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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Corrida ao tacho


IMPOSTOS P'RA BAIXO!


Não há muito mais vida para além do carro-de-cesto. (Foto JM)



Albuquerque exorta o eleitorado para que mostre gratidão, dia 4, a quem teve o mérito de resgatar o País. Nós acrescentamos: e não esquecer que o Manel mais a Maria são da mesma opinião


Bruxelas, ou seja, os tipos que enriqueceram à custa dos tachos inventados por conta de uma tal de União Europeia e que precisam de sugar mais dinheiro aos papalvos contribuintes europeus para consolidarem e aumentarem a qualidade de vida de nababos, acaba de lançar o aviso: Portugal deve aumentar a carga fiscal.
Que seja já! – concordamos sem pestanejar.
Só que o País é lento.
Os jornalistas procuram o primeiro-ministro, que anda focado na campanha eleitoral, e o tipo recusa-se a comentar a ordem de Bruxelas. Naturalmente que tem essas medidas mais do que agendadas, para depois do 4 de Outubro. Deve achar é que Bruxelas está a ser inconveniente, com esta tal ameaça de espantar a caça em vésperas de eleições.
Perguntamos objectivamente: porquê deixar para amanhã o que se pode fazer hoje? Maria Luís não precisa de muitas horas para  criar um imposto ou sobrecarregar 5 ou 6 dos existentes. Basta-lhe uma madrugada de insónia. Ao meio-dia, o contribuinte está tramado com ‘F’ grande, como sói dizer-se.
Alguém acredita que o masoquista do eleitor português - para não falar especificamente do madeirense - põe lá a cruzinha em função de impostos ou desconsiderações? O fado continua a ser a canção nacional, e o fado diz que 'quanto mais me bates mais eu gosto de ti'.
Assim sendo, é dar-lhe! Dar-lhe com mais esses impostos indicados pelos sanguessugas de Bruxelas aos homólogos lusitanos. Todos eles sabem ser inexequível sacar mais nos impostos sobre o trabalho. O desgraçado do contribuinte que trabalha está no osso. Então, é malhar no consumo. Sim, aumentar os preços dos produtos que o cidadão precisa de meter em casa para que os filhos não andem esfomeados, sem livros e de tanga.
Estudos oficiais relativamente recentes dizem que os salários de 162 dias de trabalho dos portugueses - mais de 5 meses por ano - vão direitinhos para o fisco. Ora, os contribuintes não estão a morrer de fome pelos cantos, o que quer dizer que ainda arranjam dinheiro para comer. Se têm dinheiro para comer, então há poros livres por onde lhes sugar o resto do sangue. 
Que ordena Bruxelas? Que Passos, Portas e Maria Luís, além de mais carga sobre os bens de consumo, apontem ao IMI. Sim, porque se o fulano tem casa é porque pode pagar um imposto mais alto. Os gajos do Estado – e os das câmaras, pois claro – acham que o cidadão vulgar só consegue uma casa à custa dos expedientes que eles conhecem bem, alguns por experiência própria. Então, vamos lá castigar os 'burgueses' das casas. Mais IMI no focinho! E uma pessoa fica com uma casa como se não fosse sua, já que, como os outros explorados das casas de aluguer (senhorios e inquilinos), acaba por pagar renda, e dolorosa, aos vampiros da tecnocracia.
Homem, é carregar de cima em baixo nos impostos, que o povo imbecil não faltará dia 4. Ora se aguenta! 
Não percebemos o silêncio de Passos Coelho sobre o assunto. Ainda não conhece a plebe? Os tansos apanham nos cornos e choram por mais.
Veja-se o que Miguel Albuquerque aparece a dizer hoje p'raí. Que votar (na coligação dele, claro) é reconhecer o mérito de quem resgatou o País. Nem mais. O PPD e o PP resgataram o País do lume e mandaram-no para cima das brasas. Brilhante. Passos Coelho deixou os velhos e a Função à fome. E ainda merece gratidão. 
Porra! 
Albuquerque deve julgar que a vida do povo é fazer umas descidas de carro-de-cesto pelo Chiado abaixo. Já agora, um mergulhito no Tejo para refrescar, como o Marcelo naquelas autárquicas, e uma noite de sonho no Sheraton da Fontes Pereira de Melo, para completar o circuito turístico, segundo o programa antigo.
Albuquerque faz a sua parte, que é repetir o massacrante chavão de que “a Madeira precisa de um governo da República estável e credível”. E pronto, a nossa viloada vai lá fazer o que o sr. Presidente disse, como sempre foi costume. “Haja alegria, muita animação”. Não há que enganar no voto porque “o Manel mais a Maria são da mesma opinião”.
Cá para nós, o Stablishment Azul encalhado nas Angústias tem razões para continuar a explorar os contribuintes a favor dos cubanos lisboetas e ainda pedir gratidão para com os ditos-cujos. O manhoso do povo sempre entrou nesse bote. Veja-se como vai a Nova Madeira Velha: está criado o 'Regime Paz Podre' de onde os problemas de antanho se esfumaram misteriosamente. O dinheiro lava tudo. Ainda hoje, na imprensa... Aquilo é Miguel Presidente que "dá" 600 mil euros para as casas do povo, é a Região que reduziu passivos em 224 milhões e pagamentos atrasados em 226 milhões, aquilo é Gasparzinho a dizer que há 11 milhões para empreendedorismo, aquilo é até Ronaldo a pulverizar o recorde dos melhores marcadores merengues de todos os tempos. Alegria e muita animação.
Perguntamos: perante isto, então não é de ir em romagem ao sr. governo reconhecer-lhe os méritos, como recomenda o novo monarca da Tabanca? Custa muito? Não, senhores. O povo vai provar o que dizemos no próximo domingo. Haverá voto em massa na coligação. Aliás, com um campo de manobra confortável, sem grandes riscos: deixem estar que se os ressabiados conseguirem tirar o poder à extrema-direita para o entregarem ao centro-direita, isto é, ao PS, os contribuintes não ficam nada mal servidos. É recordar a tanga de Guterres e os marqueses de Sócrates.
Homem, então votar em quem? - perguntarão.
Calemo-nos e fiquemos por aqui. Há senhoras a ler isto.

