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quarta-feira, 20 de agosto de 2014


AAPEF - Trabalhos de Manutenção das Plantações - 23 de Agosto de 2014


Exactamente 4 anos depois do dramático incêndio que desde 13 de Agosto lavrou por alguns dias no maciço montanhoso central da ilha, tendo destruído grande parte do seu coberto vegetal, na passada 6ª feira o fogo devastou o Pico Escalvado, logo abaixo da área de plantação do Pico do Areeiro, onde temos trabalhado desde 2001 para acabar com o deserto de montanha, restaurando o coberto vegetal com espécies autóctones adaptadas às condições naturais daquela altitude.

Nas fotos abaixo pode-se ver a área atingida, que nesta altura era essencialmente coberta por manchas infestantes de giesta. Naturalmente terão sido também afectadas outras espécies, como as urzes, que nesta altura tentariam crescer entre a "asfixia" a que a invasiva giesta as condenou.

Mas, mais grave do que isso, nesta elevação que já evidenciava problemas sérios de desagregação da rocha exposta, numa vertente com declive directo sobre a cabeceira da Ribeira de Santa Luzia, o efeito de termoclastia resultante das elevadas temperaturas da passagem do incêndio terá agravado ainda mais este factor de risco.

Vista desde o Pico do Areeiro​, da vertente virada a nascente, vendo-se o início da Ribeira de Santa Luzia no fundo do vale, onde o incêndio deverá ter começado.


Vista da vertente virada para poente, vendo-se no lado esquerdo a zona de transição para o Pico do Cedro, onde o incêndio foi contido pelos bombeiros.




Tendo em conta os efeitos devastadores dos incêndios e a possibilidade da sua repetição poder-se-ia questionar se valerá a pena persistir no trabalho que realizamos há quase 13 anos nesta zona.

Para nós, tendo em conta a importância da recuperação da cobertura vegetal para a fixação do solo, facilitando a infiltração da água das chuvas e da precipitação de contacto com as nuvens, reduzindo a erosão e os factores de risco associados que cada vez mais têm ameaçado as povoações localizadas abaixo junto às fozes das ribeiras, a resposta é claramente afirmativa.

Para isso é necessário que os cidadãos da ilha se empenhem cada vez mais na defesa deste património natural inestimável, podendo fazê-lo através de trabalho voluntário no programa de actividades desta associação, em acções de plantação e sua manutenção, bem como na produção de plantas no viveiro instalado na Quinta Jardins do Lago.

Assim, este Sábado, 23 de Agosto, a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal realizará mais uma jornada de manutenção das plantações, no Pico do Areeiro e no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha, regando plantas, compondo as caldeiras à sua volta adicionando estilha, de forma a ajudá-las a enfrentar melhor este período de secura intensa até às primeiras chuvas de Outono. Além disso continuaremos o trabalho de remoção e controlo de algumas infestantes, nomeadamente a já referida giesta, carqueja e esteva.

Se deseja participar nesta actividade pode fazer a sua inscrição por e-mail — amigosdoparque@gmail.com — ou através do formulário de inscrição existente no blogue da Associação - http://goo.gl/wGk4rJ - até às 18:00 de 6ª feira.

Também o poderá fazer pelo telefone 291 783 999, quarta e sexta-feira, entre as 16:00 e as 18:00.

Se não puder participar, pode mesmo assim ajudar mantendo-se vigilante perante comportamentos de risco que por vezes suscitam situações graves como o incêndio de 6ª feira passada.


8 comentários:

Anónimo disse...

este trabalho é de fundamental importancia , continua contudo todo este esforço a ser posto em causa por incompetencia das entidades que têm de coordenar as ações de prevenção e de combate aos fogos florestais ,a Direção Regional de Florestas desapareceu embrulhada na reforma do seu director , a proteção civil parece só server para emprestar material a empresas de construção e dar tacho a desempregados do exercito e da politica , a Camara Municipal do Funchal com a sua politica facilitadora facilitas o fogo tendo já incendiado os bombeiros municipais.

Anónimo disse...

Vão acabar por terem que responder a um processo movido por uma empresa do Santo da Serra; um Diretor Regional e um Secretário Regional por estarem a fazer concorrência desleal. Porque eles querem mais incêndios para lucrarem com as reflorestações.

Antero Peixoto (funcionário bancário) disse...

Sr. Calisto, já reparou que repete o que o dr. Raimundo Quintal publica nos vários blogues que ele tem? Das duas uma: ou lemos os blogues do ambientalista ex-vereador do Funchal ou lemos aqui... Escolha meu caro Calisto

Anónimo disse...

Caro Calisto, Envio este comentário por esta via, porque não sei o seu E mail. Veja por favor a vergonha, que é o abastecimento de combustivel no Porto Santo, é mau para quem esta de férias mas e muito pior para a gente do Porto Santo. Nem em Africa. Um abraço

Anónimo disse...

Quem quiser uma boa acendalha para as nossas serras junte: Agostinho, Paulo e Manuel.

Anónimo disse...

Concordo!

Luís Calisto disse...

Caro Anónimo das 12.04

Tudo quanto seja acompanhar as preocupações cá da terra não é demais divulgar.
De modo que não sou eu quem tem a prerrogativa de escolher, mas sim o caro Comentador.
O importante é ler, independentemente da plataforma escolhida.
LC

Anónimo disse...

O anónimo das 14:00 se calhar queria dizer: Martinho; Paulo e Manuel.