Powered By Blogger

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Élvio Sousa contra-ataca líder trabalhista


PESCA LÚDICA:
"PTP E COELHO SÃO MENTIROSOS"


Estar na política é, em nosso entender, também saber estar na vida quotidiana. Ser correto e falar verdade é uma condição fundamental para a credibilização.
No caso da proposta que regula a pesca lúdica, o PTP mente descaradamente em relação ao JPP, e também a outras forças politicas.
Ao afirmarem que fizemos aprovar uma “lei” do PSD que aprova a pesca, ou que estivemos ao lado do PSD, nada mais incorreto ou inverdadeiro, como aliás descreve a ata da assembleia de Fevereiro de 2016, e o resumo que se apresenta em anexo, colocado nas redes sociais da altura.
Mentir descaradamente, para proveito politico-partidário não é feio, é desonesto. Falar por falar, apenas para denegrir o trabalho dos demais, usando ferramentas distorcidas e infundamentadas, é um exercício de desespero de estilos e de “classes politicas” que já não batem certo com a realidade atual.
Em suma, e como demonstra a documentação oficial, o senhor José Manuel Coelho distorce descaradamente a realidade. Portanto, as palavras mais populares que me ocorrem perante tamanha aldrabice são as seguintes: o PTP e o senhor Coelho são, neste caso em particular, flagrantes mentirosos.

Élvio Sousa


https://www.facebook.com/jppalram/photos/a.494486844039048.1073741829.491798550974544/605339256287139/?type=3&theater


Ambiente no Norte



Susana Prada faz balanço positivo 
em São Vicente



A Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais visitou hoje São Vicente, no âmbito da iniciativa ‘Governo de Proximidade’, onde realçou o investimento feito pelo Governo Regional e a importância de ouvir a população para que possa melhorar a atuação da secretaria neste concelho.
Para Susana Prada o balanço da atuação do Governo em São Vicente é positivo. “Houve investimento em reflorestação, retirada de plantas invasoras, prevenção e vigilância aos incêndios, uma policia florestal mais bem equipada e mais apta a combater os primeiros incêndios, devido à aquisição de equipamento individual”. Para além destes investimentos, Susana Prada lembrou a recuperação dos postos florestais e torres de vigilância a incêndios, salientando que em 2017 o Ambiente vai começar a recuperar os percursos recomendados.

A Secretária do Ambiente e dos Recursos Naturais entende que esta visita a São Vicente, tal como as visitas a todos os concelhos, é “muito importante”, pois é essencial “estar com a população, perceber o que estão a achar do nosso trabalho, perceber o que estamos a fazer menos bem para que possamos melhorar a nossa atuação”, concluiu.

Texto e foto: PSD-M

Coelho em Câmara de Lobos




PTP aponta aos pescadores 
seus inimigos e falsos amigos,
isto é, PSD, JPP, PS e PP




 https://www.youtube.com/watch?v=de1yKZ47SEg&feature=youtu.be

Orçamento do Estado desilude PSD


Rubina Berardo lamentou o OE de desilusão aprovado hoje na Assembleia da República

A deputada eleita pelo PSD/Madeira afirma que este Orçamento do Estado para 2017  "começou como desilusão e acabou em desilusão, apesar da oportunidade dada pelas propostas de alteração apresentadas pelos deputados PSD-Madeira".
"Os deputados do BE e do PS-M apoiaram o boicote à Madeira, nunca despindo as suas vestes partidárias, em detrimento da nossa população", sublinhou a deputada, salientando que até votaram contra a proposta do PSD/Madeira sobre o regime Prohabita. "A consequência deste chumbo é clara: 30% das famílias vítimas dos incêndios não poderão aceder ao financiamento Prohabita."
Para Rubina Berardo a rejeição desta proposta é"grave", sobretudo porque teve também a anuência de três deputados eleitos pela Madeira:Carlos Pereira e Luís Vilhena, do PS e Paulino Ascenção, do BE. "Subam às zonas altas do Funchal e expliquem às famílias porque não vão poder reconstruir a casa", aconselhou.
Os deputados do PSD/Madeira apresentaram 21 medidas, mas apenas uma foi aprovada, referente ao imposto especial sobre o consumo de bebidas alcoólicas.
Rubina Berardo lamentou ainda a recusa para ir mais além no financimento do novo hospital, ficando-se com a aprovação da proposta do PS, apenas com  "meio hospital" e também a devolução da sobretaxa de IRS à Região, cujo valor retido pelo Governo da República já ascende a 67,5 milhões de euros.

Foto tirada aquando da deslocação do Presidente da República: um dos lesados com a não aprovação do financiamento do Prohabita.
Texto: PSD-M

Contactos com a população



PCP em luta pela melhoria de pensões






Nesta iniciativa que hoje teve lugar no Concelho do Funchal, no Largo do Chafariz, foram apresentadas as seguintes declarações políticas pelo dirigente regional do PCP, Ricardo Lume.
«O PCP está hoje a contactar com as populações, para valorizar a luta dos reformados e pensionistas e a intervenção do PCP que garantiu o aumento das pensões, já em Janeiro de 2017.

