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quinta-feira, 30 de abril de 2015

...O Santo Desconfia


Em São Bento aprovaram agora o IV regime do CINM.
Hum...


1.º DE MAIO DE 1974


UMA TARJA E UMA FOTOGRAFIA 
PARA A HISTÓRIA DA MADEIRA




Quem foram os entusiastas da Revolução dos Cravos que no histórico 1.º de Maio de 1974 manifestaram na rua o desagrado pelo exílio no Funchal dos mais altos responsáveis da ditadura fascista, exibindo uma faixa com um sugestivo e atrevido slogan? 

"Marcelo, Tomás & C.ª fora da Madeira/Não somos caixote de lixo"- eis a mensagem que correu mundo e ficou para a História da Madeira e de Portugal.
Passados 41 anos sobre essa imponente manifestação, chega-nos este documento pela mão de um dos participantes no cortejo revolucionário desse Maio: Jorge Reis, que se tornaria uma das vozes mais conhecidas da nossa rádio.
Jorge Reis surge à direita na fotografia (de que desconhecemos o autor) segurando o esclarecedor cartaz. No outro lado, atrás de Eduardo, que segura também a faixa, é Carlos Reis a gritar os slogans da manifestação, no mesmo 'comprimento de onda' de Costa Dias, Paula Henriques, Zeca Góis e outras caras conhecidas da altura - e de hoje.
Curiosamente, alguns dos componentes deste grupo, um dos que integravam a monumental manifestação do 1.º de Maio de 1974, eram companheiros na mesma turma do curso comercial, na Escola Industrial.
Alguns iriam aderir à UEC (União de Estudantes Comunistas), organização liderada por um futuro oficial militar, Rui Nunes. O número 2 da UEC seria o próprio Jorge Reis, que no desempenho do cargo participou no I Congresso do PCP em Lisboa, com Álvaro Cunhal, no Pavilhão dos Desportos, hoje Carlos Lopes.
Quanto aos autores do célebre cartaz, os protagonistas da fotografia não se recordam. Jorge Reis conta que o seu grupo chegou ao Largo do Município, de onde partiria o desfile, e de repente havia uma faixa à sua disposição, essa do 'caixote do lixo'. 
No grupo de outra mensagem revolucionária - 'Independência das colónias e regresso dos soldados' - enfileirava Paulo Martins, activista do movimento que deu origem à célebre UPM e depois UDP, hoje Bloco de Esquerda.
Guida Vieira, que saiu no desfile sem ainda pertencer a qualquer grupo organizado, confirma aquilo que a esse respeito nos recorda Diamantino Alturas: que a manifestação nasceu de um grupo mais esclarecido, já politizado antes do 25 de Abril, que se concentrava no projecto jornalístico 'Comércio do Funchal'. 
Nos dias a seguir ao 25 de Abril, os únicos ventos que haviam chegado à Madeira da Revolução resumiam-se ao exílio de Marcello, Thomaz e ministros do antigamente no Palácio de São Lourenço. Os progressistas receavam uma possível reacção do regime deposto no Funchal. Tolentino de Nóbrega, colaborador do 'Comércio', encarregou-se de endereçar um telegrama à Junta de Salvação Nacional, dando conta do impasse na Madeira. Entretanto, a redacção do CF e vários colaboradores empenharam-se em consumar no Funchal uma megamanifestação como as que se anunciavam para o País inteiro.
A ala moderada do grupo, segundo evoca Guida Vieira com base em informações posteriores de Paulo Martins, organizou a manifestação e tratou das faixas com as palavras de ordem. A ala que já esboçava um activismo mais radical - o próprio Paulo Martins, Luís Teives e Liberato Fernandes (hoje nos Açores) fizeram coro com a mensagem contra a Guerra Colonial.
Uns laivos de divergências quase imperceptíveis na altura mas que se acentuariam irremediavelmente com o passar do tempo. 
Quanto ao cartaz que não queria ver a Madeira servir de 'caixote do lixo' aos fascistas derrotados, acabou nas mãos do grupo de manifestantes que vemos no registo fotográfico a passar na Rua do Bettencourt, à frente do Bazar do Povo.

Mais importante do que saber com precisão de onde partiram as mensagens foi a oportunidade para dar asas aos sonhos de liberdade reprimidos desde sempre. Como recorda Jorge Reis, "aquilo foi chegar ao local da manifestação, pegar na tarja que nos entregaram e gritar palavras de ordem a exigir a partida imediata da Madeira do Marcello e do Thomas". Ditadores que nesse dia viveram dentro das muralhas de São Lourenço merecidas horas de terror - o tempo em que a monumental manifestação do 1.º de Maio assediou o Palácio com a reivindicação constante da original faixa. 
Os capatazes do Estado Novo não respiraram fundo uma vez passado o 1.º de Maio. Spínola teve de mandar para a Madeira, a toque de caixa, um homem da sua confiança, Carlos Azeredo, para evitar tragédia com as figuras depostas. O povo não parava de entoar o slogan do 'caixote do lixo' nas imediações do Palácio. Marcello pediu a Azeredo que o levasse daqui - para a Argélia, Marrocos, fosse para onde fosse. E o enviado de Spínola teve mesmo de se apressar, metendo pela calada da aurora os detidos no 'Pirata Azul', a fim de no Porto Santo apanharem transporte rumo a terras de Vera Cruz - mais seguras para eles do que o Funchal.  

