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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Eleições no PSD-M


(Fotos GREGÓRIO CUNHA)

ALBUQUERQUE ELEITO LÍDER DO PSD
COM UMA VANTAGEM CONCLUDENTE






Jardim sai de cena vergado sob humilhante derrota. É Miguel Albuquerque a devolver-lhe, com todas as letras, o epíteto de "desempregado político"



Miguel Albuquerque sagrou-se hoje líder do Partido Social Democrata da Madeira, cargo em que será investido no dia 10 de Janeiro, quando da abertura do congresso laranja.

O antigo presidente da Câmara do Funchal recebeu os votos de 64,06% dos militantes que acorreram às urnas. Para o seu rival Manuel António 35,94%.

O resultado de hoje significa o fim do jardinismo que dominou, nos últimos 40 anos, tanto o PSD regional como a Madeira. 
A passagem de testemunho está longe de pacífica. O jardinismo morre como poder, mas persiste na vontade do seu mentor e intérprete. Jardim sai contra a sua vontade. E estaria hoje a disputar as eleições internas não fora o empate técnico da corrida que fez em 2012 contra Miguel Albuquerque. O receio de perder desta vez levou-o a indicar e apoiar um candidato emergente do seu governo, Manuel António Correia, que acabou derrotado nesta segunda volta eleitoral.
O ainda líder do partido desencadeou uma campanha anti-Albuquerque insistente, diária, utilizando para disparar as insinuações mais torpes nas páginas do Jornal da Madeira e nos próprios actos públicos em que participou. Ainda hoje, dia das eleições decisivas, o chefe 'despedido' publicava na última página do gratuito JM um comunicado rebatendo afirmações de Albuquerque no debate de sábado passado na TV, frente a Manuel António.
Mais gritante ainda foi a declaração pública de Jardim, já esta tarde, em plena zona da urna onde votou, prometendo luta no futuro a Miguel Albuquerque. Sem citar o nome, já que nem era preciso, referiu-se à "ameaça reaccionária" que se propõe entregar o poder aos "senhores do antigamente", em "subordinação a interesses económicos".
Sabe-se perfeitamente que Jardim se refere a Miguel Albuquerque porque é esse o seu discurso desde que o ex-autarca funchalense resolveu candidatar-se à liderança do partido.

Depois da luta obsessiva para, primeiramente, continuar a imperar na presidência das Angústias, e depois impedir o sucesso de Miguel Albuquerque, a conclusão é só essa: aquele que chefiou o PSD-M quase 40 anos sai humilhado com a dupla derrota.
E o assunto acaba aqui. Jardim é o passado. Hoje abrem-se as portas do futuro, rumo à implantação na Madeira de uma democracia normal. Porque, a não ser assim... a luta continua.

Miguel Albuquerque apresentou-se a estas eleições internas prometendo renovação, obviamente em ruptura com o escaqueirado jardinismo de que os militantes fugiam em passo de corrida.
"Renovação de mentalidades, de atitudes e de objectivos", acenava o agora vencedor no seu programa levado aos filiados social-democratas. Já nas eleições de 2012, depois de conhecida a vitória de Jardim 'por uma unha negra', Miguel afirmara: "Quebrei o falso unanimismo que desde há anos estava a estagnar a prática do nosso partido no seu pensamento, na sua postura, nas suas acções políticas." Era uma importante "abertura de novo ciclo no PSD-M" conseguida pelo "único candidato que desafiou a situação vigente".
À partida para as eleições do passado dia 19, agora complementadas com 2.ª volta, Albuquerque propunha-se transformar o partido, porque "a Região precisa de um PSD forte e consistente". E não de um PSD "distante dos interesses da população, apático e desmotivado".
O eleitorado viria sancionar a mudança de estilo na liderança da Rua dos Netos. De um estilo autoritário, arrogante, intolerante numa linha nova de "fazer política, onde se respeite a vontade do povo e a oposição por ele eleita", onde haja "capacidade para acolher e reflectir no que as pessoas comuns sentem e dizem".
Uma directa para Jardim: é preciso "acabar com a excepção que existe ao nível do País, não permitindo, na Madeira, que os políticos possam acumular a reforma com o vencimento público".
Enfim, Miguel Albuquerque veio prometer o recrutamento de "novos protagonistas políticos" tendo em vista a renovação do PSD-M com os mais capazes.
Os militantes do PSD-M ouviram Miguel Albuquerque. Agora, é hora de festejos. Ao nível regional, os olhos estão na noite de São Silvestre. O fogo de artifício e as garrafas de champanhe festejarão, mais do que os tempos que chegam, o enterro de um regime que se tornou intragável.
O derrotado de hoje, Manuel António, fez o máximo que estava ao seu alcance. Lançado por Jardim para responder ao primeiro anúncio de candidatura de Albuquerque, não conseguiu libertar-se desse estigma. Graças, sobretudo, à guerra que o chefe alimentou incessantemente contra o seu inimigo.
Quanto a Miguel Albuquerque, afinal não é ele o 'desempregado político' de que o chefe moribundo falava quando da saída daquele da Câmara do Funchal.



Miguel, Rui Abreu e demais operacionais quando a deliciosa vitória chegava aos bocados, de toda a Madeira.

8 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida!
O "Dr Mundinho" acaba de ganhar ao "Coronel Ramiro Bastos"!

Miss Take disse...

Alberto João Jardim, sempre presente. Porquê? Não concorreu, deixou de liderar o partido, é passado.
Os ex PSD estão felizes, a maioria dos PSD está feliz, os anti Alberto João estão felizes, óptimo, sejam todos felizes!

Anónimo disse...

Albuquerque faz parte do PSD de Jardim há várias décadas, continua a representar o Jardinismo.
Não serão os 2 últimos anos em que fez frente ao chefe, quando viu que não se podia candidatar mais a presidente da câmara, que irão branquear o seu passado
Ramos e companhia continuarão a mandar no PSD

Anónimo disse...

É, alguns felizes e o comentador Miss Take com uma azia do caraças...
Não se chateie, que ainda tem até dia 12 para as despedidas.

paulo disse...

Nao e este que e amigo do Passos Coelho? Vem ai a coligacao PPD/cds na Madeira, mas na regiao sera diferente.

Anónimo disse...

PPD de Albuquerque vai ganhar as regionais com mais vantagem do que Jardim.
Oposição está desorientada
Vitor Freitas vai ter votação tão curta qto a sua estatura e a pequenez da sua credibilidade.
CDS cresceu à custa das asneiras de Jardim, volta à sua escala normal.
Esquerda vai reduzir expressão , porque voto de protesto já não faz sentido.

Anónimo disse...

Grande Vitória do Partido! O Jaime contínua, é uma grande alegria para Povo! Ontem já podemos ver o Jaime filho abraçado ao Miguel. Viva à família Ramos que vai continuar a Mamar.. ups a Mandar!

Anónimo disse...

Pois Filipe Ramos andou perdido... Agora...espertinho... Mas esperemos que Albuquerque proponha a lei das incompatibilidades a par das reformas, etc. Mostre a tal coragem e ganha as Eleições. Oposição vale menos de 30%. Com boas políticas Maioria Absoluta à vista...