Carpe Diem!






Cerca de 700 finalistas do Liceu cumprem o ritual 
da Bênção das Capas



Há momentos memoráveis na vida dos estudantes. O ritual da Bênção das Capas é um deles a assinalar o fim de um ciclo, o ensino secundário. Foi assim esta tarde, na Escola Secundária de Jaime Moniz, com os finalistas do 12.º ano de escolaridade a actualizarem a tradição.
Após dias de preparação da festa, eis que os estudantes se apresentam na porta principal do Liceu, acompanhados dos respectivos familiares. Trajados a rigor, com as fitas dos respectivos cursos e pine da Escola à lapela, num misto de contentamento e orgulho. Depois, o abraço à madrinha da festa, a professora Fátima Marques que, de braço dado com o presidente da Comissão de Finalistas, Francisco Maria Pereira, prepara o cortejo rumo à Sé Catedral.
Estudantes e familiares “apoderam-se” da Rua dos Hospital Velho e do átrio principal da ESJM. Disparam os flashes e nunca o telemóvel foi tão usado como o dia de hoje. Tudo para mais tarde recordar.
O presidente do Conselho Executivo faz as honras da casa, recebe os estudantes e respectivos acompanhantes, e, ao princípio da tarde, a porta principal do tradicional Liceu é um mar de gente a posar para a fotografia. Ao longo de sucessivas gerações, a tradição repete-se com os jovens estudantes a fazerem já a rodagem para a vida universitária, numa espécie de estágio prévio.
Toda a comunidade escolar pára para ver os seus estudantes, pois daqui a poucos meses abraçam outros voos. 
O cortejo até à Sé Catedral é outro momento significativo. A cidade acompanha com o olhar a caminhada orgulhosa e firme destes rapazes e raparigas, que assim dão outra vivacidade ao dia.
Na emblemática Sé Catedral, o momento da cerimónia religiosa, também este previamente preparado pela Igreja junto dos estudantes, através da Comissão de Finalistas. Postura correta e atenção às leituras bíblicas e ao seu significado. O Bispo da Diocese do Funchal preside à cerimónia e dirige aos jovens palavras elogiosas pelo dia que se cumpre mas também faz um forte apelo à vivência com valores éticos e morais destes estudantes num tempo de mudanças aceleradas.
Capas no chão da Sé Catedral. D. António Carrilho passa por elas e dá a sua bênção aos estudantes, num momento emotivo para toda a assembleia.
Terminada a cerimónia religiosa, o momento da intimidade com o jantar em família. Depois, outro ponto alto do dia: o tradicional e tão esperado baile de finalistas para mais tarde recordar, animado por um DJ de renome para apimentar a festa.
Um dia que é para aproveitar porque sexta feira há aulas e os estudantes bem se recordam da lição do poeta Ricardo Reis, “Carpe Diem”, aproveita o dia.
Sem o mediatismo desta festa, na Escola Secundária Jaime Moniz, estudantes de outras eras, regressam para descerrar placas alusivas  ao seu tempo de finalistas, aqueles que comemoram os 50 anos, depois o grupos dos 40 anos e, por fim, os 25 anos de setimanistas. Um ato simbólico que deixa impresso nas paredes do Liceu o tempo de finalistas de homens e mulheres bem adultos, que um dia passaram por esta Escola e dela guardam saudosas memórias.













Texto e fotos: Liceu 

"Não me orgulho destes madeirenses"



Carlos Pereira, Vilhena e Paulino Ascensão 
deixam famílias a arder


Natal visto pelas vítimas dos incêndios que ficaram excluídas do Prohabita

Hoje não nos podemos orgulhar de alguns ‘madeirenses’ que representam esta Região na República e que deixaram quase 1/3 das famílias vítimas dos incêndios a arder. Carlos Pereira e Luís Vilhena do PS, juntamente com Paulino Ascensão do BE, em vez de vestirem a cores da Região, vestiram as cores partidárias e chumbaram uma proposta do PSD, deixando estas famílias sem apoios, sem casa, sem nada.
A partir de agora um agregado familiar que tenha um rendimento a partir de 1257€, o equivalente a 3 IAS, fica automaticamente excluído dos apoios do programa Prohabita.
Um agregado familiar de cinco pessoas, com dois filhos a cargo, em que o pai recebe 650€, a mãe desempregada recebe 400€ do Centro de Emprego e o avô aufere da pensão de invalidez de 272€ já perfaz um rendimento mensal de 1322€. Esta família já não pode concorrer aos apoios para reconstruir as suas habitações, que ficaram danificadas pelos incêndios de agosto.
Esta é uma família com rostos, vítima de incêndios, vítima de falsas promessas, vítima de (de)interesses políticos.
Esta é uma das muitas famílias que irá passar o Natal com um nó na garganta ao olhar para a destruição do seu lar. Mas apesar do frio que se faz sentir dentro de casa e dentro dos corações, lá vão fingindo um sorriso para as crianças e para o avô, lá vão fingindo que o pai natal existe, lá vão deixando no sapatinho uma prenda no sapatinho de cada um.
Já na casa destes deputados – os mesmos que privaram muitas famílias de reconstruir as suas casas –  a festa de Natal será passada com luxos, mordomias e belas decorações.
Hoje o meu chumbo e o dos madeirenses vão para Carlos Pereira, Luís Vilhena e Paulino Ascensão!
Hoje o meu chumbo e o dos madeirenses vão para os políticos do Continente que voaram para a Madeira só para aparecerem na fotografia, prometendo ajudas e apoios e não cumpriram!
Hoje o meu chumbo e o dos madeirenses vai para todos os políticos que votaram com a cor política e não com a cor Humana!

