DEPOIS DA BTL E DO '5 PARA A MEIA-NOITE'
ALBUQUERQUE TEVE A SUA SEXTA-FEIRA NEGRA
Para desdramatizar a situação embaraçosa que tanto está a dar que falar, diríamos, de olhos postos na imagem da RTP-M que vemos umas linhas aqui abaixo: o Presidente e o secretário regional da Agricultura metem-se nuns copitos e toca a 'mandar vir' com a Eng.ª dos Bordados e do Vinho!
Mas, não sendo ele um santarrão abstémio, conhecemos bem Miguel Albuquerque, sabemos que não é pessoa de beber. O que aconteceu ontem na casa de bordados Bordal foi um incidente realmente desagradável e que está a provocar no mínimo um desencanto naqueles que apreciam o estilo cordato do Presidente, essa forma anestesiante de conviver que sempre fez o contraponto com o estilo truculento da era jardinista.
Miguel Albuquerque chegava de Lisboa onde, no '5 para a Meia-Noite', elogiou Cristiano Ronaldo por ser um astro que chegou ao topo da fama e do sucesso sem se deixar cair num excesso de confiança, doce vida e indisciplina, daí continuar a ser o melhor. Então, como é que o Presidente chega à Madeira e faz o contrário do que elogiou? O que o levou a esquecer a tal disciplina e a humildade que acha importantes nos lugares como aquele aonde chegou, aliás por mérito próprio?
Cá para nós, a passagem presidencial pela BTL meteu algum 'envenenamento' aos ouvidos de Albuquerque, por parte de figuras que não bordam nem bebem 'Madeira' com a Eng.ª Paula Cabaço. Não nos admira. Há tempos, chegaram-nos uns zunzuns acerca da liderança alegadamente prepotente no Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM). Um certo cercear da criatividade e das ideias de quadros do Instituto. Por autoritarismo da Engenheira. E essas coisas vão todas bater ao Golden e às Angústias.
Pela impensável explosão que ouvimos a Miguel Albuquerque na Bordal, à frente dos microfones e das câmaras, a coisa bate certo. O Presidente afirmou ali que nos Bordados as chefias marcam passo, que são conservadoras e não pensam fora da caixa.
Lá está.
Claro que, pela cara de poucos amigos que vimos a Miguel, nem nos passou pela cabeça uma aproximação posterior para lhe perguntarmos que bicho o mordeu, por que mudou de comportamento daquele feitio. Mas não custa muito adivinhar. Umas bilhardices na BTL. Mais umas queixinhas já no Funchal. Tinha de ser. O homem, que é de carne e osso como os restantes mortais, entra na casa de bordados, vê ali Paula Cabaço à mão de apanhar, e pumba!
"É preciso mudar e eu não vou fazer mudanças com pessoas que não querem evoluir", atirou. Ou seja, se os chefes - aliás a presidente do IVBAM - não se adaptarem à mudança, vai tudo para a rua. Assim, mais palavra menos palavra.
A Eng.ª Paula Cabaço ali, a ouvir o raspanete em público, diante de câmaras de tv e tudo. E por azar sem um buraco onde se esconder, como se diz nestas alturas.
Se calhar, não foi intenção de Miguel Albuquerque. Mas o secretário Humberto Vasconcelos, também presente, foi obviamente atingido pelo ataque em directo e de caras. Porque se o sector dos bordados e artesanato está a marcar passo e o secretário da tutela deixou correr o marfim durante um ano, então é o principal culpado. De tal forma foi a tensão que, quando Albuquerque levantava mais a voz, Humberto levava o copo de 'Madeira' à boca, a ver se não lhe chegavam estilhaços da breca presidencial.
Embaraço mais delicado! Logo Albuquerque, a ferir o princípio básico de que as reprimendas aos subordinados são feitos no gabinete e não em público! Não é prática dele. Em 20 ou 30 anos, nunca o vimos amesquinhar alguém. Pois se actualmente cada debate com a própria oposição parece um ensaio do coro para a missa do domingo!
Ainda por cima, sabemos que Miguel Albuquerque sempre teve boa impressão das competências da Engenheira. Certificou-se até junto de conhecedores do sector antes de, com Humberto Vasconcelos, a reconduzir no cargo. O Presidente sabe também que Paula Cabaço foi considerada uma das figuras do ano de 2015 pela revista Wine, pelo sem empenhamento na recuperação da actividade vinícola. E que, em matéria de bordados, leva muito a sério a questão da autenticidade e da certificação do produto Madeira.
Enfim, Miguel Albuquerque deixou todos em choque. Por um lado, a sua atitude funcionou como um aviso à navegação. Os outros titulares de cargos vão mexer os pezinhos mais um pouco. Mas... não havia necessidade.
Não havia necessidade.
Nós é que não vamos atirar a primeira pedra. Quem é que nunca teve uma breca solene? Quem é que nunca falhou no desempenho de funções? Só não acontece aos perfeitos - e há tantos por aí. Daí prevermos que a situação será ultrapassada mais dia menos dia. Se é que ainda não foi. O Presidente Miguel Albuquerque leva muitos anos a virar frangos e a Eng.ª Paula Cabaço tem experiência de responsabilidades públicas. Assim sendo...
Chefe Miguel Albuquerque abriu o livro e a Eng.ª Paula Cabaço claudicou, sem reacção
18 comentários:
Desculpe Calisto mas isso de desculpar o Albuquerque com um "quem nunca.." é um bocado básico. Pode-se adiantar que só 3 foram PGRegional por isso no "quem nunca" entram muitas centenas de milhares de pessoas. Quando se tem uma posição de Estado , deve ter-se um comportamento de Estado. Este episódio é apenas um cair de máscara de um FLOP a todos os níveis. Temos um homem, arrogante, mesquinho, um viciado, mulherengo, mal formado e pior que tudo: IGNORANTE. Está a destruir a Madeira a começar pela Saúde, passando pela cultura, educação, obras públicas, turismo e por aí adiante.