Passaram-se 41 anos sobre a memorável jornada popular anti-fascista. E a luta continua, como se vê na propaganda para este 1.º de Maio de 2015.









OPORTUNA INICIATIVA



BLOCO PROPÕE MEDALHA DE MÉRITO
PARA PAULO MARTINHO MARTINS




Depois da tímida mas justíssima homenagem desta semana a Tolentino de Nóbrega, que bem poderia ter marcado o regresso de Abril ao Parlamento, no dia 25, a Assembleia Legislativa recebeu já uma proposta para novo acto de justiça a um dos pilares da caminhada para a democracia na Madeira, nestes 40 anos: Paulo Martins, do BE.


O líder histórico da UDP/Bloco de Esquerda, Paulo Martinho Martins, que nos deixou recentemente e de quem tantas saudades sentiremos amanhã no ambiente do 1.º de Maio dos trabalhadores, receberá no 1.º de Julho a Medalha de Mérito da Região. Nem acreditamos que outra possa ser a reacção do parlamento à proposta que o Bloco de Esquerda anunciou na sessão do 25 de Abril e acaba de apresentar na Assembleia. 
Afinal, o reconhecimento por toda a Madeira, que a ALM representa, da coragem e da intensa actividade política de "um dos mais proeminentes Deputados à ALM", que ajudou a edificar o sistema autonómico madeirense, como argumenta o projecto de resolução dos actuais deputados do BE, Roberto Almada e Rodrigo Trancoso, que reproduzimos aqui.







Vida Parlamentar


Ricardo Rodrigues salta
das Finanças para a Assembleia



Segundo ouvimos, já está escolhido quem será o novo secretário-geral da Assembleia Legislativa: Ricardo Rodrigues, que foi director regional de Orçamento e Contabilidade na era Ventura Garcês.
A confirmar-se a informação, Rodrigues entra para o lugar deixado vago por António Paulo, que passa à reforma.
O quadro orgânico do parlamento compõe-se, numa altura em que se fala de uma certa marginalização, às mãos da nova equipa logística, de profissionais que trabalharam na frente de batalha no tempo de Miguel Mendonça... e surpreendente recuperação de outros que Mendonça afastara. O que significa que Tranquada Gomes se decidiu por uma ruptura completa com a vigência anterior, mesmo voltando a nomear figuras que andavam na prateleira por motivos muitos sérios, de que o novo presidente tinha conhecimento.
São comentários trocados muito baixinho nos passos perdidos da casa da Democracia, ao mesmo tempo que os próprios grupos parlamentares procedem às naturais mexidas de funcionários, algumas das quais, porém, absolutamente desconcertantes, como no caso do PSD.
Entretanto, ao tentarmos pesquisar o site parlamentar, batemos com o nariz numa desactualização com alguns dias. Vamos por aquilo a trabalhar?

quarta-feira, 29 de abril de 2015


PALACETE DO QUEBRA COSTAS
- LUGARES RESERVADOS




No cimo da Rua do Quebra Costas, no Funchal, localiza-se uma casa recentemente recuperada, à imagem e semelhança da Quinta Vigia, outrora denominada Quinta das Angústias.
À Fundação Social Democrata, proprietária da casa cor de rosa, foram atribuídos em regime de exclusividade dois lugares no contíguo parque de estacionamento das Cruzes, que já estão a ser utilizados.
Murmura-se que o Palacete do Quebra Costas é a sede do Governo Sombra da Madeira.
Há mesmo quem afirme que lá dentro se trabalha afincadamente na preparação do documento estratégico
MUDANÇA NA RENOVAÇÃO.





Palacete do Quebra Costas e parque de estacionamento das Cruzes – 29.04.2015


Texto e fotos: Raimundo Quintal

AVARIA SOLUCIONADA


CAROS LEITORES 
Finalmente, um Amigo do Fénix encontrou remédio para debelar a doença que meteram aqui no blogue. Deixamos a fórmula:

   Google
- Abra o Explorer
- Vá ao menu "Ferramentas"
- Clique "Gerir Suplementos"
- Clique "Proteção de controlo"
- Clique sobre " A sua lista de proteção de controlo personalizada"
- Selecione a opção "Bloquear automaticamente" 

E, claro, actualizar e Ok.

..."Voilá", ninguém chateia mais e o Fénix esvoaça à força toda.

Nota - Ops! Não sei como é que as pessoas com acesso bloqueado conseguirão ler a nossa solução. Espero que haja um passa-palavra.
Faz lembrar aquele anúncio antigo numa emissora madeirense então muito popular: "Atenção, atenção, surdos do Funchal! A casa..."