U.H.

Opinião



Ser madeirense não é viver na Madeira.
Uma ideia em consonância


Ricardo Meneses Freitas

A emigração é um fado muito madeirense, um fado que teve um hiato entre o final da década de 1980 e o fim da década de 1990, mas que logo retomou a sua dinâmica após a administração pública regional deixar de absorver massivamente o crescente número de jovens madeirenses qualificados.
A realidade impôs-se perniciosamente após a época do emprego garantido e dita que quanto maior a qualificação e especialização, menor será o espaço de trabalho na RAM. A realidade para os que não têm o sobrenome elitista certo é a emigração, muitos vão estudar e já não pensam voltar, sabem a história daquele amigo, daquele primo e forçosamente direcionam os seus esforços para uma vida fora da terra que os viu nascer e crescer. A estes juntam-se, pontualmente, vagas de emigração não qualificada em resposta às incríveis incompetências das elites políticas que periodicamente conseguem por o País e a Região na bancarrota.
É um fado caro(a) leitor(a)! Mas pode e deve ser um fado melhor cantado. Mas primeiro que se defina o que é ser madeirense. Para o Governo Regional e Mayors afins, o madeirense é o que reside e vota na Madeira e Porto Santo, a estes juntam-se uns quantos madeirenses endinheirados que vingando no seu destino migratório, passam a fazer parte do grupo que interessa para encher os bolsos dos partidos e para alguns investimentos pouco sensatos (se não o fossem, não era preciso ir à Africa do Sul, aos EUA ou ao Canadá arranjar investidores, afinal ainda estamos na Europa dos Milhões). E os outros? E aqueles que quase totalizam um milhão de cidadãos? Simplesmente não contam para o “totobola” e até criam pele de galinha às elites governantes perante a hipótese de um regresso massivo.
Para mim, um madeirense é aquele que sabe dizer estepilha sem parecer intelectualmente limitado. Para mim o madeirense, mais que um local de nascimento, é uma cultura muito rica e própria e não se esgota no dinheiro que tem no bolso ou no BANIF (epá, desculpem, estes já foram), ou no sítio onde reside e trabalha. Esta grande massa de conterrâneos e descendentes, que perfazem as comunidades madeirenses, não pode continuar a ser encarada como o porquinho mealheiro das elites madeirenses, retirando um autêntico arraial de sinergias positivas para eles e para nós que continuamos no nosso adorado calhau.
É verdade que o atual Governo Regional tem vindo a dinamizar uns encontros/cimeiras com os ditos emigrantes de sucesso tentado uma aproximação às ditas comunidades. Mas desculpem-me a franqueza, estas iniciativas não resultam em absolutamente nada de útil para o comum madeirense ou para o comum madeirense emigrado. Nem são originais, apenas passaram a ser públicas e não escondidas num qualquer restaurante madeirense ou da diáspora, muito menos original é o real objetivo destas iniciativas, desviar “bolívares” para o burgo elitista.
Aquando de um desses encontros, perguntei a alguns empresários que estavam em Londres se estariam disponíveis para empregar conterrâneos, ao que me responderam, invariavelmente com visível entusiasmo, que não só estavam disponíveis, como preferiam ajudar os “deles” ao invés de contratar paquistaneses, polacos, espanhóis e por aí adiante. Imagina o leitor que entusiasticamente pus-me a puxar pela mioleira de modo a criar uma solução que fosse win-win. Se não vejamos, temos um mercado de trabalho depressivo, com imensa emigração forçada e temos conterrâneos com toda a disponibilidade para acolher quem não encontra oportunidades na RAM.
O fruto do brainstorming pessoal foi esta ideia: Porque não fazer protocolos com os destinos onde as comunidades madeirenses são mais fortes, de modo a permitir que os que se vêm obrigados a emigrar possam não só encontrar mais segurança como mais conforto no processo violento de emigração? (Esta parte nem foi tecnicamente um brainstorming, bastou adaptar o que os chineses já fazem há dezenas de anos.). Porque não criar uma bolsa de emprego acessível aos que têm que emigrar para que possam planear a sua “aventura” de modo estruturado e com muito menos violência? Porque não incluir neste programa, a possibilidade do emigrante descontar diretamente para o sistema de segurança social português de modo a garantir acesso ao subsídio de emprego se quisesse regressar à RAM após uma temporada de emigração? Não seria esta uma maneira humana de trazer os nossos emigrantes para a participação cívica da Madeiralidade?
A resposta que tive a esta ideia é que era politicamente perigosa. Eu pergunto, não é mais perigoso ter uma região que se revela uma autêntica bomba relógio social porque grande parte do emprego que tem é numa área tradicionalmente muito instável (turismo)? As crises que se multiplicam pelo Mundo só vêm agravar o meu medo que isto possa descambar muito rapidamente para uma tragédia. Não seria esta ideia uma almofada para muita gente? Deixo aos vossos critérios, estimados leitores.

