Powered By Blogger

sexta-feira, 15 de maio de 2015



O RADAR MILITAR E AS PLANTAS INDÍGENAS
NO PICO DO AREEIRO


Radar militar no Pico do Areeiro - 09.05.2015

Já perdi a conta das vezes que os Chefes de Estado-Maior da Força Aérea se deslocaram ao Pico do Areeiro para inaugurar o radar militar, que continua com problemas nos “sistemas de comunicações” e teima em não desempenhar as funções para as quais foi implantado no terceiro pico mais alto do Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira, classificado como Reserva Geológica e de Vegetação de Altitude  e como Zona Especial de Conservação no âmbito da Rede Natura 2000.
Também já perdi a conta dos milhões de euros gastos naquela bola gigante e, tal como a maioria dos portugueses esmagados pelos impostos, ainda não consegui saber se a NATO já entrou com algum euro.
Sei sim, que a 13 e 14 de agosto de 2010 um violento incêndio rondou a impactante esfera branca e destruiu cerca de 90% da área plantada com espécies indígenas pela Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, localizada um pouco abaixo.
Lembro-me perfeitamente, que nessa data os técnicos duma empresa espanhola estavam a ultimar a instalação dos sofisticados equipamentos para a deteção de aviões e que o nosso pequeno oásis no deserto de montanha ficou transformado num cemitério de esqueletos calcinados e montes de cinzas. Lembro-me perfeitamente do horrível cheiro a queimado e do silêncio dos pássaros que não escaparam à voracidade das chamas.
Passados quase cinco anos, graças ao trabalho voluntário e à resiliência da natureza, as flores voltaram a colorir o  oásis entre os 1700 e os 1800 metros de altitude. A plantação gratuita produz oxigénio, minimiza a erosão e valoriza esteticamente a paisagem.
Passados quase cinco anos, o radar de milhões, emite radiações e não controla aviões.
Estou indignado!




Área da plantação da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal – 09.05.2015

Texto e fotografias: Raimundo Quintal

3 comentários:

Anónimo disse...

Centenas de acções de plantação efectuadas nesse local (ao longo de não sei quantos anos) com milhares de plantas e muito pouco se vê...enfim... muita teoria e muito boa imprensa...porque resultados práticos...zero

Jorge Figueira disse...

Como Caro Raimundo não há dúvida de que o pior cego é aquele que não quer ver.
Agravam a cegueira escondendo-se, corajosamente, no anonimato. Tal como aturo-os há anos. O tempo passa e, infelizmente, quando se calarem rendidos à verdade a derrocada é enorme. São as taramelas do regime

Anónimo disse...

o Comentador das 12 20 só pode ser burro . o trabalho que está a ser efetuado é um esforço de muitos anos e dará resultados só daqui a muitos anos.