tempo da repressão em cima dos camaradas madeirenses do mesmo Guterres.
O sua excelência que vá chamar burro a outros. 
Ao dizer que 'caiu um mito', ele pretende criar um mito. Mas o despertar dos madeirenses para a realidade está a ser tão doloroso que ninguém tem disposição para aturar os mitos do Jardim mais os seus guarda-sátrapas - um e outros com um risonho futuro pela frente.

4 comentários:

Anónimo disse...

...fica por saber onde vão "encaixar" os cerca de 500.000€ (meio milhão de euros)do custo do estudo + a despesa da deslocação (na foto estão 8 para apresentação do estudo em Lisboa). Será no "DEVE" da República ou no "HAVER" da Região? O "contabilista de serviço" parece na foto estar preocupado ...

Anónimo disse...

10.000 páginas de farsa! E esse Alberto Vieira ainda passará por historiador depois de "desorientar" uma trafulhice dessas?

Miss take disse...

Alberto João Jardim não conseguiu evoluir a Madeira em toda a linha. A Bilhardisse, Inveja e Subserviência ao Exterior, continuam ainda de forma vincada na mentalidade dos Madeirenses. É pena!

Anónimo disse...

A Miss take (belo pseudónimo) esqueceu-se de outro pecado capital: a subserviência a Alberto João Jardim, que se manifesta em comentários como o seu.
Apetece perguntar, ainda procura ou está receosa de perder o tacho ?