Alta Política



Inventada a fórmula 
para o segundo 
'Meio Hospital'


Não se trata de ensinar o 'pai nosso' ao vigário. Acho é que o nosso desgoverno regional devia tentar aproveitar o lado bom das maldades que lhe fazem, nomeadamente os inquilinos do albergue espanhol mais conhecido por Geringonça. Como agora no caso do OE-17, que leva para instituições do Estado impostos cobrados na Madeira. 

Vimos ontem a indignação de Miguel Albuquerque a falar da sobretaxa de IRS e das taxas sobre bebidas açucaradas, assuntos que o tiraram do sério a ponto de quase praguejar sobre "tendências centralistas", "Estado vergonhoso" com procedimentos "atentatórios da dignidade da Madeira" e, como não podia deixar de ser, sobre a incrível solução cubana do 'Meio Hospital".
É função do presidente do Blue Establishment pugnar por tudo quanto diga respeito à Região. Mas há que respeitar prioridades. Andam a dispersar as atenções do chefe da neo-Tabanca com temas requentados. Obra de comunas e súcias feitos com Lisboa, se não da Maçonaria e da Trilateral, como não tarda o homem a denunciar, se não o agarram.   
Maquiavelismo político dos inimigos da Madeira, aqui concordamos. Numa altura festiva em que o governo se concentra na divulgação do roteiro das missas do parto, lá vêm os comissários do estrangeiro ocupar a agenda com temas anacrónicos. Ora, um desgovernante ou deita sentido à escolha da vespa de combate à praga do castanheiro e ao patrocínio das músicas que vão "embalar o mês da festa", seguindo a onda de um matutino local, ou despende as ricas energias mandando farpas ao Costa, ao Jerónimo e à Catarina.
À beira de entrarmos no 12.º mês de festas de 2016 - o da Festa propriamente dita -, não consintamos que nos estraguem o trabalho de 11 meses de foguetório e espetada. Tudo isso consome dinheiro e massa cinzenta. 
Não é por acaso que, como avançava ontem um outro matutino, reforçado à noite pelo TJ, a ocupação hoteleira nesta altura já vai nos 90%, com tendência para 'casa cheia', se não for mais. Não é por acidente, também, que a Região é menina a bater recordes em números de operações de turismo e hotelaria, aumentando aquilo que já não pode ser aumentado - ficando a Álgebra a falar sozinha.
Que Lisboa se deixe de consumir o crânio do presidente das Angústias com violações da Constituição. E que o crânio das Angústias não se deixe levar na conversa. Não vê como é que o Cafôfo faz? O Mayor vai recebendo distinções no estrangeiro pela traça pós-moderna dos estaleiros nas ribeiras e pelo esvoaçar gracioso dos pombos na Praça do Município; discursa sobre temas 'lá para cima' em simpósios enigmáticos por essas terras além; exercendo intensamente, vai operando municipalidade sem se desviar um milímetro do seu programa eleitoral.
Deixem Albuquerque trabalhar, como dizia o Cara-de-Pau. Debater as cores das iluminações com a cabeça no lugar. Em nome da diplomacia regional, tomar chá com os embaixadores de visita e os oficiais superiores da tropa. Escrever as suas 'conversas em família' para suplementos e opinião. Divulgar milhões de incentivos da Europa, mesmo que nunca cheguem cá. Afagar a insaciável 'Sissi'. Entregar-se à sempre útil catarse com chapéu à Indiana Jones. E, voltando aos temas práticos, orientar superiormente os secretários na distribuição dos tais 6 milhões para arraiais de animação turística.   
Tirar proveito das safadezas continentais é constatar que Lisboa, pagando apenas Meio Hospital, sem querer nos permite reparar que está encontrada a fórmula para conseguir ao menos Meio Hospital: umas intervenções na ALM e em São Bento a falar de discriminação, dois meses de reuniões (de manhã e à tarde) de Carlos Pereira com os secretários de Estado que apanhar à esquina, umas achegas de Mariana Mortágua sopradas por Roberto Almada, uma mariscada valente com António Costa na Doca do Cavacas e cá cantará o outro Meio Hospital. Se resultou uma vez... 
Pode-se até ir pensando em aplicar a mesma estratégia ao ferry e ao avião cargueiro. Embora com muito cuidado na escolha da primeira metade de cada um deles a vir.

