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domingo, 31 de agosto de 2014

EX-RUA DO SURDO


ARTIGO DE NÃO-OPINIÃO
SOBRE UMA NÃO-ENTREVISTA


O ressurgimento político de Bernardo Trindade soube por momentos a dádiva do céu, para desalaranjar um bocado o noticiário da terra, literalmente asfixiado pela guerra de Delfins. Cheirou a prenda do céu apenas por momentos porque logo se viu que a entrevista era uma não-entrevista, sem saber a pouco, sem saber a nada.




A Madeira atascou-se num impasse político-partidário que atinge necessariamente a comunicação social. A oposição não faz oposição porque o governo não governa. O governo não governa porque ninguém lhe faz oposição. Tudo isso mais as férias do exótico Parlamento levam a que não aconteça nada e, pior, a que não se entreveja qualquer coisa que esteja por acontecer. Tirando os Delfins...
Consequências na imprensa: recurso à não-notícia. Fulano tal não se vai candidatar, esta semana não se atirou ninguém do Ribeiro Seco.
Foi pois com entusiasmo que vimos saltar a terreiro Bernardo Trindade. Aconteceu no programa do nosso Amigo Acácio Pestana 'Rádio Totobola', em que também participou Victor Freitas, líder do PS-Madeira. Tratava-se de debater argumentos entre as duas linhas que disputam o poder socialista nacional - António Costa (Bernardo) e António José Seguro (Victor). Regionalizando a questão, Bernardo Trindade afirmou diante dos microfones ser favorável a eleições primárias também na Região, a ver quem deve ser o candidato socialista ao GR em 2015. 
Victor contrariou, já que foi eleito em congresso por militantes que sabiam da sua intenção de ser ele o candidato a presidente do governo.
Feita esta 'caminha', ficou jornalisticamente legitimada uma entrevista com Bernardo Trindade, no DN. Assim foi. Se o trabalho escrito especificamente sobre o Rádio Totobola mereceu, na edição seguinte ao programa, as duas orelhas no cabeçalho, pois a entrevista deste sábado sobre o mesmo assunto levou mais de metade da primeira página com um plano americano de Bernardo, em traje ligeiro, a subir até lá acima ao logo do jornal.
De facto, que melhor assunto para nos aliviar de tanta guerra de Delfins senão uma outra guerra no PS? 
Bernardo trazia um abanão com ele: "Primárias no PS-M e depois logo se vê", consoante a manchete citando o entrevistado.
Não tem notícia? Não terá, já que repetia uma intenção de Bernardo escrita antes. Mas aquele "depois logo se vê..."
Logo se vê, bem entendido: logo se vê se o homem é candidato no PS, em caso de haver as primárias que Victor já esclareceu não admitir.
Por este título, vamos ao objectivo, se percebe que Bernardo Trindade está disposto a continuar o 'mais do mesmo'. Ou seja, talvez avance como também é possível que se deixe ficar.
Só que agora - eis o interesse que julgávamos impregnar as duas páginas de conversa - Bernardo pretende agarrar a boleia de uma situação nacional para ver se finalmente concretiza um velho sonho. Uma estratégia que desde logo não vemos com futuro, a ser tratada desta forma. Os próprios militantes vêem que esta pseudo-investida não decorre de algum desastre eleitoral socialista que tenha ocorrido no passado domingo. Os resultados das europeias foram maus para o PS-M, mas... Bernardo acordou agora? E, francamente, qual o problema desse resultado? Que consequências práticas tem um resultado nas europeias onde as listas são nacionais? Esse resultado serve como barómetro, dá uma ideia da saúde do partido regional no momento, e mais nada.
Também não rebentou agora nenhuma bronca interna que justifique o recurso a umas primárias onde Bernardo - evidentemente que a ideia é essa - possa tentar ser o candidato a presidente do governo regional. 
Se nada aconteceu de especial, porquê a ideia de abanar? Nem mais: é subir às nuvens à boleia de António Costa.

Então andam outros há anos numa guerra sem quartel, desigual, contra o totalitário poder laranja, para, num momento em que cheira a mudança no PS nacional, aparecer um salvador cujos únicos dotes políticos mostrados até ao momento se associam ao desempenho de um ridiculamente empolado cargo de secretário de Estado do Turismo? Sim, Bernardo também foi deputado na Assembleia Legislativa da Madeira. Mas não se deu por isso. Alguém se lembra? Sim, também foi deputado em São Bento. Mas aí é melhor saltar por cima, para não nos recordarmos de que, nessas eleições nacionais em que ele foi candidato, a força do PS-M em Lisboa baixou de 3 deputados para um só.
Bernardo teve ocasião de se chegar à frente, como diz o povo, por várias vezes. Ainda há meia dúzia de meses houve congresso, associado a eleições internas. Que melhor ocasião para mostrar um projecto e testar o seu impacto no partido?
Inevitavelmente, temos de evocar aqui a carreira política, demasiado curta, de António Trindade. Bastante o criticámos, na sua altura, por ele abdicar da luta política em favor da vida empresarial. Víamos nele um grande contributo para a vida pública madeirense, um perfil humano distinto, um estratego desesperadamente necessário na luta democrática para travar um jardinismo que à época secava os últimos rebentos da floresta plantada em Abril. António Trindade, que poucos anos antes ia correndo os social-democratas da Câmara do Funchal, fez outra opção de vida. Com todo o direito, mas infelizmente para a Madeira. Só que, desde então, o PS-M passou por momentos bons e momentos maus e não se viu aquele antigo dirigente dos tempos da Rua do Surdo vir tentar aproveitar os ares favoráveis para chegar acima.