NOVA MADEIRA NOVA


JAIME FILIPE MANDA EMBORA
ASSESSORES-FANTASMA



Acabaram-se os vencimentos com dinheiro do jackpot para compensar tarefas extra-parlamentares 

A nova liderança da bancada parlamentar do PSD-M acaba de mandar riscar alguns nomes da folha de pagamentos a cargo do grupo. Por um lado, são atingidas as secretárias que há muitos anos vinham exercendo o seu trabalho de assessoria à direcção e aos deputados social-democratas. Processo normal no acerto de quadros dependentes e pagos pelo partido - obviamente com dinheiro do jackpot. Uma das secretárias, por sinal, já está ao serviço na Rua dos Netos. Outras aguardam encaminhamento da sua carreira.
Diferentemente das secretárias, que trabalhavam efectivamente, e muitas horas ao dia, alguns assessores eram pagos por ordem do anterior líder do grupo parlamentar laranja, Jaime Ramos, com a particularidade de nunca alguém pôr a vista em cima dos referidos assessores no edifício da Assembleia Legislativa.
Supostamente, o estratagema visava compensar tais elementos de funções extra-parlamentares.
O novo líder do GP do PSD, recentemente empossado, não se pôs com meias medidas e cortou os vencimentos pagos naquelas condições - em alguns casos superiores ao vencimento dos deputados imaginariamente assessorados.
Note-se, entretanto, que a existência de assessores-fantasma sempre foi transversal a vários grupos parlamentares. O dinheiro do jackpot era distribuído em nome de alegados assessores que pura e simplesmente não exerciam funções. Prática de várias cores partidárias, pois.
Desconhecemos se a situação se mantém nesta legislatura. Se sim, os partidos da oposição nessas condições ficam numa situação ingrata e vulnerável.
Quanto à maioria, também não podemos adivinhar se o chefe do grupo tomou a drástica medida para simplesmente trocar assessores-fantasma por outros assessores-fantasma. Avaliando pela nutrida recruta de boys maçaricos nos quadros do novo governo, já nada nos admira no reino da Dinamarca.

ASA FERIDA


Fénix renasce sempre.

O Fénix continua em voo periclitante. Três semanas depois, os facínoras da reacção ainda não se dão por saciados com os prejuízos causados ao blogue e sobretudo aos Leitores. 
Pedimos a compreensão a quem tem dificuldades para o acesso. E são incontáveis os casos, a avaliar pela enchente de reclamações.
Recorda-se que a forma de tornear o problema do maldito anúncio pirata que bloqueia a página é entrar no Google Chrome e pesquisar 'Fénix do Atlântico'.
Já sofremos várias sabotagens do género. Mas desta vez os energúmenos recorreram a fortes especialistas na matéria.
Só conseguem um resultado: a nossa vontade de, contra o propósito dos inícios do Fénix, continuar com o blogue por muito e muito tempo. Com entusiasmo e produção crescentemente galopantes.

Para ver o efeito


O GOVERNO DENTRO DE ÁGUA


A secretária regional do Ambiente, citada pelo JM (ontem), avançou que "o executivo está a trabalhar no mar".
Caso para dizermos: antes no mar do que no ar.
Simbolicamente falando, Susana Prada não disse enormidade nenhuma. O que impõe uma reflexão: se o governo está a trabalhar no mar, é conveniente largar a prancha de surf para de vez em quando assentar os pés em terra firme e tomar o pulso às realidades.
É que o povo, que votou, entretanto atravessa as suas dolorosas dificuldades. E vai observando. Esperneando.
O Zé está ao corrente de que os crânios da nova vaga ainda não acertaram cabalmente com as orgânicas, e lá vão alinhavando remendos que disfarcem os ímpetos iniciais.
Cada titular está a contratar batalhões de adjuntos, chefes de gabinete, assessores, secretários pessoais, secretárias pessoais - como se estivessem a constituir ministérios numa França ou numa Alemanha. 
"Olha quem falava de boys e girls", chega-nos o sms venenoso de um dirigente partidário da oposição.
Mas o povo pergunta: onde é que há tarefas para distribuir por directores regionais, subdirectores, um adjunto, um chefe de gabinete, um assessor de imprensa, motorista, secretário pessoal e secretária pessoal, além das secretárias e postos quejandos da máquina normal? Isto para falar apenas do líder da secretaria, porque há cargos intermédios cada qual com o seu staff. Máquina regional muito mais pesada do que aquela que se alastrou avassaladoramente no sistema dos 40 anos, ou então provem o contrário. 
Voltamos a evocar os tempos em que o presidente da Junta Geral - fosse Teixeira de Sousa, Fernando Homem Costa ou Rui Vieira - tomava conta destas funções todas de hoje, com ajuda de um par de vogais. E a Madeira tinha mais população nesse tempo.
O povo também não encaixa que a nova governança tome decisões desadequadas, ou pelo menos esquisitas, com a maior naturalidade deste mundo.
Sérgio Marques, que na campanha das internas fez 'cavalo de batalha' da ideia de que Albuquerque, se ganhasse a corrida, seria um testa-de-ferro dos negócios de Jaime Ramos, apontando o então secretário-geral do PSD como símbolo da negra noite do jardinismo, agora, com o maior desplante, mantém à frente das obras de betão o elemento que trabalhou nessa área na famigerada era Avelino Farinha-Jaime!
...Por essas e por outras tornando-se Sérgio um anti-corpo no seio da equipa governativa miguelista. O ambiente começa a cheirar a paz podre.
Talvez por trabalhar no mar, como afirmou a secretária regional, o executivo não estará a ouvir o povo resmungar. Mas resmunga que a UMa tomou conta da Secretaria do Ambiente; que a Educação Física 'abarbatou' a Secretaria da Educação; que gestores ligados ao sistema têm a economia nas mãos; que situações idênticas ameaçam outros pelouros; que em diversos patamares do governo e do parlamento há gente aterrorizada tentando escapar a uma operação de caça às bruxas, desencadeada pelos novos boys.
Um pedido: que Miguel Albuquerque e demais executivos assentem bem os pés em terra firme. Até porque em matéria marítima podem acabar afogados: se não perceberam, pensem bem e concluirão que entraram a perder perante os tubarões das nossas águas, que não dão mostras de ceder meia milha que seja. 