8 comentários:

Anónimo disse...

COMPAHEIRO E AMIGO CALISTO PARABENS PELO TRABALHO QUE ACABO DE LER COMO SEMPRE ALGUEM TEM DE DIZER A VERDADE,UM ABRAÇO

Miss Take disse...

Caro Calisto, era mesmo nesse que eu votava.
Nas ultimas legislativas, votei Passos Coelho, convenceu-me essencialmente por prometer cortar a despesa à conta das gorduras do Estado e não do aumento de impostos. Entendi isso como corte nas mordomias, em especial dos políticos que não estão lá para servir mas para Se Servir e outros Institutos e Organismos que só servem para dar cabo dos 162 (CENTO e SESSENTA e DOIS) dias de trabalho que todos os anos, eu e milhares de Portugueses descontamos dos nossos rendimentos.Mentiu, fez o contrário, não terá o meu voto!
Não me esqueço do castigo aos Madeirenses com o PAEF. Somos Portugueses e como os restantes pagamos e bem pela dívida deixada pelo PS e como Madeirenses, também pagamos e bem pela dívida deixada pelo PSD, ou seja, pagamos a dobrar!... Grande amigo da Madeira, o seu amigo Passos Coelho…
Voçê tem muito a agradecer ao seu amigo, que tudo fez - à custa de dificuldades criadas aos Madeirenses - para que esteja hoje onde está e possa gabar-se de várias conquistas, grande parte delas à muito reclamadas pelo governo anterior, mas por má fé e mesquinhez,Passos Coelho, negou e evitou ao máximo concretizá-las, ou seja, não tem Sentido de Estado. Também por isso não terá o meu voto.
Por consideração a todos os desempregados, os que tiveram de emigrar e os que faleceram por falta de cuidados de saúde, também não terá o meu voto!
Quanto ao Novo Hospital, o Sr.Dr. Miguel Albuquerque, mude de K7, ponha um CD e faça uma visita ao Hospital dos Marmeleiros, É UMA VERGONHA!