Nesta fase política, de provável arranque para uma nova onda socialista com António Costa na crista, e em que o PPD-Madeira se esfrangalha internamente a cada dia que passa - eis Bernardo a pôr-se em bicos-de-pés para insinuar a sua existência de socialista. 
Bom: que Victor Freitas e Carlos Pereira se entendam a ver qual deles deve ser candidato a presidente do governo, nada mais natural. Podem até concertar posições, porque a nosso ver são complementares. Cada qual tem as suas características políticas, cada qual tem as suas competências - bem distintas de um para outro, o que enriquece o campo das alternativas. Carlos Pereira é inegavelmente o deputado mais interveniente de todas as bancadas parlamentares, com um capital de projectos que um dia serão reactivados, auguramos. Mas, além de tudo isto, tanto Carlos Pereira como Victor Freitas têm enfrentado a política troglodita laranja. Ali, olhos nos olhos. Braço a braço. Claro que não estamos a considerar, nesta abordagem, as práticas políticas correntes da direcção socialista. Isso é outra matéria.


Pelo que vimos dizendo é que nos resignamos a levar este domingo ao Leitor uma não-opinião. Porque... o drama mais chocante é que Bernardo Trindade, na pseudo-entrevista, faz que aborda mas afinal não aborda nada as insinuações da capa da entrevista. Ele fala sem falar. É uma entrevista não-entrevista.
Respostas com as reservas de sempre, apesar de Sandra Cardoso não ter sido severa nas perguntas colocadas. Respostas que entendemos como tal graças ao negrito/claro e à disposição gráfica, não pelos conteúdos. 
Eu vou, mas 'se'. E mesmo indo 'se', primeiro vou ver 'se'. 
Faz lembrar chefe Jardim quando queria concorrer a líder nacional do PSD com a condição de não haver nenhum outro candidato no terreno. Hilariante.
Tudo numa base do 'se' que reduziu duas páginas do DN a uma entendiante não-entrevista, que tivemos de ler até ao fim para confirmarmos se dali não saía mesmo nada.
A jornalista pergunta se Victor Freitas é um bom candidato a presidente do governo. O entrevistado "escusa-se a responder". Apenas mais umas palavras gagas para concluir: "Qual o receio?" [das primárias]. Não é coisa com coisa.
E estará Bernardo disposto a "entrar na corrida" dentro do PS-M? Aqui ele "é cauteloso", escreve a jornalista. Ele diz que só responde a essa questão "se e quando ela se colocar". 
Raios, e quando é isso?
Coligações? "Não nos podemos coligar com todos." Estamos esclarecidos.
Seguem-se umas banalidades sobre a situação interna do PS nacional. De dormir a sono solto. Bernardo diz a dado passo que procura na vida ser coerente. Pois a não-entrevista é coerente do princípio ao fim: um vazio pegado em duas páginas!
E volta-se à vaca fria regional. Com estas estrondosas originalidades: 
- a Madeira viverá em 2015 "um momento político sem precedentes"
- depois de 30 anos de poder PSD, "o desafio é enorme para quem lhe suceder"
- o debate tem de ser dentro e fora do PS em busca de uma solução séria de governo para a Madeira
- mais do que falar em nomes, o PS deve é estar preparado para... blá blá
- sobre contestação... a questão não deve ser colocada sob a forma de contestação...
- tudo na vida é um processo e o PS tem que estar disponível para continuá-lo

Tragédia barra terror, como o Leitor vê.
Bernardo foge a dizer se Victor Freitas é ou não um bom candidato a presidente do governo?, pergunta a entrevistadora. 
Não senhor, o entrevistado garante que não foge a nada. Após o que foge a 7 pés.
A jornalista pergunta ainda se o fenómeno António Costa se propagará à Madeira, com um Luís Amado ou mesmo o próprio Bernardo. Resposta: "A questão e o momento como percebeu são muito sérios." 
Estamos percebidos. Mas há mais.
Por aí abaixo, é Bernardo a fazer as perguntas. Sim senhor. Ele pergunta que modelo de governação deve ter a Madeira. Que tipo de entendimentos o PS deve privilegiar. E com quem esses entendimentos. Que relação deve ser construída com o governo da República. Como devolver a esperança a madeirenses e porto-santenses. 
Podemos estar a ver mal a coisa. Mas não era isso que gostaríamos de saber da boca de Bernardo, já que nos quer governar? A gente é que tem de lhe dizer como é?
- Oh Bernardo! - parece que estamos a ouvir Sandra Cardoso gritar - Num cenário de primárias, você avança ou não, porra?!
E lá vem nova não-resposta: "Mais uma vez, não queimemos etapas. Na altura própria, se a questão se vier a colocar, responderei à pergunta."
Ora, não percebemos de que estão à espera para resolver o caso, já que as primárias nacionais do PS são a 28 de Setembro - por acaso aniversário da 'maioria silenciosa'. 
Bernardo nada disse, mais uma vez. Mas fica registada aquela do 'não queimar etapas'. Essa, sim, profunda.

Poupamos o leitor ao resto das duas páginas. Porque a não-entrevista continua com Bernardo a dizer ideias com quase 40 anos, como por exemplo fazer os madeirenses reconhecerem no PS uma alternativa. Ele então declara que esse é o trabalho a fazer. Mas não indica de que forma. Com tanto espaço que tinha para encher no DN!
Como? O Leitor, já agora, exige conhecer o resto da entrevista? Caro Amigo, pegue na edição de ontem do Diário. Não vou estar aqui a perder este sol do domingo para explicar o que diz Bernardo Trindade sobre a corrida interna no PPD, a "confusão na Câmara do Funchal", "o carácter abrangente da actividade turística", a importância de o País ter o seu PENT, sem esquecer o trabalho meritório do actual SET e "as dificuldades de ser filho de António Trindade".