OPINIÃO (actualizado)



S. BENTO TRATA DO FERRY
- LOGO, NUNCA TEREMOS FERRY



A comissão de Economia e Obras Públicas aprovou e mandou para o plenário de São Bento o relatório final da petição 'Transporte marítimo por ferryboat entre a Madeira e o Continente'. Muito bem. E depois? 

...E depois vamos continuar, os madeirenses que não andam de avião, a gozar de uma mobilidade muito salutar e interessante: nas vias rápidas e dentro dos 'furados'. Ou, em alternativa, organizaremos uns passeios entre o Porto Santo e a Madeira - com um pulo às Desertas. 
Ferry para o Continente? Já estamos a ver as dificuldades que levantarão lá nas Lisboas quando se tratar do 'sim ou não' decisivo a um apoio estatal para a linha marítima de passageiros que se pretende.
Em tempos, muito contribuímos para o porto de Leixões, para lembrar um exemplo clássico. Pagámos impostos para rapidíssimas estradas que disponibilizam aos habitantes de qualquer ponto do rectângulo ligações para o resto do território, a qualquer momento. Ou mesmo para o estrangeiro.
Ir ao Norte ou ao Sul ou à fronteira com Espanha ou continuar pelas Franças adiante, Bélgicas, Alemanhas - haja dinheiro para gasolina.
De resto, a classe dirigente peninsular não é de misérias. Aquele aeroporto da Portela já está a chatear... Faça-se outro! E por sorte a coisa abortou, safando-nos de mais despesas. O mesmo com o TGV, que esteve quase, quase. Ainda assim, só em estudos e em custos de estrutura de rede de alta velocidade lá se foram 120 milhões, naquele arranca-não arranca. Sem comer nem beber.
Outros casos tiveram mais sucesso. A Ponte 25 de Abril já não chega para as encomendas? Oh pá, vamos lá fazer outra ao lado, quem julgam que somos?
E que tal expandir as redes do metro, em Lisboa e no Porto? 'Bora lá, o Estado tem o dever de facultar mobilidade fácil ao Zèzinho. Alguém há-de pagar.
Agora reconhecer que os ilhéus precisam da 'porra' de uma ligação marítima para passageiros, alto e pára o baile. Há que ponderar se a coisa não vai levar aos cofres de Maria Luís uns euros que não estavam no programa. E depois a Europa não deixa dar subsídios a transportes. As leis da concorrência são embaraçosas... 
Atão, pá, o melhor é nomear mais uma comissão para constituir um grupo de trabalho que escolha uma auditora especialista na selecção de...
Vai ver, Leitor: os anos vão passar e os gajos não põem a porcaria de um navio a levar carga e gente de um lado para outro entre as ilhas atlânticas e as homólogas Berlengas. Para gáudio de uns barões cá da Tabanca, claro.
E a gente aqui sequestrada na própria terra!
Bem podemos gritar àquela cambada: a CP dá prejuízos de milhões mais compridos do que a distância Funchal-Setúbal. E é verdade. Ainda agora, e porque é fácil brincar com dinheiros que são públicos, a CP tem de pagar 20 milhões por via judicial... aos próprios trabalhadores, devido a calinadas administrativas do passado!
Eles dirão: pois, mas um navio a cruzar o Atlântico... pode haver tubarões... Uma responsabilidade em indemnizações.
Insistimos: os prejuízos da Carris, da STCP e dos metros de Lisboa e Porto, somados, ascendem aos 250 milhões só em metade do ano de 2014!
Eles responderão: D. Afonso Henriques foi um grande rei.
Enfim, para dar moral à saloiada insular, deputados nacionais, incluindo Jacinto Serrão e Hugo Velosa, já deixaram em sede de comissão o aviso de que o governo PSD-PP, a quem compete a última palavra, costuma fazer um guisado das petições que o parlamento lhe envia.
...Quanto mais tratando-se de uma reivindicação oriunda cá da Pérola.
Mania da perseguição, dirão eles enfadados.
Pois.
Da minha parte, e considerando as cordatas relações entre a nova vaga dirigente insular e os trogloditas da governação nacional, começo esta manhã a treinar natação para grandes distâncias. Mesmo antes de palpitar o que o plenário da AR vai fazer da petição.


terça-feira, 28 de abril de 2015

NOVA MADEIRA NOVA


GRUPO SOUSA GANHA
1.º ROUND NOS PORTOS



João Reis foi convidado há certo tempo e há minutos 'desconvidado'. A jurista Alexandra Mendonça mantém-se à frente da Apram


O indigitado, por convite, era João Reis. Mas a vontade do Grupo Sousa pendia para a continuidade de Alexandra Mendonça, actual presidente da Apram - Administração dos Portos da Madeira.
Ou seja, João Reis acaba de ser 'desconvidado' depois de ter sido abordado no sentido de assumir o cargo.
Na perspectiva de Eduardo Jesus, secretário da Economia e Transportes, seria politicamente condenável pagar a indemnização a que Alexandra teria direito se acaso fosse afastada do lugar.
Sem dúvida que esta é uma primeira vitória do Grupo Sousa na nova batalha pelo domínio dos portos na Madeira. Nas posições públicas de Luís Miguel de Sousa e de Cristina Pedra não se encontra vontade nenhuma a favor de alterações ao modelo actual.