Paisagem insular




Serra d'Água

"Vendidos por São Vicente"





Aquilo no Norte está mesmo a arder! A um ano do desafio!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

DOIS PONTOS



AMERICANICES



João Barreto

joaobarreto2p@gmail.com


A avaliar pelos últimos tweets, Mr. Trump não terá gostado da iniciativa da Mrs. Stein de pedir a recontagem de votos em alguns estados americanos (Pensilvânia, Michigan e Wisconsin) que terão sido decisivos para a sua anunciada eleição como presidente dos Estados Unidos da América. Para quem presumivelmente espera ser consagrado presidente à conta do anacrónico sistema de colégio eleitoral americano - que terá feito sentido no contexto histórico da fundação dos E.U.A.- e sabe que a sua competidora obteve mais dois milhões de votos no universo dos eleitores norte-americanos, esse desgosto (rapidamente reforçado com acusações avulsas e não comprovadas de fraudes eleitorais) soa inquestionavelmente a falso; tão falso quanta a sua legitimidade se aferida pelos padrões democráticos comumente aceites no século XXI.
Gosto da Mrs. Clinton como gosto da demissionária administração da CGD ou da clique dirigente dos partidos da esquerda caviar – gente tecnicamente bem preparada que se considera acima do escrutínio do comum cidadão; abomino o cinismo das elites que se autoconsideram inevitáveis e inultrapassáveis obliterando as origens comuns de todas as revoluções; acredito sobretudo nos valores da liberdade, da democracia, da tolerância e da sã convivência dos povos do mundo: detesto, porém, a ideia de entregar os destinos da humanidade, por via da presidência da maior potência mundial, a um radical que convoca para o seu “inner circle” confessos defensores da supremacia ariana, ultra-liberais, proibicionista, reacionários extremistas, misóginos e toda a sorte de perigosos mentecaptos que costumam albergar-se sob a égide da extrema-direita. Mr. Trump pode até polir o discurso enquanto exibe a prole e as curvas da última mulher que recrutou. Nunca será, por muito amigo que seja do (igualmente celerado) Putin, de confiança.
Se alinhasse num dos crescentes exércitos de crentes de sortidas divindades que vêm pululando por aí, estaria neste momento a rezar fervorosamente para que a anunciada recontagem reponha a vontade clara da maioria dos cidadãos norte-americanos e que o Mr. Trump seja relegado para a “Trump Tower” (monte de trampa em tradução livremente infiel) de onde não deveria ter saído.
Isto posto e prevendo a eventualidade do meu vaticínio não se concretizar, alerto desde já a minha vizinhança para a possibilidade de um “Hummer” preto, repleto de senhores de fato e óculos igualmente escuros, me vir convidar, pela calada da noite, para uma digressão sem regresso à famigerada estância balnear cubana denominada “Guatanamo”, com tudo incluído: bolachada sortida, “waterboarding”, “extreme fitness”, “sleepless nights” e dieta correspondente. Antes isso que um míssil nuclear desviado da rota…!

CUBANADAS
O eterno comandante da revolução cubana entregou, finalmente, a alma ao criador. Resta a dúvida se terá sido a Deus ou a Marx (o Carlos, porque os outros de idêntico apelido têm pouca pachorra para cerimónias de nove dias corridos).
Como o comum dos mortais, teve Fidel os seus dias bons e outros tantos maus. No degrau acima dos demais, ordenou, porque podia, muitas coisas boas (p.ex. educação e cuidados de saúde universais) e outras tantas péssimas (p.ex. perseguição e assassínio de adversários políticos).
Disse um dia que a história o absolveria. Do crime de que era, então, acusado já o foi; dos que cometeu no percurso “rumo a la victoria” contra um regime gangsterizado e podre, tenho poucas dúvidas, de que o será; dos que ordenou, inumeráveis e cruéis, contra os adversários e o seu próprio povo, depois de consolidar o poder, nunca poderá ser perdoado. E, como ele, todos os tiranos de variadas cores e credos que brutalizam os Homens Livres. Mau grado o carisma que ostentam…!

Albuquerque hoje em São Roque


"Partido genuinamente popular"



"O único partido genuinamente popular é o PSD", afirmou hoje Miguel Albuquerque, em São Roque.
Na última reunião, no âmbito dos Encontros com os militantes o presidente social-democrata sublinhou que os políticos do PSD são formados "no princípio de proximidade com a população", sendo as autarquias o "alicerce" do poder na Madeira. Nesse sentido, o primeiro grande objetivo da moção a ser apresentada em congresso será o de vencer na maioria das autarquias da Região e reconquistar a presidência da AMRAM (Associação de Municípios da Madeira).
"A partir de janeiro vamos iniciar um novo ciclo político", afirmou Miguel Albuquerque, salientando que o partido vai apresentar alternativas nos municípios, apelando à mobilização de todos os militantes. "Vivemos um ciclo de abertura no partido onde todos são bem-vindos", disse.
Foi também com uma mensagem de satisfação que o presidente do PSD/M iniciou a reunião em São Roque pela grande afluência registada ao longo destes encontros com os militantes às sedes social-democratas.