A moral da história é esta: com as hesitações que vemos de cima a baixo, só falta Bernardo anunciar que, se houver primárias, apresenta candidatura... na condição de lhe garantirem sob palavra de honra que ele vai ganhar.
Perante esta não-entrevista, não pudemos ir além de uma não-opinião, este domingo. 
Mas deixamos uma palavra ao Dr. Bernardo Trindade. Sol na eira e chuva no nabal só nos contos. Para liderar um partido não chega uma gravata de marca e um casaco de quadro. É preciso andar também cá por baixo, e muito tempo. Com pachorra e muito estômago. O Dr. Bernardo precisa de libertar o seu nervo político e as potencialidades de liderança. Tem muito tempo pela frente para o fazer. 
Enfim, da forma como jaz o PS, não há volta a dar na informação do dia-a-dia: Delfins para baixo.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

MACHICO


FACHOS ACENDEM-SE ESTE SÁBADO



Este grande espectáculo acontece todos os anos no último fim-de-semana de Agosto, integrado na Festa do Santíssimo Sacramento. 
Na noite deste sábado, pelas 9 da noite, a juventude de Machico orientada pelos mais idosos dá início ao acender dos fachos, espectáculo literalmente incandescente e abrasador. 
As encostas das montanhas sobranceiras ao vale da freguesia piscatória machiquense tornam-se cenários engalanados com motivos alusivos a esta festa única na Madeira, deliciando o olhar dos milhares de visitantes que todos os anos acorrem à cidade.






Texto e fotos (arquivo): Manuel Nicolau

CONSTRUÇÃO CIVIL



JAIME RAMOS PEDE UNIDADE
CONTRA LOBBIES DA 'TERRA QUEIMADA'





O presidente da Assicom pede aos madeirenses uma luta empenhada contra os que "dizem mal" da construção civil - "certos lobbies sem escrúpulos, sem princípios e sem carácter". No tempo de antena da Associação, esta tarde às 13 na RDP, Jaime Ramos falou de reuniões que mantém com as câmaras, a começar por Santa Cruz e Funchal. Anunciou também uma linha de crédito para ajudar os proprietários de casas abertos à reabilitação urbana



O presidente da Assicom - Associação da Indústria, Comércio, Obras Públicas e Imobiliário - apela para uma unidade entre os madeirenses para "contrariar os lobbies políticos que, sem escrúpulos, sem carácter e sem princípios, fazem uma campanha contra a contrução civil" e actividades afins.
"Essa gentinha o que quer, como diz o povo, é um estado de terra queimada, essa gentinha quer destruir tudo aquilo que foi feito pelo sector". É a opinião de Jaime Ramos, manifestada no tempo de antena da Assicom transmitido ao princípio da tarde na RDP.
Para o também secretário-geral e líder parlamentar do PPD, é hoje preciso, mais do que nunca, "estar atento" e "aproveitar as oportunidades que a economia dá". Por exemplo, a nova legislação de reabilitação urbana, que permite a reconstrução dos edifícios que tenham mais de 30 anos fora das zonas históricas, e os de menos de 30 anos dentro das zonas históricas. 
"É uma oportunidade para as micro-empresas da construção", anima Jaime. E trabalho para as profissões que dependem da construção, como serralheiros, pintores, estufadores, canalizadores, carpinteiros.
A Assicom até já esteve reunida com a Câmara de Santa Cruz, pedindo um levantamento exaustivo dos edifícios que tenham mais de 30 anos - a fim de abordar e sensibilizar os proprietários para a recuperação necessária. O que deve ser feito com urgência, diz Jaime.
Para esta semana, a Associação também tinha marcada reunião com a Câmara do Funchal, com os mesmo fins, devendo seguir-se o processo nas restantes autarquias da Região. Jaime Ramos entende que as câmaras devem ser céleres nestas diligências enquadradas na reconstrução urbana. 


Linha de crédito para proprietários

E os proprietários sem verba para as obras propostas? Para esses casos, Jaime anuncia um protocolo pronto a assinar com uma instituição bancária nacional em ordem a facilitar uma linha de crédito própria de modo a que os proprietários possam fazer os seus pagamentos aos pequenos e médios construtores futuramente envolvidos nos trabalhos de reabilitação urbana.
Por este caminho indicado pela Assicom, poderão os 10 mil trabalhadores do sector actualmente desempregados regressar ao activo no ano de 2015. A construção e o turismo são os dois sectores nucleares da economia da Madeira - lembrou a propósito Jaime Ramos no tempo de antena. 
"Aliás, o turismo está intimamente ligado à construção", sublinhou o presidente da Assicom. "Há dias, quando verifiquei que aqueles senhores sem princípios, sem carácter e sem escrúpulos, falavam contra a construção cicil e contra o comércio... a ignorância desses senhores dá-me vontade de rir. O comércio só funciona, tanto nos víveres como no vestuário, se as pessoas tiverem capacidade financeira e económica, se tiverem trabalho, portanto. Desde a II Guerra Mundial, tanto na Europa, como em Portugal, Madeira e Açores, a construção civil tem sido o motor do desenvolvimento económico."
Jaime insiste: só com emprego as pessoas têm dinheiro para dinamizar o comércio. Devem pois os madeirenses e os porto-santenses estar unidos contra os que "dizem mal diariamente da construção". Em nome do emprego e da estabilidade de vida das pessoas.
Segundo números apresentados pelo líder da Assicom, há na Região 20 mil famílias que dependem da construção, indústria, comércio e imobiliário e mais 10 mil que dependem indirectamente. Isto é, 40% do total de 80 mil famílias.  


Jaime apronta candidatura no PPD

Extra-Assicom, a informação a correr hoje pelo Funchal é que Jaime Ramos tem tudo pronto para entregar no PPD a sua candidatura à liderança do partido. Sabe-se que as assinaturas andam a ser recolhidas há muito. Com aceleração nos últimos dias em terras de Câmara de Lobos.
Também já ouvimos dizer que Jaime prefere esperar pelo último dia do prazo de entrega, para manter a expectativa.
Um mistério... à Jaime.

