Comunicado

Guerras e guerrilhas entre Governo e Câmara do Funchal 

prejudicam munícipes também 

na questão do abastecimento de água

·         Entre 2011 e 2013 foram investidos mais de 10 milhões de euros na renovação da rede do Funchal e mesmo assim, a cidade é recordista nas perdas, por inação quer da CMF, quer da ARM

·         É fundamental aproveitar cabalmente os investimentos feitos, como já foi proposto pela candidatura do CDS

·         Enquanto candidato do CDS assumo que priorizarei a boa gestão dos recursos ambientais, entre os quais a água, procurando maximizar os investimentos já feitos e fazendo um levantamento exaustivo dos problemas existentes, de forma a intervir decisivamente. Menos desperdício significará menos custos para os munícipes

Os números hoje conhecidos, relativos ao desperdício de água no concelho do Funchal – 113 milhões de metros cúbicos só em 2016 – revelam de forma  clara as consequências da falta de colaboração e do clima de guerrilha entre o atual executivo autárquico e o Governo Regional, que prejudica os munícipes.

As ameaças de corte ao abastecimento na água de rega são a ilustração da falta de competência quer da Câmara Municipal do Funchal (CMF) quer a Águas e Resíduos da Madeira (ARM) na gestão da água, um bem que além de essencial é escasso.

Entre 2011 e 2013 foram feitos investimentos superiores a 10 milhões de euros na renovação da rede do Funchal, nomeadamente numa área de 149 hectares entre a Ribeira de João Gomes e a Ribeira do Lazareto; entre a Rua Visconde Cacongo e o Caminho do Pasto; entre a Rua Bela de São Tiago e o Caminho do Lazareto.

Foram  instalados 18 quilómetros de rede de rega, recuperados três reservatórios, propriedade da CMF e recuperada a Levada do Bom Sucesso, que a par da Levada dos Tornos, iria abastecer os ditos reservatórios.

Foi também dada aos munícipes a possibilidade de instalarem a rede de água dual, que permite poupança de água potável e uma melhor gestão ambiental.

Depois disso, o que foi feito? Quer a atual vereação da CMF, quer a ARM, não deram sequência a estes investimentos nem aproveitaram cabalmente as mais-valias. Preferiram alimentar um clima de guerrilha sacudindo, literalmente, a água do respetivo capote e agora, chegámos a este ponto.

Hoje, a CMF anuncia um investimento de 250 mil euros para minimizar as perdas de água. Pois bem, a candidatura do CDS não está contra esse investimento. Pelo contrário. Mas pede ao atual executivo que olhe e obrigue a ARM a olhar para as infraestruturas resultantes de investimentos de 10 milhões de euros, feitos entre 2011 e 2013, e perceba de que forma podem também ser maximizadas. Os investimentos pontuais resolvem problemas pontuais, mas não resolvem problemas estruturais e são esses que é necessário resolver, quer através da melhor utilização dos meios existentes, quer através de intervenções de fundo.

Enquanto candidato do CDS assumo que uma das minhas prioridades será  boa utilização dos recursos ambientais da cidade, incluindo a água e nesse sentido, procurarei maximizar as infraestruturas já construídas; farei um levantamento exaustivo do problema dos desperdícios, no Funchal, comprometendo-me a  apresentar soluções para os diversos problemas num espaço de seis meses, iniciando as intervenções necessárias ainda no primeiro ano de mandato. Porque o Funchal merece e porque menos desperdício significará menos custos para os munícipes.

Funchal, 26 de Agosto de 2017

Rui Barreto

Candidato à Presidência da Câmara Municipal do Funchal