Texto e foto: PSD-M



UM JARDIM ROMÂNTICO 
NO CORAÇÃO DE PONTA DELGADA
Cássia (Senna pendula var. glabrata) – 29.11.2016
Aproveite os próximos feriados para visitar o Jardim Botânico José do Canto, um jardim romântico no coração da cidade de Ponta Delgada.
Delicie-se com os arbustos floridos.
Receba energia positiva das árvores monumentais.
Pinheiro-de-damara (Agathis robusta) – 29.11.2016


Acção política de rua




PCP denuncia escalada 
contra trabalhadores dos CTT




Na iniciativa que hoje teve lugar no Concelho do Funchal, junto à estação dos CTT, foram apresentadas as seguintes declarações políticas pelo dirigente regional do PCP, Ricardo Lume.
«O PCP está hoje, a abordar a degradação da prestação de serviços da empresa CTT-Correios de Portugal e a ofensiva feita aos seus trabalhadores.
Tempos houve, em que a qualidade do serviço público de correios, na nossa Região, garantia as necessidades das populações, bem como garantia aos seus funcionários condições de trabalho e trabalho com direitos.
Depois da privatização dos CTT a realidade é bem diferente.
A opção do anterior governo PSD/CDS, em privatizar esta empresa estratégica para o País, abriu caminho à degradação da qualidade dos serviços, bem como à extinção de postos de trabalho.
Hoje é um verdeiro calvário ir a uma estação dos CTT, para levantar a reforma, o reembolso do Subsídio de Mobilidade, bem como enviar correspondência, são horas a fio à espera, em filas intermináveis, tendo de pagar preços exorbitantes pelo envio de correspondência.
As pessoas esperam e desesperam nas suas casas pela correspondência, pois os atrasos são constantes, com graves consequências para quem tem contas para pagar, ou pensões de reforma para receber. Atrasos que resultam da política seguida pela administração dos CTT de diminuir o número de carteiros bem como não garantir condições de trabalho para o desempenho destas funções, sejam eles funcionários dos CTT ou de empresas de prestação de serviços.
A diminuição da qualidade dos serviços dos CTT está directamente ligada à opção de extinguir postos de trabalho, e á contratação recorrente de empresas de prestação de serviços.
Como se já não basta-se o encerramento de várias estações dos CTT e a extinção de centenas de postos de trabalho, a Administração dos CTT-Correios de Portugal pretende prosseguir a "demanda" de extinguir mais postos de trabalho, que são fundamentais ao funcionamento da empresa.»

Texto e foto: PCP

Comunicado do PSD



Sobre as ofensas gratuitas do Presidente da Câmara de Santa Cruz


1. O PSD/Madeira lamenta que o atual presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz (CMSC)  adote uma postura ofensiva, quando se trata de conviver com a Verdade e com a Democracia.
2. Lamentamos que o atual presidente da CMSC negue conhecer o que sempre defenderam os autarcas e deputados do PSD, desde 2013, relativamente à devolução do IRS aos munícipes e agora ache essa situação “hilariante”.
3. Lamentamos que não ache “hilariante” a introdução da nova Taxa da Proteção Civil e o aumento das Taxas de Água e de Resíduos Sólidos.  Lamentamos que não ache “hilariante” pagar771.000 euros a uma sociedade de advogados com o dinheiro dos munícipes. Lamentamos que o PAEL continue a justificar os não apoios às instituições e associações culturais e desportivas e de solidariedade social do concelho, mas que para outras despesas que este executivo entende fazer, o mesmo PAEL já nada limita.  Aliás, lamentamos também que não diga publicamente que as receitas que o município arrecada com o Imposto Municipal sobre Imóveis são largamente superiores às receitas inscritas no PAEL, ou seja, mesmo com as taxas mínimas, os Santacruzenses, por via da revisão do código do IMI, pagam muito mais impostos que os valores previstos no PAEL. As verbas do PAEL que tanto têm criticado e que dizem lhes ter moldado os movimentos, só espantosamente não moldou os movimentos bancários das tranches do PAEL que receberam nos cofres do município e que servirampara pagar a fornecedores!!!
4. Este executivo do JPP reclama redução de divida a fornecedores que não é mais do que uma redistribuição da divida existente anteriormente como dívida a Fornecedores em dívida financeira e dívida em contencioso judicial, ou seja, a divida continua a existir mas agora pelo JPP titulada de forma diferente. Para não falar nos juros das dívidas em contencioso judicial que diariamente são somados à dívida da autarquia.  
5. O PSD não embarca em ofensas gratuitas e vai continuar a reger-se pela Verdade, que tanto parece incomodar o atual presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz.
6. No programa eleitoral do PSD (2013) está lá proposto a devolução do IRS aos munícipes. Pode também ser facilmente comprovado nas atas das reuniões da Câmara Municipal e nos posicionamentos dos deputados do psd em atas das reuniões das Assembleias Municipais. Negar que sempre demos nas reuniões o nosso posicionamento político propondo sempre o que consideramos ser o mais  construtivo e a nosso entender mais benéfico para a população santa-cruzense é mentir!
7. Foi assim com o IRS para as famílias, foi assim com a taxa da derrama em que alertamos para erros e propusemos que a taxa incidisse sobre o lucro tributável e não volume de negócios no sentido de  proteger os pequenos comerciantes. Foi assim com a não aplicação da taxa dos direitos de passagem que, como já abundantemente afirmámos, apenas incide sobre os operadores de telecomunicações, não onerando os munícipes, sendo falso o argumento dado pela CMSC para não aplica-la. 
8. Os autarcas e deputados municipais do PSD têm sempre como prioridades tudo aquilo que beneficie as famílias santa-cruzenses e os pequenos comerciantes e, consequentemente a economia local local.