PORTO SANTO


Apresentamos o texto de uma petição já posta a circular, da iniciativa do presidente da Câmara do Porto Santo, que tem por objectivo fazer recuar a peregrina ideia da Porto Santo Line sobre o cartão de residente.




Apoie esta Petição. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.



Contra o "Cartão de Residente" da Porto Santo Line

Para: Exmo. Senhor Provedor de Justiça e demais entidades,

Caras e Caros cidadãos,

O “Cartão de Residente,” ora exigido aos passageiros, foi recentemente implementado pela empresa, concessionária, a sociedade comercial por quotas, denominada “Porto Santo Line – Transportes Marítimos, Lda,” no Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Regular de Passageiros e Mercadorias por Via Marítima entre Funchal e Porto Santo, em que a Concedente é a Região Autónoma da Madeira, que vigora desde 12 de Novembro de 1995 (vide Resolução 1640/2006 in JORAM).

O “Cartão de Residente” é ilegal e constitui um grande entrave ao desenvolvimento do Porto Santo, porquanto viola frontalmente a Legislação e Objetivos da União Europeia para os Transportes Marítimos, bem como, põe em causa a estratégia marítima para a União Europeia, em particular no que diz respeito às Regiões Ultraperiféricas.

Na verdade, o concedente e a concessionária não ignoram – com culpa - que esta medida é restritiva da liberdade de circulação de pessoas, bens, serviços, e cerceia a liberdade de estabelecimento.

Além disso, esta medida, perniciosa, é desincentivadora da vinda frequente de madeirenses e porto-santenses ao Porto Santo, é contra o alargamento do mercado interno ao transporte marítimo e a criação de um espaço europeu de transporte marítimo sem barreiras, que constituem um objetivo essencial de Portugal e da União Europeia, com vista a reforçar a posição do modo marítimo, no contexto do sistema de transportes, como alternativa e complemento de outros modos, numa cadeia porta-a-porta.

O transporte marítimo de curta distância, no caso concreto do Porto Santo e da Madeira, é de vital importância à economia local e ao tecido empresarial manter as ligações frequentes e regulares às duas ilhas europeias, não descurando o desenvolvimento económico das regiões periféricas.

Com a referida medida, restritiva, a “Porto Santo line” está seguir uma política de transportes marítimos inversa, ou seja, está a prejudicar severamente a existência de boas ligações de transporte com os principais fornecedores e mercados da Madeira e do Continente, e, no caso das ilhas do Porto Santo e da Madeira, põe em causa a prestação de serviços de ferry fiáveis e de qualidade, que contribuam para o esbatimento da sazonalidade.

Com efeito, os passageiros que não sejam portadores do dito “cartão de residente,” donde se destacam uma grande maioria de madeirenses e porto-santenses, os quais trabalham habitualmente na Madeira ou no Continente, deixam de poder usufruir plenamente das vantagens comerciais e sociais de um transporte marítimo seguro, eficiente e fiável, assim como, ficam privados dos seus direitos de cidadania, consagrados na Constituição da República Portuguesa e na lei civil.

A empresa concessionária, que conta com o apoio e colaboração da Junta de Freguesia do Porto Santo e com a autorização do Governo Regional da Madeira, para implementar o “cartão de residente,” está a violar frontalmente o princípio da igualdade previsto no art. 13.º da Constituição, (C.R.P.), introduzindo uma medida que, além de desnecessária, desadequada e desproporcional, discrimina negativamente os cidadãos que não tenham residência permanente no Porto Santo.

Ao abordar as questões relacionadas com liberdade de circulação de pessoa, bens, serviços, capitais, de estabelecimento, a concorrência, a segurança, a tecnologia, a formação e a infra­estrutura física, de uma forma incoerente e desigual, a Concessionária está atentar contra o reforço dos direitos dos passageiros, e, aliás, põe em causa a qualidade do serviço público subjacente ao contrato de concessão de transportes marítimos entre as duas Ilhas.

O Governo Regional da RAM e a “Portosantoline”, com a implementação destas medidas estão a isolar o Porto Santo do resto do Mundo, pondo em causa as prioridades da política marítima comunitária, principalmente o desenvolvimento do transporte marítimo de curta distância e a melhoria das ligações entre Porto Santo e Madeira, enquanto vector essencial do desenvolvimento sustentável, e a promoção das «auto-estradas do Mar», e duma estratégia integrada visando o reforço da competitividade do transporte marítimo comunitário.

Além disso, Concedente e Concessionária estão a proceder contra a liberalização total desses serviços de transporte marítimo, conforme prevê o Regulamento (CEE) n°3577/92 e demais legislação aplicável, que regulam a cabotagem marítima, (direito dos operadores prestarem serviços entre dois portos de um mesmo Estado-Membro), que também prevê disposições especiais em matéria de concessão de subvenções públicas para prestação de serviços de transporte de, para ou entre ilhas - se necessário e desde que tenham sido concedidas de forma transparente e não-discriminatória - o Tratado CE limita a prestação de serviços de transporte pelo sector público aos casos de disfuncionamento do mercado e proíbe as subvenções susceptíveis de criar distorções indevidas da concorrência.

