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quinta-feira, 17 de novembro de 2016


                   ASSIM NÃO!
 Todos estamos de acordo que é necessário executar a limpeza das matas ardidas nos terríveis incêndios do passado mês de Agosto.
Já não podemos concordar é com o modo atabalhoado como estão a ser executados alguns cortes de árvores queimadas e com o estado deplorável em que são abandonados os terrenos após a retirada dos troncos.
O momento do corte das árvores queimadas deve ser aproveitado para começar a ordenar o terreno com o objectivo de minimizar a erosão durante as chuvas de Outono e Inverno, colocando troncos devidamente travados ao longo das curvas de nível e realizando sementeiras de herbáceas nos espaços intercalares. Posteriormente devem ser plantadas espécies arbustivas e arbóreas, adequadas à morfologia e às condições edafoclimáticas. 
Os trabalhos nas matas no período pós fogo não podem reduzir-se a empreitadas de corte e retirada de troncos. Devem ser intervenções criteriosamente planeadas, visando a redução dos riscos de escorregamentos e desabamentos (e consequentemente de aluviões), a descida drástica das condições de ignição e propagação de fogos, a recuperação do património cultural e a melhoria da imagem da paisagem.
A intervenção realizada nos terrenos anexos ao Hotel Choupana Hills, que ilustro com fotografias, é um caso exemplar do que não deve ser feito. Não escapou o empedrado da velhinha Travessa da Choupana e a paisagem está horrível.
A Câmara do Funchal e o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza têm o dever de cooperar, neste e noutros casos, obrigando os proprietários dos terrenos e os empreiteiros florestais a requalificar a paisagem e a melhorar a segurança da população.





Raimundo Quintal 
17.11.2016

3 comentários:

Anónimo disse...

Há quem ache que é erro... há quem que é premeditado.

Anónimo disse...

O que faz falta é um, Raimundo Quintal no Ambiente, para meter isto nos eixos.
Uma autêntica vergonha e falta de responsabilidade.

Jorge Figueira disse...

Meu Caro Raimundo
Afirmas tu:"Devem ser intervenções criteriosamente planeadas, visando a redução dos riscos de escorregamentos e desabamentos (e consequentemente de aluviões),..."
Pensa bem que naquilo que escreveste! PLANEAR é verbo proscrito do Português falado e escrito na Madeira desde 1978. Um vendaval de demagogia identificou PLANOS com os planos quinquenais soviéticos, daqui a meter no mesmo saco Planos de Fomento, Plano de Ideias para o Porto Santo etc foi um ápice. Abaixo os "comunistas progressistas" e os "fascistas da Madeira Velha! Em frente seguia a "Madeira Nova"
Assim sendo ouso sugerir-te esta nova redacção: Devem ser intervenções criteriosamente "MANDADAS", visando a redução dos riscos... No pensamento da Madeira Nova o verbo que mais se aproxima de Planear, é, sem dúvida, Mandar. O pessoal pela-se por MANDAR