Anónimo disse...

Realmente, estou como você... Votar em quem???? Não há ponta por onde se pegue em nenhum dos partidos a eleições. Votar, voto, mas a dúvida é se fica em branco ou se faço um das Caldas para animar o pessoal durante a contagem!

Eu, o Santo disse...

A diminuição da dívida parece me que é uma farsa contabilística. O que se passa é que pegam nas dívidas e negoceiam um prazo de pagamento. Exemplo. Uma dívida de 10 M€, deixa de existir se for negociada para pagar em 5 anos desde que o pagamento relativamente a este ano seja feito nas condições negociadas.
Quanto ao pagamento de duas dívidas, tal me parece ser uma treta pois as receitas da Região são 1000 M€ e as despesas são 1500M€. Então se a dívida está a aumentar (em 50% das receitas do GR) como é que podemos estar a pagar algum a dívida? Nem temos dinheiro para juros...

Não sei como é que o Estado português permite este endividamento constante. Sei que a curto ou médio prazo vai mandar fechar a torneira...

Anónimo disse...

"Não me esqueço do castigo aos Madeirenses com o PAEF. Somos Portugueses e como os restantes pagamos e bem pela dívida deixada pelo PS e como Madeirenses, também pagamos e bem pela dívida deixada pelo PSD, ou seja, pagamos a dobrar!"

É incrível como ainda há gente que acredita (ou quer fazer acreditar) que a Madeira paga dívida nacional, quando todos os impostos cobrados na Região ficam para esta, e ainda recebe mais umas centenas de milhões do Orçamento Nacional.

Depois queixam-se que somos gozados pelos Continentais...

Anónimo disse...

Concordo somos gozados pelos continentais porque adulamos o governo regional nao temos capacidade de confrontar os politicos, exigir contas transparentes, temos um hospital de quarto mundo, morrem familiares com falta de medicamentos e assistencia medica e estamos calados, temos medo desta falsa democracia.Acordem antes que seja tarde!!

Anónimo disse...

Caro comentador das 01:26

Já sabe a história: uma mentira repetida mil vezes, não deixa de ser mentira...
É o produto do centro de reeducação da Q. Vigia e Rua dos Netos, agora no Quebra Costas.

Anónimo disse...

Isto é tudo tão evidente que só não vê quem não quer ver. Obviamente que foi Passos Coelho que espremeu os madeirenses até ao tutano que ajudou a por o atual Presidente nas Angústias. Tudo muito bem programado e montado.

Resulta também óbvio que tudo o que agora foi desbloqueado não são mais que dossiers do Governo Regional anterior que propositadamente o Governo de Passos Coelho bloqueou para favorecer a ascensão de Albuquerque ao poder.

E quem era o obreiro pelo lado de cá? Rui Gonçalves, o Gasparzinho cá do sítio pois claro que não hesitou um segundo em alinhar com Lisboa, enrolando inclusivamente o próprio Secretário Garcês completamente desnorteado e em pânico com o " buraco " das contas públicas da Madeira. Tudo meticuloso e rebuscado.

Mas se aqui se fazem, também se pagam, e quem pagava era o Gasparzinho que tinha a Tesouraria a seu cargo. Será que o Buraco vai estalar só nas mãos do Secretário Garcês? Julgamos que não, vai sobrar para mais alguns.

O desplante e a desfaçatez pagam-se caro e a ascensão ao que parecia ser o Éden vai desvanecer-se e ruir que nem um baralho de cartas; é apenas uma questão de tempo, talvez Janeiro ou Fevereiro de 2016 já se vislumbre algum efeito de ricochete e do cair da máscara destes aprendizes de feiticeiros. Nem o amigo da Camacha o salva.