Para terminar, existe um cartão de cidadão e/ou um Bilhete de Identidade, documento oficial legalmente previsto, que faz fé pública perante as entidades e atesta a residência dos cidadãos, pelo que, face ao exposto, a referida medida é ilegal, inconstitucional e atentatória dos mais elementares princípios, maxime da liberdade de circulação de pessoas, bens, serviços, capitais e de estabelecimento, que norteiam um mercado único e livre da União Europeia.
Porto Santo, 27 de Agosto de 2014
Filipe Emanuel Menezes De Oliveira
(Presidente da Câmara Municipal do Porto Santo)

SUCESSÃO EM DELÍRIO


DELFINS QUEIXOSOS NÃO SE QUEIXAM
- JARDIM PODE RESOLVER E NÃO RESOLVE

Os Delfins estão a sair do sério. Jaime e Jardim riem-se com vontade. E os laranjas agora que digam mal dos chefes das outras cores, que perante o descalabro na crónica maioria continuam regalados com as férias. Oposição amiga...

Para preencher a pré-campanha no Laranjal, confunde-se a apresentação de projectos com as peças humorísticas. E vai-se especulando sobre especulações.  


A corrida à liderança do PPD-Madeira soma originalidades todos os dias. Ao velho estilo de tasca 'se não há problemas, arranjam-se'.
Ora, com o debate de ideias nas ruas da amargura e com a criatividade abaixo de zero, poucos no Delfinário encontraram fórmula razoável para manter com alguma dinâmica uma pré-campanha precoce, já sob ameaça de se arrastar até 19 de Dezembro em agonia, ao ritmo do relógio de repetição.
Nesta fase do processo, especula-se acerca de especulações, mandadas ao ar para 'encher chouriço'. E os Delfins, em lugar de se distanciarem do que não seja divulgação e debate de programas sérios, encarreiram no esquema. Não é difícil antever o resultado de especular sobre uma especulação. Um conselho de alpercatas. Desgaste dos protagonistas. Perda de credibilidade dos ditos. Desmobilização dos militantes.
Sim, é evidente que Jaime e Jardim quebram a cabeça em busca de milagre que os mantenha de partido na mão. Apostamos nisso. Para eles, até outro 20 de Fevereiro seria bem-vindo. Mas não passa de quebrar a cabeça. As voltas e as reviravoltas dos dois dinossauros servem-nos para fazer humor. Como, de resto, eles ambos também estão a fazer, que devem rir alarvemente pelas partidas pregadas aos "pequenos doutores que querem mandar nisto".
Não há dúvidas. Chegou-se a um ponto em que na saga dos Delfins se confunde o noticiário real com o acompanhamento humorístico à margem do processo.
Há duas situações a destacar uma da outra. Uma interessa aos Delfins. Que é lutar pela posse da identificação dos militantes que irão votar dia 19 de Dezembro. Um mar de queixas da parte de alguns, com saliência para João Cunha e Silva, nos últimos dias. Sucedem-se da vice-presidência para fora denúncias contra o Secretariado de Jaime Ramos. E há mais quem se queixe. Onde? Na imprensa. Na blogosfera. No face. 
O método correcto não seria chegar ao partido e formalmente apresentar a queixa ao Conselho de Jurisdição (CJ)? A esse órgão compete pronunciar-se a respeito de eventuais ilegalidades de outros órgãos internos. 
Quem pode apresentar queixa? Por exemplo, um órgão do partido (Cunha e Silva até preside ao conselho regional) ou um grupo de 20 militantes. Para quem tem duas mil e umas quantas assinaturas!...
Na história das listas negadas, o CJ, caso chamado a isso, teria de se assumir, verificando o caso para se pronunciar pela ilegalidade ou não da postura do Secretariado. Caso o CJ fosse de opinião que há ilegalidade, pois os alegados prejudicados teriam de se dirigir ao presidente do partido pedindo cobro a ela, ilegalidade. Após o que, se necessário, seguiria queixa para tribunal.
É que - segunda situação e esta servindo os interesses de Jardim -, quem manda no partido é o seu presidente. Assim, perante um parecer do CJ segundo o qual o Secretariado estivesse a sonegar elementos aos candidatos, o líder, que é quem manda no partido e nos funcionários do partido, obrigaria estes a entregarem as listas com informação sobre os filiados, aos candidatos assumidos. Sem apelo nem agravo.
Se Jardim sabe que tem esse poder nas mãos e não actua, preferindo divertir-se com a aflição dos seus potenciais sucessores, tem sustentação para isso: não recebeu nenhuma informação oficial a pedir a sua intervenção. Tão simples que é. 
O homem, contendo uma cínica gargalhada, dirá que não pode governar o partido baseado no que andam a dizer no facebook ou pelos enchidos em papel. 
Enfim.
Há um pormenor que hábitos de anos fizeram esquecer ou adulterar: os ficheiros de militantes do PPD-Madeira são propriedade do partido e não do secretariado do partido. A plebe habitou-se a que Jaime Ramos manda em tudo, mas não é assim.
Também cabe ao presidente a tutela dos funcionários. Que dependem do partido e não do secretariado. Jardim manda um deles entregar as fichas dos militantes e ele cumpre, sob pena de despedimento. 
Mas... o chefe iria contrariar o comportamento de Jaime? E depois divertia-se com quê?
Dentro de semanas, porém, o secretário-geral terá de afixar os nomes dos militantes com direito a voto - dentro do prazo indicado pelo regulamento. Disso não poderá escapar.
O regulamento do PSD nacional manda, desde 2005, que as listas de filiados seja disponibilizada sem restrições aos candidatos à liderança - com nome, morada e telefone. E sem prazos.
Assim vai peregrinando a pré-campanha no Delfinário. Delfins que dizem ter queixas... para consumo mediático. Aliás, queixas vulgarizadas pelo uso exagerado. Assim vai Jardim, que nada resolve quando num ápice podia arrumar com o clima de suspeição criado por especulações de que ele também se queixa, como hoje no JM. Esmorecido a rir, claro.
Perante o estado a que chegou este partido maioritário, uma oposição que encurtasse ligeiramente o tempo de banhos faria milagres. Mas são pessoas altruístas que não se querem aproveitar do mal em casa alheia. Revolta a forma como o PPD tratou as cores adversárias, em quase 40 anos. Mas, que diabo, não somos bichos.