Antes falava-se na ditadura encapotada de AJJ e agora temos o quê? Toda a gente com medo de falar, os serviços públicos parados, tudo a marcar passo, tudo a falar pelas costas, venenos para aqui, veneno para ali, cumplicidades escabrosas do DNoticias..Enfim, um ambiente de fazer lamentar pelo presente e pelo futuro dos madeirenses.
Aqui se faz, aqui se paga! Em 2019 o povo que foi enganado com promessas falsas vai dar a resposta e vai dizer quem é que vai para o olho da rua!
Acho que este Presidente está entrar em desespero pela inércia dos seus compinchas de campanha (falta de experiência nos pelouros, inegavelmente). A proliferação de tachos para os que andaram atrás do presidente como jograis e soldadeiras está a corroer a sua própria governação. É compreensível: por um lado, tentou limpar as ratazanas jardinistas que enfraqueceram a autonomia (algumas das quais foram reconduzidas miraculosamente em setores estratégicos, por Albuquerque ter entendido que se os limpar a todos teriam de os enfrentar na Rua dos Netos); por outro, foi designando criaturas que nunca tiveram experiência em setores-chave do governo regional, recrutando-os a partir das câmaras, bancos e entidades privadas (advocacia). O Albuquerque tem de se mentalizar que governar uma Região não é a mesma coisa que uma Câmara. Já agora, não gosto de bajular dirigentes - são pagos por todos nós para fazer as coisas bem - mas vi um gesto dedocrático preocupante de Albuquerque.
Sr. Calisto: quem não conhece o gato maltês, que toca piano e fala francês, que o compre! Eram frequentes as reprimendas a funcionários da CMF, chefes de divisão incluídos nos corredores, na cantina, No hall da câmara, onde calhava. Em público e à vista de toda a gente. Inclusive desautorizar chefes de divisão em frente de todos os funcionários. Estava admirada que ainda não tinha dado nas vistas no governo. Quem não conhece esta rês pensa que estava com os copos o sob o efeito de outras coisas. O que também não seria impossível.
A memória por vezes é curta: é a segunda vez que Albuquerque faz este papel covarde. Aconteceu pela primeira vez com a presidente da APRAM, Alexandra Mendonça.
o anónimo das 19:17 disse viciado?!!!?????
Três comentários acima de ressabiados jardinistas, a aproveitar o sangue na água! Quem vê de fora, como eu, está a adorar o saco de gatos do PSD atual! O que vai valendo é que na oposição o cenário é ainda pior. Eh eh!
Lógico é só ver quanta factura a empresa da Galvão ao turismo , as cópias de projetos as ligações Katia e Galvão . Só quem não foi a BTL é que não percebe
E só não percebe quem não conhece o Sousa Lino, que toda a gente sabe mandar mais que o Humbertinho na Agricultura caro comentarista das 00:37. Esse é daquelas aves raras que anda sempre à volta do sô pesidente, a lhe fazer a cabeça. Quem pensa que Albuquerque pensa por si, não sabe o poder que certos vilões têm sobre ele.
TERROR! É isso que se vive na Madeira por estes dias. Ficou bem patente neste lamentável episódio. Então humilha-se assim alguém em público? Tristeza! Uma falta de educação, ética e pudor como nunca visto. Um nojo! Pulhas.
Onde anda a oposição. Parece que anda cega e surda. E o povo? Anda a dormir ou também anda cego e surdo?
UMA AuTÊNTICA VERGONHA.
Só de ver esta Ilha na mão de badamecos, pergunto-me, muitas vezes - que mal fiz a Deus, por ter sido parido, neste rochedo em pleno Atlântico.
que vergonha!!!....está mal rodeado e por isso anda a "emprenhar" pelos ouvidos....é moda destes secretários neste governo....só bilhardice e intriga....
Os não amigos tenham cuidado, não se ponham a jeito que o homem não perdoa.Os amigos, esses podem andar mais descansados.
o "pensar fora da caixa" é fazer actos ilegais que os senhores secretários mandam fazer...mas por telefone!!...e quem se lixa são os gestores dos institutos e das empresas públicas que apanham multas do tribunal de contas....é a moda...
Sr. Calisto
O Sr não sabe e não tem obrigação de saber, mas o que se passou não é novidade nenhuma para quem já teve a infelicidade de se cruzar no caminho de tal ser. Aliás o que aconteceu com a presidente do IVBAM foi um mimo comparado ao que ele fazia aos funcionários da CMF. Aquilo era berros, pontapés em tudo o que aparecia à frente. O que ele gostava de dizer era porque tinha de ter nascido na Madeira, que mandava o funcionário para x ou y, que ponha uns patins e vira e trambulha. Só quem já passou pode falar.
Uma coisa tenho de admitir, tem tido uma sorte em ninguém ainda lhe ter ido às ventas.
E sabe porque ele age assim? Para esconder a sua enorme incompetência. Quem não se lembra das reuniões com os dirigentes camarários em que o grau de desconhecimento das matérias era tal que os próprios directores municipais preferiam se calar porque se não começava o baile. Ele quer é os clubes de jazz, acompanhado de gente oca da cabeça e incapaz de lhe fazer frente.
Estamos bem entregues, estamos.
E o pior é que vamos levar com esta gente mais quatro anos. Como dizem e bem, é o terror! A minha mulher e um filho desempregado estão a modos de desgraça com este Miguel. Não prego olho à 15 dias mais para que por aqui. Da gente não levam mais bilhete na caixa.
É verdade sim. Nunca o meu negócio esteve tão mal.
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