Funchal, 29 de novembro de 2016


Os deputados municipais do PSD

Jobs de 'interesse público'



Governo com muitas maneiras de 'matar pulgas'


As situações verificam-se com mais evidência em algumas direcções regionais e em alguns institutos públicos. E a suspeita levanta-se: mais uma maneira de o governo regional arranjar jobs para girls e boys filhos do sistema?
O artifício oficial chama-se 'Acordo de cedência de interesse público' e consiste em a entidade executiva, ao abrigo da Lei 12-A/08, de 27 de Fevereiro, contratar junto de empresas privadas elementos interessados em migrar para as delícias dos quadros públicos, a fim de um dia conseguirem a efectividade. E a progressão na carreira, sempre com a cor do poder em pano de fundo, como se comenta naqueles meios.
Para quem está inseguro e sem estatuto num emprego privado, nada melhor.
Dá-se até a circunstância extraordinária de os contratados pela via do 'interesse público' ganharem acima dos trabalhadores já efectivos, a exercer as mesmas funções no governo, aberração muito mal recebida nesses institutos, direcções regionais e empregadores do Establishment afins. Justificação: os contratados têm de receber o que recebiam no emprego de onde chegam. Inventa-se, pois, uma divergência de tratamento entre os que entraram por concurso e os contratados pelo 'interesse público', com vantagem para estes.
A leitura de quem anda lá por dentro é que dificilmente se poderá travar este novo autocarro para o emprego público, como metaforizava Eça. Tudo muito bem feito. O 'reforço' fica no novo trabalho (oficial) até surgir a oportunidade para passar a efectivo. Os concursos depois são cirurgicamente encomendados, para tapar os quadros com elementos "de confiança e merecedores", inviabilizando assim a abertura de vagas nos quadros e a renovação pela via da competência. As novas gerações sucedem-se às anteriores gerações do sistema. O resto emigra.

Uma vez que o Governo Regional tem sempre resposta para tudo, seria útil enviar-nos, entidade a entidade, os números dos elementos admitidos ao abrigo do 'acordo de cedência de interesse público' com as justificações da inevitabilidade das contratações. De contrário, continuam por aí as dúvidas e as suspeitas sobre aquisições opacas e sem concurso. O que deixa mal as próprias pessoas envolvidas na transferência.

Comunicado de imprensa



Orçamento de Estado/2017 e a Madeira:
Importância das propostas do PCP que foram aprovadas


Ainda que aquém do desejável, o Orçamento de Estado para 2017 marca uma nova orientação global para as políticas de desenvolvimento nacional e, em particular, para a Região Autónoma da Madeira, as propostas apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PCP ganham um especial alcance e relevância política para a Região.
Por iniciativa dos deputados do PCP na Assembleia da República foram aprovadas duas propostas:
1) Sobre o combate a incêndios e de apoio às populações na RAM
Face à catástrofe provocada pelos incêndios de Agosto de 2016, foi aprovado o Artigo 141.º B que exige do Estado uma especial atenção e intervenção a vários níveis.
Desde logo, importa verificar se os mecanismos existentes para o combate aos fogos na Região Autónoma da Madeira são os adequados. Não foi a primeira vez que a Ilha da Madeira se vê confrontada com incêndios, designadamente na zona alta do Funchal, causadores de enormes prejuízos humanos e materiais, e perante a dimensão das catástrofes, é posto em causa o dispositivo existente e é questionada nomeadamente a opção pela não utilização de meios aéreos.
Por outro lado, importa considerar a necessidade de acorrer às populações afectadas, garantindo um pronto auxílio na recuperação de habitações e outros bens materiais, quer ao nível do necessário apoio psico-social. Não se ignora que existem responsabilidades ao nível regional que têm de ser assumidas, mas importa em todo o caso garantir a disponibilidade do Governo da República para o apoio solidário que seja possível e necessário.
2) Sobre o Novo Hospital para a Madeira
Foi ainda aprovado o Artigo 45.º A, relativo ao Hospital Central da Madeira, que consagra no Orçamento de Estado o seu estatuto, pela primeira vez, de projecto de interesse comum por razões de interesse nacional. Esta aprovação do artigo proposto pelo PCP é também especialmente importante na medida em que fica definido ser dever da República apoiar o Novo Hospital para a Madeira na sua “conceção e construção” como forma a superar os sucessivos adiamentos e impasses a que este investimento tem sido sujeito.
 Assim, o PCP destaca a importância das propostas apresentadas e aprovadas na Assembleia da República que terão impacto positivo para esta Região Autónoma.