CANDIDATURA DE SÉRGIO JÁ HOMOLOGADA



O secretariado do PPD já confirmou a validade de 101 assinaturas proponentes da candidatura de Sérgio Marques. O documento de Sérgio foi entregue segunda-feira na Rua dos Netos.
Falta o despacho. Mas já se pode considerar a existência no terreno de quatro candidatos à sucessão de Jardim. Falta Miguel de Sousa. Quanto a Jaime Ramos, só se saberá no último dia do prazo. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DELFINS


ALBUQUERQUE DIZ QUE RUMORES
SÃO PARA DESMOBILIZAR MILITANTES

O ex-presidente da Câmara do Funchal e candidato à liderança do PPD também se demarca de supostos rumores sobre 'golpadas'


VERÃO LOUCO


'FÉRIAS' DO SUA EXCELÊNCIA
EM CONTAGEM DECRESCENTE

O viajante mais frequente da Madeira regressa domingo ao Funchal das suas... como dizer, das suas férias no Porto Santo. Julga-se que para o ano Meio Chefe dará preferência ao Lido. O homem também está farto de tanto areal.

Lá vem o fadário de aturar outra vez
estes psicopatas do Funchal!



Segundo o nosso K-Arara, aquilo é que vai um rebuliço lá para cima nas Angústias! O Rei regressa à Tabanca no próximo domingo, trocando a dacha que lhe pagamos todos os verões pelo centro de dia tribal.
De maneira que, enquanto não inventar mais umas reuniões em Bruxelas, terá de ficar a virar o resto do juízo às araras da Quinta.
O homem vem do Porto Santo a bordo do Lobo Marinho, já que, mesmo sem cartão de residente na pequena ilha, viaja à borla, por cortesia do nosso Amigo Luís Miguel. 
Já estão reservados os necessários lugares na 1.ª classe, com muito uísque e gelo armazenado, além de umas caixas de lagosta que ficaram do recente almoço dos ditos-cujos a bordo do simpático navio.
Quase apostamos que, por coincidência, os empresários da PSL estarão a bordo na mesma viagem.
Agora que está divulgada esta 'operação regresso', calculamos que no domingo se concentrará na rampa da Pontinha uma multidão de admiradores da Corte, quanto mais não seja para ver a azáfama dos sopeiros das Angústias a tratar daquele ferro velho todo, incluindo churrasqueiro, da bagagem oficialista.
Da nossa parte, as boas-vindas ao sua excelência. 
Nem sequer perguntamos como será o esquema de férias para o ano, porque, sem cadeira presidencial de onde mandar postas de pescada, não há direito a borlas, logo não haverá navio de cortesia nem dacha gratuita - e logo há férias 2015 em perigo.
Esperemos que nessa altura o Lido esteja pronto. O homem também já está farto de tanto areal, tanto Bar do Henrique, tanto Posto Avançado da Democracia, tanto trabalho a chatear os fins de tarde na delegação do governo. Tem sido cada Verão!


DELFINS


MANUEL ANTÓNIO REJEITA 
ADIAMENTO DAS INTERNAS


O candidato à liderança do PPD diz-se alheio a uma local que aventa hoje "eventuais impugnações" na corrida interna com suposta mudança da data eleitoral. 



CARTÃO DE RESIDENTE


SILÊNCIO DE JARDIM E MENEZES
INTRIGA E REVOLTA PORTO-SANTENSES



Uma chuva de reclamações continua desabando aqui no pobre 'Fénix'. "Sabem da humilhação, dos prejuízos e incómodos que a Porto Santo Line impõe aos porto-santenses e não resolvem nada", é a crítica mais frequente que nos fazem.

