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segunda-feira, 18 de maio de 2015

VERGONHA CONTINUA


NINGUÉM SE DEMITE, 
NINGUÉM VAI PRESO



A senhora ministra está à espera de quê para pedir desculpa ao país e demitir-se com a máxima velocidade possível, tudo a um tempo?

Costuma dizer a ministra das polícias que "a segurança tem um impacto muito amplo nas pessoas e na comunidade". Tem razão. Só que desta vez o impacto foi tão forte que levou a comunidade nacional ao chão.
E a Nação continua estendida, à espera de ver se a ordem é restabelecida ou se sofrerá mais impactos nos queixos, como os que o troglodita de Guimarães aplicou ontem naquele avô que foi com o filho e os netos ao Estádio D. Afonso Henriques.
A ministra Anabela Miranda Rodrigues fala em inquérito aos acontecimentos. Mas qual inquérito? É preciso abrir e desenvolver um processo de mil páginas para constatar que, a troco, no máximo, de uma frase que tenha caído mal num agente policial, houve um cidadão brutalmente espancado à frente dos filhos e agora do mundo inteiro, enquanto a um idoso era passada receita idêntica?
Num país minimamente civilizado, esta ministra, mais o supercomandante da polícia, neste momento estavam na rua. Sem inquérito nem nada.
É este o país de Abril que se apregoa?
Se é, causa estranheza. Diríamos ser um país de Pinochet ou de Videla.
Ah, e o Passos Coelho, onde anda? Planeando mais agressões às reformas miseráveis dos mais velhos? Olhe, leve o carrasco do polícia agressor para o lugar de Anabela Rodrigues.


15 comentários:

Anónimo disse...

A polícia só fez o seu dever. O agredido poucas horas depois falou ao Correio da Manhã e não mostrava quaisqueres sinais de agressão. Se a polícia reagiu daquela maneira era porque o arguido fez ou disse alguma coisa para provocar a PSP. Toda a reacção tem uma causa...

Anónimo disse...

Calma, Senhor Calisto. Já abriram um processo de inquérito, que será conduzido brilhantemente por um oficial relator e que decidirá superiormente pelo arquivamento do mesmo ou então com uma pena de 10 dias de férias antecipadas com direito a remuneração.
P.S. Deviam nomear como relator um dos oficiais da Madeira, pois têm muita experiência na condução de inquéritos.

Anónimo disse...

O homem que está fardado representa a autoridade e é pago pelo povo para a exercer.

Não é tolerável que um pai, ainda por cima levando o filho e o avô ao lado, desrespeite a Polícia.
Trata-se de um péssimo exemplo para o filho que, de uma forma traumatizante, viu o pai ser colocado na ordem.

Anónimo disse...

Não leve a mal, sr. Calisto, mas para quem gosta tanto de apregoar a máxima democrática, deveria saber que todo o julgamento num país democrático, tem de passar por uma fase de processo da estrita competência das autoridades, de forma a evitar a justiça popular. "Acho" que é um dos pilares de uma sociedade moderna e democrática. Não está aqui em causa se tem razão ou não. As imagens estão lá, e toda a gente viu a agressão intolerável, mesmo que sob a desculpa do insulto ou cuspidela. Como é óbvio, o processo deverá ser rápido e o resultado deverá passar pela punição mais que óbvia do infrator. No entanto, deveria saber que todo o criminoso tem direito à defesa, e acho que deveria refrear essas manifestações de incitamento ao linchamento popular. Não vejo por que razão também quer a ministra ou o comandante demitidos por causa de um incidente deste tipo. Eles apenas fizeram aquilo a que estavam obrigados, abrir um processo ao polícia em causa, esperar o resultado e atuar em conformidade. Ou não me diga que preferia um julgamento sem contraditório...

Luís Calisto disse...

Sim, o agente deve ser ouvido e julgado, antes de ser punido ou não. Embora eu tenha quase a certeza de que foi ele a esmurrar o idoso e não o idoso a dar umas queixadas no punho do agente.
Quando me refiro a medidas rápidas estou a lembrar-me da sra ministra. Ela é ministra de agentes que operam num regime democrático como aquele de ontem operou.
Então, a ministra não está a cumprir a Constituição. Rua!

paulo disse...

E o avo? Tambem foi colocado na ordem? Em vez de anonimo que tal assinar policia.

Anónimo disse...

Calma!

Essa de serem os políticos a se demitirem pelas asneiras dos subordinados não cabe na cabeça de ninguém! Aquele polícia concreto deve ser responsabilizado; a culpa não pode ser diluída pela culpabilização da ministra ou da PSP em abstrato. Aquele indivíduo tem um nome pelo que não se justifica diluir a responsabilidade por outros...isso é o que querem os indivíduos que se comportam daquela forma.

amsf

Anónimo disse...