Funchal, 29 de Novembro de 2016

P'lo Gabinete de Imprensa do PCP

Autárquicas 2017



A ver passar os comboios

Foto JM


Rui Barreto, apesar das qualidades para ser uma das estrelas da política regional, continua a pôr a sua ingenuidade ao serviço do situacionismo decadente no partido  

A menos de um ano das eleições autárquicas, nunca os partidos políticos na Região padeceram de tanto desnorte, tanta falta de mobilização, tanta carência de popularidade.  É transversal. Na verdade, pelas vozes da rua, tanto se dá como se deu a cara que cada partido apresente para concorrer às câmaras, com saliência, imagine-se, para a do Funchal.
Ninguém tem paciência para os partidos.
Rui Barreto acaba de se pré-candidatar à principal autarquia regional. E daí? O PSD preocupa-se com a ameaça de votos à direita que Barreto possa representar? O PS temerá que a temperança política do candidato popular lhe entre pelo eleitorado socialista dentro? E mesmo os partidos mais à esquerda, estilo geringonça, acharão que, tendo o povo mandado as ideologias às malvas, desta vez tenham de se preocupar com um nome anunciado na ala direita?
Os partidos estão condenados. Não quiseram ouvir os avisos, pelo contrário: em vez de deitarem sentido à debandada, agem de forma a desmobilizar ainda mais os seus adeptos... a começar pelo próprio CDS, por razões já badaladas, tendo a ver com o recuo de Rui Barreto, há tempos, na hora de discutir a liderança do partido. O anúncio da sua candidatura ao Funchal entusiasmou simpatizantes e militantes? Nem por isso. O anúncio de candidatura foi feito - a que ponto chega a ciência política tabanqueira - num ambiente de jantar em que ele, candidato a catapultar, não passava de figura de segundo plano, ofuscado pela presença da líder nacional. São erros que marcam indelevelmente um político, e Rui Barreto, pelo que já sofreu na pele por erros crassos, devia recusar a desmotivante encenação. 
O actual deputado popular não aprendeu com a famosa reunião magna do partido em que ele mesmo, favorito que era, fez a péssima figura de não disputar a liderança até ao último minuto. 
Nessa altura, mesmo que Lopes da Fonseca tivesse o congresso minado e armadilhado, e ganhasse a presidência, porque estava no direito de a disputar também, Barreto ficava de mãos livres e coluna vertical para arrasar na oportunidade seguinte e chegar a chefe - provavelmente já nas próximas autárquicas. Depois dessa insegurança, que o fez aceitar a secundarização à sombra de Fonseca, ei-lo novamente a simular 'pêlo na venta' na sessão gastronómica de candidatura, mas protegido (e eclipsado) por uma madrinha de nome feito, Assunção Cristas. 
Que terá levado Rui Barreto a decidir - ou aceitar - a candidatura à Câmara do Funchal? Ganhar as eleições? Não. Para sonhar com uma empreitada triunfante desse jaez, só se concorresse fora do partido, a solo, apoiado por cidadãos. Aí ninguém lhe negaria o direito de sonhar. À frente da lista de um partido - PP - cinzento como nunca, agitando nas mãos um projecto cinzentão, conseguirá o quê? Talvez imitar Zé Manel e ganhar um assento de vereador. O que inclusive lhe traria problemas, já que na campanha será obrigado a dizer se, caso seja eleito, entra na Câmara deixando o assento no Parlamento regional. 
Decididamente, Rui Barreto deitou a perder o seu acertado trabalho em São Bento. Já ninguém se lembra dos votos corajosos contra os ditames de Portas. Apagaram-se as suas intervenções, raras mas bem fundamentadas, em timbre convincente. Rui Barreto é visto hoje como um político com potencialidades, mas sem ambição nem nervo. Até o anúncio da candidatura, mais a mais esvaziado pela antecipação na imprensa - até esse momento do anúncio lhe saiu mal, sem conseguir mostrar convicção no que estava a dizer.
Com esta candidatura ingénua, o ainda jovem quadro do PP só vem dar mais uns tempos de vida ao actual establishment no seu partido. Outro erro de palmatória. Depois do que se passou no congresso, e por mais mansas que sejam as falinhas na Rua da Mouraria, Rui Barreto devia recusar envolvimento directo nestas autárquicas. Para, na segunda-feira pós-eleições, dar uma conferência de imprensa demarcando-se dos maus resultados - não é preciso ser Zandinga para os adivinhar -, exigindo um congresso imediatamente e pré-anunciando a sua candidatura à liderança do PP-Madeira, com o objectivo expresso de fazer estragos nas legislativas de 2019.
Concorrendo agora pelo partido, oferece-se à liderança para bode expiatório do descalabro. Como o cordeiro sacrificado ao deus.
Mas Rui Barreto prefere andar de boas relações dentro do partido, amparar Lopes da Fonseca e outros barões, fingindo que se contenta com a liderança do grupo parlamentar. E agora com uma anacrónica candidatura à Câmara. 
Pior do que se considerar que errou é a sensação de que não fez bem nem fez mal. Indiferença. 
Rui Barreto não vai perder as qualidades que tem para a política. Tem ainda muito tempo pela frente para ganhar um pouco da malícia política 'sine qua non'. Mas não só os anos passam irremediavelmente. O comboio também.