Senhores, que podemos fazer para resolver o problema inventado por Luís Miguel de Sousa? Não somos executivos, apenas relatamos factos com interesse jornalístico, acrescentando-lhes pontos de vista.
Mas insistem. Lembrando-nos do Porto Santo para cá que o presidente da Câmara é um espalha-brasas quando quer, mas que, até agora, para lá de ameaçar organizar uma acção popular para travar a história do cartão de residente como condição de desconto nas viagens do Lobo Marinho, ele, o presidente Filipe Menezes, anda com a viola metida no saco. "Será que está preso pelo rabo por causa do cabrão de algum calote municipal aos Sousas?" - praguejam nas invectivas que nos dirigem.
E nós é que sabemos se o Menezes está nas mãos dos Sousas do navio? - respondemos com candura. Apanhando logo com esta: "E não sabem aí que o Menezes, em vez de resolver estes problemas que apoquentam verdadeiramente o munícipe, gasta o tempo das reuniões de câmara discutindo se é de dar licença até às duas da manhã a esta barraca, se é de licenciar até às três horas aquela tasca de Verão...? Mais esta barraca de vinho, mais outra barraca de bolo do caco... E não sabem que a próxima sessão municipal é destinada a essas m... outra vez? Até já chamam o Porto Santo a ilha da barracada!"
Por acaso não sabíamos. Aliás, se calhar são assuntos com prazos que o presidente socialista precisa de resolver atempadamente - arriscamos. Apanhando sem perda de tempo: "São todos iguais. Todos sabem destas porcarias e ninguém diz nada, ninguém faz nada. Não sabem também que o Idalino Vasconcelos da Junta ganha com isto? Aquilo a 2 euros e meio para passar um atestado de residência é uma receita caída do céu. Bichas e bichas de povo a tirar atestado para ir à Porto Santo Line. Daí ele andar de bico calado. É que as duas funcionárias não dão vencimento a passar papelada, senão a junta de freguesia estava rica."
De facto, soubemos que o social-democrata Idalino ouve das boas por onde passa, sob a suspeita de estar conluiado também com os Sousas. Versão em que não acreditamos.
"Ora, como é que podem acreditar se são todos a mesma m..., farinha do mesmo saco?", vilipendiam-nos os prejudicados pela exigência da Porto Santo Line. "Vocês nem sequer falam do silêncio do presidente do governo que anda aí na ilha tomando uns copos e a mostrar exposições com obras no Porto Santo e que escreve todos os dias no jornal sobre o Porto Santo, para ver se a gente lhe dá palmas quando vai beber cerveja ao Bar do Henrique, para ver se a gente organiza uma manifestação a pedir que ele se recandidate. Vocês e ele que... [expressão impublicável] Ele diz que faz isto, fez aquilo, mostra obras de caca já fora de uso, é o faz tudo, mas aqui, nos assuntos em que deve intervir, faz um manguito aos habitantes da ilha, como fez naquelas eleições... quando levou na p... por causa disso. Levem esse g... aí para o Funchal, que estamos fartos dele!"
Como já dissemos, compreendemos a indignação dos nossos Amigos porto-santenses. Como dizia Roberto Silva no comício daquele sábado à noite, "é uma vergonha os porto-santenses terem de provar na sua própria terra que são residentes na sua terra".
A crítica do deputado social-democrata aponta, como se sabe, ao presidente da Câmara, que, na opinião de Roberto, é uma figura sem voz, a quem ninguém dá crédito, e que, portanto, não consegue resolver problema nenhum do município.
Verdade seja dita, esta ideia de Luís Miguel de Sousa - ser a Porto Santo Line a dizer quem tem direito ou não a cartão de residente, para acabar os abusos nos bilhetes mais baratos - esta ideia esteve para ser levada à prática em 2010. Só que o poder na ilha era laranja. Roberto Silva mexeu-se na altura e o governo, ao contrário do que acontece na actualidade, resolver agir, dissuadindo a PSL de avançar com a peregrina restrição. Quando a cor é a mesma, tudo é mais 'fácil'...
Claro que Roberto tinha de intervir. Foi ele a incentivar cidadãos fora do Porto Santo a criar uma segunda casa na ilha. Para isso contando com as facilidades das passagens, como compensação do impulso que imprimiam à economia local, aos níveis da construção civil, pagamento de taxas e consumo comercial nas suas estadas temporárias. Confiantes em Roberto, muitos forasteiros se tornaram porto-santenses de segunda linha. A realidade hoje é que, quando são 5700 os habitantes, há 700 pessoas de fora com segunda habitação na ilha, algumas do Continente, mas a grande parte da Madeira. 
Perdendo, como é o caso actual, os incentivos para viajar, essas pessoas da segunda habitação, que iam 3, 4 e mais vezes ao Porto Santo por ano, retraem-se, deixando de tirar proveito do seu investimento e prejudicando ainda mais a já depauperada economia da ilha.
Roberto está metido na situação até ao pescoço e não temos a menor dúvida de que, se o PS e o CDS avançarem mesmo com projectos na Assembleia Legislativa favoráveis aos porto-santenses (e contra o cartão de residente), mesmo que numa situação dessas o PPD vote ao lado da PSL, será nesse dia que o Laranjal não terá maioria, porque ele, Roberto, provavelmente seguido por outros deputados social-democratas, mandará a disciplina de voto às urtigas.
Da nossa parte - e não é para ficarmos bem vistos com os revoltados porto-santenses - continuamos sem perceber o raio do poderio daquele Grupo Sousa - bom proveito. Chutaram o Armas para longe e mandam no mar a ponto de, qualquer dia, precisarmos todos de cartão, passado pelos Sousas, para darmos um mergulho do calhau para lá. Fazem o que querem da RTP-Madeira, onde aliás colocaram dois agentes da sua confiança. Para eles, não há PDM que defenda o outrora sagrado areal. Com a breca!
Serão bons empresários. Mas que diabo, daí a se arvorarem em 'loja do cidadão' com autoridade para passar cartões de identidade, porra, achamos demais, Amigo Luís Miguel. Sim, é preciso haver controlo, para evitar benefícios a falsos residentes no Porto Santo. Mas um atestado da junta deveria ser suficiente para as identificações. Agora um empresário a passar cartão ao povo!
A PSL diz que zela pelos seus interesses porque o governo regional não entra com verba nenhuma para preencher a baixa de tarifa residente. Podia-se ver, mais um subsídio do governo para a companhia! Já não chega tanta isenção? Ou há necessidade de capital fresco para mais um investimento naval em Lisboa?
Voltando ao desprezo a que o sua excelência, na opinião dos prejudicados, votou este assunto que agita o Porto Santo, terra onde ele passa férias estes dias, aparentemente sem se aperceber de nada, não devemos ser injustos. O homem até se encontrou com os empresários da PSL. E logo no centro do vulcão, o Lobo Marinho, salão de 1.ª classe e arredores. Sendo razoável acreditar que o assunto em causa era para ser falado. Só que, já se sabe como estas coisas são no estio: copo puxa copo, paleio puxa bilhardice, e quando os fulanos deram por si, tinham de sair à pressa do Lobo, porque a viagem para o Funchal seria daí a minutos. De modo que o assunto ficou a boiar, desalentado, no porto de abrigo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

DELFINS


REGISTOS DA FORMALIZAÇÃO 
DA CANDIDATURA DE SÉRGIO

Sérgio observa, e muito bem observado, que contra as expectativas o pequeno David bateu o gigante Golias.