DESNORTE A NORTE


POR SANTANA DENTRO


Não é montagem. A excursão realizou-se mesmo. Foi ontem, com os excursionistas que a imagem documenta. Vem na imprensa (neste caso, a foto é do JM).
Temos ali uma ministra, destacada pelo PP no governo nacional de coligação com o PSD. Temos um autarca do PP. Lá está o líder do PP, deputado na ALM, e mais outro deputado PP na ALM. Temos ainda um deputado PP em São Bento. E temos um secretário regional do governo PSD.
A que propósito se coligou em passeio turístico tão ínclita caravana de centro-direita? Em que qualidade estava aquela gente ali? Encontro experimental para estender a coligação às ilhas? Agendamento partidário? Ambas as situações? Nenhuma delas?
Fomos averiguar. Do PP confessaram-nos não saber explicar a mistura explosiva. Mas que o secretário regional da Agricultura foi ao aeroporto receber a ministra Assunção Cristas e continuou na comitiva por Santana Dentro. E que, aliás, correu tudo em ambiente de sã camaradagem.
Tentámos cruzar informações com o próprio Humberto Vasconcelos, para o relato sair certo. Mas o novel governante não acolheu o contacto, porque, compreendemos, tem mais que faça. Esperamos que o PP não tenha avezado a levar ministros por Santana dentro, de contrário amigo Humberto não vai ter mãos a medir.
Onde o ex-presidente de S. Vicente se foi meter! 

GESBA


É oficial: Jorge Dias continuará à frente dos destinos da Empresa de Gestão do Sector da Banana - Gesba. Para a administração, em substituição de Lígia Correia, apontada para chefe do Sesaram, entrará um economista a contratar.

ALBUQUERQUE PROÍBE USO DE CARROS
PARA TRAZER E LEVAR A CASA



A directiva chegou na quinta-feira a directores regionais, adjuntos e afins



A deliberação foi tomada em plenário de governo. A circular disparou-se logo na quinta-feira passada, da presidência do governo para os destinatários.
O texto não deixa margem para dúvidas: "As viaturas do governo destinam-se exclusivamente ao serviço oficial, que não inclui o transporte de e para casa."
Muito claro.
Quem recebeu a determinação foram directores regionais, subdirectores e equiparados, chefes de gabinete e adjuntos.
Não há excepções. Tanto assim que, talvez por desconhecimento, um já muito antigo director regional usou viatura ontem, segunda-feira, para como habitualmente viajar de casa ao emprego, recebendo do superior hierárquico valente correctivo num e-mail a bold.
O problema dos carros começou com o próprio presidente do parlamento, como contámos, que, segundo nos afiançam, ouviu das boas directamente da parte do chefe do PSD e do governo, Miguel Albuquerque. 

Ainda Abril


Amordaçar as comemorações



O deputado social-democrata Rui Cortês anunciou ontem na sessão ordinária da Assembleia Municipal do Funchal que o seu partido apresentará uma proposta de regulamento para as comemorações do 25 de Abril na Câmara da capital, para funcionar já em 2016.
Obviamente que a peregrina ideia não é bem acolhida, mesmo que feita para supostamente acabar com indefinições e dúvidas no programa de festas. Regulamentos, normas e amarras não combinam rigorosamente nada com Abril. 
Um regulamento para comemorar uma Revolução feita precisamente para pôr fim aos coletes de força? 
A proposta, certamente resultante de tiques alaranjados que custam curar, há-de apanhar com um chumbo, caso siga em frente.

Espiritismo



EXORCISMO NAS ANGÚSTIAS









Domingo de manhã, parecia uma acção de despejo das Angústias para fora (fotos). Mobília na carroçaria do meio carro, fora daqui!
Pensámos inicialmente: devem ser cacos que o outro deixou lá para dentro e o Miguel não acha os canapés e as cadeiras de vime com os mínimos de pedigree, passe a comparação, para continuarem no palácio que está a ser mobilado segundo os cânones da nouvelle vague laranja.
Mas a segunda versão coscuvilheira que nos abanou a cabeça pareceu-nos mais verosímil, apesar de seguramente habitar o domínio paranormal: aquilo é Miguel numa sessão de exorcismo, para se livrar dos demónios, esqueletos, cobras e lagartos que o antecessor lhe deixou debaixo de alçapões e dentro de armários dissimulados.
Realmente, com a ganinha que lhe vimos quando teve de engolir o triunfo do Delfim rebelde, o ex-sua excelência deve ter armadilhado o palácio com espíritos do mal, pragas, poções de magia negra, maldições e feitiços que só uma cadeia de rituais ao estilo medieval poderá fazer frente.
O prof. Mamadu tem uns defumadouros em conta que dizem funcionar às vezes. Pode ser um bom reforço para estas sessões de bruxedo do presidente. O adjunto Medeiros Gaspar que mande procurar o homem, se quer ver chefe Miguel a escrever sobre a Madeira cosmopolita sem morcegos a esvoaçar pelo gabinete.
Ainda por cima, há um problema que será eternamente intransponível: mesmo que essa pragaria toda seja cuspida para longe, há um fantasma que jamais se apartará do palácio mal-assombrado. Ele vai pairar pelas salas, a gargalhar e a meter medo, por mais amuletos que o chefe de gabinete Rui Abreu mande vir da Venezuela. 
A história do gabinete no Quebra Costas é manobra de diversão.
Longe de querer atormentar o novo presidente, recupero aquele provérbio castelhano, muito pouco tranquilizador: 'no creo em brujas, pero que las hay, las hay.' 



