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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Eleições


LÍDER DO PSD-MADEIRA 
'COMPROU UMA GUERRA'


Miguel Albuquerque arranjou matéria para explicar, rápido e curto, ao eleitorado madeirense. Em entrevista ao Diário Económico, o candidato social-democrata à presidência do governo regional alinha pela austeridade que tem tornado tão atribulada a passagem de Passos Coelho pelo governo de Lisboa. Ora, por mais que este liberalismo gélido, nas circunstâncias nacionais e mundiais de hoje, pareça inevitável a Albuquerque - o que é extremamente discutível - a escolha do momento para o vir afirmar não poderia ser pior. Em nossa opinião, é claro.
Despedir gente, mesmo com as indemnizações da ordem?! Falar deste tema em plena pré-campanha?
Mas deixemos aos Leitores o trabalho de análise e de articular as conclusões das afirmações proferidas pelo presidente laranja regional, que certamente virá a público explicar melhor o seu pensamento.
Logo depois da entrevista, publicamos a reacção que Victor Freitas, rival de Albuquerque na corrida eleitoral, traz ao conhecimento público. Como não poderia deixar de ser.
A entrevista de Albuquerque ao DE:




Em entrevista ao Económico, o líder do PSD/Madeira diz que o Governo devia ter criado um fundo fora do Orçamento do Estado para financiar o despedimento de até 40 mil funcionários públicos.
O líder do PSD/Madeira, que disputa eleições regionais a 29 de Março, admite que a única reforma do Estado que se pode fazer passa pelo despedimento de funcionários públicos, afirmando que o Governo devia ter criado um fundo para esse efeito.
Em entrevista ao ETV, o sucessor de Alberto João Jardim na liderança dos social-democratas diz que não deve haver "ilusões" sobre a reforma do Estado: "É despedir funcionários públicos, não vale a pena estar com ilusões, 78% da despesa do Estado é com pessoal".
Para Miguel Albuquerque, o Governo devia ter criado um fundo ou uma bolsa fora do quadro do Orçamento do Estado para pagar os despedimentos e nessa altura "tirava 10, 15, 20, 30, 40 mil pessoas" e fazia a reforma do Estado.
Sobre a política regional, Miguel Albuquerque não evitou indirectas a Alberto João Jardim ao afirmar que a maioria absoluta que ambiciona alcançar "não significa autoritarismo". Miguel Albuquerque lembra, até, que, se formar governo, vai limitar a permanência do presidente do Governo Regional a três mandatos (Jardim governou 37 anos), além de melhorar o estatuto da oposição e propor a dignificação do Parlamento.



O comunicado de Victor Freitas, na íntegra


Em entrevista hoje publicada no Diário Economico o candidato do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque, diz que não deve haver "ilusões" sobre a reforma do Estado: "É despedir funcionários públicos, não vale a pena estar com ilusões, 78% da despesa do Estado é com pessoal".

Face a estas declarações o Candidato a Presidente do Governo pela Coligação Mudança vem tomar a seguinte posição pública:

1.    As referidas declarações demonstram que a visão do candidato do PSD-Madeira tem sobre a Reforma do Estado é a do despedimento em massa de Funcionários Públicos;

2.    O candidato do PSD às eleições na Madeira, Miguel Albuquerque, é a favor do despedimento dos Funcionários Públicos o que revela bem a faceta neoliberal ainda mais aguda que a do seu mentor Pedro Passos Coelho;

3.    A reforma do Estado na Madeira está por fazer. Estas declarações são taxativas e demonstram a forma como Miguel Albuquerque quer fazer a reforma do Estado na Madeira. Despedir Funcionários Públicos em massa;

4.    O problema da dívida da Madeira e da diminuição de despesa passa, em nosso entender, pela renegociação da dívida junto da Banca e do Estado e nunca pelo despedimento de Funcionários Públicos;

5.    A Coligação Mudança estabeleceu o compromisso de que sendo Governo na Madeira não despedirá um único funcionário público.