E qual é a causa da sua reacção?

Anónimo disse...

Alguém que explique-me em que diferencia a agressão deste comissário com os arruaceiros que destruíram uma celebração desportiva ontem no Marquês de Pombal?
Tivemos violência gratuita e televisionada nos dois casos....
Será a farda, o crachá ou o bastão?
Se a carga policial no Marquês é justificável para o estabelecimento da ordem pública (e houve muitos inocentes atingidos por pedras e garrafas dos arruaceiros e bastonadas do corpo de intervenção) o que justifica o que vimos em Guimarães?

Anónimo disse...

Se o indivíduo não fosse do Glórias a "indignação" não seria tanta. Fazem o que querem, colinho e tudo o mais, e agora nem a autoridade respeitam. O polícia vai para a jarra como o outro?

Eu, O Santo disse...

Já vi que há uma data de anónimos que pensa que nunca será alvo de injustiça por parte das polícias...
Desejo simplesmente que seja cumprida a lei.
Pensava que por esta altura já tínhamos aprendido a lição sobre o que acontece se deixarmos que os poderosos, através de sua autoridade, sejam impunes às suas ilegalidades...

E, quanto ao que se passou no Marquês, será que alguém pode jurar que as agressões não foram feitas por agentes provocadores?
Já ouvi alguns a dizer que agentes provocadores (polícias) causam confusão para assim poder controlar as multidões (greves, etc...).
O que é certo é que essas situações de violência descredibilizam as manifestações, e as celebrações. Será preciso perder a liberdade para que a maioria perceba que a lei tem que ser aplicada a todos?

Existirá igualdade e liberdade enquanto a força dos seus defensores for maior que a dos seus detractores (corruptos, capitalistas sem escrúpulos, ...)... e a força desses defensores mostra-se nas eleições e nas manifestações.
Quanto às correcção das eleições já muito foi discutido...

Anónimo disse...

Ao comentador da 19:09:

Bateu palmas ao ritmo das bastonadas daquele animal fardado?
Deu uma gargalhada com os gritos de uma criança aterrorizada e a urinar nas calças?
Este minuto de "acção policial" ao vivo fez-lhe esquecer as desilusões que o seu clube deu-lhe esta época?

Tome juízo e deixe os "colinhos" e a camisola em paz

Eu, O Santo disse...

Caro amsf,
Os superiores hierárquicos com o direito de ordenar e o direito de ter uma remuneração elevada, também recebem a responsabilidade de todos os actos do entidade que presidem.
Com os direitos vêm os deveres e as responsabilidades.

Se as regras fossem essas, caro amsf, os subordinados estariam bem lixados.

Exemplo. A responsabilidade da divida da RAM é de AJJ, independentemente de ele ter assinado ou não os documentos.

Anónimo disse...

Santo

A dívida da RAM foi criada pelo AJJ ao longo de anos pelo que não há qualquer possibilidade de ele alegar que desconhecia... Suponho que a Ministra não tenha dado ordens expressas para os agentes agirem daquela forma. Aliás, a Ministra pouco mandará efetivamente na polícia...Se a Ministra entretanto corrobora-se atitudes daquelas devia ser demitida.

amsf

Eu, O Santo disse...

amsf

A questão da responsabilidade política não é simples:
1- o à-vontade com que o agressor agiu leva-me a crer que esta não seria a sua primeira agressão,
2- a facilidade com que o agressor "explodiu" leva-me a crer que já anteriormente teria explodido, pelo que as chefias estiveram mal ao dar-lhe a incumbências neste tipo de situações,
3 - Se fosse uma "explosão" completamente espontânea ele não teria tirado o cacetete: batia com o que estivesse mais à "mão",
4 - os outros polícias não intervieram: poderia muito bem colocar seu corpo entre o agressor e a vitima. Hoje, sabe-se que lhe teriam feito um favor.
Esta omissão de dever significa que na PSP as regras não são aplicadas exemplarmente (se o fossem os polícias não teriam problemas em enfrentar um superior hierárquico que estivesse a cometer uma agressão).

Em face do exposto, toda a PSP está em causa:
- as chefias por não saberem delegar tarefas ou aferir o estado psicológico dos seus sub-comandantes;
- as regras disciplinares parece que não são aplicadas de maneira igual para os graduados e para os não-graduados.
Ambas as situações têm que ser resolvidas pela Ministra da tutela. A maneira mais fácil é identificar os que vão tentar proteger ou adiar o procedimento disciplinar ao agressor, para em seguida destitui-los.

Penso que o caro amsf já conhece o que sucede quando as regras são aplicadas desigualmente... (as pessoas ficam com medo e os corruptos podem fazer o que querem...)