segunda-feira, 27 de abril de 2015

Perguntas Estratégicas do Mar


AINDA O 'ENGONHANÇO'
DA LIGAÇÃO MARÍTIMA


Não sendo grande conhecedor dos meandros portuários, gostaria de partilhar com outros leigos na matéria certas dúvidas emergentes da complexa situação portuária insular, tão discutida entre nós. A ver se os especialistas explicam.
- Quais as verdadeiras razões, o que é que estará por trás do impasse que vai adiando e adiando a resolução do transporte marítimo de passageiros? 
- Entidades como ETP e OPM, ou outras, verão os seus interesses feridos se houver um ferry a transportar contentores, já que esse processo em determinadas condições dispensa a utilização de trabalhadores portuários e o recurso ao operador portuário?
- Por que terá Cristina Pedra defendido hoje, na intervenção a que nos referimos anteriormente, a manutenção do actual status quo da operação portuária do Caniçal, já que os argumentos que utilizou seriam inconsequentes e tecnicamente infundados, a avaliar por comentários enviados ao Fénix?
- É ou não estranho que a ACIF, que antes de as suas direcções serem da escolha do Grupo Sousa, se assumia como grande defensora da fórmula do concurso público na concessão das operações portuárias para o Caniçal - e agora que o novo governo pretende enveredar por essa solução do concurso público - é ou não estranho que a ACIF venha fazer força pela manutenção do estado de coisas actual?
- É mesmo verdade que, como foi dito na conferência de hoje, uma concessão seja obrigatoriamente feita para 30 anos?
- Tendo em vista que a concorrência se exerce em sede de concurso público internacional (que o governo regional não deixará de abrir, para cumprir as promessas), o que é isso de condicionar a concorrência? Em que fases do processo e como? 
- Luís Miguel Sousa dizia, já esta noite na televisão, que o transporte marítimo de passageiros para o continente, subsidiado, esbarra nas leis europeias da concorrência. Reduzindo a questão a uma linearidade que nos permita entender as coisas, pergunta-se: neste caso, qual concorrência? Existe algum privado a fazer ou a tentar fazer essa operação? Ou só aparecerá quando cheirar a subsídio?
Mais uma vez, não brinquem com Zé Povo.
PS - Ao nosso sempre Amigo Luís Miguel, isso é que é sorte. Um programa de televisão para poder defender a causa própria, ainda por cima sem ponta de contraditório, sempre que o delicado assunto vem à berra! Ena! Quem sabe... sabe.

Círculo vicioso



ATÉ QUANDO VÃO ENGONHAR
COM A LIGAÇÃO MARÍTIMA?



Acabamos de ouvir a presidente da ACIF voltar a 'chover no molhado' relativamente à famigerada ligação marítima de passageiros Madeira-Continente, que continua por retomar. 
Diante de empresários e da ministra Assunção Cristas, Cristina Pedra, na apresentação do projecto de 'documento estratégico para o mar', hoje, descobriu que é preciso estudar bem a relação custo-benefício de um navio a fazer aquela operação.
Mas qual estudo, qual quê! Seja lá qual for a relação custo-benefício, a Madeira precisa dessa ligação e ela tem de ser estabelecida!
Cristina Pedra fez mais um número do faz-que-anda-parado que se arrasta na Madeira desde há uns anos, um círculo vicioso que nos amarra aqui à babugem da Madeira, sequestrados sem poder ir lá fora, no que diz respeito às pessoas que não podem andar de avião.
Obviamente que a relação custo-benefício de uma ligação marítima de passageiros como a que reivindicamos é deficitária e bem deficitária. Qual a dúvida? Se fosse uma operação lucrativa, o grupo amigo da presidente da ACIF já a tinha monopolizado com unhas e dentes!
É deficitária, sim. E daí? Não se trata de um serviço público de decisiva importância? No terceiro milénio, os madeirenses, neste aspecto, ficam pior do que os antepassados, que sempre tiveram ligações por mar para todo o mundo?
Deficitária! Deficitárias são tantas actividades que nos levam o dinheiro e não nos dão retorno absolutamente nenhum, e não nos façam falar.
Não vemos qual a dúvida quanto à obrigação que o Estado tem - com o governo regional metido pelo meio - de nos garantir o pretendido navio. Nós pagamos menos impostos do que um cidadão de Bragança? De Castelo Branco? De Borba? De Vila Real de Santo António?
Os nossos compatriotas continentais, além das estradas intra-regionais, dispõem de boas vias rápidas para todo o lado. O flaviense tem permanentemente ao seu dispor as ligações internas lá da zona, mas também o caminho-de-ferro para algures e nenhures, tal como espectaculares infra-estruturas viárias para o Porto, Espanha, e sul do país. É encher o tanque, fazer-se à estrada e deixar a terreola para trás, sem ofensa. Pode ir de carro até Moscovo ao volante da viatura, se quiser. E não lhe faltam aviões à mão de semear.
Pois a nossa estrada libertadora, além dos ares, é o mar. O Estado não gasta um cêntimo a fazer vias alcatroadas que nos liguem a Portimão, Porto, Lisboa, Canárias, Açores e por aí fora. Então, que pague o défice de uma operação marítima que nos resolva um problema absurdo. Os impostos que pagamos chegam para isso.
Bem, se se chegar à conclusão de que a operação vale a pena, então é preciso avançar com ela - concedeu com certa candura Cristina Pedra, mais palavra, menos palavra. Mas... é preciso fazer uma formação para perceber que a operação é importante e que vale a pena? Ainda agora?! 
Sim, sabemos que os parceiros económicos fazem muitos estudos, nomeiam comissões para escalpelizar os problemas...
...Ponham o raio de um navio de passageiros a navegar para o Continente! Não há mais estudos nem comissões para inventar!
Estaremos atentos ao que farão ou não farão as novas autoridades regionais nessa matéria, que não pode ser diferente do que foi prometido nas campanhas eleitorais.
Alô presidente Miguel, alô número dois Sérgio!
Adiar, adiar com explicações gagas... não se cansem. Estamos fartos de nos enrolarem num círculo vicioso que é capaz de esticar até rebentar, um dia.