Candidato a Presidente do Governo pela Coligação Mudança
Victor Freitas


O cabeça-de-lista do JPP também divulgou um comunicado criticando a entrevista de Miguel Albuquerque. Ei-lo:

JÁ NOS BASTA UM PASSOS COELHO

Num país e numa Região onde o desemprego se transformou no maior flagelo social, catapultando famílias inteiras para um limiar de miséria inaceitável em pleno século XXI, é preocupante ver o cabeça de lista do PSD às Legislativas Nacionais defender mais despedimentos na Função Pública.

Miguel Albuquerque defende que o Governo da República devia ter criado um fundo fora do Orçamento de Estado para financiar o despedimento de até 40 mil funcionários públicos.

Por parte do JPP, ficamos esclarecidos quanto ao que se pode esperar do Dr. Albuquerque e da sua estratégia de renovação. Uma estratégia autista quanto aos problemas sociais dos cidadãos, uma estratégia que coloca o desemprego no centro da Reforma do Estado, uma estratégia de empobrecimento da população trabalhadora.

Além de ser amigo pessoal do actual primeiro ministro, Miguel Albuquerque comunga dos mesmos ideais de Passos Coelho, numa obediência cega à Troika e às suas medidas de austeridade cega e absurda.

Miguel Albuquerque só não explica o que faria o Estado com mais 40 mil desempregados e com as consequências multiplicadoras desses desemprego na vida de cada uma dessas pessoas e das que delas dependem.

O JPP repudia, por isso, as declarações do candidato do PSD, pois entende que é impossível salvar o país, sem salvar as pessoas. Não é fomentando o desemprego que se vai dar o salto em frente no sentido de uma maior justiça social e de um verdadeiro plano de desenvolvimento para o futuro.

Com Miguel Albuquerque, a única coisa que está garantida é a continuidade de uma austeridade que castiga quem trabalha em nome de interesses pouco claros e de supostas Reformas do Estado que não têm como prioridade os cidadãos deste país e desta Região.
          Élvio Sousa 

9 comentários:

Eu, o Santo disse...

Julgo que a renegociação da divida permite algum alivio, mas a base para a resolução dos problemas da Região é a eliminacao da corrupção, a potencialização da capacidade de trabalho dos funcionários públicos (especialmente, técnicos superiores) e adaptação das leis e taxas vigentes na Região de modo a beneficiar os produtores internos. Nesta ultima medida devera ser adoptada uma qualquer benesse à industria hoteleira de modo a que seja competitiva a nível de precos.

Anónimo disse...

Parabéns Mudança. Sou funcionário público e PSD confesso mas tenho três filhos para alimentar e dar educação.

paulo disse...

Mais uma vez repito e pior que o outro!

Anónimo disse...

Vitor Freitas é mentiroso. Vejam o que se está a passar na Camara do Funchal , até já pedem a funcionários ( ou pressionam ) para se transferirem para outras camaras ( parece que santa cruz tem muitos lugares vagos ) e já advertiram que quando forem os concursos têm muitos indivíduos para trazer.

Anónimo disse...

O Vitor Freitas ainda não percebeu que o inimigo está dentro do PS e não no PSD.
E nos outros partidos da oposição.
Estas eleições é PSD contra os outros
Vai levar um "tiro".

Anónimo disse...

O Vitor Freitas ainda não percebeu que o inimigo está dentro do PS e não no PSD.
E nos outros partidos da oposição.
Estas eleições é PSD contra os outros
Vai levar um "tiro".

Anónimo disse...

Fiquei horrorizada com esta noticia.votar num partido que me pode depois de eleito me por na rua NUNCA. Só faltava esta depois de tanta austeridade. Sr Miguel as miúdas novas podem ate gostar da sua cara laroca mas penso que nem essas querem arriscar um despedimento.votar PSD para ser posta na rua???
Funcionários públicos podem pedir congresso antecipado???

Anónimo disse...

Sou funcionário publico. Estou indignado.
PSD nunca mais.
Venha a Mudança para pôr a Madeira na ordem

Anónimo disse...

Mas o homem disse alguma mentira?