Sem grande aparato, de acordo com o seu estilo sóbrio, objectivo e natural, Sérgio Marques deslocou-se esta segunda-feira à sede laranja na Rua dos Netos, para formalizar a candidatura à liderança do PPD.
Sérgio tornou-se no quarto candidato oficial, faltando agora Miguel de Sousa e, presume-se, Jaime Ramos.
Embora sem alarde exagerado nem figuras partidárias de topo, a operação na secretaria dos social-democratas decorreu animada com tónica mobilizadora, com muitos militantes a manifestar apoio à candidatura do antigo eurodeputado.
Na circunstância, Sérgio Marques tornou a lamentar a diferença de oportunidades concedidas às várias candidaturas, referindo-se aos meios oficiais que têm estado ao dispor da campanha de João Cunha e Silva e de Manuel António Correia. 
No seguimento do raciocínio, comparou-se ao pequeno David que teve de enfrentar o gigante bíblico Golias. Sem se esquecer, e bem, de lembrar que, contra as expectativas, David conseguiu derrotar Golias.
Numa palavra se pode fazer o comentário possível a esta distância da ida às urnas: até ao lavar dos cestos é vindima.
Depois do acto de formalização da candidatura, Sérgio esteve com os seus apoiantes num bar da capital a celebrar os 40 anos de existência do partido que pretende liderar a partir de 2015, o PPD-Madeira.




















ÁRVORE DA RODA DO FOGO


Nome científico: Stenocarpus sinuatus
Nome vulgar: Árvore-da-roda-do-fogo
Porte: ÁrvoreFamília: ProteaceaeOrigem: Florestas costeiras do leste da Austrália Local das fotografias: Avenida Arriaga, cidade do Funchal, Ilha da Madeira



Árvore-da-roda-do-fogo (Stenocarpus sinuatus) – 26.08.2014

Texto e fotos: Raimundo Quintal

DELFINS


MANUEL ANTÓNIO PEDE MOBILIZAÇÃO GERAL
NA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA VENCEDOR




O secretário regional do Ambiente e candidato à liderança do PPD-M Manuel António Correia desafia militantes social-democratas e madeirenses em geral a participar com contributos próprios num programa de governo destinado a defender a maioria absoluta na Região em 2015.   




Reproduzimos o convite do candidato Manuel António:


"No âmbito da candidatura à liderança do PSD-Madeira, lançamos, nas plataformas digitais, uma recolha de contributos para a elaboração do programa.



Designado por "15 dias, 15 temas", este novo espaço de participação, para militantes, simpatizantes e sociedade civil, tem por objetivo promover e incentivar abordagens às diferentes áreas e setores de atividade, com o propósito de reunir contributos para um programa político assertivo, abrangente e identificado pela sociedade civil Madeirense.



Durante os próximos 15 dias, será lançado um tema por dia para discussão e partilha de opiniões. Queremos um programa amplamente participado.
Queremos um programa eficaz e arrojado.

Nesta candidatura, todos têm lugar!
O objetivo é apresentar um programa representativo das famílias, das empresas e das coletividades da Região.
Pretendemos um programa merecedor da confiança, primeiro dos sociais-democratas e, depois, dos Madeirenses, vencendo, com maioria absoluta, as eleições regionais de 2015.

Esta recolha de contributos poderá ser feita através das seguintes plataformas:
Página na internet: www.manuelantonio.pt
Facebook: https://www.facebook.com/manuelantoniorcorreia
Twitter:@mantonio2014
E-mail: info@manuelantonio.pt



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DELFINS


MIGUEL DE SOUSA APLICA A CUNHA E SILVA
A MAIS SOLENE BORDOADA DA PRÉ-CAMPANHA


O primeiro Delfim do longo processo da sucessão carrega na campanha e na fuzilaria sobre a vice-presidência.


Em vez de governar, diz a candidatura 'Pela Madeira', Cunha e Silva preocupa-se com assinaturas e em perseguir militantes dependentes da vice-presidência. O impiedoso ataque de Miguel de Sousa fala de uma postura doentia, repugnante e baixa. Mas... passemos ao discurso directo. 




"Cunha e Silva está mais preocupado com as assinaturas das candidaturas do que com a governação. Com tanto para corrigir na governação regional, devia aproveitar ser o presidente do governo em exercício para mostrar do que seria capaz se fosse eleito.

Mas, obviamente, nada vai acontecer agora como não aconteceu antes, a não ser erros que já ninguém pode alterar, só a natureza e, mesmo assim, por daqui a muitos anos.
A preocupação máxima são as assinaturas que subscrevem as  candidaturas. Saber se algum dos militantes subscreveu mais do que uma candidatura.
Doentio. Repugnante. É esta a sua postura política e dos seus capatazes. Imagino a perseguição a que estarão submetidos os que tiveram a ousadia de subscrever a sua candidatura e a de outro candidato. A minha por exemplo. Como a repreensão a quem se atreveu a fazer um "gosto" em publicações minhas no FaceBook. É melhor não pedir identificação. Essa gente seria imolada. Escorraçada. São dependentes e não podem discordar.
Como os que Cunha e Silva sabe irem votar em mim mas, mesmo assim, obrigou-os a uma farsa sem dó nem piedade. É o vale tudo, como se as pessoas não tivessem dignidade, orgulho e independência própria de quem vive em liberdade, pensa por si e sabe o que é mau para a sua terra e para o seu futuro. E mau é, seguramente, esse feitio absurdo e baixo de perseguir, pressionar e amedrontar quem dele depende.
Imaginam quanto seria pior do que agora uma eventual liderança de Cunha e Silva?
Jaime Ramos pareceria um 'menino do coro' comparado com um regime de Cunha e Silva!


PS: Sabem quantos assessores da Vice-Presidência acompanharam Cunha e Silva na sua deslocação à sessão solene de São Vicente para um discurso de cinco minutos? Um carrão não chegou ! Alberto João Jardim costuma levar um."

Candidatura de Miguel Sousa
25 de Agosto de 2014