CMF


Contas aprovadas

A assembleia municipal do Funchal acaba de aprovar o documento sobre a prestação de contas 2014 da câmara. 
Votaram a favor 21 deputados municipais - 16 da Mudança e 5 do PP. 
Contra, 18 - 15 PSD e 3 PND.
Abstenções, 3 - CDU.

TRANSPARÊNCIA DOS NÚMEROS


Insinuam-se mais investigações
às contas da Madeira



Da parte do novo governo regional, a prioridade é descobrir maneira de adocicar a factura da dívida oculta que será passada ao povo. Apuramento de responsabilidades a quem provocou a situação de falência regional, moita. 






Em Lisboa prepara-se uma operação qualquer na sequência das já realizadas tendentes a fazer luz sobre as complexas contas da Madeira, que como se sabe metem uma dívida oculta pendente, a tresandar impunidade, sem que alguém a explique.

Segundo nos sussurram, será uma investigação com muita gente e a muita gente. O que não nos espanta, por ser um absurdo deixar cabos soltos com a maior das naturalidades, tudo no ar, sem que se perceba o que nos levou a cair num buraco financeiro aterrador e que teremos de compensar com impostos. 
Isso apesar de o governo regional não responder com uma só palavra aos vários partidos que já propuseram uma auditoria rigorosa às contas destes últimos anos. Não percebemos por que não avança com essa medida o executivo de Albuquerque. Ninguém pega na gerência de uma casa comercial qualquer sem saber como está o deve-haver, sem um balanço que deixe tudo claro para o arranque da nova gestão. E logo no caso de um governo onde são tantas as broncas financeiras do domínio público, deixa-se ficar assim. Nada de ruído.
Entendemos urgente clarificar a situação financeira da Região. De contrário, daqui por diante, quando a governação meter água, dirá: são consequências da desgraçada gestão anterior. 
E os anteriores a dizer: não, não, nós deixámos tudo certo, estes é que não percebem nada daquilo.
Mas a razão maior para se clarificar tudo, com operações do Dciap ou sem elas, é o direito que o povo madeirense tem de saber porque o obrigam a levar uma vida miserável, com impostos em cima de impostos. Receando-se que qualquer dia nos ponham a pagar imposto sobre o pagamento de impostos.
O povo também precisa de saber por que custou o Museu da Baleia 11,5 milhões, mais 750% do previsto. Quem é o responsável pelo milhão de euros gasto numa estrada para dar acesso a duas casas. Pelos milhões em pavilhões e campos de futebol a 5 minutos uns dos outros. Pelos 50 milhões de passivo da 'noiva' JM. Pelos milhões numa marina e numa piscina que não funcionam. E o resto que toda a gente sabe de cor e salteado.
Qual é o jeito de um governo começar a sua gestão em cima de uma dívida escondida durante tempos e tempos, sem exigir o esclarecimento do problema?
Enfim, o caso é que os novos executivos, secundados por alguma oposição, falam da prioridade que é resolver a questão da dívida brutal, mas sem uma única referência ao apuramento de responsabilidades.
Claro: a gente é que vai pagar...   
   

Pergunta à assembleia municipal do Funchal


A assembleia municipal do Funchal, segundo o DN on line, acaba de respeitar um minuto de silêncio na sua reunião de hoje em memória do nosso Tolentino de Nóbrega.
Será que as cúpulas da AM podem explicar ao presidente do parlamento como é que se faz para que a razoabilidade e o bom senso prevaleçam legalmente sobre normas e regulamentos, quando a ocasião aconselha e sem que daí advenha prejuízo nenhum?
A proposta para o minuto de silêncio foi apresentada por Baltasar Aguiar, do PND. No 25 de Abril, a tentativa para idêntica homenagem no Parlamento, rejeitada por Tranquada Gomes, partiu de Dionísio Andrade, também da Nova Democracia.
Entretanto, a assembleia municipal foi para almoço sem ter conseguido entrar na ordem de trabalhos, porque foi longa a discussão sobre alguns pontos da organização da cerimónia do 25 de Abril.

