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segunda-feira, 15 de junho de 2015


100 mil euros retidos pelas Misericórdias 
motivam pedido de audição parlamentar






No encerramento do Congresso da União das Misericórdias Portuguesas, no passado sábado, no Funchal, o Presidente desta União afirmou existirem “mais de 100 mil euros provenientes de donativos” que têm como destinatários os madeirenses atingidos pelo temporal de 20 de Fevereiro de 2010. Nesse discurso, o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas deixou no ar a enigmática afirmação de que as razões que impediram que esse dinheiro chegasse, até hoje, aos seus destinatários “se prendem com o passado” e que, por isso, este responsável “não as discutiria”. Ora, no entender do Bloco de Esquerda, estas afirmações têm tanto de enigmático como de irresponsável e criminoso: há madeirenses, que tudo perderam com a aluvião de Fevereiro de 2010, a quem ainda não chegou nenhuma ajuda, quase 5 anos após aquela catástrofe natural e existem mais de 100 mil euros, fruto da solidariedade de milhares de pessoas, que estão à guarda das Misericórdias sem que essa ajuda tenha chegado, em tempo útil, aos seus destinatários.

Perante esta situação, urge obter respostas sobre as razões que impediram os madeirenses, atingidos pela catástrofe de Fevereiro de 2010, de beneficiarem de uma ajuda a que têm direito.
Urge obter explicações sobre quem são os responsáveis por esta situação inaceitável e se existe, por exemplo, algum ganho para terceiros, ganhos esses decorrentes de juros que uma conta com essa quantia possa, eventualmente, ter rendido.
Porque esta questão é de extrema gravidade, e porque não pode haver nenhuma dúvida sobre as ajudas que não chegaram aos seus destinatários, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda entregou esta manhã no Parlamento um pedido de audição parlamentar onde devem prestar esclarecimentos sobre a matéria em causa as seguintes entidades:
 Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, ou quem este indicar;
 Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais actual;
 Ex-Secretário Regional dos Assuntos Sociais.

O Secretariado Executivo do BE Madeira

4 comentários:

Anónimo disse...

Quase 5 anos depois? Quase????

Anónimo disse...

A explicação/esclarecimento deverá ser dado pelo presidente das misericórdias portuguesas. Por mais ninguém. Os donativos foram arrecados pela união das misericórdias portuguesas e é esta que deve encontrar os meios e os parceiros certos para fazer chegar o dinheiro ao seu destino.
E já agora o mais rápido possível.

Anónimo disse...

Há pessoas que tudo perderam e que ainda não tiveram qualquer ajuda.Isto pode ser verdade?
Tudo perderam e não tiveram qualquer ajuda? Como é possível, 5 anos após a tragédia,que ninguém, nesta terra, nesta ilha, tenha deitado a mão a quem tudo perdeu? Muito grave, para o governo, para os partidos da oposição, para a sociedade madeirense em geral e para algumas instituições em particular.

Diferente, é haver quem ainda precise de ajuda para obter melhores condições de vida. Diferente, é quem ainda precise de ajuda para suprir carências e faltas ainda existentes.
Neste sentido, as ajudas que se destinam às vítimas da tragédia, têm de chegar depressa.Que já se faz tarde!

No caso aqui falado, que apareceu na ribalta,porque a união das misericórdias falou,dizendo valores, porque é que a Senhora Secretária tem de dar explicações? E o anterior Secretário, porquê? A união das misericórdias portuguesas é uma instituição particular que arrecadou verbas para as vítimas da tragédia.Tem é que encontrar parceiros para ajudar a gastar bem, isto é, a aplicar naquilo que tem de ser e nas pessoas certas.
Já passou muito tempo sobre o fatídico 20 de fevereiro? Já.Mas explicações mais concretas competem a que está por dentro. O que interessa agora é acelerar a ajuda que este dinheiro permitirá.

Anónimo disse...

o Bloco preocupa-se com os erros dos outros mas ainda não os ouvi falar dos trabalhadores precários na camara do funchal , com o seu apoio