GESBA (parte III)


À ATENÇÃO DO SECRETÁRIO DA AGRICULTURA



O caríssimo dr. Humberto Vasconcelos, pessoa informada em todas as frentes, já deve ter reparado nas ondas que abanam os nossos bananais, com a saída da dra Lígia Correia para o Sesaram, ao que se diz.
Conforme as informações que cá chegam, publicadas em peças um pouco abaixo neste blogue, fala-se em empresas fantasmas que fazem a vida negra às existentes no mercado, especula-se sobre nomeações por baixo da mesa (a ponto de se admitir uma que a lei impede, e que evidentemente não vai acontecer), inventam-se contratos possivelmente para espalhar a confusão, armazéns com pouca luminosidade...
Só para dizer ao sr. secretário que 'deite sentido' ao caso  (como dizia o nosso saudoso Amigo Vasco com quem trocávamos continências na praia da Madalena). Ao caso do negócio das bananas. 
E não se esqueça de largar da mão a sua participação pessoal, que já vem de trás, em organizações que de algum modo se movimentam naqueles campos minados, como a Dupladp. 
Sabe-se como é na política. As aparências tanto catapultam como enterram um anjo. A história da mulher de César.
Vá lá varrer e limpar os embaciados vidros da casa.

"Madeira de Lés a Lés" reabriu 
duas veredas no Faial

O grupo “Madeira de Lés a Lés” capitaneado pelo amigo Rocha, de Machico, esteve ontem (sábado) empenhado em mais uma ação de recuperação de trilhos, neste caso na freguesia do Faial, concelho de Santana.
Logo pela manhã os 15 participantes subdividiram-se em duas equipas.
Uma avançou pela levada de Água d’Alto, a partir da estrada regional Faial-Santana, e após cerca de 500 metros a desobstruir o caminho paralelo ao aqueduto, embrenhou-se na vereda que desce até ao sítio das Poças.
A segunda equipa iniciou o trabalho no miradouro próximo do Cortado de Santana, limpando o talude, que estava coberto com silvado e pejado de lixo. Progredindo vertente abaixo, os oito elementos empenharam-se na limpeza do matagal e no corte das acácias atravessadas sobre o velho caminho pedonal, que durante séculos foi a principal via de comunicação entre Santana e o Faial.
Depois de aproximadamente quatro horas de árdua atividade, as duas equipas encontraram-se nas Poças.
No fim da jornada de trabalho o grupo “Madeira de Lés a Lés” confraternizou no Jardim do Tojal, sobranceiro à Baía do Faial.
Graças ao trabalho voluntário deste grupo de cidadãos, que tive o grato prazer de acompanhar, voltou a ser possível percorrer duas veredas (1,5 Km), que proporcionam extraordinárias vistas desde a Ponta do Clérigo até à Ponta de São Lourenço.








Texto e fotografias: Raimundo Quintal

Nova Madeira Nova


Gesba e Sesaram

Pedimos esclarecimentos sobre a situação na Gesba. Pois o pedido surtiu os seus efeitos em tempo recorde. Para complemento do que dissemos no post anterior, enviaram-nos já dados importantes para quem se interessa pela matéria. A palavra a quem de direito:

Segundo o seu último post" intitulado " Suspense na GESBA", gostaria de lhe adiantar (após algumas investigações, alías, disponíveis a qualquer cibernauta), o seguinte:
  • Recentemente a GESBA adjudicou a uma empresa que me parece "fantasma" - Natureza Versátil dois contratos para fornecimento de cobertores e sacos azuis para a banana  que totaliza €116.740. http://www.base.gov.pt/Base/pt/ResultadosPesquisa?type=contratos&query=adjudicatariaid%3D724916
  • Como pode verificar em anexo a referida empresa tem como sócio Gabriel José Rodrigues Fernandes, no entanto no contrato é representada por procurador. Até aí nada de anormal.
  • No entanto se considerarmos que o responsável da GESBA pelas aquisições é o Sr. Fernando Manuel Vieira Lourenço e que o consultor jurídico da GESBA é o Dr.Ricardo Miguel Frade de Gouveia, o caso já se torna um pouco estranho porque tanto os responsáveis pela adjudicação e o adjudicatário têm entre outras, as seguintes ligações :http://www.dupladp.pt/aspram/default.asp?id=7 , alías como o novo secretário da agricultura.
Não querendo levantar teorias da conspiração, parece-me estranho a GESBA não continuar a comprar às fábricas como o fazia anteriormente (dados da base.gov).

Quanto ao possível sucessor da actual gerente Lígia Correia, referido por si como apoiante de Miguel Albuquerque, se por acaso tratar-se do Sr.Fernando Manuel Vieira Lourenço  não me parece reunir o perfil exigido pelo seguinte  Decreto Legislativo http://www.gov-madeira.pt/joram/1serie/Ano%20de%202013/ISerie-181-2013-12-27sup.pdf, nomeadamente em relação à posse de licenciatura. 

Andamos a patinar um pouco no assunto em epígrafe - é uma confissão. Esperamos que os esclarecimentos que nos vão chegando esclareçam os nossos Leitores. Agradecimentos, pois, a quem vem a terreiro pôr os pontos nos is.
O que nos faz confusão é ninguém estranhar as semelhanças de políticas entre a Gesba e o Sesaram. O mais certo é estarmos nós fora de prazo.